Been Here All Along. escrita por rowena


Capítulo 1
Nine years ago ...


Notas iniciais do capítulo

Ok ok, nervosismo sempre, né? Eu realmente espero que vocês gostem, viu?



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9 anos atrás...

Já era fim de tarde, e o pequeno garoto andava calmamente pelo meio-fio da calçada, concentrado em seus pensamentos profundos. Ele não tinha a visto hoje na escola. Por que ela não foi? A garota nunca lhe permitira faltar um só dia. O que teria ocorrido?

Apressou mais seus passos, em direção à casa da menina, que por coincidência, ficava ao lado da sua. Subiu os degraus e parou em frente à porta. Apertou a campainha, e logo foi recebido por uma mulher de uns trinta e cinco anos, ruiva e carismática, mas que possuía um semblante triste, decepcionado.

-Boa tarde Senhora Dawson, a Ally...

-Oh, boa tarde Austin, ela está lá em cima. Venha, pode entrar! – A mulher deu espaço para o garoto entrar e ele assim fez. – Recebemos uma recente notícia não muito boa, e bem... A minha filha não reagiu muito bem a isso.

-O que aconteceu? – Podia-se ouvir a preocupação em sua voz.

-Isso quem irá decidir se te conta ou não, vai ser a Ally. – Ele assentiu, com um aceno simples. – Por favor, Austin, sei que vocês são melhores amigos, mas a Ally não sai daquele quarto desde que acordou, eu já tentei de tudo para que ela abrisse a porta, comesse algo, mas ela mal responde. Talvez com você, ela tenha uma reação diferente. – A Senhora Dawson implorava para que pelo menos ele, conseguisse fazer com que sua filha melhorasse. Austin deu um simples sorriso e tirou a mochila das costas, a repousando em uma das poltronas da sala de estar, como fazia quase sempre que vinha visitar a amiga, depois da escola. Ele se apressou, subindo correndo as escadas, á caminho do quarto da garota.

Chegando lá, ele respirou fundo e bateu na porta. Ouviu um agitamento do outro lado.

-Mãe não... Eu não quero comer. – Dizia uma voz chorosa.

-Não é a sua mãe Ally, sou eu. – Ele respondeu, praticamente grudado a porta.

-Austin? O que faz aqui?

-Eu vim saber o porquê de ter faltado à aula. Você está bem pequena? O que aconteceu? – Ele nunca esteve tão preocupado. Ele podia ouvir os vestígios em sua voz, ela havia chorado. E ele queria saber por que disso.

-É que... Eu não consigo falar!

-Me deixa entrar Ally! Eu posso te ajudar!

-Não Austin, você não pode me ajudar! Ninguém pode! – Sua voz saiu embargada, e o garoto já estava agoniado ali do lado de fora.

-Ally... O que aconteceu? Por favor, me diz. Eu não consigo nem pensar em te ver chorando, sofrendo. Eu quero te ajudar, saber o que aconteceu. Abre a porta para mim... – Falou e pausou. Ele ouviu novamente uma agitação do outro lado, até que o silêncio se estabeleceu. Passaram-se alguns minutos, e o silêncio continuava. Sabia que não podia fazer nada, se ela não queria abrir a porta, ele não podia obriga-la.

A sua esperança já havia acabado, até ele ouvir o barulho de chave sendo virada, e aos poucos, a porta ir se abrindo, revelando uma menina baixinha, vestida com um pijama rosa de bolinhas brancas, com os cabelos soltos pendendo nos ombros e as bochechas rosadas. Seu rosto estava meio avermelhado, e molhado. A cada instante brotava uma nova lágrima nos olhos, e que descia lentamente pelas maçãs da bochecha dela.

O coração do garoto se partiu em mil pedacinhos, ele nunca a viu chorar assim. A primeira coisa que lhe ocorreu na mente, foi correr os poucos centímetros que os afastavam, e a envolver em um abraço reconfortante. Ally rapidamente correspondeu ao abraço, enterrando seu delicado rosto no peito do garoto, inalando seu perfume. Enquanto ele desfrutava do cheiro bom de morangos, que vinha de seus cabelos.

Quando finalmente o abraço cessou, os dois encararam-se. Austin retirou uma mecha de cabelo da frente dos olhos castanhos da menina, limpando em seguida, a umidade de suas lágrimas.

-Quer contar? – Ele sussurrou. – Desabafar ajuda, sabia? – Sorriu de leve. Ela movimentou a cabeça para cima e para baixo, o puxando para se juntar a ela em sua cama.

-O meu pai, ele... Ér, ele... – Ele apertou a mão dela, dando confiança para ela continuar. –Ele está internado, Austin! A mamãe, ela não quis me dizer muita coisa, mas eu sei, ele tá doente, muito doente! – Ela começou a chorar mais uma vez, e Austin a puxou para mais um abraço.

-Ei, não chora! Não chora! Vai ficar tudo bem, ele vai ficar bem, Ally!

-Não Austin, ele não vai! Eu ouvi uma conversa da mamãe no telefone com a vovó, e ela dizia que o papai está com câncer, eu acho, e que foi descoberto muito tarde. Que ele corre um grande risco de morrer! – O menino não sabia mais o que falar. Ele não podia pedir mais para que ela não chorasse, ele imaginava a dor que ela estava sentindo. Mas, tudo que ele queria agora, era que aquele simples abraço, que ele acabara de dar nela, melhorasse tudo.

***

-Venha sua boba! – Austin chamava a garota, que ficara em dúvida se seguia ou não com o garoto. Já haviam se passado alguns dias desde que ele soube que o pai da Ally sofria de câncer. Ele já havia melhorado um pouco, estava de repouso em casa, e dava duro para diminuir pelo menos um pouco o tumor. A garota também estava um pouco melhor, ela tentava esquecer da palavra “morte”, sempre que pensava ou estava na presença do pai.

-Para onde você quer me levar? – Ela perguntava quase a todo instante.

-Você vai ver! – Ele sempre respondia a mesma coisa. Ele a levava para um lugar que havia conhecido a pouco tempo, e que sabia que Ally iria amar. Adentraram uma floresta, e Ally cada vez ficava mais em dúvida se continuava ou não.

-Austin! Para onde estamos indo? – Ela perguntava, enquanto se esgueirava de folhas e alguns bichinhos que subiam por suas pernas. – Se minha mãe descobre que eu vim para uma área afastada da nossa redondeza ela me mata!

-Calma! Ninguém vai descobrir! Olha, chegamos! – Ele abriu os braços, mostrando o que tinha a sua frente. A garota ficou com os olhos arregalados, e o seu queixo caiu, quando viu a paisagem a sua frente.

-Nossa, aqui é... Lindo! – Falou admirada. Era uma pequena queda d’água, que encaminhava a água em um pequeno trecho, levando-a para o outro lado. Rodeado de árvores, plantas, flores. O Sol já estava se pondo, o que fazia o seu reflexo na água, ser cada vez mais ilegível.

-Venha! – Pegou em sua mão e a puxou até uma pedra grande. Ajudou-a a subir até em cima. Sentaram-se e admiraram a vista a sua frente.

Cinco...

-Hey, eu queria fazer uma coisa, posso? – Ele falou calmamente, mas dava para se perceber o nervosismo em sua voz.

Quatro...

-O que é? – Ela olhou para ele, curiosa.

Três...

Um olhou dentro dos olhos do outro. Ally não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas Austin sabia o que ele queria que acontecesse.

Dois...

Seu rosto se aproximou mais e mais do dela, deixando que seus olhos se fechassem. Enquanto os dela, estavam arregalados.

Um...

Ele pressionou os seus lábios contra os dela, quando de repente surgiram fogos de artifício imaginários ao seu redor, e borboletas brincavam em seu estômago. Ally fechou os olhos para um beijo que durou em torno de cinco segundos. Parecia que a felicidade transbordava dentro dela. Ela teve o seu primeiro beijo com seu melhor amigo. Guardaria aquela lembrança para sempre...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem suas opiniões, e por favor comentem se gostaram da fanfiction!!!
Devo estar voltando na sexta feira, e também com o novo capítulo da minha outra história. Bjs Bjs.
Mereço Reviews ? *--*