Rubi chegou ao escritório do tal empresário. Era tudo tão grande e de bom gosto. Ela vestia um vestido justo preto discreto, meio decotado nos seios. A corrente que ela tinha ganhado há muitos anos atrás enfeitava seu pescoço com harmonia entre os seios fartos. Os cabelos longos e soltos, com ondas magníficas. Um secretário com a cara fechada mandou-a entrar na sala do chefe. Ela teria uma entrevista com ele. Ela entrou naquela sala pintada de branco e preto. Cheia de personalidade ela notou.

Notou também um homem bem alto de frente para a janela pendurado a um telefone. Achou mais sensato esperar ele terminar o telefonema.

- Você terá de fazer o seu trabalho muito bem. Não posso ter tantos prejuízos assim. Disse ele desligando o telefone. Quando se virou para falar com ela foi tomado pela surpresa de ver uma criatura tão bela em sua frente.

- Olá, você deve ser a minha nova estilista...

- Rubi. Rubi Cast. Ela disse abrindo um breve sorriso. Aléxis não conseguiu disfarçar sua cara de surpreso. Era ela? Ela era sua Rubi? O grande amor de sua vida? Não poderia ser ele conheceu uma garota baixa e gorda, não uma mulher deslumbrante e linda. Mesmo assim não podia deixar de ver o brilho em seus olhos azuis. Aquele sorriso doce de menina. Ele quase poderia sentir o cheiro de jasmim. Ele a fitou de uma forma que a deixou confusa. Ela retirou o cabelo dos seios e deixou à mostra a bela corrente com o pingente de rubi. Ele pode ter a certeza. Era ela. Sua amada. Mas algo mudou. Ele a deixou. Há seis anos ele tinha abandonado ela. Ele não queria sentir nada por ela. Pena que não mandava em seu coração.

 – Então como devo chamar meu cliente? Ela disse com certa sedução na voz.  Ela fitou com atenção o homem de um metro e noventa, bronzeado e bem vestido. Como era bonito!

– Aléxis Draco. O coração de Rubi disparou. O destino estava brincando com ela. Não poderia ser.  Então como um tapa na cara suas perguntas foram respondidas, ele continuava lindo e irresistível.

– O que foi Rubi não me reconhece? Ele disse com um sorriso irônico na cara. Como ele podia ser tão imbessil? Depois de ter feito o que fez, ela tinha ódio dele!

– Sim eu o reconheço já faz muitos anos não? Ela procurou se sentar na poltrona perto da janela. Estava desesperada. Não esperava encontrá-lo nem tão cedo. Como ela poderia trabalhar com ele? Ela tinha um filho que ele nem sonhava!

 – Sim, foram tempos muito bons não acha? Éramos melhores amigos. E você era uma menina. Hoje é uma mulher. Ele disse olhando-a de baixo a cima.

– Sim, todos têm que crescer. Então vou trabalhar pra você? Ela disse tentando fugir do passado. O clima naquela sala era tenso. Doía lembrar-se do dia em que ele a deixou, mas ela não ia dar uma de frágil, ela ia ser forte.

– Sim você é muito competente de acordo com o seu currículo. É prazer recebê-la em minha empresa. Ele sentou em sua cadeira e começou a assinar alguns papeis.

– Você tem filhos ou mora com alguém? Ele a encarou. Tinha que saber mais da vida dela.

– Sim eu tenho Alejandro. Ela disse sem olhar para ele.

– Seu marido?Ele presume.

– Não ele é meu filho, tem seis anos. Eu não tenho marido. Ela continuou sem olhar para ele. Não queria que ele descobrisse. Podia ler os pensamentos dela.

– Me desculpe pelas perguntas, mas e que eu viajo muito e vou precisar de toda a sua disposição. Ter alguém para tomar conta não será vantajoso. Aquele jeito de falar que ele usava lhe causava náuseas. Como assim não será vantajoso? Aquele era o filho dele. Seu único filho.

– Não tem problema meu filho ira morar com o avo. Eu estarei a sua disposição. Quando começo?Ela o encarou friamente, odiava aquele imbessil que estava na sua frente.

– Amanhã. Mandarei meu motorista te buscar as 08h00minh. Tenho uma grande festa de marketing amanhã. Ele não conseguia parar de fita-la. Um filho de seis anos? O exato tempo em que ela esteve fora? Não. Não podia ser filho dele afinal foi só uma noite e ele tinha apenas dezoito anos. Uma duvida surgiu em seu pensamento. Rubi se levantou e foi embora com medo e nervosismo. O que aconteceu com a adorável Rubi, inocente e menininha? Agora era uma mulher, muito linda notou.