Sentimento Proibido escrita por Nana


Capítulo 5
Os desesperos: A bela notícia




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Na manhã seguinte não nos olhamos muito, ele acordou primeiro e foi para a escola sem nem tomar café, provavelmente me evitando... Acordei feliz, mais ao mesmo tempo triste...
- Estou muito feliz por seu irmão! – Disse minha mãe enquanto tomava uma xícara quente de café.
- Feliz? Pelo que??
- Hora ele não te contou?
- Fala logo mãe, ele não falou nada...
Já estava ficando apreensiva...
- Então deixe que ele mesmo te conte!
Levantei-me impaciente, imaginando o que poderia ser... Peguei minha mochila e parti sem nem dizer um tchau.
As ruas estavam sombrias, solitárias. Havia somente eu e mais ninguém... Mas meu pensamente estava avoado, pensando em nada.
Caminhando cada vez mais rápido, agoniada, como se alguém me seguisse. Os olhos corriam de um lado ao outro, mais não via nada alem da solidão. O que estaria me seguindo em plena luz do dia?
Passando por uma rua estreita, era como um atalho para chegar mais rapido na escola, um homem me parou. A freiada brusca fez com que eu perdesse o equilíbrio e me apoiasse no desconhecido.
Segurando meu braço ele me encarava malicioso.
- O que uma garotinha como você faz por aqui sozinha? –Disse ele com um tom um tanto irônico.
Meus olhos formigavam e as lagrimas rolavam sem impedimento.
- Você esta me machucando... – Soltei as palavras como resposta de sua pergunta.
Ele sorriu ainda mais com o tom da minha voz, me apertou ainda mais e carregou-me pelo braço até um terreno com mato alto e muro baixo. Parou num tapete encardido.
Meu coração ardia, doía tanto. Não sei se de medo ou nojo, mas doía muito. Como eu queria que o Fujii-Kun estivesse ali.
Ele puxou minha mochila com a outra mão.
-Tira a roupa. – Sussurrou ele olhando em direção a rua. Quando me viu parada o encarando terminou um tanto arrogante. -... ou prefere que eu faça isso por você?
Puxei meu braço com força, até que estivesse livre, corri o Maximo que pude, sai do terreno como uma doida, correndo e chorando.
-Volte aqui garota! –Gritava ele atrás de mim - Volte aqui
Corri com esperanças de encontrar alguém, mais não havia exatamente ninguém na ruazinha.
Antes que eu chegasse no final da rua ele me alcançou. Entrei em desespero, comecei a pular, gritar, tentar fugir, eu batia nele com toda a força que eu tinha, mas nada adianteva. Era como se eu fosse uma bonequinha de pano nas mãos de um garoto malvado.
Enquanto em me esperneava no meio da rua sem ninguém, ele mandava eu me calar me ameaçando, dizendo que iria me bater se eu continuasse.
Eu não tinha mais forças para lutar, ninguém passaria por aquela rua, desistir não era a melhor opção, e sim a mais aconselhável.
O homem suspirou e sorriu.
- Takita-san?! – Alguém gritou de longe, atrás de mim.
Meu rosto virou por reflexo, com um tom de esperaças.
- Takita-San! – Gritavam os meninos da escola correndo em minha direção.
O homem me olhou e depois olhou para eles.
-Eu te pego na próxima gracinha.
Ele me soltou e correu até que eu não enxergava mais nada. Meus olhos estavam cheios de lagrimas, a vista embaçada, sentindo o vento soar pelo meu rosto e minha mente escurecer.
Sentindo a queda do meu corpo ao chão e o sorriso fluir na face, os meninos chegando e gritando. Mas eu só ouvia, não enxergava nem sentia.


O desespero no rosto do Fujii-Kun me dava agonia, mesmo eu já tendo me recuperado e estando consciente. O desmaio foi longo, só acordei no fim da manhã na enfermaria da escola.
- Fujji-Kun. Eu estou bem – Dizia sem ser ouvida.
Fujji-Kun andava de um lado para o outro sem nem olhara para mim enquanto eu falava.
- Como pude deixá-la sozinha? Como pude ser tão burro?
- Não é sua culpa Fujii-Kun...
Logo a enfermeira entrou e explicou que estava tudo, foi apenas o desespero, desmaiei porque sou fraca a sertãs emoções. Eu já poderia ir para casa sem problemas, desde que não fosse sozinha. Fujji-Kun não deixou nem um passo de distancia enquanto caminhávamos para casa. Explicar as coisas para minha mãe foi difícil, ela entrou em desespero e não queria mais que eu andasse sozinha por ai, nem mesmo ir à casa de uma amiga.
- Seu irmão ira te acompanhar aonde você for até o fim do ano.
Minha mãe era extremamente exagerada, achava que iria mandar ele me levar em tudo até eu me casar ou até minha morte.
- E depois...? Se ele voltar? – Perguntei
- Bem, ai, você sairá com uma amiga, ou amigo... Posso te levar à escola e volta com uma amiga... Nas féria não vai ter probl-
- Como assim levra para escola, mas o Fujji-Kun...
Fujji agora enterrará seu rosto entre as mãos, não me encarou mesmo sabendo que o olhava confusa. Minha mãe o cutucou com o pé, achando que eu não veria.
- Fujji- Insistiu ela
Ele virou o rosto para minha mãe, sem olhar diretamente para mim.
- Posso ficar sozinho com ela?
Minha mãe não respondeu, mais saiu do quarto
Ele me olhou, não diretamente em meus olhos, mais estava olhando para minha.
- Desculpa... – Ele me abraçou forte, como nunca fizera antes, uma sensação maravilhosa me inundou mais logo fugiu quando El terminou a frese. -... desculpa, mas não podemos ficar juntos para sempre, somos irmão...
Era como se eu fosse jogada de um prédio de cem andares, e sentisse a queda repedidas vezes, a dor partiu do coração indo para todo o corpo, ele ainda me abraçava forte, acho que para não ver meus olhos molhados, e nem meu rosto perturbado.
Não sei quanto tempo se passou até alguém se mexer ou falar algo, minha mente já não funcionava mais, só imaginava Fujii, meu Fujji-Kun, indo embora de malas para longe de mim, para sempre.
Demorei a perceber que minhas lagrimas estavam molhando seu ombro, e que meu ombro onde ele tinha seu rosto se refugiando, também estava molhado, ele estava chorando, de verdade, por mim...
- Vou, vou, - Ele parecia querer dizer aonde ia, mas no fim não conseguiu.

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