Suiren Destiny escrita por NKIDDO


Capítulo 14
//Final//


Notas iniciais do capítulo

ESTE É O FINAL DE SUIREN! minha primeira Short-fic, espero que tenham gostado. Acho que me precipitei escrevendo esse capitulo, espero que ele "decorra" bem. Eu não sei se vou colocar um prologo, isso depende de tempo e recomendações xD

Obrigada a todos que acompanharam Suiren, a minha menina pervertida e cabeça quente!



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Faziam dois dias que eu não via brilho algum na vida. Passei horas olhando para mim mesma no espelho da cabeceira, outras mil horas perambulando pelo quarto. Estava com fome, e a comida que me davam era tão miserável; Não dava nem para Cass comer.

Luka provavelmente voltaria hoje tarde da noite ou amanhã cedo. Eu sei, porque ele mesmo me ligou para avisar. Não é ridículo? Eu estar com meu celular e não fazer nada? Polícia, nada?

Nem haviam provas que ele ameaçava as pessoas, e se tivesse, gente rica sempre dá um jeito.

Não tinha jeito para mim, mesmo. Meu destino era esse, casar com ele e fim de papo, e o vestido que ainda estava estirado na cama era a prova perpetua disso. Klaus? Não voltou mais, e tampouco tentou se comunicar comigo. Gosto de pensar que ele tem um bom motivo.

Passei esses dias trancada como uma princesa em uma torre, olhando o jardim que eu e Cass brincamos, pela janela. Ele estava belo, intocado e perfeito. Queria que isso fosse a minha vida.

Saio da janela por instantes e me sento na cama, tentando relaxar para o que viria. No entanto, parece que a vida não quer que eu esqueça. O telefone toca, e eu atendo sem humor. Era Luka.

- Posso saber o que você fez?

Pelo modo como ele conjuga suas palavras, algo muito errado aconteceu. Fiquei com medo de verdade, pois ele pronunciou as palavras de uma forma muito obscura.

- Tomei banho, as vezes eu como, as vezes eu olho para a janela... – poderia fazer uma lista. Não, acho que não.

- Não se faça de idiota. – Ele suspira, impaciente – Sophia conseguiu fugir. O que você fez?

- Nada – Disse, tentando conter a animação. – Nada mesmo, pode perguntar aos seus seguranças.

- Vou perguntar, pessoalmente, e quando eu chegar, não vai gostar de ter feito o que fez.

Ele desliga, e meu corpo gela.

Estou feliz por Sophia ter escapado, mas por outro lado, eu ainda estava presa aqui, e Luka ia fazer alguma coisa muito ruim comigo.

Pego meu diário e começo a escrever desesperadamente, como se fosse meu testamento. Meu diário era simples, com as escritas “Cartas para Jolie”, era um meio que eu tinha de contar as novidades para a minha avó.

Sabe, eu sempre me senti muito sozinha. Meus pais não se importavam comigo, e aos poucos acabei indo morar na minha avó. Quando ela morreu, eu fiquei na casa de Sophia, que é minha amiga desde sempre, a qual eu posso contar para tudo. Por esse motivo, eu não tentei nenhuma loucura. Era o mínimo a se fazer, poupar a vida dela, ou o que quer que seja.

Não vejo mais solução para o meu problema. Pelo menos, Vovó, Sophia está livre. É a única coisa que me mantem tranquila, porque sem isso talvez eu estivesse me jogando pela janela. Vou e quero acreditar no amor de Klaus, e que ele não me abandonou aqui a esmo, que ele se importa comigo, ou talvez algo tenha acontecido a ele.

Eu, sinceramente, queria que nada disso tivesse acontecido comigo. Eu preferia mil vezes não conhecer o amor da minha vida e sentir toda a felicidade que eu senti, só para não sofrer com a perda.

Eu sei que isso pode soar estranho, afinal, a vida é feita de experiências: As ruins e as boas. Eu nunca reclamei TANTO. Sabe, minha avó era tudo para mim. Preferia ela a minha mãe. Quando soube que ela era modelo, fiquei tão fascinada! Eu queria ser elegante e bela como ela era.

Eu não queria ter olhos diferentes. Quando eu era mais nova, muitas crianças zombavam e riam de mim, falando que eu era feia por ser diferente. Crianças são cruéis, e que deus me perdoe, eu prefiro não ter nenhuma. Ah, não é para Klaus que eu tenho que pedir, e sim para Luka. De modo algum eu quero transar com ele de novo. Nada pessoal, já que ele ia casar comigo de qualquer jeito isso teria que acontecer, e francamente, ele tem pinto pequeno.

Caminho até a cabeceira e pego o coelho que Klaus fez para mim.

Boa época; eu gostava de provocar Klaus. Haha, falo como se isso fosse há séculos.

Olho para janela, estava anoitecendo. Isso era um péssimo sinal. Ele ia me encontrar com uma saia preta, uma blusa rosa e um coelho na mão, sem falar no cabelo. O que ele faria comigo?

Subitamente, o terror toma conta do meu corpo. Alguma coisa bate contra o vidro da janela. Caminho lentamente na direção da janela, me decidindo entre abrir ou fechar a curtinha grossa para espantar o que quer que fosse.

Minhas mãos vão até a cortina, mas meu corpo até a janela. Encosto meu rosto no vidro e vejo que tem alguém olhando para cima. Ah meu deus. Vou morrer agora.

Uma nova pedra bate contra o vidro, me assustando e fazendo-me recuar. Ah não, queridinha! Pode me matar e jogar o corpo na vala, mas isso é falta de respeito!

Abro a janela que tinha mais uns centímetros que eu, e quando faço menção de gritar uns palavrões vejo Klaus. Sim, eu não simplesmente pensei nele na hora, era definitivamente Klaus.

- Shiiii, fiquei quieta chuchu – Ele pede, copiando meu apelido – Pode pular?

Seus cabelos estavam longos como sempre, e eu me vejo olhando fixamente para seus lábios e os olhos violeta. Era como um príncipe resgatando sua princesa, só que por uma...janela?

- É o segundo andar de uma mansão Klaus! – Alerto ele, tentando falar muito baixo, já que estava animada.

- Eu pego você. – Ele pergunta. E eu penso que sim, sim! Eu pularia de qualquer lugar.

- Espere um segundo.

Pela primeira vez, desconsiderei as outras pessoas. Eu precisava fugir, e acho que se eles realmente se importavam comigo aceitariam minha decisão. Pego o coelho e peço para Klaus pegar. Ele coloca no bolso de sua jaqueta de couro preta e pede que eu me apresse.

Dentro da gaveta da mesinha do abajur, pego meu diário novamente, e quando termino de rabiscar uma mensagem, escrevo na capa “Cartas para Jolie e Theodor”.

Deixo dentro da gaveta, para um dia, ele encontrar.

- Ei, se prepare, eu tenho uns 60 quilos. – Ah, droga, acabei revelando meu maior segredo.

- A grama é macia. – Ele sorri, e então eu deslizo até o chão da janela, colocando meus pés para o lado de fora da casa. Eu quase arranco o couro das costas, e felizmente, Klaus me pega sem problemas, embora eu quase tenha tocado no chão.

Grudo meus lábios nos dele, morrendo de felicidade de finalmente poder estar com ele. Klaus também parece relaxar, mas provavelmente estava alerta por nós dois. Ele me rodopia e eu consigo ver a lua girar. Lua, ou seja, hora de ir.

- Como vamos fugir?

- Carro, está do lado de fora.

Klaus me conduz pelo jardim até a beira dos fundos da mansão. Entre uma moita, havia um buraco secreto que ele me contou fazer parte da infância dele. O carro vermelho estava do lado de fora, e novamente, não faço ideia da marca.

Não possuía teto, então simplesmente pulamos para dentro e ele deu partida.

- E Sophia? Theodor e Cass? – O vento noturno jogava meu cabelo longe, e tinha medo de abrir a boca e entrar alguma coisa.

- Sophia está nos esperando no aeroporto. – Ele olha para mim, por um segundo, e quando para, sinto que fez com muito esforço. – Theodor e Cass sabem se virar, minha querida.

- Ah... – Ele deve ter resolvido tudo, incrível. E eu lá sofrendo seu filho da puta! – E para onde vamos?

- Achar um lugar para nós.

Ele mal parava para piscar, tínhamos que chegar rápido e não podíamos ser pegos. Vai saber quando Luka iria perceber. É vovó, talvez o destino tenha sido legal comigo.

[...]

Theodor... me desculpe. Que eu não possa estar ai para te ver em pessoa; que eu não posso te dizer isso por mim mesma. Mas sabe, eu espero, que enquanto você leia tudo que eu escrevi, que você pense o porquê eu tive que fazer o que eu fiz. Vou pensar que você não vai ficar triste ou me odiar e que isso é apenas para que você saiba que eu estou onde eu preciso estar.

Eu te amo demais, Theodor, obrigada por cuidar de mim e da minha avó ( e Cass).

A gente se vê por ai.

Algum dia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O que será que acontece com eles afinal em? E essa carta?

QUANTAS PERGUNTAS!
LEIAM The little red riding hood, é a minha nova proxima fic e FWF está chegando no fim



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