The Daughter Of Darkness escrita por Daughter of Zeus
Notas iniciais do capítulo
Hey! Eu acho que gostei desse capítulo, não sei se vão gostar, por isso leiam e descubram. Aproveitem e comentem porque eu estou muito afim de saber se vocês estão gostando fic.
Olhei pela janela e vi pais e parentes acenando para o trem, e até algumas crianças correndo e tentando acompanhá-lo. De repente me veio a mente a imagem da minha mãe acenando feito uma louca e usando aquele vestido “muito estiloso” e amarelo, me constrangendo na frente das mães normais e comportadas.
Se ela pudesse ia até comprar um cartaz gigante escrito “MEU BABY ESTÁ INDO PRA ESCOLA”
Afastei esses pensamentos e terminei de guardar minhas coisas no bagageiro, deixando comigo meu livro, meu celular e claro, muito chocolate. Mel tinha dito que só havia colocado o bolo no pacote, mas quando eu abri no caminho até a estação descobri que tinha muito mais que só um pedaço de bolo, meus doces favoritos estavam ali naquele lindo embrulho Mel, mesmo querendo me engordar, você é demais.
Abri o meu livro e assim que terminei a primeira frase levei um susto com o barulho da porta sendo aberta e fechada rapidamente. Era uma garota ruiva, ruiva tipo a Lily, a única diferença era que ao invés de alegre e saltitante, ela encarava a porta cabisbaixa e soluçante.
Ela virou na minha direção e pareceu um pouco chocada ao me ver, me perguntei mentalmente se ela sabia quem eu era. Ela tinha olhos azuis, que no momento estavam vermelhos, e lágrimas escorriam no rosto claro e levemente sardento.
– Me d-desculpe. – Ela se pronunciou. – Não sabia que t-tinha alguém aq-qui, mas não se preocupe e-eu já estou indo embora. – Abriu a porta.
– Hey! – Ela se virou – Sei que não pareço uma boa companhia, mas duvido que vá achar um vagão mais vazio que este, pode ficar aqui.
Ela me encarou um pouco receosa, mas fechou a porta e pôs seu malão em cima do bagageiro. Minha coruja soltou um pio como se quisesse chamar a nossa atenção.
– Obrigada por me deixar ficar – A ruiva soluçou um pouco e secou algumas lágrimas que caíam. – Sou Rose Weasley, sua coruja é muito bonita, diferente.
– De nada, sente-se aí, não acho que ficar em pé num trem seja uma boa ideia. – Soltei um risinho e ela se sentou a minha frente. – Sou Lira... – Provável que ela não vá querer ficar aqui, mas não custa arriscar, não posso mentir meu nome, apenas isso. – Lira Riddle.
Ela franziu as sobrancelhas, e depois soltou um riso nervoso.
– Riddle, por um segundo eu até pude pensar que você tinha alguma relação com o Lorde...
– Voldemort?
– Ele mesmo – Rose ficou séria. – Você não tem nada a ver com ele, não é?
Não posso mentir, não é assim que se consegue amigos. Não posso mentir.
– Olha, eu te garanto que eu não tenho nada a ver com ele – A expressão dela ficou relaxada. – Exceto pelo fato de que ele é meu avô.
Rose arregalou os olhos como se não acreditasse no que eu havia acabado de falar. Não podia julgá-la, se eu fosse ela também ficaria chocada.
– Avô? Tipo assim, você é a herdeira de Salazar Slytherin? Uou! Seu pai era um comensal da morte?
Comensal, tipo alguém que come sal?
– Slytherin não é só uma casa? E comensal da morte, oi?
– Todas as casas foram criadas por alguém. Salazar Slytherin criou a casa Slytherin, e o Lorde das Trevas era da mesma linhagem que ele, o que faz de você uma herdeira, o que automaticamente te põe dentro da Slytherin.
– Assim? Sem liberdade de escolha? Cadê a democracia dessa escola?
– Impossível o chapéu seletor não te colocar lá. Aliás, eu não sou muito fã dessa casa, algumas pessoas que pertencem ou pertenceram a ela são cruéis e ambiciosas, agem como se fossem superiores a todo mundo. – A garota revirou os olhos, que ainda estavam inchados por causa do choro.
Eu? Dividindo espaço com um bando de idiota, babacas e otários metidos a superiores? Maravilha, nem entrei na escola e já vou ser expulsa por quebrar a cara de alguém. Exijo liberdade de escolha, eu não posso passar três anos com gente assim.
– Não tem como mudar isso? Sei lá, um feitiço pra manipular esse tal chapéu seletor. – Encarei Rose desesperada.
– Não. – Ela mordeu os lábios. – Mas quem sabe? Em Hogwarts nada é sempre muito previsível. Você não respondeu a outra pergunta, seu pai era um comensal?
– Não sei nem se ele come açúcar, quem dirá sal.
Ela gargalhou e eu continuei como uma ponto de interrogação bem estampado na cara.
– ComeNsal não Come Sal. Sério que a neta de Voldemort não sabe quem eles são?
Suspirei e comecei a narrar a minha história, desde o fato de não conhecer o meu pai até o momento em Teddy me contou quem era Lorde Voldemort, em alguns momentos Rose parecia confusa, mas sempre compreensiva. Ela provavelmente seria uma grande amiga.
– É uma história e tanto. Sinto muito pela sua mãe, não imagino como seria perder a minha.
– Nem tente imaginar, aproveite o tempo que tem com ela, só isso. – Abri um sorriso sem mostrar os dentes.
– Você sabe que nem todo mundo pode encarar a sua chegada como uma coisa legal né?
– Imagino. – Suspirei um pouco aflita. - Mas me conta Rose, em qual casa você está?
– Gryffindor – Ela sorriu. – Terceiro ano. Agora você me diz Lira, você não tem 11 anos, certo? – Assenti. – Então vai começar do primeiro ano mesmo assim?
– Eu tenho 14, estudo magia em casa desde os onze, história, poções, feitiços, defesa contra as artes das trevas e coisas do tipo. Vou entrar pro quarto ano, e a diretora McGonagall prometeu que caso eu tivesse alguma dificuldade poderia procurá-la para ter aulas de reforço.
– Espero que se dê bem.
De repente me lembrei do porquê Rose estava na minha cabine.
– Rose, sem querer parecer intrometida, mas já sendo, por que você estava chorando?
Ela encostou a cabeça na janela e suspirou.
– Já se sentiu deslocada? Tipo... muito deslocada?
Eu entendi o que Rose dizia, quando eu cheguei na plataforma, ver aquele monte de famílias unidas e felizes, me fez me sentir deslocada e sozinha, como se não houvesse lugar para mim ali.
– Sim.
– Deslocada na própria família?
Sim, principalmente quando minha mãe aparecia nas festa da família com roupas coloridas e descoladas, enquanto minhas tias usavam coisas discretas, como se fossem ao velório, não a festa de aniversário do meu avô.
– Sim
– Bem, foi isso. Minhas primas Dominique, Lily, Roxanne, Molly e Luce, sempre ficam falando de garotos o tempo todo, e das experiências românticas que elas provavelmente tiveram e nunca contaram para os meus tios. Enquanto eu – Ela riu – Eu sou uma nerd que nunca beijou e se diverte lendo e fantasiando como seria casar com um dos personagens do livro.
Eu ri, eu fazia exatamente as mesmas coisas que Rose, lia livros e ficava imaginando como seria eu casada com algum personagem tipo Jace Wayland. Eu também nunca tinha beijado um garoto, uma vez eu e Andrew quase, mas fomos interrompidos pela Sra. Garfield que tinha acabado de fazer biscoitos para gente. Mas não sabia como era se sentir deslocada por isso.
– O pior não é isso, o pior é que a Rebecca, uma amiga delas que infelizmente, tem uma mãe muito próxima da nossa família, resolveu abrir a boca.
– O que ela disse?
– Que se você não beija ninguém até os treze é um sinal de que você vai ser uma futura encalhada. – Louca essa mina. – Ela simplesmente olhou na minha direção disse com aquela voz de vaca “Então Rose é bom você correr, se quiser eu posso te ajudar aposto que algum dos meus amigos adoraria ficar com você’ e soltou aquela risada nojenta que só ela tem. A vadia me humilhou na frente não só das minhas primas como dos meus primos na cabine do lado.
Nome: Rebecca
Sobrenome: Não identificado.
Casa: Desconhecida.
Classificação: Vadia.
Algo me diz que não vai ser difícil deduzir quem ela é, e que ela deve ficar no meu caminho.
– Apenas ignore, pelo que você me disse ela deve dar pra qualquer um, você com certeza é melhor que ela, duvido que daqui alguns anos você não estar pegando geral na escola. - Rimos juntas. – Além disso, vamos concordar, viciadas em livros são outro nível. Podemos trocar títulos, eu não conheço muito a literatura bruxa atual, minha mãe tinha alguns livros antigos que pertenceram a minha família, mas nada mais. E aposto que não conhece tanto a literatura trouxa.
– Tem razão. Sinto que nós vamos ser grandes amigas.
Fizemos um hi-five e começamos a conversar.
...
– ALUNOS DO PRIMEIRO ANO E ALUNOS NOVOS VENHAM POR AQUI! – Um homem gigante, com uma barba maior ainda gritava enquanto segurava um lampião na mão.
– Vai lá, vou estar na mesa de Gryffindor. – Rose fez um positivo com a mão e saiu correndo para perto de algumas carruagens carregadas por testrálios. Infelizmente, eu tinha visto a minha mãe morrer, por isso conseguia vê-los, era assim que funcionava.
Me aproximei de alguns alunos que parecia ter a minha idade, duas delas falavam em francês que estavam morrendo de ansiedade por saber em que casas elas entrariam. Meu avô materno era francês, então aprendi desde cedo a me comunicar em francês e em inglês também.
– Excusez-moi, sont également de nouveau ici? (Com licença, também são novas aqui?)
–Vous êtes venus de la France que nous? (Você veio da França também?)
– Non, je ne suis même ici en Angleterre. (Não, sou da Inglaterra mesmo)
– Então poupe seu francês querida, sua terra seu idioma. – A garota de cabelos castanhos falou com um sotaque afetado. – estou morrendo de curiosidade para descobrir como é estudar em Hogwarts.
– Também, espero que seja divertido.
– Tem que ser, não quero motivos pra dizer que tive que sair da França a toa. – A menina de cabelos curtos se pronunciou. – Mamãe me fez deixar meus amigos pra trás só por conta do emprego dela, é bom que esse lugar seja decente.
Ela me fazia lembrar do meu babaca favorito, Andrew, ele se trancou por 3 dias no quarto quando a mãe dele disse que ele teria que passar um ano na Bulgária por causa dos avós. Precisei ir até lá pra fazer ele abrir a porta do quarto, nunca o vi chorar daquele jeito.
– Pare de ser mau humorada Jenna, vai ser só por um ano, logo estaremos de volta a França, você vai ver.
– Alunos novos por aqui! – O gigante gritou de novo.
Entramos no barco e logo estávamos em Hogwarts.
...
– Bem – Vindos alunos! – A diretora McGonagall sorria amavelmente para os alunos que logo se aquietaram nas mesas de suas casas. – Para começarmos vamos a seleção de casas dos novos alunos deste ano.
Um homem alto, um pouco desengonçado e que usava óculos apareceu segurando um banco, um chapéu debaixo do braço e um pergaminho e arrumou as coisas no centro do salão. Logo levei um susto quando o chapéu começou a falar.
– Me carregue direito da próxima vez Neville, não vou durar mais 100 anos se você não aprender a me carregar cabeção.
Os alunos riram da observação do chapéu enquanto o tal Neville fazia uma careta emburrada para o mesmo.
– Bem...vamos começar. – Neville abriu o pergaminho. – Primeiro os alunos transferidos. CASTLE, Anne!
A menina francesa que havia confortado a irmã a alguns minutos atrás se sentou nervosa no banco e colocaram o chapéu em sua cabeça.
– CORVINAL! – O chapéu gritou e a mesa dos alunos da casa desataram em palmas e gritos enquanto a garota saltitava até eles.
O mesmo rito foi feito com mais 15 alunos até que...
– RIDLLE, Lisandra!
Alguns alunos soltaram cochichos, outros tinham a testa franzida, outros pareciam chocados, e uma minoria agia naturalmente.
Apressei meus passos até o banco, antes de sentar encontrei Rose na ponta da mesa fazendo sinal de positivo em minha direção.
– Hum... que mente confusa, muita coisa aqui dentro menina, você é inteligente, bastante, talvez você tenha futuro na Corvinal. Poucos amigos, mas leal, posso te arranjar um lugar na Lufa-Lufa... Não. Você tem sangue sonserino mocinha, bastante, tem ambição, a glória te espera por lá, não gostaria de experimentar? – O chapéu riu. – Tem uma expressão dura de força, muita coragem, você tem coragem o suficiente para mudar tudo, você tem a coragem da GRIFINÓRIA!
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