My Doctor escrita por Sofia Travassos


Capítulo 6
A TARDIS não gosta de nós


Notas iniciais do capítulo

Hellah. Então, demorei só um pouco (muahaha) e acabei de terminar esse. Se estiver meio, sei lá, confuso, perdoem-me. (lol)
Allons-y.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411204/chapter/6

Faz aproximadamente duas horas que estou sentada no mesmo degrau, pensando numa resposta. Doutor e Brian conversam animadamente sobre cartas do outro lado do console. De vez em quando, vejo uma carta voar e Brian indo buscar. Mas não estou prestando muita atenção no que estão falando, porque tenho uma questão um pouco mais importante que pode mudar a minha vida para resolver.

Levanto, finalmente, e os dois param de conversar. Doutor vem correndo até mim e esfrega as mãos, com um olhar duvidoso no rosto. Brian se posta ao seu lado, ansioso.

–Bem... – começo – Já tomei uma decisão.

Acenaram a cabeça, implorando para continuar. Hesitei e finalmente disse:

–Eu topo.

Brian desatou a dar pulinhos e gritando “Aliens! Aliens!” e Doutor correu para o console, sorrindo como uma criança em seu aniversário.

–Então, companheiros... Onde querem ir?

Como mágica, um lugar veio a minha mente. Brian e eu nos entreolhamos com um sorriso. Tornamos a olhar para ele e, em uníssono, falamos:

–Para a Estrela da Morte!

O sorriso de Doutor foi se desvanecendo.

–Isso é ficção! – ele exclama.

Brian parece ligeiramente desapontado.

–Que tal... – falo – Quais são o lugar e o tempo mais próximos onde a vida é a mais parecida com a nossa?

Doutor volta a sorrir e corre em volta do console, fazendo coisas. Clica em botões, esmurra placas, gira manivelas e, por fim, fala:

–Segurem-se – e com um sorriso maníaco, puxa uma alavanca.

A sala inteira começa a tremer violentamente, mas é muito divertido, de certa forma. Brian e eu nos agarramos ao console, rindo feito dois idiotas. Depois de uns trinta segundos, Doutor soca um botão azul e tudo finalmente se estabiliza. De repente, o sorriso que se instalava no seu rosto é substituído por uma expressão de pura tristeza. Ele move a mão lentamente para outro botão e aperta fracamente. Ele se apoia no console e suspira, em clara tristeza. Depois de um tempo de um Brian ainda rindo e uma eu preocupada, ele esfrega o resto e sacode a cabeça, como se estivesse afastado um pensamento ruim.

–Está tudo bem? –pergunto.

Ele sorri e acena a cabeça.

–Então, Coopers... – ele corre até a porta, com nós atrás, e para, virando-se para nós – Estão preparados?

Ele não espera pela nossa resposta e abre as portas às suas costas. Quase desmaio e sinto Brian se apoiar em mim, após suas pernas fraquejarem.

A primeira coisa a ser notada é o céu: infinitas estrelas e quatro luas, mais o planeta gigante com anéis massivos mais ao longe.

Depois, nossos olhos baixam para a cidade. Prédios e mais prédios, todos incrivelmente altos, com milhares de pontinhos luminosos em cada um. Os edifícios têm formatos estranhos, como árvores e seus galhos: o tronco principal e os pequenos segmentos, que variam de três ou quatro por prédio.

A cidade se estende até o horizonte.

–É incrível como só na Terra as estrelas não aparecem à noite no meio de uma cidade! – Doutor grita ao meu lado, tentando sobrepor um som de zumbido retumbante.

–Que barulho é esse? – berra Brian, ele diz olhando para baixo – Uau...

Sigo seu olhar e quase caio da beira do prédio onde a TARDIS aterrissou.

Não existe chão. Os prédios surgem da escuridão abaixo.

Olho para Doutor, sorrindo. Deparo-me com uma cena que não gosto: Doutor está aterrorizado. Meu sorriso desaparece.

–O que foi?! – grito.

–Ahn... Não é nada! É só que... – ele se interrompe, porém continua: - Eu tenho medo de altura, só isso!

Não me convenceu.

–Mentira! Doutor, o que foi?!

–Ahn, que tal voltarmos para a TARDIS?

Menos de um segundo depois, entendo por quê. Vejo ao longe cinco prédios sucumbirem ao mesmo tempo, em pontos diferentes da paisagem. Meus olhos se arregalam e agarro o braço de Brian. O garoto olhava para baixo, maravilhado com o fato do chão não existir.

–Brian! – chamo – Corra para dentro.

–O quê? – ele exclama, ainda olhando para baixo – Por quê?!

Tarde demais. O prédio em que estamos começa a tremer junto com o zumbido. Está sacudindo tanto que não podemos fazer nada além de se agachar e esperar que fosse uma alucinação incrivelmente real. De repente, ele começa a cair, do mesmo jeito que os outros, dando um frio na minha barriga.

Nunca gostei de montanhas-russas por causa disso!, a vozinha irritante de dentro da minha cabeça grita.

Você está muito ativa ultimamente, penso, estranhamente calma, Vou te chamar de Jojo.

Ah, não!, Jojo lamenta.

Caímos e caímos, até que tudo é escuridão, a não ser pelo instrumento com ponta que brilha em laranja forte do Doutor. Ele se agarra ao chão, apontando aquela coisa para todos os lados.

Escuto o grito contínuo de Brian ao meu lado. Agarro seu braço e ele olha para mim, ainda gritando. Puxo-o até que estamos engatinhando com grande dificuldade, em direção à TARDIS.

Não sei como nós não simplesmente voamos do prédio assim que ele começou a desabar, mas parece que estamos indo para o alto, mesmo que nossos cabelos voassem para cima. Estamos pressionados contra o chão.

–Isso não faz sentido nenhum! – escuto Doutor berrar de frustração.

Finalmente, chegamos à porta da cabine. Brian se estica e gira a maçaneta.

Uh-oh..., Jojo murmura.

–Trancada?! – Brian grita.

Ele tenta mais algumas vezes e desiste. A única coisa que nos resta é sentar e esperar que isso acabe.

O zumbido vai ficando cada vez mais alto. Vamos morrer, e é tudo culpa minha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

UUUUUUUUUUUUUUUHHHHHH, E AGORA...?
Gostei desse, estou orgulhosa. Ah, praqueles que não sabem, tenho um blog explicando coisas e coisos sobre principalmente essa fic. Então, é, simbora.
http://myfanfictions-lira.blogspot.com.br/