O Segredo Das Sete Chaves. escrita por Curin, AAJ


Capítulo 1
A Chegada da Irmandade Negra.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409565/chapter/1

Era uma noite de domingo, nem muito fria nem muito escura. Talvez uma noite perfeita para um passeio. Eu queria passear, sentia falta de aventuras. Coisa meio idiota de se reclamar, mas com o tempo virou a minha rotina. Meio besta, eu sei. Mas não estou me importando com isso no momento. Eu estava entrando no banho quando meu telefone começou a tocar. Praguejei alto e me encostei na parede enquanto atendia.

– Alô?

– Andrew, sou eu - fiquei sem entender por um momento. Se for a pessoa que eu acho que é, então é uma emergência - Sou eu! Damon, preciso muito falar com você.

– Pode falar Damon, estou ouvindo - eu disse começando a me assustar.

Damon não fala comigo há... Quantos anos?

– Não posso falar por telefone. Encontre-me no Coffe de La Music a meia noite.

Tive que tomar o banho mais rápido da história, o que foi péssimo para mim que tenho mania de limpeza. Já eram onze e meia e eu estava saindo de casa para encontrar Damon no Coffe de La Music. Tinha acabado de entrar no carro quando meu celular voltou a piscar. Era uma mensagem de Damon, estava escrito assim:

"Mudanças de planos, me encontre na frente da Torre Eiffel."

Mudei a rota na minha mente, calculei um atalho e fui em direção a Torre Eiffel, chegando lá não vi Damon em lugar algum. Estava prestes a sair do carro quando um homem encapuzado entrou no carro. Não me assustei porque ele fazia isso sempre quando eramos pequenos. Era Damon. Ele parecia um tanto quanto assustado:

– Damon meu irmão, o que aconteceu? Está pálido - eu disse preocupado. Era, definitivamente, uma emergência.

– Andrew... Eles descobriram sobre a caixa, estão vindo atrás dela e... E é tudo culpa minha! - disse Damon de uma vez, nervoso.

– Quem está vindo?

– Liev Duscha e seus homens - disse ele me fazendo ficar enrijecido.

 Liev Duscha? - eu perguntei em uma voz mais baixa.

– Sim. O próprio Liev Duscha, Imperador da Irmandade Negra -disse Damon desesperado.

– O que faremos irmão? - eu perguntei temeroso.

– Temos de fugir daqui com a caixa. Levá-la para um lugar seguro, qualquer lugar. Muito longe daqui. - disse ele enquanto tentava pegar a chave do carro da minha mão.

– Não podemos fazer isso e você sabe - Tirei a chave do alcance dele - O ultimo de nós que tentou fugir, foi morto um dia depois - eu disse o lembrando do trágico acidente do senhor Burns (apelido dele, eram muito parecidos).

– Então o que faremos? - perguntou Damon apavorado enquanto balançava as pernas, ansioso.

– Já disse isso ao Irmão Aban? - perguntei enquanto procurava uma solução.

– Não, achei que seria melhor se alguém além de mim soubesse antes de contar a ele. Estou vendo, pensei mas não tive coragem de falar isso para um homem perturbado.

– Então iremos contar para ele. Só... Se acalme.

Damon concordou, respirou fundo e nós fomos imediatamente a caminho da Irmandade. Não era muito longe da Torre Eiffel. Aban ainda estava acordado, em seu escritório como sempre trabalhando. Nós dissemos-lhe o que estava a acontecer e tivemos que dar uma água com calmante para Damon. Percebendo que o assunto iria trazer grandes consequências, interrompeu:

– Não quero que isto vire assunto aqui na Irmandade, então peço-lhes que guardem para si mesmos essas palavras e essas histórias.

– Nós lhe prometemos que este assunto acabará aqui nesta sala - eu e Damon dissemos juntos fazendo o sinal de juramento da irmandade. 

Como são os únicos que sabem sobre isto, serão os únicos que terei de dar uma missão. - Disse Aban enquanto anotava alguma coisa em uma ficha - Peço-lhes que aceitem esta honra.

– O que teremos de fazer Irmão Aban? - perguntou Damon cabisbaixo.

– É simples - disse Aban enquanto nos guiava por um túnel. Pouco tempo depois percebi que estavamos no túnel das sete portas - Aqui é o lugar mais secreto de nossa irmandade, irmão algum jamais entrou aqui a não ser eu e os outros imperadores. Então espero que aceitem esta honra. Por mim e pela Irmandade eu peço-lhes ajuda - completou enquanto nos observava paciente.

Algumas pessoas recusavam missões por medo, covardia. Mas era compreensível. John, por exemplo, era a única pessoa na vida da mãe. Ela precisava dele e por isso só dávamos missões simples para ele.

– Sim, nós aceitamos com toda a honra possível - eu respondi por nós dois.

Andamos mais um pouco e paramos em frente a uma porta de madeira negra com maçaneta prata. Aban logo pôs-se a falar :

– Quero que saibam que após a primeira porta ser aberta não poderão mais desistir.

– Nós iremos até o final - disse Damon seriamente.

– Estão avisados. Então faça-me a honra de abrir a primeira porta - disse Aban entregando uma das sete chaves na mão de Damon.

Damon abriu a primeira porta, nós andamos por mais um tempo e paramos na segunda agora era minha vez de abrir a porta. Pronto, estava aberta. Seguimos em frente enquanto abríamos as portas uma por uma. Quando abertas as sete portas nós nos encontrávamos em uma sala alta, grande, redonda, com pedras escuras e mal iluminada. O único raio de luz que havia fazia o efeito de um holofote em cima de uma caixa no centro da sala, era por causa dela que a Irmandade Negra estava vindo. A caixa da Revolução.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Segredo Das Sete Chaves." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.