As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 35
Capitulo 35 - Preparações Em Chamas




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Chaffin carregava sua mestra desfalecida em seus braços junto com a urna de sua antiga armadura, uma vez que ele vestia a armadura herdada de Casty, uma admirável amazona, quando viva, e também pós-morte. Consigo os dois jovens gêmeos também carregando as urnas das armaduras que dos cavaleiros que haviam sido derrotados pelo caminho, e enfim chegaram ao primeiro templo zodiacal, onde haviam decidido descansar, pois acreditavam ser um lugar seguro. Ao entrar no Templo de Áries, apenas seus passos ecoando no vazio eram ouvidos, em um dos lados da casa eles deixaram as urnas e o corpo da amazona junto à um pilar de sustentação quando Hakurei nota a presença das ferramentas douradas de reparo das armaduras encostados num canto próximos à entrada.

– Olhem – Disse Hakurei apontando para as ferramentas douradas.

– Isso é... – Disse Sage em resposta.

– Sim, as ferramentas do Mestre Messura.

Os três se aproximaram e ao chegar perto da saída, se depararam com o object da armadura dourada de Áries montado na escada de entrada do templo zodiacal, fazendo o cavaleiro e os dois jovens correrem até a entrada e ficaram todos estupefatos com o cenário de destruição logo no pátio do Santuário, por um breve momento todos ficaram estáticos por não saber o que pensar sobre o que havia acontecido ali, observando ao redor encontram o corpo do cavaleiro de prata caído próximo às escadas e correm até ele, o mais novo cavaleiro de Vela chega antes e se ajoelha próximo ao cavaleiro de prata, ouvindo seu nome de um dos gêmeos que chegavam mais segundos após.

– Vaskes!

Ele então o segura e chama seu nome a fim de acordá-lo, o que lhe pareceu inútil depois da terceira tentativa, quando ele pensou ter perdido mais um de seus companheiros de batalha um movimento chama sua atenção, o cavaleiro de Grou abria seus olhos e logo levava a mão à cabeça pois sentia uma dor intensa, e logo se sentava no que sobrara das primeiras escadas.

– O que houve aqui?! – Questionou Vela.

– Mas...O que?!... Quem é você? – o outro cavaleiro parecia estar meio confuso ainda logo após retomar consciência.

– Sou o cavaleiro de Bron...de Prata, Chaffin de Vela, estes ao meu lado são...

– Sage e Hakurei... O que fazem aqui?!

– O que houve neste lugar?! – Perguntou Chaffin novamente.

Grou se vira rapidamente para a entrada do templo de Áries e olha o object da respectiva armadura dourada, e abaixa a cabeça e fecha os punhos.

– Ele se foi. – Respondeu Grou – Ele lutou e no final, se sacrificou.

Escadarias do Santuário

O grupo de guerreiros em preto prosseguiam incansavelmente pelas escadas, ao olhar para trás, era possível ver o Décimo templo, que estava vazio, nem mesmo um sinal de vida fora visto pelos guerreiros de Hades, e então todos rapidamente prosseguiram, a tensão começava a tomar conta do grupo, eles sabiam que os cavaleiros de ouro tem a responsabilidade de guardarem seus templos, principalmente em horas de crise como a que assolava o Santuário neste momento, e sabiam que se eles saíram de lá, algo ainda mais urgente devia ter tomado conta dos cavaleiros protetores de ambos os templos, o guia deles, diferente dos soldados, parecia não ter se abalado nem um pouco pelo fato de não haver ninguém dentro das duas casas anteriores, talvez a sorte sorrira para os guerreiros do submundo, e em segundos começaram a se conformar com os fatos e se focar apenas no próximo templo, consigo, pequenos seres reluzentes, que pareciam despercebidos pela maioria deles caminhavam cambaleando pelo ar juntamente à horda negra.

Templo de Leão

A luz extinguia-se com a mesma velocidade que fora disparada deixando dois dos pilares de sustentação caídos, deixando um inclinado sobre o outro, não havia sinal do antigo cavaleiro de Lince Negro, então Érick se vira para seus dois pupilos e sorri com um olhar que transborda confiança, mas os ataques dos soldados rasos não cessavam, ao se aproximar sente um pequeno ardor e levou a mão ao rosto, antes de chegar à sua face, o cavaleiro de ouro percebeu que o sangue dele escorria lentamente por entre seus dedos, mas apenas de seu braço direito, com a mão esquerda ele toca seu rosto, ates intacta, nela haviam mais três pequenos cortes quase que simétricos aos que havia em sua outra face, então um movimento leve e sutil faz o leão voltar-se aos pilares que haviam caído com seu ataque devastador, e sentado no que estava inclinado, estava o antigo cavaleiro de Lince com um sorriso lateralizado, e aparentemente sem dano algum.

– Não pensou que eu com meu novo poder seria derrotado por uma técnica tão mediana assim pensou?! – Disse Lince em tom de debate. – Que ingenuidade.

– Cale-se! – Rugiu o leão dourado – Você se vendeu, este poder não é seu de verdade!

– Ah é?! – Satirizou o ex-cavaleiro – então que foi que arrancou seu sangue desse jeito?!

Logo após proferir tais palavras uma grande esfera de espinhos flamejante chegava a quase tocar o rosto do antigo cavaleiro, mas fora facilmente parada com uma única mão, desfazendo facilmente a técnica do guerreiro que representa o cão do inferno. Rapha vira seu rosto na direção de onde viera a esfera de fogo, Gutto o encarava fixamente com um olhar de ira, a máscara de Adélia escondia sua emoção, mas certamente o sentimento era o mesmo, em sua mão, ela segurava e estrangulava o braço de um dos soldados, todos os outros já haviam sido destruídos completamente, não havia um corpo inteiro se quer no chão, que tinha o branco coberto por um vermelho intenso, um estalo é tanto o fim da conexão do braço do soldado com seu corpo, quanto o estopim para o início de uma batalha, os pupilos do felino de ouro avançam em direção ao seu antigo companheiro de treino. Rapha apenas sorri e olha de canto de olho seu adversário primário, em apenas um segundo os dois guerreiros que avançavam foram fortemente lançado para trás.

– Não me façam rir – Disse Lince Negro – Se nem mesmo o guardião deste templo conseguiu me tocar, acredita mesmo que vocês conseguiram?!

– Não nos subestime! – Disse Adélia levantando-se

– Isso mesmo! – Completou Gutto – Você não faz mais parte de nossa casa maldito traidor, você não é capaz de vencer os incríveis guerreiros da casa de Le...

Antes que completasse sua frase os dois cavaleiros foram jogados para trás com ainda mais força, a máscara de Adélia fora cortada ao meio deixando sua boca e parte do nariz à mostra enquanto Gutto teve seu rosto ferido igual ao seu irmão, o mesmo que permanecia parado apenas observando a cena que ocorria bem à frente de seus olhos sem nem ao menos falar nada.

– Você se superestima demais – Disso Rapha enquanto Gutto se levantava ao lado de Adélia – E fala muito também, quem sabe um pouco mais de ação?!

– É ação que você quer? É isso que você terá! – Cérbero queima seu cosmos juntamente com sua companheira amazona, ambos fazem a temperatura aumentar a ponto de entrarem em combustão, as chamas pareciam não fazer efeito algum sobre seus corpos, e ambos com uma velocidade muito maior continuam a avançar em direção ao inimigo queimando todo o caminho por onde passavam, Adélia pula na frente de Gutto que faz um apoio com a arma e correntes dele impulsionando ambos contra seu inimigo. – Hell Mace!

– Lionet Bomber!! – A técnica de fogo de Adélia envolve seu corpo em chamas ardentes e as maças gigantes que rodopiam ao seu redor.

Rapha se levanta e se move em tamanha velocidade que Adélia o perde facilmente de vista, quando a amazona percebe a presença do seu inimigo ele já estava muito próximo e com um golpe ele atravessa a defesa quebrando ambas as maças e golpeando-a na nuca, fazendo com que a guerreira perdesse a consciência caindo no chão perto dos pilares caídos, Lince sem que percebesse teve seu braço queimado, quando ele deu por si, já não tinha mais a sensibilidade do braço esquerdo.

– Avante Irmão! – Gritou o Leão enquanto corria para atacar o ex-cavaleiro.

Salão do Deuses Gêmeos

Os portões se abrem fazendo com que todas as ninfas se virassem e olhassem para o mesmo, assim como o Deus governante da Morte e sua convidada. Passando pela porta que permanecia aberta dando misticamente para o corredor branco do Castelo de Heinstein, vinha um homem em vestes douradas assim como seus olhos e cabelos, consigo uma flauta toda em ouro, o homem caminhava em direção aos dois, ele olhou por um momento fixamente para a jovem pálida que o encarou de volta.

– Senhorita Requim – Com sua atraente voz a garota se levantou imediatamente ao ver o homem reverenciar e em seguida um grupo de mulheres chegarem próximas à porta, sem passar por ela. – Acredito que deva se preparar para o grande evento de hoje.

Com isso ela acena com a cabeça como que se retira para Thanatos e caminha até a porta por entre as ninfas sentadas rodeadas pelas flores, com seu vestido preto e carmesim.

– Sim, senhor Hypnos – Respondeu a jovem quando chegava perto do Deus governante do Sono.

– Apenas Hypnos, por favor. – E um lindo sorriso apareceu no encantador rosto do Deus.

Ela então sorriu de volta e passou por ele, se juntando às damas em preto, mulheres que que tem servido à família Heinstein desde muito tempo atrás. Sem que pudesse olhar para trás, a porta se fecha em suas costas trancando-se, então a caminhada na grande Marquise branca começa.

Entrada do Santuário

O cavaleiro já muito debilitado fez com que todos que ainda sobraram ali queimassem mais uma vez seus cosmos, ainda assim era clara a diferença entre eles e o trio das trevas que permaneciam imponentes diante da insignificante ameaça dos guerreiros de Athena. O vento sopra e a madeixa vermelha entra no campo de visão da Pandora, com isso ela compreende ainda mais as intenções de seu irmão, seu sorriso discriminava isso, antes que seus escudos pudessem se mover, a garota de beleza fúnebre começa sua caminhada em direção ao guerreiro de braços abertos à sua frente, e com a mão esquerda apenas o empurra, fazendo-o cair no chão inconsciente e passando por ele sem se importar com os demais cavaleiros.

– Vamos! Alexander, Radamanthys. – Invocou Pandora – Meu objetivo está completo, os pequenos soldados da Deusa Falida não podem fazer mais nada contra nosso poder. – Ela então olha para o relógio de fogo com apenas três chamas restantes, uma delas começava a diminuir lentamente sua intensidade. – E eles mal tem tempo de fazer algo.

Os três prosseguiram para a carruagem, Benu se posiciona novamente como cocheiro das bestas negras e Wyvern ajuda Pandora adentrar na cabine, fecha a porta e dispara um olhar fulminante para os cavaleiros sobreviventes. – Aproveitem o pouco de vida que ainda há em vocês - Logo em seguida senta-se ao lado do cocheiro do lado de fora da carruagem e todos rapidamente voam em direção ao Norte numa velocidade impressionante.

– “Aguarde-me, Irmão.”


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