Novos Horizontes escrita por lunaletras


Capítulo 11
Novamente, esse universo que para!


Notas iniciais do capítulo

Mil anos atrasada, foi mal! Obrigada a todos que leem e desculpa os erros gente!



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Os dias passavam mais doces, Fabinho começava a sentir sua vida mais calma, se dava cada vez melhor com sua mãe Margot. Quanto tempo perdeu sendo um idiota com ela! Revisar conceitos, a cada dia, o menino revisava um conceito novo. Na Crash Mídia, apesar do Érico ter se tornado um grande babaca, as coisas estavam indo bem. O novo Érico gostava dele, e isso, no momento, era o que importava.

A vida seguia, quase em paz. Tirando que ele acabou fazendo uma coisa que disse que não ia fazer. Brigar novamente com Bento e Amora. Ele não resistiu, passar e ouvir ela o acusando pela milésima vez de ter colocado fogo na Toca, fez seu sangue esquentar. Era impossível controlar a vontade de falar algumas coisa para Bento e Amora. Porém, o que mais lhe assustou foi a naturalidade com que acabou admitindo que fora ele mesmo que tinha destruído a estufa. Incrível, de sua boca saiu a palavra “desculpa”, e com uma naturalidade espantosa. Raivosa sim, porém sincera. Ele realmente sentia muito pelo seu ato. Revoluções, é seu mundo estava mesmo revolucionado. Desculpa, essa palavra saiu mesmo da boca dele! Porém, dita a Bento, de nada adiantou, ele era completamente surdo e cego quando algo contrariava o que ele queria pensar sobre Amora.

Giane também começava a achar esses últimos dias mais doces, era estranho, mas começava a ser cada vez menos estranho, estar na companhia de seu irritante e adorável novo amigo. Brincadeiras e implicâncias sem fim. Ele estava morando com a mãe, mas estava sempre por perto, irritando, divertindo, a levando para tomar sorvete. Fabinho devia amar muito sorvete, porque vivia chamando ela para tomarem sorvete juntos. E eram momentos agradáveis, amenos, em que o olhar dele parecia cada vez mais belo, sem ódio, tranquilo. Ah... belo, como era belo aquele adorável irritante.

Fabinho saiu da agência para o almoço e se deparou com Giane cuidando das flores. Ela era linda, a mais linda de todas aquelas flores. Ele não mais podia esconder esse pensamento de si mesmo. Olhar para ela era motivo inevitável para que ele sorrisse. E foi sorrindo que ele decidiu pegar algumas pequenas pedrinhas e começar a praticar seu novo esporte favorito, implicar com a sua maloqueira predileta.

___ Que cara de fome, maloqueira! Não quer ir almoçar lá em casa!___ ele falou jogando as pedrinhas em Giane.

___ Qual é, praga! Você não deve saber fazer nem pipocas de micro-ondas. ___ ela também abriu um sorriso. Sorrisos agora eram naturais no mundo daqueles dois.

Implicante, Fabinho continuou a jogar as pedrinhas enquanto dizia que era a mãe quem ia cozinhar. Giane falou que não podia almoçar com eles, pois tinha aula de inglês, mas que aceitaria o convite para jantar.

___ Então leva a sobremesa porque chegar na casa dos outros de mão abanando é feio!___ ele falou sorridente, tacando mais pedrinhas na menina.

Que coisa isso de ficar me tacando pedras, Giane se irritou, não de forma profunda, foi uma irritação meio divertida aquela.

___ Você vai ver o que é feio! Você vai parar de tacar essas porcarias dessas pedrinhas.___ e saiu correndo em direção ao amigo feito uma criança.

Os dois sorriam, divertidos, despreocupados, sinceramente amigos. Porém, Giane, muito moleca, não demorou a alcançar o menino e segurou com força em seu braço. Falando “te peguei.”

Linda, Fabinho achou a amiga linda. E o cheiro dela? O cheiro que ele tanto estava viciado, chegou perto demais.

Sem pensar, num impulso, quase naturalmente, inevitavelmente, ele envolveu seus braços na cintura fina da menina e colocou-se frente a ela. Com as mãos enlaçadas à cintura dela, podia sentir todo o calor e a delicadeza de seu corpo. E aquele cheiro, inebriante. Próximo, próximo demais...

Giane sentiu o toque forte e quente, muito quente daquele menino, ele colou seu corpo no dela. Ela sentiu o mundo estremecer àquela proximidade. Sentiu o calor do corpo dele queimar em sua face. Devia estar ruborizada. O que era aquilo? Tinha que disfarçar. Ela tentou descontrair perguntando se ele tinha medo de mulher.

Fabinho, porém, tomou as palavras da menina como uma espécie de desafio, e apertou ainda mais forte a cintura daquela garota de pele macia e cheiro tão agradável. Linda, quanto mais próxima, mais linda... Ele disse brincando meio sorrindo, em voz baixa, que não tinha medo de mulher, mas tinha medo de maloqueiro.

Giane se irritou, com as palavras e com aquela proximidade, ele a envolvia nos braços. Ela estava sentindo-se tão frágil, tão vulnerável ali, tão perto... perto demais...

___Pede desculpa!____ ela falou em um rompante.

Porém, todas as palavras dela, soavam para Fabinho como um pretexto para se aproximar mais e mais...

___Por quê? Vai fazer o quê? Vai me bater?___ele falou quase sussurrado, apertando a jovem de forma ainda mais intensa e aproximando seus lábios dos dela.

Giane sentiu como se seu coração fosse parar de bater naquele instante. O calor da respiração dele, a pressão de suas mãos em sua cintura. Sua boca, próxima, próxima...

Fabinho sentiu sua cabeça girar, a menina ali em seus braços, tão perto que podia sentir o cheiro do hálito dela, e era... maravilhoso.

O universo... para. Era a segunda vez que eles tinham essa sensação alucinante de sentir o desaparecimento completo do todo o resto em volta.

O clima de brincadeira desapareceu, os dois, olhavam-se sérios, e o mundo só existia dentro de cada um daqueles olhares. Desesperados, fixos, apaixonados... era esse o semblante daqueles olhares. Os pensamentos desapareceram por completo da cabeça dos dois por alguns momentos. Apenas viam-se, sentiam-se, queriam-se.

O garoto, olhava fixamente para a menina a sua frente. Queria beijá-la, queria beijar aquela maluquinha, linda, não havia palavras para descrever ou racionalizar seu sentimento, ele apenas sentia. Como nunca sentiu antes. Sentia tudo ao mesmo tempo. E o coração dela estava tão acelerado quanto a sua respiração, ali, junto ao coração também disparado dele. Essa era uma inexplicável sensação única, nova e deliciosa. Sentia desesperadamente vontade de nunca mais largá-la, vontade de tomar aqueles lábios, aquele olhar, aquela menina para si.

Giane começou a oscilar seu olhar entre os olhos e os lábios de Fabinho. Lábios que deveriam ser tão quentes como aquele abraço, ah... queria beijá-lo, tudo era tão quente, alucinante e doce...

A menina respirou fundo, era loucura, loucura! O universo, esse maldito resto de mundo em volta, precisava voltar a girar. Sem saber de onde buscou forças, pois todo seu corpo tremia, ela desviou o rosto ao mesmo tempo que empurrava o menino para longe de si.

___ Vá trabalhar!O Érico não te paga para ficar jogando pedrinhas!___ ela disse já saindo, sem olhá-lo.

Fabinho sentiu-se acordado de um sonho bom. O melhor que já tivera na vida. Giane... O rosto dele iluminou-se com o mais belo sorriso, um sorriso indescritível... cheio de mil desejos, de mil sentimentos... de mil vontades. Ele teve Giane nos braços pela primeira vez, e foi tão assustadoramente bom, desesperadamente belo. Seu mundo era novo, recheado de sensações... Giane. O mundo, agora, tinha melhor sabor que todos os sorvetes que tomaram juntos... Giane!

Giane parou após andar um pouco, precisava se acalmar, precisava raciocinar. O que estava fazendo? O que estava sentindo? Aquele era o Fabinho, o Fraldinha, o menino que ela conhecia desde sempre. O moleque que infernizou a vida de todos. O menino que ela salvou. O menino em quem ala acreditava. O garoto que agora era seu amigo. Seu amigo...

Ele não era mais aquele cara mau, eles estavam tão próximos, mas não podiam ficar próximos demais. Não, era fora de contexto, loucura! Ah... suas mão quentes, seu corpo junto dela, seu abraço forte. Loucura, louca, maldição, estava louca. Sentia ainda o calor e o cheiro da pele daquele menino em seu corpo...


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