Os Filhos Dos Três Grandes escrita por Little Stranger Girl


Capítulo 5
Vasculhando


Notas iniciais do capítulo

O capítulo da meio curto, mas é porque eu queria muito colocar a próxima parte em outro capítulo.
Não se preocupem, isso não é terror, não esperem que o que a Anne e o Logan tenham visto, seja um morto. Não é terror, ok?
Mas não garanto que vocês se surpreendam :3
Beijinhosss



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-Anne-

   O.K.. Pode ter sido coincidência. As vozes que eu ouvi na minha cabeça... que falaram aquelas palavras em grego... Seria meu pai, falando comigo? Quer dizer... Eu podia estar maluca, ouvindo coisas. Mas e se o meu pai realmente falou comigo? Será que eu estava delirando, ou será que ele conversou comigo de verdade?

   Entoni e Annabeth, explicavam para Logan as mesmas coisas que falaram para mim. Ele estava meio pálido... Tipo, mais que o normal.  Pra falar a verdade, ele até que não reagiu tão mal assim. Quer dizer, ele não gritou ou fez ‘birra’ como eu. Apenas ficou pálido, e não se mexia. O que era um bom sinal. Ou não.

-Devemos estar chegando no acampamento. Quer dizer, daqui a pouco estaremos em Long Island. –Falou Annabeth.

Então os pégasos começaram a voar lentamente. De repente, estávamos pousando no chão.

-Porque paramos? –Eu perguntei.

-Que estranho... Os pégasos deviam nos levar para Long Island. –Falou Entoni.

- Se eles pararam aqui... Acho que devíamos dar uma... Vocês sabem. Uma ‘vasculhada’. Quer dizer, eles não iriam parar aqui se não fosse importante. –Ela respondeu.

Nós saímos da carruagem para dar a tal ‘vasculhada’. Vasculhar coisas. Parecia ser interessante, se não fosse o fato de estarmos no meio do nada. O lugar onde os pégasos pousaram, era praticamente uma montanha. Havia apenas uma casa velha de madeira, cercada por grama que estava tão grande, que qualquer um iria deduzir que não cortavam ela a anos. Além do mais, a casa parecia abandonada. As janelas estavam quebradas, cheias de rachaduras. A madeira parecia ter sido devorada por cupins. E o mato em volta da casa, só fazia ela parecer mais sozinha e assustadora. O sol já estava a se pôr, e pra piorar Logan não abria a boca para falar nada. Ele ainda devia estar em ‘choque’, e provavelmente achando que estava sonhando, assim como eu achei.

-É esse o lugar que vamos vasculhar? –Falou Logan, pela primeira vez –Uma casa abandonada e sombria, no meio do mato?

-Bom... Não custa darmos uma olhada. Os pégasos pararam aqui, e meus instintos dizem que tem algo de estranho nesse lugar. –Falou Annabeth

-Mas nós... Nós não podemos ir entrado nessa casa, assim. Quer dizer, alguém deve morar aí, eu acho. Não é contra lei invadir a privacidade dos outros? –Perguntou Logan

-Ele tem razão. Não podemos ir entrando desse jeito... –Eu disse –E se formos pegos, por sei lá, um sequestrador de crianças? –Eu disse.

Annabeth devia estar maluca, só podia. Não podíamos invadir a casa de alguém desse jeito!

-É verdade. –Falou Entoni –Isso aí não é contra a lei? Invadir casas?

-Fala sério... Nós praticamente sequestramos um garoto de um orfanato. Isso aí, nem chega perto do que fizemos lá. –Falou Annabeth –E outra, não vamos invadir a privacidade de ninguém. Confiem em mim. Eu tenho um plano.

Não concordei totalmente. Mas era isso, ou ter que ficar na carruagem. E não vou mentir, eu estava completamente apavorada! Depois de que fui atacada por uma beneficente (quer dizer, benevolente.) eu fiquei com muito medo! Não estava afim de ficar sozinha nem um minuto! Desci da carruagem, pronta para vasculhar a casa. Não devia ter ninguém lá dentro, mas tinha um pressentimento ruim. Parecia que algo ia nos atacar, ou sei lá.

Annabeth disse que tinha uma estratégia para conseguirmos entrar na casa. Ia ser tipo um “Scooby Doo”. Nos separar, e procurar pistas.

-Assistindo muito desenho, sabidinha? –Disse Entoni.

Annabeth ficou com as bochechas coradas.

-Ah, O.k.. Só Percy pode te chamar assim. Foi mal. –Ele se desculpou.

-Tudo bem. –Falou Annabeth –Agora vamos a nossa estratégia. Eu e Entoni, procuramos no andar de cima. Você e Logan, ficam no andar de baixo. Procurem porões, e tudo o que seja...Fora do normal. Se alguma coisa der errado, gritem “pudim”.

-Pudim? –Disse Entoni –Porque pudim?

-Porque... Bom, porque é uma palavra prática e difícil de se esquecer. –Falou Annabeth

-E codinomes? –Falou Entoni

-O que? –Disse Annabeth

-Codinomes. Tipo, “Arara Azul”, “Bonde vermelho”, “Lombriga Saltitante”. –Disse Entoni

-Ahh... Codinomes. Tá, pode ser. –Falou Annabeth. –Mas esse último foi meio bizarro, não acha?

Nós nos organizamos em duplas, e entramos sorrateiramente pela porta da entrada, que estava aberta. Entrando na casa, vimos um homem barbudo, fumando um cigarro em quanto assistia um programa de auditório pela televisão. Ele estava sentado em uma poltrona de couro, suja, e usava uma camiseta velha e com manchas. Além disso, tinha um terrível cheiro. Era uma mistura de cerveja, cigarro, e feijão podre. Como ele estava virado para trás da porta, não conseguiu nos ver entrando. Annabeth colocou seu boné, e foi andando até o andar de cima. Entoni não ia poder subir as escadas, poderia fazer muito barulho. Então ficou de guarda, do lado de fora da casa. Eu e Logan, fomos andando devagar e cuidadosamente pela sala. Íamos nos escondendo atrás de poltronas, e caixas. Aquela casa era um verdadeiro moquifo! Era suja, fedia, e ainda por cima tinha ratos! Eu estava acompanhando Logan, quanto de repente uma barata subiu na minha perna! Engoli seco, e tirei a barata da minha perna, silenciosamente para que o homem não ouvisse. Nós não sabíamos o que estávamos fazendo ali. E muito menos o que estávamos procurando! Apenas ficávamos escondidos, esperando o sinal de Annabeth para sair da casa.

O programa de TV, que o homem assistia, deu intervalo. Ele se levantou e foi até um banheiro, sem nem perceber que estávamos atrás das caixas gigantes de cerveja.

-O.k., agora comece a procurar... Alguma coisa. –Eu disse.

-Mas que coisa?

-Qualquer uma, fora do normal. Annabeth disse que nós devíamos procurar, em porões ou coisas do tipo...

-Mas não tem porão nenhum, nessa espelunca. –Logan tropeçou em alguma coisa, e caiu no chão. –Aí! Tapete idiota!

-Você enroscou o pé no tapete? Que gênio... –Eu falei.

-Na verdade, senhorita inteligência, eu tropecei em algo que está em baixo do tapete.

Nós levantamos o tapete, e em baixo dele havia um alçapão. O.k....Talvez tivesse um porão. Mas isso não significa que estávamos errados! Apenas com menos % de razão.

Levantamos a portinha. Era um lugar escuro, e muito esquisito.

-Vamos. –Disse Logan, descendo as escadas.

-Tá doido é? Eu não vou entrar aí!

-Porque não?!

-Você acha mesmo, que eu vou entrar no alçapão da casa de um homem bêbado, que mora em um lugar cheio de ratos, baratas e lixo, no meio do mato?!

De repente, ouvimos o barulho da porta do banheiro se abrindo. O tal homem, estava voltando para sala, e nós estávamos bem no meio da casa dele.

-Vem logo! –Disse Logan, me puxando.

Ao entrarmos no alçapão, fiz duas coisas. Primeiro dei um tapa na cabeça de Logan por ter me puxado para aquele lugar.

-Aí! Porque fez isso?! –Ele disse.

-Você me empurrou pra esse alçapão! Eu disse que não queria entrar!

-E queria que eu te deixasse, com o homem lá em cima? O.k., então vamos sair, e eu digo pro cara que você tá afim de ficar vendo TV e bebendo com ele!

-O.k....Obrigada por ter me puxado...

E a segunda coisa que eu notei, foi que aquele lugar era muito pior do que eu imaginava. Além ratos, baratas, latas de cerveja e caixinhas de cigarro, havia uma outra coisa. Uma coisa que me deixou sem vós. 


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