O Filho Do Fogo & A Filha Da Água escrita por Latoya Lua, Glau Souza VI


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Bora pro próximo capítulo??
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/410562/chapter/11

POV SAMANTHA

– Tha...Thalia? – Disse Grover olhando para a garota com os olhos arregalados. Nico não parecia surpreso.

– Ta, antes de qualquer pergunta, vamos sair daqui, provavelmente deve ter mais 2 desses bichos vindo pra cá. Vocês são um rastro fácil para os monstros os seguirem – Disse ela já sem nenhum sorriso. Mais estava calma. Assentimos e saímos correndo do lugar.

– MINHA ENCHILHADA! – Gritou Grover virando para ver a lanchonete.

– Afe Grover. Ou é sua enchilhada, ou sua vida. Você escolhe – Resmunguei.

– Ainda comilão como sempre não é Grover!? – Disse essa Thalia que corria com a gente – Por aqui – Ela tomou a frente nos tirando da cidade e levando a gente para a mata. Adentramos e ninguém dizia nada. Corremos mata adentro durante uns 5 minutos e chegamos numa espécie de acampamento improvisado do lado de uma cachoeira. Ao longe ouvia um barulho que me agradara muito – É aqui que estamos acampadas por hoje. Todos vão poder descansar. – Disse ela parando.

Olhei de onde vinha o som, e ao longe, uma cachoeira linda jazia ali. Fiquei maravilhada com ela, eu precisava de um banho de água fria urgente!

– Ei, o que houve com a sua mão? – Perguntou a garota vindo até mim. Os outros foram em direção às barracas.

– Bom, digamos que num golpe não muito inteligente, eu puxei uma espada pela lâmina. E vários tropeços que foram apoiados por essa mão, deu nisso – respondi olhando para ela. Eu reparei mais em suas feições, ela aparentava minha idade, usava maquiagem forte. Que destacam seus olhos azuis elétricos. Cabelos curtos e pretos espetados em uma trança de lado. Vestia um vestido delicado prateado que definitivamente não combinava com ela. Gostei.

– É, digamos que não foi muito inteligente – Murmurou ela. 

– Samantha. Filha de Poseidon – Respondi.

– Hum... Filha de Poseidon? Bem obvio... Comentou ela para si mesma - Você é irmã do Percy! – Afirmou abrindo um sorriso.

– Jura? Não diga – Falei fria revirando os olhos. Estava testando a paciência dela. Ela riu. Parece não ter ligado.

– Ok. Sua “espertona”. Sou Thalia. Caçadora de Artemis. Filha de... Zeus – Disse ela com um ponto de orgulho na voz.

– Filha de Zeus? O “chefão”? Nada mal – Respondi irônica.

– “Chefão”? Gostei da sua comparação. – Ela riu novamente mais abertamente. - Bom, se você é filha de Poseidon, o que está esperando? Mergulhe na água, vai curar seus ferimentos – Disse ela apontando a cachoeira.

– Isso seria ótimo! Como não pensei nisso antes? – Me perguntei andando em direção a cachoeira.

– Você é Filha de Poseidon, normal que não pense... – Disse ela virando a costas. Não respondi. Nem precisei tirar minha roupa. Simplesmente me joguei na água e provei a sensação de relaxamento. O barulho da cachoeira de fundo. Maravilha. Fiquei pensando em Apolo e em Will, tudo que acontecera. Mas, vocês já devem ter ouvido falar que “Alegria de pobre dura pouco.” Pois é, a de um semideus dura menos ainda. Quando eu senti uma movimentação irregular na água, fui olhar, e Grover tinha pulado. Estava se mostrando pras outras caçadoras. Rolei os olhos. Cheguei perto de Grover, ele achou que eu iria afogá-lo, apena toquei seu ombro, e os machucados dele foram desaparecendo.

– Nossa, valeu Sammy.

– Não foi nada. Mas isso não quer dizer que eu ainda não possa esfaqueá-lo – Eu disse com um sorriso irônico. Ele engoliu seco e saiu rapidamente da água.

Meu olhar se dirigiu aquele olhar sombrio e lindo ao mesmo tempo. Nico sentou em uma pedra. Virei o rosto de raiva. Ainda lembrava que ele deu aquele sorriso para aquela garçonete. Que o fim era uma daquelas coisas feias.

– Vai ficar de cara virada? Eu não ligo – Disse ele fazendo um biquinho. Acho que sabia que eu estava pensando no Will.

– Que bom pra você – Eu sai da água e sentei na beirada. Ele não moveu um músculo. Eu olhei pra ele, que entendeu que eu estava o chamando. Ele sentou ainda do meu lado com bico.

– Você acha que eu ligo pra esse bico Di Ângelo? – Eu disse olhando a luz do sol que refletia na água. Estava no fim da tarde.

– Di Ângelo? – Ele rolou os olhos e tirou o bico da cara – O que aconteceu, na lanchonete, com o Grover?

– Hãm... Nada. Ele é descuidado – Menti.

– Ah, eu fiquei preocupado quando você caiu no Estige. Achei que tinha te perdido.

– Hãm? Me Perdido? – Olhei para ele com uma sobrancelha arqueada. O que ele queria dizer com isso?

– É... Bom... Hãm... – Gaguejou e colocou a mão nos cabelos tentando disfarçar o nervosismo.

– É, eu não queria perder outra amiga sabe?

– Ah – Confesso que fiquei um pouco decepcionada com isso. Percebi que ele tinha um corte na bochecha, então peguei sua mão...

– O que está fazendo? – Ele sussurrou e corou.

– Observe – Respondi. E coloquei a mão dele na água junto com a minha. A água foi passando pelo seu braço, passando para o outro, subindo pelo seu pescoço, chegando em seu rosto e tirando todos os cortes nessas áreas. Soltei a mão dele e fiquei olhando para a água novamente.

– Obrigado – Não respondi – Vamos comer alguma coisa.

Não aguentei e tive que assentir, eu estava morrendo de fome. Não tinha comido o que tínhamos pedido lá na lanchonete. Chegamos onde tinha fogueira, e lá as caçadoras estavam preparando algo para comer. Simplesmente peguei um prato com a comida e saí. Enquanto Nico ainda pegava a comida, eu entrei em uma barraca que não tinha ninguém. Provavelmente as caçadoras tinham montado ela pra nós. Entrei, sentei e comecei a comer pensando mais uma vez no que acontecera. Quando eu vi alguém abrindo a barraca. Era Nico, quando ele me viu ameaçou sair.

– Ah, desculpa. – Murmurou ele.

– Tudo bem, não tem problema – Então ele olhou em meus olhos que estavam marejados. Simplesmente se agachou na minha frente, colocou o prato a seu lado e começou a passar o dedo nas minhas bochechas na tentativa de tirar as lágrimas. Fiquei pasma. Não sabia o que dizer nem o que fazer. Corei. Ele percebeu que eu corei e abriu um sorriso de lado se afastando de mim.

– Não posso fazer nada. Foi imprevisível. Não pode tirar proveito disso – Eu disse voltando a comer.

– Proveito? Do que? Você não tinha feito isso lá no submundo? Você não me ajudou? Então... Apenas quero retribuir a ajuda.

– Não pedi sua ajuda. – Disse seca. Ele não ligou e revirou os olhos. Minhas patadas não funcionavam com ele. Eu fico irritada com isso.

Praticamente engolimos a comida, estávamos com muita fome. Estávamos em silêncio. Nico tinha sentado longe de mim.

Ficou com medo. Isso é ótimo.

– Vamos partir amanhã? – Perguntou Nico quebrando o silêncio.

– Eu acho melhor. Assim podemos descansar um pouco... Vem cá, porque seu pai não gosta de você? – Eu tinha que perguntar isso.

– Ah, bem... Não quero falar sobre isso... Mas, ele achava minha irmã melhor do que eu. Preferia que eu tivesse morrido ao invés dela.

– E por que você tem esse jeito de emo? – Perguntei na tentativa de deixá-lo bravo.

– EU NÃO SOU EMO! – Falou ele em um tom de voz alto mandando um olhar mortal pra mim.

Objetivo: Deixar Nico di Ângelo bravo: CONCLUÍDO!

– Tem certeza? – Eu disse irônica.

– Me chama mais uma vez disso, que eu vou fazer uma coisa que você vai me odiar pro resto da sua vida.

– Mais do que eu já te odeio? Boa sorte cosplay de emo. 

E imediatamente, me dando um susto, ele se debruçou em cima de mim, com uma mão de um lado e a outra do outro da minha cabeça. Ele estava de joelhos, então seu corpo não se encostava ao meu. Na hora do susto, eu tirei a mão da minha nuca em forma de defesa, então as duas estavam segurando seu peito. O olhar dele me penetrou de um jeito que eu fiquei vidrada, sem reação. Ele foi chegando mais perto e eu senti sua respiração, estava acelerada, ele também estava nervoso, apesar de não parecer. Ele foi chegando mais perto até nossos narizes encostarem, sua pele era macia e gélida, eu fiquei ali, não consegui fazer nada pra impedi-lo. Ele não fechou os olhos em nenhum momento, estava querendo ver a minha reação. Acho que eu estava MAIS do que vermelha. Então eu me liguei. O empurrei para o lado. Ele não ficou surpreso, ele estava meio tonto, acho que nem ele sabia o que estava fazendo. Mas antes que eu pudesse dizer algo, ouvimos um grito, na hora, eu e Nico levantamos e saímos da barraca.

Olhamos ao redor e vimos uma movimentação na barraca ao lado. Passei empurrando as poucas caçadoras dali e vi Thalia tentando acalmar Natália que estava ofegante. Cheguei perto de Thalia e murmurei olhando pra Natália que já estava recuperada.

– O que aconteceu?

– Não sei direito, parece que ela se assustou com algo. Acho que estava sonhando.

– Ah. Thalia, você pode nos deixar a sós um pouco? Vou tentar conversar com ela –Thalia assentiu e saiu levando as caçadoras consigo. Nátalia estava me olhando... Nervosa.

É agora.

– Como você foi parar direto no submundo? O que aconteceu? – Perguntei sem pestanejar. Não gosto de enrolação quando eu estou curiosa.

Natália me encarou.

– Eu não me lembro direito. Eu estava...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Nico e Samantha.. Foi na trave em?
Até o próximo.. bjs!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Filho Do Fogo & A Filha Da Água" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.