Little Spark Of Hope. escrita por Vick Pimentel


Capítulo 5
Capitulo 5.- A nossa força.


Notas iniciais do capítulo

Amoras eu sei que vocês devem estar pensando "nossa mas que capitulo curtinho" e realmente ta curtinho mesmo, mas eu vou recompensar vc's nos próximos juro, juradinho, boa leitura *-*
Música do capitulo>> http://www.youtube.com/watch?v=T9ITA0RaBtM
Ps: sim, coloquei coma legenda pra acabar com os feelings de vc's *-*



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Aguente por favor, aguente!

Meu cérebro já decorou as palavras de tanto que as repito.

Não desista agora meu bebê, não desista, por favor.

Minha boca quase pode falá-las sozinha.

Por favor, por favor, por favor.

Minha mão direita novamente se agarra ao lençol, porque as dores vêm e vão e parecem aumentar de intensidade e diminuir o espaço de tempo entre uma e outra. Minha mão esquerda escorrega pelo meu ventre.

Eu nunca deixo de repetir as palavras.

Mordo o lábio inferior para abafar outro grito, quando o gosto metálico começa a invadir a minha boca Peeta adentra o quarto, arfando, suado, as maçãs do rosto vermelhas.

Hazelle entra logo em seguida, segurado uma caixa de madeira.

–Hazelle, tem morfinácios na cozinha!- Peeta diz a ela. Ele anda apressado até a cama e se agacha ao meu lado, estico minha mão e Peeta a segura. – Vai ficar tudo bem, ok? Vai ficar tudo bem.

–Katniss, a sua mãe deve demorar a chegar... –A mãe de Gale calça um par de luvas nas mãos enquanto fala.- É importante que você saiba que a sua bolsa rompeu já faz mais de dez minutos e não vai dar para espera-la.

–Eu... Sei.

–E vai demorar até que o morfinácio faça efeito... Pode ser que o bebê, bom... –Seus olhos se perdem por um minuto enquanto ela procura por uma tesoura esterilizada dentro da pequena caixa de primeiros socorros. – Pode ser que o bebê não consiga respirar e... Sufoque.

A possibilidade me faz gelar, meu sangue parece ter evaporado do corpo, e até o meu coração parece parar de bater por uns segundos. Não há muito que pensar e mesmo se houvesse a dor não me deixaria fazê-lo. Eu tenho uma decisão tomada desde o momento em que eu soube dessa gravidez e vou levá-la até o fim. Se algo tiver de acontecer, então que aconteça, mas quando meu bebê já estiver a salvo. Se eu não aguentar, morrerei invicta.

–Então esqueça o morfinácio!- Digo convicta.

–Katniss, você pode não aguentar e... – Aperto a mão de Peeta pra que ele pare.

–Não torne as coisas mais difíceis... - Sou interrompida por mais uma contração. -... Para mim. Eu vou aguentar sim, ok?

[...]

–Um, dói, três, aaaahhh. – Aperto a mão de Peeta até não aguentar mais.

–Força Katniss, Força. – Diz Peeta. Mas força parece ser tudo que eu não tenho em meio a tanta dor.

–Vamos Katniss, eu já estou vendo. - Hazelle anuncia.

–Um, dois, três, aaaahhhh. – Respiro fundo mais uma vez e quase posso sentir outra gota de suor escorrer pelo meu rosto, a mão de Peeta está novamente apertando a minha. –Um, dois, três, aaaaaaaaaaaaaaah.

E então o choro irrompe todo o ambiente. Peeta beija o topo da minha cabeça e sela ternamente nossos lábios, ciente de que não tenho forças e nem estou em condições de aprofundar o beijo.

Hazelle corta o cordão umbilical e sorri.

–É uma menina.

–Eu sei. – Digo a ela. – Eu sempre soube.

Peeta toma-a nos braços e enrola nossa bebê em uma manta rosa, das que Effie me mandou de presente no ultimo trem. Choroso, ele traz o pequeno embrulho até mim.

–A nossa menina Katniss, ela é linda. –Ele põe delicadamente a bebê em meus braços desajeitados, com o contato corporal ela se acalma, o choro cessa. Posso admirá-la com clareza e tenho certeza, como na noite do sonho, de que é um anjo. Tão pequenina que chego a tremer com medo de machucá-la. Tão perfeita como nada no mundo pode ser.

–Ela é. – Mal termino de dizer as palavras e soluço. Beijo a bochecha gordinha da bebê e ela abre os olhinhos. O seu azul cristalino cintila quando se encontra com o meu cinza. – Ela... Ela tem os seus olhos. - Lágrimas se acumulam nos olhosde Peeta. E eu soluço novamente.

–E o seu cabelo. – Ele sorri e afaga os cabelos ralinhos e escuros da filha. – E vai ser forte como a mamãe. E bonita também.

Tento conter mais e mais lágrimas, mas é impossível.

–Ela já é forte Peeta. – Digo a ele, porque é isso que nossa filha é; forte. Ela não desistiu, ela aguentou. –Ela é a nossa pequena faísca de esperança, a nossa Charlotte.*

Sinto uma pontada forte no meu baixo ventre, mas ignoro, porque a alegria de tê-la nos meus braços parece ser maior que tudo. Pode me fazer superar tudo.

E nesse momento até Hazelle já estava chorando.

–Seja bem vinda a Panem Charlotte Hope Mellark.

*Charlotte significa forte/força.

"Ela é a nossa força."


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Mesmo sendo curtinho, mereço reviews? Negativos, positivos, continuo aceitando todos.
Apareçam fantasminhas que leem e não comentam, preciso da opinião de vocês pra saer se devo melhorar!
Beijos de uma louca,
Tóry