Yes, My Lady. escrita por Titocas Mesquita


Capítulo 2
Capítulo II - Coisas Inesperadas


Notas iniciais do capítulo

MDS! *OOOOOOO* RESPIRA, RESPIRA. Ok, eu tô bem...
— AAAAAAAH 3 COMENTÁRIOOOOS! QUE LINDO CARA! - eu.
— Meu Deus! Tem uma pirralha louca pirando na minha casa! - minha mãe.
— Chamem uma âmbulancia, a garota desmaiou aqui. Acho que o motivo foi a felicidade por ter três comentários na sua história. - bombeiros.
Eu não sou louca, ok? Sou feliz u-u Pirei com os comentários aqui *----*, AH, Saky Uchiha, acho que esse capitulo responde algumas de suas perguntinhas... aheuaheuaheua'



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                Os primeiros raios de sol entraram no quarto de Louise a fazendo acordar. Sua visão ainda estava meio embaçada, mas depois de meio minuto voltou ao normal. Ela se sentou na cama e encostou-se nos travesseiros atrás dela. Os lençóis de seda branca refletiam a luz do dia, quase cegando Louise, que puxou o lençol até o seu rosto, cobrindo-o.

- Madame? – alguém entrou de fininho no quarto – Oh! A senhorita já acordou, está melhor? Ficamos preocupados quando soubemos do desmaio.

- Quem abriu a janela Karen? – Louise perguntou em um tom autoritário.

- Me desculpe, mas é que tivemos que chamar um médico. Como já mencionei, ficamos preocupados. Com isso estávamos a esperando acordar. – Louise tirou o lençol do rosto, o jogando para o outro lado da grande cama de casal – Céus! Você está muito pálida! Bem como Sebastian falou... – Mary apareceu e anunciou que o médico já havia chegado.

- Mande o subir. – falou Louise e as duas a encararam, surpresas – O quê estão esperando? Vão!

                As duas empregadas fizeram uma reverência sincronizada, como se tivessem ensaiado aquilo antes. Após isso as duas desceram. Louise voltou a se deitar. Esticou seus braços e ao olhar para o lado seu olhar encontrou o presente da noite anterior. Ela então se lembrou das palavras de seu mordomo “Ontem foi seu aniversário, presumo. Claro que um mordomo não poderia ficar sem dar nada.”. Essas palavras rodearam sua cabeça enquanto ela examinava o embrulho e puxou de leve a fita branca...

Toc toc toc.

                Deve ser o Dr. Müller... Ela se esticou mais uma vez e colocou o embrulho no lugar que estava anteriormente e voltou a se sentar.

- Pode entrar. – ela se cobriu melhor com os lençóis.

- Senhorita Phantomhive? – falou o Dr. Müller – Continua pálida. Fiquei sabendo que desmaiou ontem. Poderia me explicar o quê aconteceu?

- Até eu ainda não entendi doutor. Ando me alimentando bem, se for olhar, não tem nenhum motivo... – Louise parou para pensar – A não ser que... Não, é impossível desmaiar por estresse. Aliás, eu não me estresso tanto a ponto de desmaiar.

- É possível sim, madame. O termo "desmaiar" ou "desfalecer" é sinônimo de síncope (termo médico). Síncope pode acontecer devido a muitas causas, e diagnosticar a causa exata pode ser difícil. Esses dias eu estava lendo os jornais e vi sobre alguns casos que a senhorita resolveu. Não acha que poderia ser estresse?

- Hm... – Louise se lembrou de quando sua pressão tinha caído há pouco tempo. Era muito trabalho e ela passou noites em claro tentando resolver – Pensando bem, o senhor pode ter razão. Um dia minha pressão caiu, comecei a suar frio e percebi que minha visão começou a ficar escura, não cheguei a desmaiar, mas foram os mesmos sintomas de ontem.

Depois de mais um tempo conversando para tirarem conclusões, Müller a passou calmantes para que Louise tomasse regularmente e evitasse mais desmaios. Após o doutor se retirar, Sebastian apareceu na porta do quarto trazendo consigo uma bandeja contendo o café da manhã da dama.

- Bom dia, madame. – o criado falou sorrindo – Espero que a senhorita esteja melhor. Prevejo que, com o incidente de ontem a senhorita iria escolher tomar café em seu quarto. Enquanto se serve, irei preparar o seu banho matinal. Deseja alguns sais especiais? – Louise balançou a cabeça e o mordomo colocou a bandeja em seu colo – Bom apetite.

Enquanto Sebastian seguia até o banheiro de seu quarto, Louise olhou para a bandeja. Torradas de pão de centeio e trigo, com manteiga e queijo amanteigado. Pastéis de Belém, os melhores de Lisboa. Para beber café de cevada com leite gordo. E por fim, uma salada de frutas.

...

Louise estava em seu escritório, já eram 14:00 e ela já havia almoçado. Agora estava tentando resolver mais um caso da rainha Victória. Pelo que ela sabia, a rainha Victória tinha total confiança nos Phantomhive, por isso pedia tanto para Louise resolver os casos de assassinato ou outros. Na mesma manhã, recebeu uma carta de agradecimento, que também lhe pedia outro favor.

No envelope haviam fotos tiradas no local do crime, mas Louise não conseguia compreender. No local, ao lado do corpo da vítima, que fora brutalmente assassinada, havia uma mensagem escrita com o sangue da mesma. Mas a linguagem estava escrita em códigos ou em uma língua que Louise nunca tinha visto antes, mesmo com suas aulas particulares sobre esses assuntos.

Não consigo me concentrar... Por quê? Louise suspirou. Se eu começar amanhã, acho que talvez consiga pensar melhor, não estou com cabeça para isso hoje. Ela virou-se para a grande janela de seu escritório e admirou a paisagem que estava em sua frente, o gigante jardim da mansão. Havia um anel de prata ornamentada, com uma grande pedra de um azul profundo em sua mesa.

Ás 13:00 nesse mesmo dia...                                                                                                

Louise foi para o seu escritório, o único lugar da mansão em que conseguia ficar em paz. Em sua mão estava uma caixa de madeira moldada, com o brasão da família Phantomhive. Onde foi que aquele criado encontrou isso? Perguntava se Louise. Facilmente ela removeu a tampa da caixa. Dentro dela se encontrava uma almofadinha vermelha, abrigando um lindo anel de prata.

Ela segurou o anel com a ponta dos dedos, examinando-o atentamente com a ajuda da luz que vinha da janela. A pedra brilhava, assim como os olhos de Louise ao ver o acessório. Esse anel... Me parece tão familiar... A mesma o experimentou em seu polegar esquerdo, já que o direito estava ocupado com um anel de ouro, presente de seu pai em seu aniversário do ano anterior. O outro anel cabia perfeitamente, como se aquele anel fosse feito para ela mesma.

Na tampa da caixa, um bilhete dobrado em perfeita simetria, com uma letra tão doce... Uma letra completamente diferente das que Louise já tinha visto, como se o dono daquela letra tivesse feito caligrafia a vida inteira. Mas, ao desdobrar o bilhete, Louise percebeu que o recado não era nada doce, ao contrário, acabou arregalando os olhos de surpresa.

“Madame, sei bem o que a anda incomodando. Tentar esquecer o passado não resolverá em nada, já que o mesmo vem lhe atormentando. E só uma coisa para a ajudar; Vingança. Claro, uma Phantomhive não sujaria suas mãos com isso, a não ser que tenha alguém para fazê-lo. Mas vale lembrar que tudo tem um preço. De seu fiel mordomo.”

Por um momento Louise ficou sem falas, apenas olhando para o teto, surpreendida. Não tem como ele saber! Ninguém sabe, não contei isso á ninguém! Ele... Ah! Não creio que ele tenha descoberto uma coisa tão importante... Um preço? Quanto será que ele deseja? Dinheiro e joias é o que não me falta. Nunca fui tanto com a cara daquele sujeito. Pensava Louise, chocada. O seu passado... Era vergonhoso.

Voltando ao presente...

Louise já tinha esfriado um pouco a cabeça. Ela começou a achar que o seu mordomo tivesse razão. A dama, herdeira da família Phantomhive, não deveria se envolver diretamente, sujando suas delicadas mãos. Seria uma bomba se descobrissem, principalmente a rainha Victória, a quem lhe confiava tanto. Ela deveria ter alguém para fazer tal brutalidade. Mary nunca faria. Karen muito menos. Robert? Nem se fala. Os três a denunciariam logo de cara.

E esse alguém poderia ser o seu “fiel mordomo”, Sebastian Michaelis. Já que ele conhecia o seu passado, era o único que podia lhe ajudar.

- Louise? – Mary entrou em seu escritório, tirando Louise de seus devaneios.

- Eu falei que podia entrar? – Louise respondeu – Por acaso você chegou a bater na porta?

- Sim eu bati, mas a senhorita não respondeu. Desculpe-me.

- O quê seria tão importante para você aparecer e me atrapalhar enquanto estou ocupada?

- A senhorita tem uma visita hoje. Ele insiste em subir... Mas se a senhorita quiser, eu o aviso que está ocupada e não poderá se encontrar com el... – Mary não terminou de falar pois foi interrompida.

- Louise, Louise. Onde se meteu hoje? – uma voz apareceu no corredor – Fiquei preocupado. Você também não dá sinais de vida. – Louise conhecia aquela voz, era bem familiar e... Irritante.

Aaron Trancy.

                - Aaron? O quê faz aqui? Deveria me esperar lá em baixo. Não foi muito educado de sua parte subir até aqui.

                - E quem está me falando de educação mesmo? A dona educação em pessoa. – falou em tom de deboche, entrando no escritório.

                Aaron era mais um descendente dos Trancy. Louise realmente não o suportava, infelizmente ele não largava do seu pé. Enquanto ele entrava, Louise percebeu a extravagância de suas roupas. Um longo sobretudo verde, com metade dos botões abotoados, um shorts curto preto, uma longa meia preta e os sapatos marrons.

                - Mary, pode nos deixar a sós. – falou Louise.

                - A sós? – Aaron falou quando Mary se retirou – Hm... Vamos ver o quê posso fazer com você. – ele se inclinou na direção de Louise, com seus enormes olhos azuis e sedosos cabelos loiros.

                - Vá se ferrar. – Louise o empurrou – O quê você quer aqui? Sem avisar nem nada?

                - Vim te ver! – ele abaixou a cabeça decepcionado – Pelo que vi você recebe muito bem as visitas. Venho aqui na maior vontade para ver se você está bem e é assim que me trata? – ele fez biquinho – Um garoto tão legal como eu.

                - Você não passa de um garoto mimado que acha que pode ter tudo o que quer.

                - E você não passa de uma garota orgulhosa Louise. Mas eu sei que no fundo, bem no fundo, você é uma garota que está esperando o seu príncipe em um cavalo branco. – Aaron riu e apontou para a janela – E por coincidência meu cavalo também é branco.

                No jardim, estava a carruagem do Aaron Trancy, e, como ele havia dito, seu cavalo era branco. Eu mereço. Pensou Louise.

                - Vem, vamos jogar uma partida de xadrez. – Aaron falou.

                - Xadrez? – Louise riu – E por acaso você sabe jogar?

                - Ora, não me subestime! Vamos apostar, se eu vencer eu vou querer ganhar... – ele fez uma pausa, deixando a sua próxima frase com um grande suspense – Um beijo seu.

                - O quê?! Claro que não! – Louise falou – E se eu ganhar?

                - Você escolhe. – ele falou, tendo certeza de que iria ganhar.

                - Então se eu ganhar eu vou querer... Que você se retire de minha residência.

                - Apostado! – ele falou estendendo sua mão pálida para Louise, que demorou para estender a sua mão, mas apertou a mão de Aaron, confiante. Os dois seguiram para um lugar do escritório em que tinha o tabuleiro, enquanto arrumavam de acordo com as regras, decidiram que Louise ficaria com as peças pretas e Aaron com as peças brancas.

                - O quê? Mas o rei só pode andar uma casa!

                - O peão só come na diagonal.

                - Quantas vezes eu preciso repetir que o bispo só anda na diagonal?

                - Não, o peão não pode voltar nenhuma casa.

                Depois de um longo jogo (pelo menos para Louise), até uma criança de cinco anos jogava melhor que o Aaron, sinceramente... Ela teve que explicar as regras pelo menos umas quatro vezes. Ninguém merece...

                - Xeque-mate! – exclamou Louise, movimentando seu bispo, de modo com que ele devorasse o rei de Aaron.

                - Esse jogo também... Só tem regras e regras! – falou Aaron – Então como o combinado...

                Alguém entrou no escritório, segurando uma bandeja com um bule de chá. O cheiro incendiava o cômodo. O mordomo colocou a bandeja na mesa e serviu o chá nas duas xícaras. Havia um prato com alguns biscoitos e alguns cubinhos de açúcar.

                - Não estava pensando em ir embora antes de tomar o chá das cinco, senhor Trancy? – falou Sebastian, consultando seu relógio de bolso, como se fosse mais uma afirmação. O mesmo fez uma reverência e se retirou em seguida.

                Louise tomava o chá, enquanto Aaron não parava de elogiar o gosto. Mas isso tem um gosto divino! Que delicia Louise! Melhor você prestar atenção no seu mordomo, se não eu o roubo para mim... Ela estava quase perdendo a paciência, só precisava esperar mais um pouco...

...

                Louise tinha acabado de jantar e já estava pronta para dormir, mas não conseguia. Seus pensamentos estavam bem longe. Ela segurava o bilhete de seu mordomo em suas mãos e o lia várias e várias vezes, tentando achar uma causa concreta para o seu criado saber de seu passado. Ela realmente tinha vergonha daquele passado, e isso só fazia crescer o ódio dentro da mesma. Por isso ela nunca tinha o compartilhado com ninguém, nem mesmo com os detetives ou policias que queriam saber sobre aquilo na época.

                 A não ser que... Sebastian esteja envolvido! Não... Ele não podia. Seus pais deveriam o ter escolhido por um motivo. Eles não escolheriam qualquer um para ser o seu mordomo.

                - Um preço... – pronunciou Louise enquanto afundava seu rosto no travesseiro de pluma de ganso.


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Notas finais do capítulo

E mais uma vez o capitulo chega ao fim )':
Alguém ai faz ideia de qual é "o preço"? Antes que eu me esqueça, vocês gostaram do Aaron? (Aaron Trancy me lembra muito o nome Alois, já que os dois começam com A e tem 5 letras, e Aaron é um nome que eu acho muito bonito também :DD) Eu espero que vocês gostem dele (: