Novos Horizontes escrita por lunaletras


Capítulo 7
Vislumbres de um Mundo Novo


Notas iniciais do capítulo

Capitulo curto e cheio de fofuras. Gente, desculpe minha falta de talento e os eventuais errinhos. Muitíssimo obrigada pelos comentários, amo ler os comentários de vcs!!! O próximo está quase pronto, acho q hoje mesmo posto.



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 É, definitivamente, a entrada daquele moleque em sua vida tinha desestruturado completamente seu mundo, Giane já não conseguia mais deixar de pensar nele, nas suas atitudes e no quanto ele parecia mudado naqueles dias...

A insistência de sua cabeça em lembrar no menino, fez com que ela até despertasse a ira de Caio. Quando ela mostrou as fotos que fizera de Fabinho para Caio, ele tinha tido uma crise de ciúmes. Ora, mas que obsurdo, ela e Caio agora eram somente amigos, que direito ele tinha de ter ciúmes dela? Ainda mais ter uma crise de ciúmes por causa daquele moleque... Como se ela um dia pudesse pensar em ter alguma coisa com o Fabinho, logo com ele...

Aquele menino mal criado, que agora ainda tinha inventado de chamá-la de sua enfermeira general, não sabia o que lhe irritava mais, o termo general, ou o termo SUA... Como se ela fosse algo dele, é claro que ela não era NADA dele!

Apesar de ele parecer sentir prazer em irritá-la, as atitudes de Fabinho, porém, surpreendiam cada vez mais Giane. Ela tinha lhe entregado as fotos que mostravam Amora fingindo ser atropelada na época em ela estava tentando separar Bento de Malu. No entanto, o menino agora vivia dizendo que não se importava mais com a vida de Bento e Amora, que ele queria ficar na dele, que não queria mais saber de brigas com ninguém. Além disso, o ele estava, a cada dia, sendo mais receptivo aos cuidados de sua mãe adotiva e de Irene, que mesmo sabendo que não era realmente sua mãe, ainda guardava por ele um carinho maternal.

Os pensamentos da menina estavam realmente voltados para Fabinho e ter convivido com os delírios do menino naquela fatídica noite tinham marcado tão profundamente seu coração. Ela passou uma tarde inteira procurando pelas lojas da cidade uma bola exatamente igual àquela que ela tinha chutado e deixado furar quando eles eram crianças.

Quando ela finalmente encontrou a bola exatamente igual, ela foi direto para casa, entregar o presente para o garoto...

Giane entrou no quarto enquanto Fabinho comia, eles conversaram de forma amena sobre Bento e Amora. Ele reforçou que não queria saber da vida dos dois e ainda disse que ela deveria fazer o mesmo. O menino chegou até mesmo a questioná-la sobre seus sentimentos por Bento. Era mesmo um abusado. Sem querer prolongar mais esse assunto e acabar caindo na rotina e  irritando-se  com ele antes mesmo de entregar-lhe o presente, Giane colocou a sacola sobre a cama.

Fabinho olhou para a menina incrédulo, um presente para ele, que estranho ela ter esse tipo de preocupação.

____ Abre!___ ela falou.

Fabinho  abriu a sacola e  surpreendeu-se ao ver uma bola. Ele questionou Giane do motivo dela dar a ele esse presente.

Giane perguntou se ele não se lembrava, e disse que levou um tempão procurando a bola exatamente igual a que ele tinha.

Fabinho, então, encontrou o episódio escondido em sua memória.

____ A bola que você chutou e o carro passou por cima? ___ ele falou ainda confuso___ Ué, por que você lembrou disso?

Ele olhou para ela de uma forma doce, que aqueceu o coração de Giane de um jeito que ela jamais poderia ter pensado ser possível.

___ Eu não lembrei, você que estava delirando sobre essa bola!

Fabinho experimentou um sentimento que nunca julgou capaz de imaginar. Um sentimento que se quer sabia que existia em seu coração. Ele sentiu-se agradecido... Seu olhar era doce e refletia mil  novas outras emoções  inexplicáveis.  

           ____Nossa, eu fiz isso?...  Eu fiquei furioso com você na época, foi o único presente legal que eu ganhei na época que morava na casa do tio Gilson.___ ele falou sorrindo, sinceramente tocado pelo gesto de Giane.

Os dois olharam-se nos olhos profundamente, docemente, carinhosos... amigos... Um mundo novo e inusitado nascia ali, no instante daqueles olhares. Um mundo repleto de novos horizontes ... um mundo no qual Fabinho e Giane começariam a olhar na mesma direção.

A menina ficou totalmente desconcertada com aquele olhar. Como podia o maior dos inconsequentes, expressar tanta ternura, tanto carinho? Ela sentiu como se eu coração fosse explodir, ela sentiu vontade de tocar o rosto daquele menino, vontade de transformar em gestos todo aquele sentimento novo que eles traduziam no olhar.

Porém, não o fez, era loucura, era absurdo, era confuso demais ainda. Então, pra não fugir daquilo, que já fazia parte da rotina inusitada daqueles dois, foi grosseira com ele...

___ Dívida paga, vê se não me enche mais o saco! ___ ela saiu com aquele habitual ar irritado.

Fabinho, contudo, nem reparou, dessa vez, no quanto essas reações dela eram estranhamente divertidas. O menino estava tentando conter a emoção que sentia, tentando entender todas essas emoções. Porém era impossível... apenas olhou sorrindo com olhos quase marejados de lágrimas para aquela bola e deixou-se sentir... Ele estava encantado...

Nunca ninguém, além de sua mãe e mais recentemente de Irene, tinha sido tão doce, tão atencioso com as angústias dele. Nunca uma garota tinha antes mesmo reparado, que no fundo, ele sentia uma enorme angústia. Nunca nenhuma garota tinha feito algo para que ele se sentisse melhor. Ele nunca poderia imaginar, que justo Giane, poderia ser a pessoa que iria fazê-lo sentir-se assim... tão emocionado.

Fabinho olhava sorrindo para aquela bola, aquela não era uma simples bola de futebol, ela lhe parecia um mundo inteiro repleto de vários significados, que naquele momento, ele não podia e nem queria tentar entender. Ele apenas podia sentir, ele estava aprendendo a sentir-se... encantado.


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