Gintama! escrita por Kasu251


Capítulo 47
Existe uma grande variedade de professores neste universo


Notas iniciais do capítulo

Peço imensas desculpas per ter demorado tanto!
Espero que me perdoem e gostem o capítulo.
Já agora, aviso que neste capítulo vou incluir duas personagens que ainda só apareceram no mangá.



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Numa certa manhã, na escola-templo de Seita, o mesmo chegou atrasado, mas quando se estava preparando para se desculpar, reparou na ausência do seu professor.

“Onde está o Sensei?” Perguntou ele a Izumi sentando-se no seu lugar atrás dela.

“Parece que ficou gripado e teve de ficar em casa.” Respondeu ela. “Ouvi dizer que vamos ter um professor substituto até ele melhorar.”

“Um professor substituto?” Murmurou Seita curioso. “Pergunto-me como será.”

Então a porta da sala foi aberta, dando passagem ao novo professor de Seita que espantou o mesmo.

“Bom dia a todos, a partir de hoje serei o vosso professor. O meu nome é Sarutobi Aki, mas podem-me chamar Sarutobi-sensei.” Apresentou-se ele, escrevendo o seu nome no quadro negro. “Alguma pergunta?”

“O QUE ELE FAZ AQUI?!” Gritou Seita mentalmente.

“Sensei.” Falou um garoto levantando o braço. “Que idade você tem?”

“Tenho 15 anos.” Respondeu ele escrevendo no quadro.

“Você não é muito novo para dar aulas?” Questionou uma garota levantando o braço.

“Não se preocupem, eu sou um prodígio, aprendi tudo o que vocês têm de aprender este ano, a noite passada.” Respondeu ele cruzando os braços de forma orgulhosa.

“Incrível… Mas por que é que ele nos está dando aula?” Pensou Seita com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Sensei!” Chamou outra garota levantando o braço. “Você tem namorada?”

Então Aki bateu com a cabeça na sua mesa, enquanto era rodeado por uma aura de depressão, assustando alguns dos seus alunos.

“Eu gostava… Mas ela já namora aquele sádico maldito… Que nunca irei conseguir vencer… A minha vida será então marcada pela solidão absoluta… Viver valerá mesmo a pena?” Murmurava ele enquanto a aura ficava cada vez mais pesada.

“Ele… Estará bem?” Indagou Izumi preocupada.

“Ele irá voltar ao normal dentro de alguns minutos, não te preocupes.” Explicou Seita.

“Conheces ele, Seita-kun?” Perguntou ela curiosamente.

“Bem… Mais ou menos.” Respondeu ele esfregando a cabeça.

Alguns minutos depois, a aura depressiva do jovem assassino desaparecera e este voltara ao normal.

“Então vamos começar a aula.” Disse ele virando-se de novo para o quadro preto.

“Finalmente.” Suspirou Seita. “Espero que ao menos dê uma aula normal.

“Bem, para matar uma pessoa de forma eficiente e rápida, devem mirar nos pontos vitais, como o coração ou a cabeça.” Explicava ele enquanto apontava para os seus desenhos no quadro. “Caso tenham um caráter sádico, mirem principalmente nos membros e vão avançando lentamente até aos pontos vitais, dessa forma o vosso alvo terá uma morte lenta e sofredora, caso sejam muito bons nisto, podem até chegar a ouvir ele a implorar pela morte.”

“O que estás ensinado a crianças da nossa idade?!” Reclamou Seita irritado.

“Oh, desculpem. Confundi a matéria que eu estudava quando tinha a vossa idade.” Desculpou-se o ninja apagando o seu esquema.

“Que tipo de infância foi a dele?” Comentou Seita com uma gota de suor atrás da cabeça.

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Na hora de almoço, Seita comia juntamente com Izumi e o irmão da mesma, quando o seu novo Sensei passou por ele.

“Oi, Seita… Que bento colossal.” Comentou Aki vendo o gigantesco bento preparado por Hinowa.

“Oh, Aki-san, queria falar com você.” Falou Seita parando de comer. “Por que é que virou nosso Sensei?”

“O diretor é um venho conhecido meu e eu me ofereci para ajudar, pois muitos professores estão de baixa.” Explicou o jovem assassino. “Então, como fui?”

“Horrível.” Respondeu o irmão de Izumi continuando a comer.

“Eh?” Indagou Aki ficando ligeiramente petrificado.

“Bem, você podia até saber as coisas, mas é horrível explicando elas.” Esclareceu Seita com receio da reação do ninja roxeado.

“Sim, ninguém conseguiu compreender muito bem a matéria.” Comentou Izumi.

Foi então que Aki se desfez por completo.

“Aki-san!” Gritou Seita preocupado,

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Na tarde desse dia, no castelo de Edo, o jovem assassino tomava chá juntamente com a princesa.

“As crianças de hoje em dia são tão cruéis.” Murmurou ele depressivamente.

“Não estarás a exagerar um pouco?” Interrogou Soyo-hime bebendo um pouco de chá. “Talvez eles tenham razão.”

“Entendo, então a Soyo-chan também me vê como um lixo…” Murmurou ele com uma aura ainda mais pesada.

“Não foi isso o que quis dizer. Mas não podes ensinar as pessoas apenas dizendo o que sabes, tens de lhes explicar.”

“Não vale a pena, eu não fui feito para ser um Sensei. Além disso, os alunos já nem me ligam.”

“Já sei.” Falou Soyo animada.

“O quê?”

“Só tens de agir como um professor.”

“Eh?”

“Se agires como os professores que aparecem nos doramas deves conseguir a atenção e respeito deles.”

“É genial! Muito obrigado, Soyo-chan, não sei o que faria sem ti.” Agradeceu Aki em lágrimas agarrando as mãos da princesa.

“F-fico feliz por ter ajudado, Aki-kun.” Respondeu ela meio constrangida.

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Então no dia seguinte, os alunos da escola-templo esperavam pela chegada do seu professor.

“Ei, Seita, aquele teu amigo também vem hoje?” Perguntou o irmão mais velho de Izumi.

“Deve vir. Por quê?” Indagou Seita curioso.

“Ninguém gostou dele, todos ficaram entediados.” Explicou ele. “Já que és amigo dele, não poderias fazer algo?”

“Não sei se seria de grande ajuda.” Respondeu Seita com uma gota atrás da cabeça.

Então, mais uma vez, o barulho da porta a ser aberta foi ouvido, alertando todos da chegada do professor.

“Bom dia a todos, vamos começar a aula.” Falou Aki entrando, vestido com um terno e usando óculos com uma armação negra.

“Ele está vestido de quê?!” Pensou Seita chocado.

“Prestem bem atenção, isto irá cair na prova.” Alertou Aki com um sorriso confiante e ajeitando os seus óculos.

“Isto é ruim, ele está claramente a exibir-se.” Comentou Seita preocupado.

“Com a minha técnica secreta, Megane Service, todos os alunos ficaram focados em mim e me venerarão!” Pensou Aki com uma expressão de quem viu o seu plano realizado com perfeição.

Mas infelizmente para ele, ninguém lhe estava prestando atenção.

“Ei! Estão-me ouvindo?” Perguntou o Sensei tentando chamar a atenção dos seus alunos, mas não teve resultado algum. “Isto é importante… Eu disse que vai cair na prova… Vocês deviam prestar atenção… Me oiçam!”

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Depois das aulas, no Yorozuya, Aki encontrava-se sentado no sofá deprimido. Além dele, só Kagura e Gintoki lá estavam, pois Shinpachi e Mizuki já tinham voltado para casa.

“Mais uma vez eles não me ligaram… O que deve fazer?” Indagou ele deprimido.

“Não sei, mas em primeiro lugar... Por quê estás aqui a contar-nos tudo isso?” Gritou Gintoki irritado.

“Eu não quero saber da sua opinião, eu só vim aqui por causa da Kagura-chan.” Respondeu ele com um olhar de desprezo.

“Seu pirralho.” Murmurou o albino tentando conter a sua fúria.

“Então, o que devia fazer, Kagura-chan?” Questionou Aki com um olhar esperançoso.

“Se eles não te ouvem, então sê um professor rígido.” Respondeu Kagura cutucando o nariz desinteressadamente.

“Não podia esperar menos da minha Kagura-chan! Obrigado!” Gritou o assassino saltando para cima da sua amada.

“Não me toques, Macaco!” Ordenou Kagura chutando o jovem Sarutobi para fora do Yorozuya.

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No dia seguinte, na escola-templo, o professor ainda não tinha chegado.

“O que vocês estão fazendo?” Perguntou Seita a dois dos seus colegas que estavam prendendo um apagador na porta corrediça.

“Vamos pregar uma peça ao Sensei.” Respondeu um deles rindo.

“Têm a certeza de que deviam fazer isso?” Duvidou Seita receoso.

“Sim, vai ser divertido.” Falou o outro.

“O Sensei vem aí.” Respondeu um terceiro que estava fazendo vigia.

Então todos voltaram para os seus lugares. Quando a porta se abriu, como esperado o apagador caiu, mas antes de atingir a cabeça do Sarutobi, foi perfurando por uma kunai lança pelo mesmo, que desviou o seu percurso, espantando os autores da peça não sucedida.

“Vamos começar a aula, espero que estejam atentos.” Afirmou Aki com uma expressão séria.

Mesmo assim, quase nenhum aluno lhe dava atenção.

“Entendo, é assim que vai ser.” Murmurou ele pegando numa kunai e atingindo o livro de um garoto que o estava a usar para disfarçar o facto de estar a ler a Jump. “Quando o Sensei diz para prestarem atenção, é para obedecer. Perceberam?”

“Sim!” Responderam os alunos intimidados.

Durante esse dia de aulas, Aki agiu dessa forma, sempre que alguém se distraia, uma kunai lhe era lançada, se alguém adormecesse era atacado por uma bomba de fumaça fedorenta, caso errassem em algo eram ameaçados com serem punidos. Através do medo e da intimidação, Sarutobi Aki conseguira domar os seus alunos.

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“Hoje foi um dia bastante produtivo.” Murmurou Aki com um sorriso orgulhoso enquanto caminhava pelos corredores da escola-templo preparando-se para voltar para casa.

“Odeio aquele Sarutobi-sensei.” O jovem assassino ouviu um grupo de crianças falando entre si.

“Ele é o pior sensei que já tivemos.” Comentou um deles.

“Sim, mal posso esperar que o Sensei melhores para este substituto horrível se ir embora e não voltar.” Afirmou outro.

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“No que será que eu errei?” Murmurou Aki sentando na escadaria da escola-templo com uma aura de depressão.

“Aconteceu algo, Aki-sa… sensei?” Perguntou Seita passando por ele.

“Seita… Por que ninguém me vê como um bom sensei?” Questionou o ninja roxeado enterrando a cabeça nos seus joelhos.

“Talvez porque você não tem muito jeito como sensei.” Respondeu Seita pensativo.

“Então diz-me, como posso ser um sensei melhor?” Pediu o assassino desesperado.

“Devias ser tu próprio.” Respondeu o garoto. “Em vez de fingires ser um sensei melhor, devias dar uma aula que gostarias de ter e que achasses ser a correta.”

“Ser eu próprio… ” Murmurou Aki pensativo e depois levantando-se com um sorriso confiante. “Seita, obrigado, já sei o que fazer.”

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No dia seguinte, Seita, assim como todos os outros alunos, esperavam o seu professor.

“Pergunto-me o que o Aki-san fará hoje.” Pensou Seita curioso.

“Bom dia, alunos!” Cumprimentou Aki entrando na sala com partes da roupa chamuscadas e um pouco de fumaça saindo do topo da cabeça.

“Sensei, o que lhe aconteceu?” Perguntou uma garota receosa.

“Nada de mais, apenas encontrei um sádico maldito no caminho para cá.” Respondeu ele normalmente, ajeitando as suas roupas. “Hoje teremos uma aula especial, venham comigo.”

Então o jovem assassino guiou os seus alunos até ao pátio onde amarrado a um poste de madeira estava Gintoki amordaçado.

“Hoje o Sensei vai ensinar-vos como arremessar kunais.” Anunciou Aki sorrindo com várias kunais nas mãos. “Aquele ali é o alvo.”

“Sensei, tudo bem em arremessarmos contra aquele homem?” Perguntou o irmão de Izumi levantando o braço.

“Sem problemas, eu já comprovei, ele é completamente à prova de kunais.” Respondeu o Sensei pousando a sua mão no ombro do albino, com um sorriso sádico. “Podem atirar quantas quiserem.”

Gintoki murmurou coisas imperceptíveis enquanto se mexia freneticamente me pânico, tentando se libertar. As crianças começaram a ficar animadas enquanto arremessavam as aquelas lâminas negras contra o albino.

“Viva, acertei na cabeça na primeira tentativa!” Festejou Izumi animada.

“Não estás um pouco animada demais quanto a isto?” Comentou o seu irmão com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Bem, este tipo de aula realmente combina mais com o Aki-san.” Pensou Seita enquanto via tanto os seus colegas como o seu Sensei a se divertirem naquela atividade.

E foi assim que Sarutobi Aki conquistou os seus alunos e aproveitou para importunar Gintoki.

–(Fim de capítulo)-

~Como seria se os meus OCs estivessem: No 2º filme~

(N/a: Pensei em começar uma espécie de Omake para o final de alguns capítulos que consiste no seguinte: Incluir os meus OCs em partes da história original de Gintama, serão sempre pequenas cenas e podem ser do anime, do mangá e até dos filmes e OVAs, espero que gostem)

OC de hoje: Sarutobi Aki

Enquanto os antigos membros do Shinsengumi e os Jouishishi enfrentavam os agentes do Bakufu para salvarem os seus líderes, o trio Yorozuya simplesmente observava, com o viajante no tempo tentando compreender aquela situação surreal.

Então, num momento em que Okita descuidou a sua guarda, um dos decapitadores preparava-se para lhe atacar pelas costas, mas foi impedindo por uma kunai que lhe perfurou a mão.

“Oi, oi, como te atreves a atacar de uma forma tão covarde o meu querido melhor amigo.” Questionou um homem jovem de cabelo roxeado e que usava roupas escuras aterrando em cima do tal decapitador.

“Aquele é… O maior mercenário de Edo, Sarutobi Aki!” Exclamaram os inimigos surpresos.

“Vê se prestas mais atenção ao campo de batalha, Sougo.” Aconselhou Aki de costas para o samurai e pegando em mais duas kunais.

“Bem, já que estás por aqui não me vou ter de preocupar com as minhas costas –de gozaru.” Respondeu Sougo com um sorriso confiante, cortando mais um inimigo. “Conto contigo, Aki.”

“Nisso tens razão.” Concordou Aki cortando dois executores ao mesmo tempo. “Pode deixar, meu amigo.”

“E o que raio se passa com estes dois!” Gritou Gintoki confuso. “Por que é que de repente eles se dão tão bem? Estão agindo de um modo completamente diferente, eu não conheço esses personagens!”

“Ao que parece, depois de se tornar um mercenário, o Aki-san aliou-se ao Shinsengumi.” Explicou Shinpachi ajeitando os óculos.

“Mas como é que eles ficaram assim?” Indagou o albino não compreendendo.

“Infelizmente isso está longe da nossa compreensão.” Respondeu Kagura com uma expressão enjoada.

Desenho que fiz já há algum tempo atrás do Aki no 2º filme, para terem uma ideia de como são as suas novas roupas:


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Notas finais do capítulo

Me mandem sugestões de cenas ou arcos do Anime e do mangá em que queiram ver os meus OCs e especificando o OC que querem ver, de preferência que sejam cenas de comédia.
A Izumi e o seu irmão ainda só apareceram no mangá, por primeira vez no capítulo 443 do mangá caso ainda não os conheçam.
É tudo por hoje, até à próxima!