I never dreamed that I'd meet somebody like you

(Eu nunca sonhei ter conhecido alguém como você)

And I never dreamed that I'd lose somebody like you

(E eu nunca sonhei perder alguém como você)

No, I don't wanna fall in love

(Não, eu não quero me apaixonar)

No, I don't wanna fall in love

(Não, eu não quero me apaixonar)

With you.

(Por você.)

Tsunade a encarava boquiaberta após ouvir toda a história.

– Não me olhe assim! – Sakura disse encabulada – O que eu faço?

– Sakura... Acho que você está gostando dele.

– Não tem a menor chance. – ela riu – Eu?

– Está errado.

– Eu sei tia, mas quero vê-lo hoje!

– Irei falar que vou sair com as meninas...

– Não faria isso se fosse você. Nem ao menos o conhece.

– Mas estou curiosa. Prometa-me que não irá contar a mamãe?

– Eu já te entreguei alguma vez? – Tsunade a repreendeu e ela balançou a cabeça negativamente – Então! Só não diga que não lhe avisei.

– Você é a melhor! – ela riu e depois beijou sua bochecha – Preciso ir! Vou encontrar com as meninas antes do almoço!

– Ela nunca me escuta... – Tsunade suspirou ouvindo a porta bater.

. . .

– Eu estou pasma! – disse a loira para Hinata – O Uchiha?

– Shhhhhhh! – Sakura a advertiu, estavam em um lugar publico.

– Fica tranquila, iremos te cobrir. – Hinata sorriu

– Eu estou pasma!

– Já sabemos Ino. – as duas a olharam

– Aonde vocês irão? – perguntou a morena sorrindo

– Nem eu sei, só sei que quero ir. – ela riu

– Só tome cuidado, Sakura. Sabe, ele não parece muito confiável...

– Mas é bonito. – Ino complementou

– Mas é ladrão.

– Ele é bonito!!

– É um pirata! – Hinata a repreendeu

– Parem! – Sakura as calou – Estão me deixando com medo!

– Não fique assim... – Ino riu – Aproveite... Se ele tiver um amigo, fale que eu adoraria ser roubada.

– Ai Ino... – Hinata riu

. . .

Tomou um banho demorado e depois prendeu seus cabelos em um meio rabo, estavam cacheados. Colocou um vestido rosa claro e bem descente por sinal, com um belo decote e não tão extravagante como Ino costumava usar. O seu inseparável colar também estava lá, por mais receosa que estava. Já era noite, então olhou pela janela e o viu no outro lado da rua, encostado a uma parede. Despediu-se de seus pais e saiu de casa com o pensamento pesado por estar fazendo algo errado.

Ele fez menção para ela o seguir e logo estavam em um beco que dava acesso a uma das principais ruas fluviais. Sasuke estendeu a mão para que ela embarcasse em uma gôndola que estava parada a sua espera.

– Boa noite. – ele sorriu e ela respondeu – Você está linda...

– Aonde vamos? – perguntou ela ao se sentar e vê-lo conduzir a gôndola.

– Você verá.

Sasuke conduziu a gôndola até o porto mais afastado de Veneza. Logo tomaram uma balsa, pelo clima e pelo horário, estava quase vazio, com umas duas ou três pessoas a mais. Ela conhecia o caminho, estavam indo à Murano, uma ilha próxima onde o prefeito havia hospedado todos os artesões de vidro de Veneza, com medo de algo acontecesse. Não demorou muito e em menos de 15 minutos ela já avistava o farol principal.

– Sakura, venha! – ele estendeu a mão para ela sair – Você está trêmula.

– Nunca vim aqui...

– Essa é uma ilha calma e a mais deserta. Não está com medo de mim, ou está?

– Eu nunca fugi assim de casa. – ela riu enquanto se dirigiam ao restaurante às margens do canal.

– Esse é o meu favorito. – ele sorriu ao falar do restaurante – Eu tenho uma residência aqui.

– Aqui? – perguntou ela incrédula e ele fez menção para que ela prosseguisse – Não é bem a sua cara. É tudo muito calmo...

– Digamos que aqui é o meu refúgio. – ele riu enquanto sentavam-se à mesa mais próxima da borda.

– Costuma trazer todas aqui? – perguntou ela enquanto se distraia olhando a paisagem

– Você é a primeira. – ele sorriu deixando-a sem graça.

E por lá ficaram e jantaram... Sem muitos rodeios, Sasuke era quem mais perguntava e a curiosa Sakura não tinha suas duvidas tão sanadas quanto ele. O pirata sempre desviava as perguntas em relação a sua vida pessoal. Não era muito confortável a esse assunto.

Logo ele resolveu mostrar o seu refugio para ela. Andaram algumas ruas e subiram as escadas de uma espécie de loja de vidros. Era praticamente um sobrado. Sakura encantou-se com a organização e com o alto nível dos objetos, além de ser bem decorado.

“Não era de se esperar, vindo de um ladrão...” pensou, sentando-se de frente a grande janela da sala de estar.

– Belo lugar... – ela sorriu – É calmo...

– Pelo visto você não aprecia muito a sua casa. – perguntou Sasuke sentando-se ao lado dela.

– Bom, depois que minha irmã se mudou... As atenções se voltaram para mim. Não é algo que eu goste. Minha mãe gosta de me controlar demais.

– Você parece ser mimada mesmo. – ele riu

– Eu estou errada em estar aqui. Nem ao menos lhe conheço. Você não deixa...

– Por que diz isso?

– Toda vez que lhe pergunto algo sobre seu passado, você muda de assunto.

– Quero que saiba apenas o necessário, por hora. – ele a encarou seriamente e ela sorriu derrotada. Ambos se olharam e Sasuke decidiu se aproximar da moça e para a surpresa de Sakura, ele a beijou com carinho e ela retribuiu, colocando suas mãos em volta de seu pescoço. Sasuke sorriu e a abraçou segurando fortemente em sua fina cintura. Acomodou-a no sofá para que seu pescoço ficasse mais acessível ao jovem pirata que suspirava ao sentir o doce perfume da moça.

– Sasuke... – ela o interrompeu – Acho que não devíamos...

– Eu sei. – ele se distanciou e sorriu – Mas por isso mesmo que eu fiz. – ela levantou-se e soltou um longo suspiro.

– Isso está errado. E muito. – ela o encarou e ele riu – Quero que me leve para casa.

– Por quê?

– Não discuta Sasuke. Apenas me leve.

O caminho de volta fora silencioso. Diferente do primeiro, que costumavam conversar sobre tudo e todos. Sasuke mantinha sua pose e Sakura tentava relaxar olhando o mar. Despediram-se e Sakura voltou para a casa sozinha.

– Te encontro amanhã! – ouvi-o gritar acenando

Jogou-se na sua cama com raiva de si mesma. Proibia-se de se apaixonar por ele, era o caminho mais errado a se tomar e algo que a incomodava. Como eles eram tão opostos? O único sentimento que a rondava agora era o medo. Medo de encontrar ele novamente, medo de sua reação, medo de perdê-lo. Oh droga, quanta indecisão. E mais uma noite mal dormida iria para a conta de Sakura.