Enterro.

Pov. Aisha.

Um dia, você está dizendo Boa noite para seus filhos, e outra você está sendo enterrada. A vida é curta de mais.

Ela passa em um instante, e quando vai perceber já está dando adeus.

Todos os alunos da escola Sweet Amoris estavam usando preto e estavam nos jadins da escola. O ceu estava sem vida, cinzento. Estava fazendo frio. O Ar na escola era de pura perda.

Um grupo de alunos da escola andava um ao lado do outro, de cabeça baixa. Até o Ruivo, o até então bagunceiro que sempre odiou a diretora estava triste.

Todos pararam a frente do vice-diretor Sr.Kadam. Ele parecia nem um pouco alegre, com aquilo tudo. Eu estava escondida entre as arvores do jardim.

–Eu creio que eu não sou ninguém, para falar da Diretora. Eu mal a conhecia, mas de cara já sabia que ela era uma boa pessoa.

Lysandre, Natsumi, Kishan, Dhiren, Kelsey, Hana, Kentin, Castiel e Emma saíram daquele lugar. Aquilo estava piorando as coisas.

O grupo foi para outro lado, e se distanciaram um do outro.

Kelsey e Dhiren foram para um lugar reservado. Nenhum aluno se encontrava lá. Dhiren passou o polegar na bochecha da garota.

– Você é um Svargaduuta.

–O que isso significa? –Perguntou olhando na imensidão dos olhos azuis.

– Anjo.

Dhiren se aproximou, e tomou os lábios da garota calmemente. Eles se conheciam tão pouco tempo, mas para ambos parecia uma eternidade. O beijo era lento e gentil, demorado. Saciando ambos.

Eles se afastaram de pois de um tempo, quebrando o beijo.

Se Dhiren precisava pedir Kelsey em namoro? Não. Apenas um olhar desmostrava tudo. Um olhar falava o quanto um precisava do outro. Dhiren não precisava pedir Kelsey em namoro, pelo simples fato de pertencer a ela.

Ele não conseguiria viver sem ela, era simples.

–Ren, como significa ‘Eu te amo’ em Híndi?

–Munjhe Tumse Pyarhai.

–Hã...Isso pode ser precipitado, mas Munjhe Tumse Pyarhai Ren.

Ele sorriu e a puxou para mais um beijo, profundo. Mumurando.

–Munjhe Tumse Pyarhai Kelsey.

***

Kentin estava com Hana em baixo de uma árvore, eles não conversavam. Não precisavam disso agora. A presença de um já bastava.

Foi quando o garoto percebeu uma mancha roxa no braço da namorada.

–Aconteceu de novo, não é? –Perguntou fitando-a.

Ela abaixou a cabeça e deixou uma lagrima cair. Era sua avó. Ela tentava ao Maximo fazer de tudo para que, avó fosse feliz e não fazesse mais isso.

–Hana, nos vamos falar com sua tia. Não quero ver você sofrendo. Além do mais, faz tempo que você não a visita.

Hana o olhou. E com os olhos ele dizia que não aceitaria um não como resposta. Ela se jogou em seus braços o abraçando. Ele correspondeu.

***

Natsumi olhava para o nada. Lysandre sentia que algo estava errado com a namorada. Ela tinha uma mania de não falar quando algo a incomoda.

Ele se colocou ao seu lado, e a olhou.

–O que houve? –Ele perguntou.

–Não é nada. –Disse simplesmente.

–Nat. Você mente muito mal. Além do mais, eu sou seu namorado mereço saber o que está acontecendo.

Ela suspirou e se virou para Lysandre, uma fina lagrima desceu por sua bochecha.

–O meu pai Lys...Ele...Tem Auzheimer. –Sussurrou.

Mais duas lagrimas desceram, sendo seguidas por outras. Lysandre a puxou a abraçou forte. Sussurrando coisas doces.

–Você não está sozinha, viu? –Sussurrou no ouvido dela. –Nunca vai estar.

***

Emma estava encostada a uma parede no corredor que dava ao Jardim, olhando tudo de longe. O ruivo estava ao seu lado.

–Eu nunca acreditei que iria falar isso. Mas eu gostava daquela Diretora.

Emma revirou os olhos, em um enterro ele dizia isso?

–Você é um insinsivel mesmo.

–Não eu não sou. Você não me conhece. Para poder falar de mim.

–Conheço o suficente.

Ela suspirou e saiu dali, indo para a escadaria. Chegando lá se sentou em um degrau e suspirou. O ruivo se sentou ao seu lado.

–Você já esteve em um enterro, antes? –Perguntou Castiel.

–Já. E ainda sim não gosto deles. –Disse baixinho. –Muito menos quando é um enterro, de uma pessoa que você ama.

Castiel arquejou uma sombrancelha e a olhou, o garoto sempre achara que ela tivera uma família feliz. Um tanto rica. Deveria ser uma patricinha.

–Estranho para você? Deve ter achado que sou patricinha, e tenho tudo na mão quando quero. Não eu não tenho.

–Eu...

–Eu sei. Isso é estranho. Mas meus avos me criaram quando eu era paquena. Já que meus pais sumiram do mapa. Fui criada pelos meus avos até que eles morreram em um acidente de carro, quando eu tinha nove anos, junto com mais duas pessoas. Depois me mudei com minha tia.

–Quem era as outras duas pessoas?

–Eu não sei...

Ele a observou. Mesmo tentando de todas as formas deixar aquele sentimento de lado, ele não conseguia. Castiel tocou a face da garota e ela virou o rosto para ele. O garoto se aproximou e selou os lábios de ambos.

Emma deveria afasta-lo? Ela não sabia, sua mente não conseguia fazer nenhuma frase coerente.

Eles se separaram e Castiel a abraçou de lado, nenhum deles falou nada. Eles apenas precisavam da presença um do outro.

Castiel deveria ter saído dali, mas ele quis esquecer por um momento. A única coisa que queria era estar com ela.

***

Débora estava com Nathaniel no Grêmio, o garoto arrumava as papeladas.

–Eu ainda não entendo. –Disse a garota.

–O que?

–Você.

O loiro parou de arrumar os papeis e a olhou, ele demostrava dor pelos olhos.

–Você simplesmente não precisa.

–Eu preciso...Se não, acho que ficarei louca.

Ele se aproximou da cadeira onde ela estava sentada e se abaixou.

–Isso é para o seu bem. –Ele disse simplesmente.

–Para o meu bem? Ficar longe de quem eu amo, é fazer algo para o meu bem?

Ele lhe deu um fantasma de um sorriso. A garota não estava querendo nada mais. Apenas saber o por que.

Ela passou o polegar pelo rosto do garoto, este que fechou os olhos ao seu toque.

–Por que você tem o dom de me trazer esperança? –Ele perguntou abrindo os olhos.

Ele sorriu e a beijou. Esqueceu de tudo. Esqueceu de seus probelmas, a única coisa que ele precisava no momento era ela.