Diário De Uma Super (Ou Não) Caçadora De Vampiros escrita por BiahCJ


Capítulo 8
Começo meu treinamento


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!!
Vou postar mais um cáp (avá, é mesmo?), mas esse eu tive que dividir em dois, para não ficar muito cumprido. Esse tem menos ação, já que devia alguns esclarecimentos antes de colocar mais um vampiros na história...
Espero que gostem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412033/chapter/8

Logicamente, Tyna cuidou de meus ferimentos e me deu uma aula básica sobre vampiros, e no final recebi um guia chamado “como matar seu vampiro”, volume 1. Levei exatamente três dias para me recuperar (N/A: pois é, eu gosto do número três) e nesse meio tempo eu lia incessantemente os exemplares sobre como matar um vampiro, que eram praticamente diários de algum caçador. Sempre gostei de ler, mas nunca dessa forma, como se minha vida dependesse disso (e de certa forma, dependia mesmo).

Descobri que os vampiros não viram cinzas sob a luz do sol, para matá-lo tem aquela coisa de cortar sua cabeça e queima-lo (eu sabia que se esmagasse sua cabeça o efeito seria o mesmo), Alho não funcionava, mas água benta sim. Eles realmente são pisavam em lugar santo e os crucifixos os deixavam mais lentos e fáceis de matar. Eles não podiam virar morcego ou qualquer outra coisa, blá-blá-blá.

A caçada aos vampiros segundo eles não deu muito certo, já que não haviam conseguido chegar a Marcos, que deveria ser alguém importante. Em minha opinião, tinha dado mais que certo, considerando o fato de que eles haviam conseguido matar três vamp’s (N/A: Bendito número três).

Depois da minha recuperação, eles me disseram que começariam a treinar-me, já que seria uma deles agora (se fosse boa o bastante).

Começaram me contando a história toda. Descobri que meus pais eram caçadores também, mas abandonaram completamente os caçadores (era assim que chamavam o “nós”) depois que eu e minha irmã nascemos.

Ultimamente, os vampiros têm caçado e matado antigos caçadores (não se sabe o porquê). Acabaram chegando aos meus pais, e... Bem, você sabe.

Mas, ao que parecia agora eles estavam irritados comigo porque matei o vampzinho de estimação do Marcos.

É por isso que eu não podia ficar mais do que uma noite num único lugar, pois era muito perigoso.

Disseram-me que a partir daquele momento, eu estava sendo testada, então era melhor me preparar.

Eu recebia aulas todos os dias, seja para treinar minha mente ou minha habilidade (que havia melhorado consideravelmente, junto com minha força). Eu sempre me saí melhor sendo o cérebro do que a máquina.

Minhas aulas eram cada dia em um lugar, sendo no telhado de prédios ou em salas vazias, e eu frequentemente ouvia relatos sobre os vampiros que apareciam nos lugares por onde eu passava (que não eram poucos), e o vampiro era invariavelmente eliminado.

Descobri que os caçadores formavam um grupo muito maior do que eu havia imaginado, principalmente agora que os antigos caçadores (ou os antigos “nós”, como eu teimava em chamar) voltavam á caçada.

Bem, depois daquele dia eu não conversei com Édi porque: a) Eu não poderia ver ninguém durante minha recuperação; b) Ele estava o tempo todo dormindo ou caçando vampiros; c)Eu estava o tempo todo dormindo ou treinando para caçar vampiros. Parecia até que estávamos nos evitando.

Foi por isso que fiquei surpresa quando ontem, após uma de nossas reuniões (da qual eu não havia dado a mínima atenção), fui ler um dos últimos volumes de como matar vampiros (o 9º, sendo mais exata) ouvi batidas suaves na porta, de certa forma até hesitantes.

Olhei pelo buraco da fechadura antes de abrir (nunca se sabe o que pode ter atrás da porta). Quando abri, constatei surpresa que era meu colega do outro lado da porta.

- Er... oi? – eu disse. Que idiota.

- Er... oi? – ele me imitou, me fazendo corar levemente – você não desceu para comer nada depois da reunião, então me pediram para trazer para você – ele apontou a bandeja em suas mãos.

Eu fiz sinal para que ele entrasse, dando graças a Deus por ter lembrado de arrumar o quarto (coisa não muito frequente).

Eu sentei na cama, encostando-me á minha cabeceira para jantar enquanto ele se sentava á minha escrivaninha, fuçando em minhas anotações e meu novo iPod (como eu viveria sem minhas músicas?). Eu não havia percebido que estava com tanta fome até começar a comer.

Quando terminei, percebi que ele remexia minha mesa, até avistar meu diário. Sério, nunca se deve encarar o diário das pessoas, isso não é legal. Pigarreei, anunciando que estava ali, já que minha impressão foi que ele começaria a ler meu diário. Mal entrou no meu quarto e já quer ir vendo meu diário, humf!

Ele finalmente olhou para mim, começando a dizer:

- Aquilo que você fez enquanto estávamos matando aquela vampira foi muito corajoso, mesmo que você quase tenha me matado no processo... – “Serio? Da próxima vez deito ela te matar então, ingrato!” pensei.

Mesmo assim, arqueei minhas sobrancelhas, surpresa com seu “elogio”.

- Não me olhe desse jeito! Eu sei reconhecer quando devo agradecimentos a pessoas que salvaram minha vida... – ele disse e tive que me controlar para que meu coração não saltasse do peito – obrigado.

- Você sabe que não tem que agradecer. Qualquer um aqui faria o mesmo, mas de um jeito que não “quase te matasse” – fiz aspas com os dedos.

- Mas você não era uma de nós! Não tinha a obrigação de me proteger lá. Eu que deveria ter feito isso!

- Eu destruí seu carro.

- Você já está aqui tempo o suficiente para saber que isso não é problema, esse negócio dá muito dinheiro, provavelmente das vítimas dos vampiros que matamos.

Ele estava me fazendo querer falar contra mim mesma (mais ou menos como eu fiz com Marcos). Mas se eu não falasse seria a “metidinha”. Fui encurralada! Eu não sabia o porquê, mas comecei a pensar que fosse um teste.

Em vez disso, eu disse:

- Se alguém tem que agradecer, esse alguém é eu – murmurei lentamente – se não fosse você, ela teria me levado para eles e só Deus sabe o que teriam feito comigo... – senti um arrepio, só agora parando para pensar nisso.

Ele arqueou as sobrancelhas, como se compartilhasse da mesma sensação.

Ficamos em silêncio, e fiquei esperando que ele dissesse algo como “Você passou no teste!”. Fiquei imaginando se ganharia um distintivo por isso, e a ideia quase me fez rir, enquanto eu imaginava aquelas pessoas com estrutura de urso com as roupas das garotas que vendem biscoitos nos filmes americanos, enquanto olhavam sorridentes para mim, cedendo-me o distintivo de “Passou no teste do Édi”.

Ele me encarava como se não estivesse mais em minha frente e sim nun mundo distante.

- Você tem medo? – ele soltou, me surpreendendo.

- Não – respondi rápido demais, ainda pensando que era um teste – digo... Não t5enho medo de morrer, mas tenho medo de como será minha morte, entende? Como quem eu afetaria e se seria inescrupulosamente torturada, como me amarrar numa sala e deixar tocando funk até que eu morresse. – brinquei, mas seu rosto ainda estava sério, como se quisesse dizer-me algo.

-Tatinh...

A porta se abriu num repente, revelando atrás dela Tyna.

Esclarecendo: Tyna havia ficado muito minha amiga depois daquele dia. Ela era a única que realmente me parecia entender aqui, sem falar que já havia me dado várias dicas e ajudado em vários casos. Ela também já havia me contado vários segredos, e eu logicamente confiei nela. Não desconfiava de ser um teste, considerando que ela ainda estava sendo testada como eu.

Depois daqueles três dias, ela me deixou ler seu diário, e eu a deixei ler o meu também (a única pessoa que tinha permissão).

Tyna vivera sua vida num orfanato desde que tinha cinco anos (seus pais morreram num acidente de carro e seus parentes não quiseram adotá-la).

Ela não gostava de lá. O orfanato a sufocava. Era horrível para ela ver crianças com esperança de ter pais que nunca viriam, principalmente na idade dela. Ela se exilava, dizendo que ninguém a entendia, e chamavam-na de estranha e revoltada.

Ela havia tentado fugir várias vezes, até que um dia, durante uma de suas tentativas, encontrou um vampiro. Felizmente, um caçador passava por perto e a salvou, levando-a para ser treinada como caçadora cerca de um mês atrás (ela já havia completado 18 anos).

O caçador que a salvara havia morrido pouco tempo depois, morto por um vampiro.

É claro que, com ela lendo meu diário e tal, ela tinha a intimidade de não bater em minha porta antes de entrar. É claro que, com ela lendo meu diário, ela sabia sobre minha posição em relação ao Édi, de forma que me ver ali com ele a fez corar (a mim também), mas ela não recuou.

- É melhor vocês descerem. Aconteceu uma coisa que vocês precisam saber.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, eu mereço reviews? Não, mas eu gosto de saber quem já leu o que eu escrevi, então deixa um comentários aí, vai...
Provavelmente eu só vou poder postar terça, quinta e sexta daqui em diante...
O próximo tá bem mais legal, mas fazer o que... Eu tinha que fazer com que a história tivesse sentido.