The Last Hope escrita por Aninha


Capítulo 8
Capítulo 8




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/410083/chapter/8

– Você está bem?

Me viro e vejo Tobias.

– Estou

– Quando ouvi seu grito sai correndo

Eu abraço ele.

– Você seguiu o guarda? - ele pergunta

– Segui

– O que aconteceu com ele?

– Não sei. Aconteceu uma coisa muito estranha...

– O que?

– Parece que meu sangue o matou

– Como assim?

– Quando cai em cima dele meu sangue escorreu pelo braço dele, o segui até aqui e o braço dele parecia estar queimando, então ele ia dizer alguma coisa e sumiu...

– Estranho. Mas por que você acha que foi seu sangue que matou ele?

Estendo a mão na frente de Tobias para que ele veja o sangue dourado.

–O sangue... - ele começa

– Está dourado

– O que isso significa?

– Não sei

Ele examina minha mão e franze as sobrancelhas.

– Essa marca, Izzy, eu tenho essa marca!

Puxo a mão de volta e vejo uma marca, parece um losango com linhas que continuavam e se cruzavam.

– Você tem essa marca? - pergunto

Ele levanta sua camiseta e vejo a marca em seu abdome.

– As coisas estão cada vez mais estranhas - ele diz

– Verdade

– O mais importante é que você está bem

Ele me abraça e me beija, andamos pela rua até vermos Anne e Alec, desesperados.

– Não vamos contar nada - sussurra Tobias

– Certo

– Perderam algo? - grita Tobias

Alec e Anne olham para nós e sorriem, Anne corre em minha direção e me abraça.

– Desculpa Izzy!

Tobias me puxa dos braços dela.

– Vocês são loucos sabiam? Deviam prestar mais atenção, ela poderia ter sido capturada - diz Tobias

– Também não sou uma criança, Tobias - digo

– Esqueceu que você está sendo procurada?

Fico quieta, nós voltamos para o acampamento e eu durmo. Tenho um sonho novamente, Mary dessa vez em uma caverna, com a boca coberta por um pano. Acordo. Já está de noite.

Me sento, uma borboleta pousa em meu ombro. Mary adorava borboletas, a borboleta sai voando e eu a sigo, não sei o motivo, mas algo no meu coração me diz para segui-lá. Lembro de uma música que Mary sempre cantava.

Siga a borboleta, pois ela te levará a um lugar

Depois de um riacho,uma caverna ali vai estar

Coberta por terra, mas basta cavar

E um tesouro ali você encontrará

Passo por um riacho, exatamente como a música, e uma caverna coberta por terra. A borboleta pousa em uma árvore ao lado da caverna. Começo a cavar. Demoro meia hora até conseguir deixar um buraco grande para mim passar. Passo pelo buraco e vejo uma pessoa caída no chão, me aproximo, uma grande surpresa!

Mary! Ela está toda amarrada, está ferida, mas não no pescoço como tinha visto. Valentim matou uma pessoa e a fez assumir a forma de Mary. Quase grito de alegria, mas não posso. Desamarro Mary das cordas que a seguram e tiro um pano de sua boca. Ela está tão acabada, tão diferente.

Passo Mary pelo buraco e saio depois dela, pego água do riacho e jogo no rosto dela, ela parece estar acordando.

- Mary! - grito

Ela abre os olhos.

- Izzy? É você? - ela diz com uma voz rouca

- Mary! 

Abraço ela com força e ela solta um gemido, solto-a e ela sorri.

- Achei que nunca mais ia te ver. Achei que ia morrer - ela diz

- Eu também achei que você estava morta

- Eu te amo!

- Eu também te amo!

Ela beija minha bochecha, conto o que aconteceu pra ela, menos a parte do chicote.

- E a sua história? - pergunto.

- Valentim estava solto. Papai não me disse e eu sai no jardim depois da festa pra tomar ar fresco e levei uma pancada na cabeça e a última coisa que vi foi ele, acordei aqui. Como você me encontrou?

- Uma borboleta me levou até esse riacho...

- Você encontrou a caverna e cavou

- Até achar meu tesouro.

Ela sorri.

- Vem. Vamos para o acampamento - me levanto

- Espera, se Valentim está no lugar do papai, e o príncipe Jace? Lembra que eu te apresentei?

- Lembro. 

- Todos foram embora menos ele 

- Provavelmente deve estar morto...

- Izzy! Credo!

- Só estou dizendo o que eu acho

- Tadinho!

- Você está apaixonada por ele?

- Claro que não! Só acho que vocês formariam um belo par

- Não! Eu já estou apaixonada por outra pessoa! - digo por impulso. Eu devia aprender a controlar minhas palavras!

- Meu Deus! Quem é ele?

- Você não deve contar pra ninguém! Ele é um dos garotos que encontrei. Tobias.

- Ai que fofo! Vocês já se beijaram?

- Mary...

- Tudo bem. Parei. Minha boca é um túmulo

- Vamos voltar

Mary tem dificuldades para andar, ela se apoia em mim e vamos andando até o acampamento, quando chegamos todos estão dormindo.

- Está com sono? - pergunto a Mary

- Não

- Nem eu

- Então...

- O que?

- Quem é o Tobias?

Olho pra ela e franzo as sobrancelhas. Vou na frente de Tobias. Ele é lindo enquanto dorme. Aponto pra ele e Mary vai engatinhando até ele e olha.

- Que gato hein...

- Ah, cala a boca!

- Haha

- E quem são os outros?

- Alec e Anne

Ela olha pra Anne

- Ela é linda! - Mary diz

- É porque você não viu os olhos dela

- Os seus provavelmente são mais bonitos

Fico quieta e ela olha pra Alec e depois pra Anne, ela os observa por um bom tempo.

- Eles são irmãos? - ela pergunta

- Sim

- Entendi

Sentamos em uma pedra e ficamos em silêncio vendo as estrelas. Eu a levaria até o esconderijo de Tobias, mas é um segredo entre nós, para termos privacidade. 

Não paro de sorrir. Como minha mãe dizia, "A esperança nunca morre, nem mesmo depois que você está morto".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Last Hope" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.