Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada escrita por Nael


Capítulo 38
Cap. 36 Reversão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Tive problemas com o computador. =D

"Eles tentam levar seu orgulho, tentam levar sua alma
Eles tentam assumir o controle
Eles vão te olhar nos olhos, encher você de mentiras
Acredite em mim, eles vão tentar"

Música: Unbreakable Heart - Three Days Grace



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No dia combinado entre Scott e Sayu para fazer a troca foi também o dia em que Maisy planejara invadir e destruir o que presumia ser o esconderijo da tia. Apesar de achar tudo muito estranho Scott seguiu as ordens de Sophie de continuar jogando o jogo dela.

Sayu por sua vez havia preparado tudo caso qualquer um tentasse trapacear. O que ela não contava é que havia outra pessoa que também estivesse preparada para seus truques. E mais ainda que essa pessoa não fossem nem Sophie nem Maisy.

— E então? – Scott perguntou quando estacionou o carro próximo a entrada do metrô.

— Ryuk cumpriu sua parte do acordo. Eu dei a localização da lápide e ele deve estar voando para lá. – Maisy respondeu no banco do passageiro. – Vamos! – ela disse abrindo a porta do carro. Scott a seguiu.

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— Estão entrando. – Near informou de dentro da van onde acompanhava e escutava tudo graças aos dispositivos instalados na roupa de Scott.

— Certo. Tomando posição – ele ouviu a voz de Annie chiar pelo comunicador.

— Nos encontramos lá então. – foi a vez de Lissana.

— Então estou entrando. – Sophie respondeu baixo e observou pela tampa do duto de ar do banheiro.

Sayu se preparou bem e havia dois homens, provavelmente adoradores de baixo escalão cuidando do lugar. A morena esperou o momento certo e abriu a tampa caindo do alto já em cima do primeiro levando-o ao chão. Quando o segundo se aproximou apontando a arma para ela a garota firmou as mãos no chão e com os pés o desarmou quebrando seu braço direito.

Quando o homem do chão tentou se levantar a garota puxou uma pequena pistola da cintura e o acertou, em seguida atingiu com os tranquilizantes o segundo homem.

— Tudo limpo aqui. – ela informou.

— Parece que já perdemos comunicação com o N. – Annie informou. – Quanto mais fundo formos e considerando a preparação da Sayu nossa frequência deve cair também.

— Muito bem garotas, estamos por conta própria. – Lissana disse confiante. – Vamos continuar.

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— Lissana? – Near chamava. – Annie? Sophie? Estão na escuta?

— O que aconteceu? – Misa perguntou atrás de Near.

— A comunicação caiu. Estão dentro.

— Então... – a loira suspirou. – É a minha vez. – ela olhou para o seu shinigami. – Fique aqui.

— Amane... – Near a chamou quando já estava com a mão na trava. – Meus parabéns.

— Hã? – Misa ficou confusa. – Pelo que?

— Você é a primeira e única pessoa até hoje que me fez estar tão errado. – ele falou mecanicamente, mas Misa sorriu. – É uma pena que tenha que acabar assim.

— Não. É libertador. – e dizendo isso saiu batendo a porta.

— Ela é uma humana muito fraca. – seu Shinigami comentou.

— Pode ter razão. Primeiro o Yagami e agora esses pirralhos. – a voz que se fez ouvir parecia entediada rodando em uma das cadeiras giratórias com os braços cruzados. – Mas é isso que nos difere de vocês shinigamis, afinal sem isso não seria divertido.

— Então você ainda se considera um humano, Mello? – Near provocou. – Bem, se de acordo com seu raciocínio humanos são aqueles capazes de ter sentimentos ninguém poderia se encaixar melhor.

— Se até você foi infectado com esses tais sentimentos ao ponto de admitir estar errado para Misa Amane não tenho do que me envergonhar. – ele respondeu, Near se virou e o fitou.

— Neste caso vou tentar manter a calma. – ele disse cinicamente com sua expressão mais tediada e despreocupada como antigamente. Depois lhe estendeu uma papel laminado.

— Sempre bom fazer negócios com você N. – o loiro se levantou pegando o chocolate e abrindo as asas, sombras tomaram conta do lugar. – Ah! Não faça essa cara. – ele mordeu um pedaço. – Voltaremos a nos ver, afinal você não pode viver pra sempre. Uma hora acaba morrendo de verdade Nate. – e com uma risada atravessou o teto da van.

— Muito bem. – ele se voltou para a shingiami. – Agora só nos resta esperar Nigeri. – mas então ele teve uma sensação estranha e se voltou para trás... a shinigami havia sumido.

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Scott e Maisy seguiam pelo túnel mal iluminado.

— Como exatamente pretende pegar o caderno dela? – o rapaz perguntou vendo que a irmã estava mais calada do que de costume.

— Darei um jeito. Apenas esteja pronto como eu orientei. – ela respondeu automaticamente. Não parecia furiosa embora as sobrancelhas estivessem cerradas, mas também não parecia calma e confiante como de costume.

— Maisy qual é o problema? Você tem certeza desse plano? Porque você não me parece muito bem.

— Eu não vou voltar atrás em nada. – dessa vez ela foi firme. – Se quiser desistir faça-o agora. – ela o encarou exaltando a voz e foi então que as luzes se apagaram.

Eles estavam prontos para aquilo então Scott pegou rapidamente a lanterna dentro do seu casaco, mas quando iluminou o lugar não encontrou mais a garota.

— Maisy? Maisy onde você está!? Maisy!

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— Então está para acabar? – Ryuk perguntou olhado para a esfera que flutuava a sua frente. Era uma parte do Portal que existia no seu mundo e mostrava os acontecimentos. As habilidades de Mello iam além do normal para sua atual espécie.

— Nunca começou de fato. – Mello respondeu rodeando-o. O shinigami se encontrava agora preso em uma cadeira com correntes que cintilavam em roxo escuro. – É como você disse Ryuk, só Light pode ser Kira. Portanto só Lawliet pode ser L. – o loiro colocava sua capa e guarda seus inúmeros equipamentos no cinto, colete e bota.

— Humanos, Shinigamis, Kages e Hirakis. Não importa a raça tudo isso é ridículo. – foi a vez de Nigeri presa a sua cadeira da mesma maneira se manifestar. – Está aqui para nos matar, faça isso logo. Esses jogos, esses desafios, essas comparações e julgamentos. Não há nada de interessante, humanos são apenas desprezíveis.

— Ora, não seja assim. – Ryuk sorriu para a shinigami ao lado. – Eu ainda quero ver como tudo isso vai acabar. – ele fixou o olhar na esfera. – Quero ver como está aquele nosso maldito mundo e o que acontecerá a seguir. Quero saber quem reinará e quanto tempo então os verdadeiros L e Kira demoraram até se enfrentarem de novo! – ele começou a rir freneticamente e foi quando um líquido prateado espirrou em sua direção.

Ele se virou e viu que Mello atingira com a espada de lâmina negra a barriga de Nigeri cortando-a até o pescoço, dilacerando assim o lugar onde ficava o que pode ser chamado de coração dos shinigamis. Ela se debateu por um instante e então todo seu corpo começou a dissolver e em poucos segundos, assim como Rem há muito tempo contou, Nigeri se transformou em uma espécie de pó.

— Está indo tudo de acordo com seu plano, Senhor Segundo Lugar? – Ryuk provocou e Mello atingiu o que restava de sua lápide.

— Ryuk... O shinigami que traiu sua raça, seu rei, aquele que absorveu as almas e fugiu de Itami. – Mello começou a se aproximar dele que se contorcia de dor. – E tudo por mera curiosidade, para passar o tempo. É mesmo incrível o que o tédio pode levar qualquer um de qualquer raça a fazer.

Mello ergueu a lâmina e então perfurou o abdômen do Deus da Morte.

— Seria uma pena se não pudesse ficar para observar tudo àquilo que deseja, não acha? – Ryuk cuspiu um pouco do mesmo líquido que jorrou de Nigeri. Mello puxou a espada de volta. – Viva Ryuk, pelo menos tempo suficiente para ver o fim dessa historia.

— N-Não.. E-Esperaa!! – o Shinigami gritou. – E-Eu... Ainda tenho que ver... Ahh!! – ele voltou a se engasgar.

— Você já devia ter aprendido a essa altura, Ryuk. Nada nunca é como nós desejamos. No final nós nunca temos o que queremos. – ele começou a subir as escadas do porão. – Apesar de ter ajudado a resolver o caso eu não ultrapassei Near apenas me igualei a ele e não pude desfrutar de nenhuma vitória. Já Near não conseguiu sustentar o nome do L, Light sucumbiu ao que mais odiava e Lawliet foi traído pela sua própria mente ao brincar com a sorte e se arriscar mantendo Kira do seu lado.

— Não! Depois de tudo, não vou morrer aqui.... Aaaaargh!

— Grite o quanto quiser. Não é como se alguém pudesse te ouvir. – ele se virou e o encarou com seu semblante sombrio. – Se bem que deveria poupar suas forças se ainda quiser assistir o desfecho disso. Assim minha gentileza não será desperdiçada.

— Seu maldito. I-Isso nem era assunto seu. E só quer me matar lentamente... Aaaah! – ele por fim voltou ao seu tom normal.

— Dois já foram. Falta um. – e assim aquele que viria a ser conhecido como Mensageiro da Morte por ter o poder de matar Deuses da Morte partiu em busca do seu último alvo, Fang o shinigami de Sayu Yagami.

Droga! Esse cara é poderoso. Maldito sucessor do L. Qual seu verdadeiro objetivo?

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Scott caminhava cada vez mais para o centro do lugar até que finalmente chegou a plataforma onde Sayu já o esperava com dois homens mascarados e armados. Seu shinigami pairava acima dela.

— Tenho contato visual. – disse Annie escondida e com a arma mirada para um dos homens.

— Entendido. Fico com o mais alto. – Lissana mirava para o segundo homem. – Sophie está na escuta? – não houve resposta. - Ei. Annie? – Ela abafou uma tosse e massageou as têmporas. - Você... Você está sentindo isso?

— Isso se parece com... – o chiado foi ficando mais intenso. – Essa não! É cianeto!

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— Muito bem sobrinho. Onde estão os cadernos e o corpo da Misa?

— Os cadernos estão aqui. – ele tirou os Death Notes de dentro do sobretudo. – Quanto ao corpo de Misa está no porta-malas do carro do lado de fora.

— Não foi isso que combinamos. – ela falou calmamente. – Mas como estou de bom humor... – ela deu um passo a frente e estendeu a mão. – Me dê os cadernos, eu vou testá-los e se tudo estiver certo Maisy perde suas memórias e você estará livre pra ir.

Scott andava calmamente até ela carregando o caderno de Maisy, de Misa e o que Sophie havia roubado. Seus guarda-costas mantinham total concentração no rapaz.

— Fico me perguntando como conseguiu o meu Death Note de volta.

— É fácil quando se banca o agente duplo. Ou triplo no meu caso. – ele estendeu a mão, mais um metro e os cadernos estariam nas de Sayu. O rapaz que já andava lentamente parou de repente.

— Vamos lá Scott. O que está esperando? – a mulher falou. – Por acaso algum truque? Esperava que alguém aparecesse? – ela riu. – A essa altura a van do lado de fora já está cercada e todos dentro mortos. Sua preciosa irmã já foi levada e suas atiradoras ali e ali... – ela balançou a cabeça indicando as direções logo acima deles. – Vão se encontrar com eles logo.

— Hã? – ele se espantou. Como ela soube?

— Eu liberei um gás chamado cianeto desde que elas se posicionaram. Como é em pequenas quantidades para não ser notado leva um tempo para que a pessoa morra. – Scott puxou os cadernos de volta para si.

— Desista logo. L não pode te salvar sozinha. Me entregue os cadernos.

— Onde está a Maisy!? – ele perguntou.

— Do lado de fora. Dentro de um carro. – rla tirou um celular do bolso. – Me entregue os Death Notes e eu solto ela.

— Se Near já está morto então... E quanto a elas?

— Isso seria pedir demais. Escute bem, Scott. Eu vou manter minha promessa de liberar você e a Maisy. Assim que eu usar o caderno ela perderá as memórias e não será um problema, mas o restante... Eu não posso permitir que eles se intrometam mais nesse assunto. Então... – ela voltou a esticar os braços. – Aproveite enquanto ainda é uma negociação e não uma chantagem. Porque se não me entregar os cadernos, se tentar me enganar eu matarei Maisy também.

— Tá bom. – ele voltou a se aproximar. Sayu estava cada vez mais ansiosa para obter de volta seu poder e começou a caminhar na direção dele também. Foi quando as poucas luzes piscaram por um segundo e então Sayu ouviu apenas o grito de seu shinigami que foi atirado de encontro ao concreto enquanto um líquido prateado jorrava de seu peito.

— Mas o que? – ela encarou a criatura que cairá ao seu lado e por pouco não a atingira. Seu shinigami estava morto. Depois se voltou para Scott levantando uma arma. – O que você pensa que está...

Mas não conseguiu terminar sua frase, um bipe foi ouvido e tudo foi abaixo.

As bombas?— Scott que tentava correr as cegas, mas acabou caindo no chão tentava entender a situação. – Mas eu e Ryuk combinamos que ele colocaria as falsas apenas para simular para Maisy. Até mesmo o Mello ajudou com a farsa. Mello... Ele que atacou o shinigami? Será que ele está trabalhando só com a Maisy? O que está acontecendo? — ele conseguiu pegar sua lanterna para iluminar o lugar e correu. – Se as bombas estão de acordo com o plano da Maisy nenhum lugar é seguro. Droga, e agora? Lissana e Annie estão lá e logo o cianeto vai surtir efeito. O que eu faço? O que eu faço?

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Alguns minutos antes

— Por que está fazendo isso? – Sophie perguntou de frente ao espelho do banheiro, na bancada ela recarregava uma pistola automática enquanto encarava pelo reflexo a outra garota.

— Pelo que você disse quando jogamos xadrez. – Maisy respondeu sem tirar os olhos da tela do notebook que estava com inúmeros fios de várias cores conectados diretamente ao antigo sistema de controle que passava por uma das paredes do banheiro. – Você disse que só aceitaria perder para mim. Naquele momento você me contou toda a verdade. Eu apenas não quis acreditar que fosse possível afinal você era a minha inimiga. De qualquer forma, digo o mesmo para você.

— Era? Não sou mais? – Sophie se virou.

— No presente momento não. É aquele velho ditado o inimigo do meu inimigo passa a ser meu amigo.

— Você sabe o que te espera ser continuar com isso, não sabe?

— Estou ciente disso. – ela encarou a morena que sorriu.

— Estou ansiosa para ver então o que preparou para mim. Afinal quando o inimigo em comum for derrotado voltamos à estaca zero, não é?

Sophie parecia animada, mas Maisy pela primeira vez não respondeu nem a encarou com raiva. Apenas riu de canto e se voltou para o notebook.

— Muito bem, hora do plano C. – ela finalmente falou depois de digitar alguma coisa.

— Plano C? – Sophie estranhou.

— É. Cabuuum. – Maisy sorriu e apertou enter. Depois disso o lugar inteiro começou a tremer. – Sua vez L.

Sophie puxou uma arma da cintura e outra da perna esquerda onde as prendia em um cinto, levava uma em cada mão e saiu pulando e desviando dos corpos adormecidos pelo chão.

L...

Kira...

Dessa vez eu sinto que não vamos ter prorrogação.

Nossa batalha termina aqui. Resta saber qual de nós três sobreviverá.


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Notas finais do capítulo

Matt: "Eu encarei seus olhos negros que não pareciam demonstrar expressão nenhuma como sempre.

— Eu poderia dizer que lamento... – eu comecei – mas sei que você não suporta hipocrisia.

— Então sempre foi isso. Não se tratava do Light, da Misa ou mesmo do Ryuk. Muito engenhoso. – Lawliet respondeu amarrado às correntes que brilhavam em roxo enquanto caminhávamos por entre o que deveria ser o Palácio do rei.

Agora que o verdadeiro plano estava completo, que tudo tinha sido resolvido estava na hora de me livrar dele. Apesar de ter conseguido capturá-lo e ele poder vir a ser um inconveniente no futuro, Mello deixou claro para que não o desintegrássemos, segundo ele L ainda devia lhe responder uma última pergunta sobre quem era seu verdadeiro sucessor. Então estávamos mandando-o de volta ao seu mundo.

Eu estava acompanhado por mais dois shinigamis que haviam se tornado nossos aliados tinha certo tempo. Quando chegamos ao portal que havia escondido entre aquelas ruínas Lawliet olhou ao redor. Era um pouco diferente do principal se parecia com uma porta de pedra e havia varias escrituras em várias línguas. Ele se concentrou em um determinado grupo de runas.

— Está pronto. – anunciei depois de abrir o portal e uma imensa claridade começar a emanar de lá.

— Então depois disso nenhuma luz vai conseguir entrar nesse mundo. – L pareceu não me ouvir decifrando as runas que eu havia escrito. – Bom saber... – ele mordeu o polegar.

— Passe logo. – falei. Ele apenas se virou para mim com indiferença e começou a caminhar. Antes porém de atravessar se virou e me encarou.

— E então é isso... Os discípulos superam o mestre.

Depois disso tudo se tornou um clarão. Quando consegui voltar a ver não havia mais nada, nem mesmo o portal.

— Mas o que diabos... – os Shinigamis começaram a ficar desorientados e andar pelo lugar como se procurassem pistas.

— L... O que é você afinal? – eu apenas sorri. No fundo a parede estava marcada com uma parte mais escura estava sua letra marcada na sua conhecida fonte. "



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