Katrina havia prometido voltar rápido,mas já faziam minutos desde que ela se fora,eu sai do quarto e desci as escadas em, direção á sala,todo mundo estava reunido e conversando em burburinhos baixos e rápidos dificultando entender alguma coisa.Katrina passou quase correndo ao meu lado com um telefone no ouvido.

-Rosamarie e Mason estão á caminho. (Katrina falou)

Estava proxima o bastante para escutar á voz  feminina do outro lado da linha respondendo algo,em seguida ela desligou.

-O que está acontecendo? (Eu perguntei)

-Não é da sua conta garota. (Uma voz me respondeu)

Me virando ali estava á dona da voz,alta com uma pele branquinha olhos castanhos e cabelos escuros olhando para mim.

-Rose! (Katrina chamou sua atenção)

-Não preciso que me defendam! e desde que estou aqui vivenciando isso,acho que tenho direito de saber. (Falei rude)

Rose olhou para mim superiormente e se afastou com um garoto ruivo.

-O que está acontecendo? (Repeti minha pergunta)

Ela me encarou por alguns segundos,Katrina era mais alta do que eu mas eu ainda podia olhar em seus olhos uma dúvida.

-Eles estão sendo atacados,por carniças. (Ela disse)

-Carniças? isso é um tipo de lixo? (Eu perguntei)

-Espiritos que se recusam á encontrar á luz e juram fidelidade ao ser de baixo. (Disse ela)

-Você quer dizer o diabo? (Eu perguntei)

-Sim. (Ela afirmou)

Depois disso ela saiu e eu sentei no sofá com os outros,parecia hipócrita apenas sentar e esperar,mas no momento nesse lugar era só o que eu podia fazer.Toda sala se enchiam de murmuros de preocupação todos ocupados demais para prestarem atenção quando eu saí da sala e subi as escadas.Entrar no quarto de minha irmã era estranho,mas estranho ainda era chama-la de irmã, quando você passa anos desacostumada com algo não é do dia para o outro que você vai se acostumar.Em sua cabeceira uma foto sua seus cabelos presos em um rabo de cavalo e ela vestida nas cores do internato vinho,branco e cinza, ela sorria mas esse sorriso não era aquele que chegava aos olhos,eu não podia olhar para essas fotos e ver felicidade plena em seus olhos,ela sorria ou ela tentava e então eu parei para pensar,o que Clarissa vivia aqui? era tão ruim assim que á fez chegar á esse ponto? trocar de lugar com uma pessoa por uma semana.Fazendo á checagem dos fatos as coisas pareciam bem ruins descobri que tenho uma irmã,uma irmã Mediadora que vive em um internato do outro lado do mundo,e como eu descobri? bem, nós trocamos de lugar e agora por uma semana ela vai viver minha vida com nossos pais,o que eu não invejo nada já que minha relação com meus pais é uma porcaria,mas mesmo assim não pude deixar de deixar de sentir medo,medo de ser esquecida. Peguei sua foto em minhas mãos e passei meu dedo mindinho pelo seu cabelo.

-Por que fez isso? (Eu sussurei á olhando)

Deixei o porta retratos em sua cabeceira e deitei em sua cama,o momento parecia tão errado era como se eu estivesse ocupando o lugar de outra pessoa e tecnicamente eu estava,fechei meus olhos e a inconciencia não demorou á chegar.