The Last Hope escrita por Aninha


Capítulo 1
Capítulo 1




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Acordo. Ponho um vestido azul e penteio meus cabelos ruivos. Mary me faria maquiar todo o rosto se estivesse acordada, ela não entende que prefiro ficar confortável ao ficar bonita.


Desço as escadas e encontro meu pai sentado. Ele parece muito preocupado.

– Bom dia pai. Que cara é essa? - pergunto, me sentando ao seu lado.

– Valentim fugiu. - ele fala tão baixo que quase não ouço.

Valentim é um mago. Não acreditava nisso, até que o vi quando era criança. Estava na floresta a beira de um riacho, e ele veio, quase me matou, ele cortou meu braço e tenho a cicatriz até hoje. Meu pai estava perto e o atacou, ele foi preso em um contêiner de aço em baixo da terra.

– Como ele conseguiu? Ele não podia fazer magia, estava esgotado não é? - pergunto.

– Também não sei. Dizem que quando seus poderes foram arrancados. Ele usava uma formula para ter poder novamente. Eu não sei que formula é essa,tenho um palpite. E sei que ele está disposto a consegui-la.

– O que você acha que é?

– Algo que está no castelo.

– Pode ser.

– Izzy, você não poderá mais ir até a floresta.

– Lá se vai minha liberdade...

– Isso é sério! Não quero que você morra como sua mãe!

– Tudo bem. Não vou.

Levanto da cadeira e vou até a sala de música. Sento no banco do piano e começo a tocar. Sempre que lembro da minha mãe choro. Toco as notas que ela tocava pra mim, lágrimas escorrem pelo meu rosto. Eu vi ela morrer na minha frente, Valentim a assassinou. Eu não pude fazer nada, só olhar enquanto ela morria.

– Está triste?

Paro de tocar, enxugo minhas lágrimas e olho para trás. Mary está encostada na parede.

– Lembrei da mamãe. - respondo.

– Izzy, você tem que superar. A mamãe se foi, mas está sã e salva agora.

Ela se foi por minha causa, penso. Mary nunca soube como e porque nossa mãe morreu, nunca contei a ela que nossa mãe estava na minha frente, e que fui uma covarde.

– Desculpe. Vou tentar me acalmar.

– Tudo bem. Eu entendo seu sofrimento, você tinha apenas 10 anos.

– Você tinha 13! Quase não tinha diferença.

– Você é mais emocional que eu.

– Não sou não!

– Lembra aquele pássaro que encontramos que estava doente? Quem foi que chorou quando ele morreu?

Nós duas rimos. Mary é a única capaz de me fazer sorrir nesses momentos.

– Vai usar um vestido de que cor hoje no baile? -ela se senta ao meu lado.

– Acho que vou com um vestido verde. É minha cor preferida.

– Por que você gosta mais de verde?

– Porque mamãe usava um colar com uma esmeralda no meio. Ela dizia que gostava das esmeraldas por causa da cor verde, que significa esperança.

– Entendi.

– E você?

– Vou com um vestido rosa. Também gosto do significado que é romantismo.

– Ta apaixonada por quem?

– Por ninguém. É que eu gosto de romance.

– Sei...

– É sério.

Mary se levanta e eu também, saímos da sala e andamos pelo corredor.

– Hoje papai vai anunciar quem será a rainha. - Mary comenta.

– Vai ser você. É mais madura que eu.

– Mas você é melhor em tudo. Consegue pensar mais que eu.

– Não quero ser rainha, papai sabe disso. E você é mais bondosa que eu.

Mary fica quieta. Ela não gosta disso. Eu sei. Acho que ela tem medo de que se uma de nós for coroada, vai se afastar da outra. Também tenho medo disso, amo muito Mary.

– Seu aniversário está chegando. É quarta. - ela diz

– Sim, 16 anos, finalmente.

– Quero já te dar o presente.

– Já? Porque?

– Sinto que a hora é agora sabe...

– Tudo bem.

– Vem.

Vamos até o quarto dela, ela abre a porta e diz:

– Espere aí.

Fico esperando, ela sai com uma caixinha.

– É simples pra uma princesa, mas é de coração.

Abro a caixa. Uma pulseira de ouro. É simples como Mary disse, mas é assim que eu gosto.

– É linda Mary! Eu adorei mesmo! Obrigada.

Abraço Mary e coloco a pulseira, examino ela em meu pulso.

– Que bom que gostou. - ela sorri.

– Eu te adoro maninha!

Dou um abraço nela e ela retribui.

– Agora vamos tomar um banho que o dia vai ser longo. Já chamei toda a equipe de preparação para arrumar nós duas. - ela me solta.

– Tudo bem.

Vou para o meu quarto e tomo um banho. Quando saio do banho tem uma bandeja com meu almoço em cima. Como e saio do quarto, vou para a sala de preparação e a equipe está me esperando. Mary está sendo maquiada nesse momento.

– Senhorita Isabelle. -uma mulher toca meu ombro - Sou Lucy, vou te maquiar. Sente-se.

Me sento em uma cadeira ao lado de Mary. Ela parece estar cochilando.

– Primeiro temos que deixar esses olhos verdes extravagantes. - Lucy abre um pote e passa um creme em meu rosto.

– Não muito extravagante por favor. - peço.

– Tudo bem. - ela diz decepcionada.

Ela manda eu abrir os olhos. Me olho no espelho e vejo minha imagem, adorei a maquiagem, não chama muita atenção. Estou com uma sombra verde clara e um batom rosa.

– Ficou linda! Obrigada. - agradeço.

– De nada.

Ela me encaminha a outra cadeira, onde uma mulher faz meu cabelo e outra minhas unhas. Quando está tudo acabado visto um vestido verde.

– Está tão linda! - me viro e vejo Mary. Ela está linda, seus olhos azuis estão lindos e seus cabelos negros estão presos em um coque, ela está com um vestido rosa tomara que caia.

– Você também está maravilhosa!

– Obrigada.

Saímos da sala, a festa começou. É tradição as princesas chegarem atrasadas na festa. Esperamos meu pai chamar nossos nomes para dizer quem será a próxima rainha. Depois de meia hora ele nos chama, descemos as escadas e o povo vibra.

– Agora eu irei dizer quem será a próxima rainha de Ílea depois de mim!

Subimos no palco e ficamos cada uma de um lado, meu pai da um abraço em nós duas.

– A próxima rainha será... - ele faz uma pausa.

Olho para Mary. Ela faz o mesmo, pisco para ela e volto na minha posição. Só tenho um desejo. Que não seja eu.

– Maryse Fray! - ele grita.

Mary da um sorriso e abraça meu pai. A multidão vibra. Eu sorrio e dou um abraço nela.

– Você será uma ótima rainha. - sussurro em seu ouvido.

– Você também seria. - ela sussurra de volta.





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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



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