As Estrelas Da Esperança escrita por Vaskevicius


Capítulo 23
Capitulo 23 - A Casa Das Almas Perdidas




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Quarto Templo Zodiacal, há alguns minutos atrás

A única luz que se via era da lua refletindo no liso piso do grande salão vazio, três pessoas conversavam, duas delas se vestiam de forma idêntica, com diversos panos, era claro que eles eram de uma outra origem, o vento batia e levantava as pontas soltas dos diversos panos brancos que compunham as vestes dos dois jovens garotos de cabelos brancos e feições sérias, uma capa branca também se movia de acordo com a brisa que a tocava suavemente, a capa estava presa à ombreiras douradas, onde haviam diversas pontas, assim como no elmo do homem.

– Mas, tens certeza de que é uma boa ideia fazer isso? – questionou um dos meninos aflito.

– Você está me questionando? – Disse o homem sorrindo – Não confia mais em seu mestre garoto? Eu ficarei bem!

– Mas, isso é muito imprudente – Complementou o outro garoto de voz idêntica ao primeiro – Você pode acabar... – Mas fora interrompido.

– Eu sei o que estou fazendo, o vocês dois tem coisas a serem feitas também – O rosto do homem ficou um pouco mais séria – As batalhas já começaram e aquilo que foi deixado para trás é de suma importância para complementar as informações do Wes, agora Vão!

Os dois garotos balançaram a cabeça e saíram do templo correndo, e começaram a descer as escadas com feições realmente muito sérias, naquele momento, eles prometeram pra si mesmo que no final se encontrariam novamente com seu mestre, e diriam que conseguiram cumprir suas missões diante da face da guerra. Dentro do templo o único em quem a luz da lua refletia era o cavaleiro, guardião do quarto templo zodiacal, que apesar da lua emitir um brilho branco, essa luz era refletida na armadura em um tom dourado, como deveria ser, o homem ali parado volta-se para a escuridão ri e em seguida, ainda com um sorriso no rosto, diz:

–Pois bem, agora não há ninguém aqui capaz de me ajudar...digo...tentar atrapalhar vocês...Além de mim é claro! – Disse o cavaleiro dourado parado com um sorriso malicioso em sua face – Até quando ficarão escondidos nas sombras? Posso vê-los através dela!

E uma explosão cósmica concentrada se espalha por cada canto do templo revelando diversos guerreiros, vestindo armaduras negras, das sombras, com o impacto eles são jogados a um ou dois metros de distância. Um tilintar metálico ouve-se ecoando no templo, então o cavaleiro dourado vira-se e se depara com um cosmo um pouco familiar se aproximando.

– Então até você se vendeu? – Riu um pouco e abaixou a cabeça, ainda com um sorriso no rosto – E qual seria a condição para serem de fato espectros daquele Deus perdedor?!

– Você só se faz de inteligente, nas circunstancias atuais, que tipo de pessoas faria uma pergunta que é além de retórica, muito retardada?! – Retrucou o homem que parava de andar e se posicionava à frente do cavaleiro dourado. – Vamos leva-lo para o inferno!

– Hahahahahahaha – o Higor levava uma mão à cabeça e a outra na direção do abdome – Mais que coincidência! Eu pretendo fazer a mesma coisa, vou ao inferno, mas EU serei o guia!

Os dois cavaleiros que estavam sendo assistidos por uma plateia de espectros silenciosos desapareceram diante dos olhos da plateia, que só voltou a vê-los novamente quando um choque de cosmos por conta da batida de punhos entre os cavaleiros causara um impacto relativamente grande dentro do templo, fazendo com que todos os soldados recuassem dando alguns passos para trás, pois era tudo o que podiam fazer naquele momento, os níveis dos dois guerreiros não se igualava ao dos soldados ali presentes. A luta parecia intensa, apesar do pouco tempo desde seu início, os dois se estudavam meticulosamente dentre risos e golpes que acertavam apenas o vento, até que o cavaleiro que desafiara o dourado aumentara um pouco a velocidade de seu punho na tentativa falha de acertar o cavaleiro dourado de Câncer no rosto, mas o sorriso não saia da face do cavaleiro, Higor estranhou pois achou que ele ficaria pelo menos um pouco frustrado por ter falhado, quando a parte que cobria seus dedos na armadura, anteriormente prateada, aumentavam de tamanho tão rapidamente quando seu último soco, então as garras negras passam pela maçã do rosto de Higor que se esquiva deixando seu elmo cair no chão e se afasta do antigo cavaleiro, ele toca seu rosto e quatro linhas de sangue foram abertas em seu rosto, porém por causa de sua velocidade, foram cortes superficiais, o Cavaleiro de Câncer se volta para seu inimigo que possuía um sorriso irônico no rosto.

– Então continua com seus truques baratos não é Hydrus – Uma breve pausa é feita por todos ali presentes e o dourado continua – Ou deveria lhe chamar de...Arth, já que não és mais um cavaleiro de Athena...

– Mas gostei da armadura – Disse Arth interrompendo Higor – Por isso a tingi com essa escuridão e a carregarei, por toda eternidade, já que terei toda eternidade assim que eu acabar com você! – E partiu para cima do guerreiro dourado.

– Ah! É verdade, aquela brincadeira de me levar para o inferno...

O cavaleiro de Câncer desaparece da frente de Hydrus que chocado fica vulnerável emocionalmente, o que causa uma pequena abertura em seu ataque, Higor se encontrava com as mãos no chão e com um impulso chuta o ex-cavaleiro prateado, acertando-o no rosto e quebrando seu elmo, ele então o puxa pelo braço e continua com uma joelhada no peito de Arth que afundou quebrando três costelas e fazendo-o ficar no ar por alguns momentos, tempo suficiente para Higor acertá-lo rapidamente com um tipo de gancho de direita nas costas de seu adversário quebrando mais duas costelas e levantando-o ainda mais no ar e com um sorriso levanta o braço e aponta para cima, exatamente onde Hydrus estava, com o indicador.

– EU vos levarei para o inferno, já que é o que tanto desejam! Pois preciso de um único dedo para mandar todos vocês de volta para o inferno! – E encarando com uma face irônica aquele que lhe conhecia – Inclusive você! Sekishiki Mekai Há!

Uma imensa luz azulada cobre cada canto do templo, e enquanto se esvaia levava consigo cada um ali presente, e por último o detentor deste poder, o Cavaleiro de Câncer, Higor, que desaparece com um sorriso no rosto, embora estivesse cabisbaixo. Algum tempo depois três cavaleiros entram no templo e começam a andar em direção ao seu centro, quando um brilho chama a atenção deles, Carlos se abaixa e pega o objeto mostrando para os demais.

– Este é... O elmo do guardião deste templo. – Disse Geovanne – Então aquele cosmos era dele, o que houve aqui?! Não sinais de grandes lutas aqui, não é possível que...

– Não se preocupe – Interrompeu Vaskes – Ele está bem, e acredito que ele voltará ainda melhor!

– Como pode saber disso?! – Questionou Geovanne.

– Não posso, apenas confio nele, como guerreiro de Athena, ele jamais seria derrotado assim tão facilmente.

– “Mas de fato há algo muito estranho nesse local” – Pensou Carlos olhando para o elmo que ele colocava de volta no chão, e voltava-se para a saída, porém com o olhar mais lateralizado – “É uma sensação parecida com a que senti ‘naquele dia’, está muito estranho mesmo, não é Darlan?”

Então todos sentem um ar frio passando por eles, e a quarta chama se apaga, então os três cavaleiros retomam o caminho seguindo até o próximo templo, e sem que percebessem algo se movimentava na escuridão, um pequeno bater de asas se mostrava ali.


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