As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 28
Capitulo 28 - Caminhos Divergentes




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Templos dos Deuses Gêmeos

E o último acorde da lira sagrada do deus da Morte combinado com o som da última batida na tecla do piano terminam a linda música, as ninfas que ali estavam pareciam estupefatas pela magnificência da gloriosa música que fora tocada e batem palmas com seus olhos cheios de lágrimas.

– Devo dizer que a senhorita foi, perfeita! – Disse Thanatos

– Obrigada – Respondeu Requim levemente ruborizada. – Também és um exímio musico.

– Tenho muito tempo para praticar... – Disse Thanatos descendo o tom de sua voz a cada palavra proferida. – Bom, acredito ter conseguido realizar a tarefa que seu irmão me incumbiu. – Disse o homem se distanciando um pouco e de costas para Requim – Aqui é o lugar mais seguro, e onde não teríamos interferência alguma, e mesmo com seu tempo fora para estudar, não perdeu suas características herdadas pelo sangue Heinstein, e logo, mais do que nunca você precisará mostra-los senhorita.

Requim estava espantada com o que estava ouvindo, mas lá no fundo ela já sabia de tudo, seus olhos sem se fixar em nada apenas correm em suas orbitas com as pupilas dilatadas do canto inferior esquerdo para o canto superior direito, como se juntasse suas lembranças no presente, aquele homem era um Deus, e ela já tinha se esquecido disso depois de passar horas a sós com ele.

– Você mesmo sem um treino apropriado conseguiu rapidamente despertar as características de seu cosmos – Prosseguiu o homem em seu monólogo – Pandora já deve ter lhe contado tudo sobre isso, então serei breve, você estava junto, a missão que o Senhor Hades confiou à Pandora era para adquirir as mesmas características que você já possui, para que então vocês... nós pudéssemos nos unir no que ele chama de Ato Inicial.

Entrada Central do Santuário

O relógio de fogo ia aos poucos perdendo suas chamas, a sexta delas, havia apagado, apenas metade do tempo estava à disposição dos guerreiros de Hades, mas ainda havia algo além disso. Os cavaleiros estavam relativamente cansados, eles haviam acabado de passar por diversas provações e estavam guerreando há horas, mas a garota ainda brincava com seus corpos que apesar de não aparentarem, gritavam pelo descanso. Eles todos lutavam conservando o máximo de energia possível, a maioria já conhecia a força de um dos componentes da tríade das trevas, Ito, que já fora um cavaleiro uma vez, Nenhuma habilidade fora utilizada, a pequena batalha baseava-se principalmente em golpes físicos e esquivas, as vezes não muito bem sucedidas, nada conseguia quebrar a formação dos seguidores de Hades.

– Vamos cavaleiros! – Gritava Pandora com um estranho olhar almejando a batalha, seu sangue fervia sem que ela percebesse, o vento batia em seu rosto e suas madeixas negras voavam e uma mexa rubra ia se destacando – Não disseram que não poderíamos derrotar todos vocês?! É este tipo de certeza que os servos da deusa falida têm?! – Uma pausa paira, os olhares voltados à mulher mudavam, ela havia tocado eles. – Lamentável!

– Como ousa?! – Gritou Matheus queimando seu cosmos – Nós lutamos por todos na Terra, não perderemos... – Mas fora interrompido por um braço à sua frente.

– Já acabou. – Disse Victor em tom casual. – Eles já não podem fazer nada.

Então centenas de milhares de fios brilharam na escuridão, os fios passavam por cada canto do local e se prendiam uns nos outros, no que sobrara do portão, nas grandes paredes e em vigas que estavam próximas cercando completamente os três guerreiros das trevas que pela primeira vez, foram surpreendidos.

– O que fará senhorita Pandora?! – Questionou calmamente Ito enquanto um de seus pássaros tocava o fio, mas fora prontamente retalhado em um piscar de olhos. – Estes são fios de oricalco, a habilidade especial da constelação de coma Berenice.

Os cavaleiros ao redor pareciam aliviados, eles tinham sido salvos por um de seus companheiros, com o peso de duas vidas ele pudera preparar sua técnica. Os fios uniam-se nos punhos do cavaleiros que com os mínimos movimentos conseguia deslocar os fios de suas posições. Pela primeira vez, Pandora se viu presa, um sentimento estranho cobria seu ser, ela começara a se sentir derrotada, e com isso um imenso ódio surgiu na donzela de preto, uma lágrima toca o chão, em seguida algumas gotas de um liquido carmesim, seus sentimentos haviam cessado, a confiança havia voltado, junto com seu sorriso diabólico. O espectro de Benu, Alexander, agarrava sua Sapuris na porção esquerda do peito com a mão esquerda, era clara a dor que ele sentia, mais uma lágrima escorrera pelo seu rosto, com a outra mão ele segurava em um emaranhado de fios de oricalco acima de sua cabeça, e por ser bem mais alto que Ito e Pandora notava-se que os fios estavam longe dos dois.

– “Não posso perder aqui, tenho que prosseguir, por ela” – Pensava Alexander – Não se esqueça de seu escudo Senhorita Pandora, mesmo que nos custe à vida, nós lhe defenderemos.

Então sua mão entrou em combustão, as chamas eram negras como seus curtos cabelos, e começaram a correr por todos os fios que Benu segurava, indo em todas as direções, e em um piscar de olhos centenas de milhares de fios queimavam intensamente, Victor movia seus punhos a fim de dar o último golpe nos três, mas fora completamente ineficaz, pois uma imensa sombra negra em forma de pássaro bloqueava os movimentos dos fios em direção aos três mensageiros da morte. Dentro da imensa sombra, Ito segurava com seu cosmos as linhas, de seus dedos pingavam sangue que escorria de seus braços, os cavaleiros ao redor não podiam se aproximar pois seriam retalhados e queimados, estavam incapacitados de ajudar seu companheiro, as chamas avançavam rapidamente em direção à Victor quando dois discos, um atrás do outro se aproximava em grande velocidade do rosto de Pandora.

– Ripping Saucer!!! – Allan havia usado sua técnica que conseguia chegar à grandes distâncias sem problemas controlando seus discos mortais, mas para isso ele teve que chegar mais perto do que todos a fim de ter um taxa de precisão realmente alta, e isso o fez ficar dentro da rede de fios em chamas.

A garota com um ar sombrio umedecia os lábios que ficavam naturalmente ainda mais vermelhos, os discos chegavam rapidamente até ela, seus escudos estavam ocupados, ela estava indefesa, os cavaleiros recobravam ainda mais as esperanças, quando ela aponta sua belíssima Flintlock na direção dos discos, seu cosmos fervia e passava pela arma, o gatilho fora puxado e com uma única bala atravessara os dois discos destroçando-os em pleno ar e atravessando o coração do cavaleiro que havia feito seu último gesto por Athena, Victor estava preso por seus próprio golpe, ele havia se ajoelhado enquanto as chamas alcançavam suas mãos, luzes douradas atravessaram cada uma das linhas em várias porções de seu segmento cortando facilmente cada um dos fios em milhões de pedaços que desapareciam junto às chamas negras no ar.

– Excalibur! – Ouvia-se ao longe.

Pandora não perdera tempo, uma das laminas sagradas iam em sua direção assim como de seus escudos humanos, seus dois soldados conseguiram esquivar-se do corte fatal, deixando apenas uma pequena ferida no peito de Alexander e um arranhão no braço de Ito, que ao se esquivar pulou na direção das costas de Pandora com diversos corvos juntos, ela ia em direção ao cavaleiro caído com as mãos queimadas, a lâmina atravessara os animais alados e cortara parte da armadura do cavaleiro de Corvo Negro, então a garota rapidamente chega ao seu alvo que ajoelhado e com as mãos em carne-viva não pode reagir enquanto o fio do Florete atravessava sua garganta, e depois seu peito quebrando a armadura na direção do coração, um gemido abafado pelo sangue que esguichava fora ouvido por todos ao redor que estavam em choque, então o quarto cavaleiro havia caído pelas mãos da dama que trazia a morte.

Templo de Virgem

Os três cavaleiros rapidamente adentraram o templo que estava claro como o fogo na noite, diversas tochas estavam acesas, uma poderosíssima cosmo energia cobria cada canto do templo, apesar de acharem estranho, todos prosseguiram, o templo era longo, mas mesmo assim fora rapidamente passado pelos três cavaleiros, mas quando estavam próximos à saída sons metálicos de passos, que correspondiam à alguém que trajava uma armadura chamou à atenção dos cavaleiros, eles pararam, e quando se viraram encontraram um homem de cabelos castanhos de tamanho médio, seus olhos estavam fechados, um ponto vermelho na testa denunciava sua origem, com o brilho do fogo, a armadura dourada reluzia como se fosse tocada pelo próprio sol, os olhos se abriam vagarosamente enquanto um discreto sorriso emergia. O cavaleiro não havia se apresentado ainda, apenas sua presença havia feito que todos o admirasse, mas por pouco tempo, em um piscar de olhos o ser dourado que estava a muitos metros de distância, estava agora à centímetros do cavaleiro de Grou.

– “Teletrasporte” – Pensou com toda a certeza o cavaleiro prateado.

E sem que percebesse uma esfera de cosmo refinado havia rompido as cordas que seguravam a espada sagrada fazendo-a cair na direção do chão enquanto o corpo do cavaleiro recebia o impacto da esfera em seu abdome e fora lançado para a parede, o que não acontecera pois o cavaleiro havia desaparecido e reaparecido à uma boa distância para dentro do templo observando o cavaleiro, e se surpreende quando vê a espada sagrada nas mãos do cavaleiro de Virgem.

– Mas, o que está fazendo Sascha?!?! – Gritou Geovanne tão impressionado quanto Carlos – Somos cavaleiros de Athena como você, nós só precisamos...

– Não me importo que passem! – Interrompeu o guerreiro dourado que sem nem virar o rosto para os dois jogou a espada nas mão de Carlos – Cumpram sua missão. – Disse enquanto estendia a mão para o cavaleiro prateado à sua frente como se quisesse algo.

– Por que não me deixa passar?! – Perguntou Grou retirando a pequena bolsa de couro negro, como o pequeno manto que estavam amarrados à sua cintura, assim como um livro que estava amarrado à sua perna esquerda, prendendo novamente o manto escuro. – Estamos do mesmo lado.

– Estamos mesmo, Mestiço?! – Disse Sascha com um sorriso no rosto – Você ainda não está pronto para passar deste ponto.

Vaskes arremessou um livro antigo a bolsa que fazia sons de um tilintar de vidro abafado que desaparecera no ar e sem que percebesse, Geovanne a estava segurando.

– Vá! – Gritou Vaskes com um sorriso cativante – Estamos correndo contra o tempo. – Afirmou o cavaleiro de prata - Confio esta missão à vocês... Amigos!

Os dois cavaleiros perceberam que algo estava muito estranho ali, e mesmo que cada fibra de seus corpos os forçassem a recuar, os dois com um grande pesar viram-se e seus corpos pareciam muito pesados, cada pequeno passo durava uma eternidade, mas a confiança uns nos outros e os laços de amizade que haviam se formado nas poucas horas que eles haviam se juntado foi mais forte, e então Urso e Cães de Caça continuam a subida ao salão do Grande Mestre.


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