Fix You escrita por Leh Linhares


Capítulo 25
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Desculpem a demora



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Pov' Clarisse La Rue

Saio da Casa Grande, sem sequer olhar para os lados, sei do que estão falando. Posso ouvir os cochichos, apesar de todo esforço que faço para não escutá-los.

Estou perturbada demais, sei que serei expulsa, Percy tem chance de convencer o restante dos campistas, afinal todos são seus amigos, porém comigo a coisa é completamente diferente, a maioria dos meus colegas sonha com a minha expulsão a tempo demais para evitá-la.

Estou seguindo até o Chalé de Hermes, contudo antes de chegar lá, avisto Travis:

— Preciso da sua ajuda!- Digo enquanto seguro seu braço.

— No que posso ajudar, senhorita Jackson?- Fala ele com um riso irônico nos lábios.

— Sabe, os filhos do senhor D. comentaram uma vez que era fácil arrumar um pouco de vinho através de vocês. Imagino que não deva ser difícil arrumar Vodka também.

— Parece que a conversa com Quíron foi séria mesmo.- Diz ele presunçoso.

— Não te interessa.- Respondo grosseiramente sei bem o que ele está tentando fazer.

— Se eu fosse você, seria mais educada com seu fornecedor.

Cala a boca, Travis.

— Se for pega bebendo...

— Não é como se eu precisasse me importar com alguma regra daqui.

— Foi expulsa?- Pergunta Travis, com as sobrancelhas arqueadas.

— Digamos que ainda não.

— Então, vai ser?- Questiona ele com um olhar de curiosidade.

— Provavelmente.

— Confesso que estou impressionado Mark estava mesmo falando a verdade.

— Mark é um idiota.- Falo enquanto entrego alguns Dracmas na mão dele.

— Agora está falando a minha língua. Vem!- Travis me agarra pelo braço e me puxa até seu Chalé, onde rapidamente ele me passa uma mochila. Contendo mais do que uma garrafa de Vodka.

— Essa outra é cortesia. Acho que vai precisar se realmente for expulsa. Eu me lembro, Clarisse!— O filho de Hermes fala se referindo a uma parte do meu passado que eu finjo não ter existido.

— Se lembra do quê?

— Você sabe.

— Não sei do que está falando.- Minto, sei bem do que ele fala. Ninguém toca nesse assunto por aqui, quem se lembra como Travis, apenas fingi ter se esquecido daquela garotinha de oito quase nove anos que chegou aqui cheia de feridas feitas pela própria mãe.

Por sorte eu não sou mais essa garotinha, cresci e me tornei alguém melhor. Não existe humilhação pior do que ter que voltar para aquele inferno. Quando disse que não tinha para onde ir não era completamente verdade, Marissa, minha mãe, me manda cartas até hoje, tecnicamente falando eu tenho para aonde ir, mas morar com ela seria o mesmo que reviver meu pior pesadelo e neste caso eu prefiro à rua.

Com as duas garrafas escondidas em uma mochila, começo a andar sem saber bem para aonde ir. Em todos os lugares existem pessoas que não cansam de comentar. Acabo no chalé de Poseidon, onde sozinha começo a dar goles no líquido ardente, que me faz esquecer de que daqui há alguns dias não terei mais pra onde ir.


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Notas finais do capítulo

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