Sonhos E Delírios De Uma Mente Insana escrita por Capitã Sparrow


Capítulo 4
A chegada de Victor


Notas iniciais do capítulo

oieeee people o/espero que gostem desse capitulo :3só mostra um pouquinho do começo do relacionamento entre Tamily e Giovanni....os outros momentos entre eles irão aparecer em outros capitulos como flashback ^^XOXO



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"- Sua... Puttana! Não terei misericórdia com você!"

Dante ergueu a espada e eles começaram a duelar. Giovanni olhava admirado, nunca antes tinha visto uma garota tão boa com espadas. Tamily era rápida e forte, controlava-se para não usar nenhuma força sobrenatural. Seu vestido atrapalhava um pouco, mas conseguiu atingir Dante com um golpe forte na barriga. Os soldados ficaram atordoados e Giovanni aproveitou para livrar-se deles e recuperar a espada. Os homens correram até Dante, que estava caído no chão, xingando palavras irracionais, ele segurava firmemente a barriga tentando forçar suas entranhas a continuarem dentro de seu corpo.

– Levem-me daqui! – e virando-se para Tamily e Giovanni disse: – Isso não vai ficar assim!

Giovanni correu até Tamily e agarrando-a pelo braço a fez largar a espada e correram sem parar pra longe dali. Quando pararam pra tomar fôlego, Giovanni virou para ela atordoado e um pouco ansioso.

– Como você... – Giovanni estava muito curioso naquela garota misteriosa.

– Eu aprendi há muito tempo, meu pai me ensinou. - Tamily o interrompeu

– Foi incrível! Nunca vi uma garota duelar tão bem! Você viu a cara dele quando caiu no chão? Épico!

Tamily riu com ele. Giovanni parecia empolgado.

– Agora deve tomar cuidado, se Dante descobrir onde você mora, terá muitos problemas.

– Não se preocupe – disse ela com um sorriso. – Sei me cuidar.

– Vamos antes que eles voltem.

– Vamos aonde? – Tamily parecia confusa. Aonde ele a levaria?

– O canal - disse fazendo um sinal para Tamily ir à frente.

– Claro, só existe um em Veneza, não é? – disse ela com um sorriso sarcástico

– Garota, você é muito mais atrevida do que a maioria das garotas que eu conheço. – disse ele sorrindo e puxando Tamily pela mão. – Por aqui.

– Então você não deve conhecer muitas garotas. – disse Tamily começando a rir.

Ele se contentou em soltar pequenas gargalhadas, e correr mais rápido. Conseguiram chegar ao canal, já tinha uma gôndola os esperando, junto com um barqueiro.

– Quem é essa? – disse apontando para Tamily

– Ela vai com a gente.

– Mas senhor...

– Não discuta – disse em tom autoritário. - vamos antes que venham atrás de nós.

Sem mais discussões, Giovanni puxou Tamily pela mão, e eles entraram na gôndola. O barqueiro era muito ágil, remando rapidamente pelo canal. A vampira estava curiosa pra saber aonde iriam, mas ficou quieta durante o percurso. A lua brilhava forte sobre eles, dando um ar de romance que a japonesa teimava, consigo mesma, em não existir.

Eles iriam passar sob uma ponte, que parecia ter vigias fazendo a ronda. Então, Giovanni jogou sobre a vampira uma capa vermelha e se inclinou sobre ela, como se fosse beijá-la. Tamily não protestou. O barco parecia andar muito devagar sob a ponte, e os olhos azuis de Giovanni brilhavam de encontro aos dela. Ele parecia intrigado, a maioria dos humanos se sentia atraída por olhos rubros como o dela, mas não eram todos os vampiros que os possuíam.

Os soldados que faziam a ronda achavam normal casais apaixonados passarem por ali, por isso nem os notaram. Quando finalmente se afastaram, Giovanni voltou a sua posição e disse a ela:

– Estamos quase chegando.

Eles chegaram ao distrito San Polo, que era a localização da guilda de ladrões de Giovanni Auditore. Desceram da gôndola e continuaram a pé, eles passaram por algumas casas e entraram pelo portão enferrujado. A vampira percebeu várias casinhas simples ali.

Continuaram andando e chegaram em um pátio com uma fogueira centralizada, com algumas mesas ao redor.

– Quase se atrasou para o jantar, Giovanni! Está perdendo a prática não? – disse sorrindo Jacobo Auditore, o irmão mais novo de Giovanni.

– Me atrasei, pois estava lutando pelo meu tesouro. – disse com ar divertido, olhando para Tamily e dando uma piscadinha divertida.

A japonesa teve a impressão de que ele não falava do tesouro que tinha roubado.

– Você não toma jeito, não é Giovanni? - Giovanni se virou e viu seu irmão mais velho chegando perto dele. Ele era alto e robusto ao contrário de seu irmão mais novo que era magro e parecia flexível. Tamily percebeu que a beleza de Giovanni era de família. Os três irmãos eram morenos, de cabelos bem escuros e olhos claros. Jacobo tinha olhos castanhos esverdeados e Antonio, castanhos. Os três eram muito parecidos.

– Antonio! – disse Giovanni abraçando seu irmão. - O que faz aqui?

– Parece-me que não sou muito bem-vindo. – disse Antonio sorrindo.

– Desculpe irmão. Fiquei surpreso ao vê-lo aqui. Seja bem-vindo em nossa casa! – Giovanni começou a conversar entusiasmado com seu irmão mais velho, quando foi interrompido por Jacobo:

– Aposto que nós dois podemos derrubar Antonio, você não acha Giovanni? – disse com um sorriso divertido no canto dos lábios.

Com um grito brincalhão Jacobo correu na direção dos dois. Antonio fez que ia se desviar, mas Giovanni segurou-o. Giovanni e Jacobo pularam em cima do irmão, e rolaram os três no chão rindo e xingando.Tamily se divertia com aquela cena. Nunca antes havia conhecido uma família tão louca e divertida como aquela.

Estava rindo, quando uma mulher de aparência cansada, porém robusta, bateu o pé no chão. Ela tinha olhos iguais aos de Giovanni, olhos azuis e longos cabelos escuros, usava um vestido colorido com alguns lenços presos nele e no cabelo. Ela era muito bonita.

– O que pensam que estão fazendo? Já está na hora de jantar e vocês estão mais sujos que cabritos brigando na chuva. Olha a postura na frente das visitas. – disse apontando para Tamily.

– Desculpe Mamma. – disseram os três em uníssono.

E virando para Tamily disse:

– Desculpe os maus modos de meus filhos signorina. Eles não sabem se portar frente a uma dama...

– Tudo bem – disse Tamily divertida

Giovanni pulou de pé e apresentou a japonesa à sua mãe, e todos foram para a mesa jantar. Mamma fez eles se limparem antes, claro.

Eram quatro mesas compridas, e logo todas estavam cheias, com homens, mulheres e crianças. Ela percebeu que aquele não era o lar de ladrões, mas de famílias. Todos falavam alto e riam durante o jantar. E, Giovanni contou como havia roubado Dante Caruzzi, e como Tamily o havia derrotado. Todos a olhavam admirados enquanto Giovanni narrava o que havia acontecido. Ele a olhava sorrindo, não só admirado, mas havia um brilho nos olhos dele que a vampira não sabia o que significava.

Tamily se perdeu no tempo, ouvindo as histórias e conversando com a mãe dele. Quando se deu conta, parecia muito tarde, prestes a amanhecer. Ela precisava ir logo embora, ou não chegaria a tempo em casa. Todos pareciam distraídos ouvindo as aventuras de Antonio no mar, e a japonesa resolveu aproveitar a situação para sair de fininho.

Não foi tão de fininho assim, pois Mamma notou ela se separando do grupo ao redor da fogueira, e foi atrás dela. Tamily explicou que precisava ir embora e Mama disse que chamaria Giovanni para acompanha-la até em casa. O italiano já havia notado as duas conversando e se aproximou.

– Leve a moça até em casa Giovanni. – disse em tom autoritário, e virando-se para ela – Foi um prazer conhece-la, signorina Tamily. Espero que nos visite mais vezes, afinal Giovanni nunca trás garotas como você pra cá...

– Mamma! – protestou Giovanni.

Ela sorriu para ele e saiu.

Tamily parecia conter um sorriso que insistia em querer aparecer.

– Vamos? – disse oferendo o braço para ela.

Tamily enganchou o braço no dele, e foram conversando até o portão. Tamily sabia que não devia se meter com humanos, mas Giovanni a fascinava.

Ela devia dar um jeito de enganá-lo, ele não podia saber onde ela morava, pois poderia causar problemas. Logo teve um plano. Ela se virou para Giovanni:

– Será que alguma das garotas não poderia emprestar-me um casaco? Está frio aqui...

Giovanni sorriu.

– Vou buscar um pra você. Espere aqui. – e virando-se começou a voltar em direção ao pátio.

Tamily pensou na possibilidade de nunca mais vê-lo, então o chamou. Ele se virou e ela correu até ele e beijando-o. Giovanni pareceu surpreso, mas sorriu e disse:

– Não vou fugir. – disse com um sorriso divertido – Me espere aqui que eu já volto. E dessa vez quando ele se virou para sair, Tamily aproveitou e se esgueirou pelo portão.

Giovanni voltou com o casaco na mão, e não vendo Tamily, chamou-a pelo nome e foi até o portão. Nenhum sinal dela. Giovanni sentia que ainda voltaria a vê-la. Realmente era uma garota travessa, pensou ele, e sorrindo voltou até a fogueira. Tamily continuaria dona de seus pensamentos até o próximo encontro.

Depois disso, eles voltaram a se ver muitas vezes, mas essas histórias contarei mais tarde. O que me convém contar aconteceu sete meses após eles terem se encontrado pela primeira vez. A essa altura Giovanni já sabia o que ela era, e não se importava com o fato de ela ser uma vampira, ele achava interessante.

***

O inverno agora reinava forte e impiedoso. E Tamily recebeu a notícia que Victor estava a caminho. Ela achou que após esses sete meses sem notícia nenhuma, ele havia se esquecido dela, e estava feliz por isso, e por Giovanni também, é claro. Mas estava enganada. Victor não esquecera e estava vindo.

Iria se encontrar com Giovanni aquela noite e explicar que com Victor chegando, não poderiam se ver. Era muito arriscado. Ela já havia falado sobre Victor para Giovanni, mas ele pareceu não se importar. Se Victor o visse... Não gostava nem de pensar.

Não sabia como iria convencer Giovanni, teimoso do jeito que era, mas teria que tentar.

Tamily estava se arrumando, quando ouviu batidas na porta, e foi atender, imaginando ser o italiano.

– Eu achei que iriamos nos encontr... - Tamily se interrompeu quando percebeu que não era Giovanni á porta.

– Esperando alguém querida?

– Victor!


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Notas finais do capítulo

detalhe: o nome Jacobo se pronuncia Djácobo ~ le fazendo mãozinha de italiano kkkkreviews???