Fallen World escrita por Artur


Capítulo 25
Capítulo 25: Noite Fria


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal! Postei hoje porque não poderei escrever nenhuma das minhas fic nessa semana :'( Mas enfim, ai está mais um! Bem mais leve e romântico, alguém ai aprova Maril? uhuuul o/

O próximo começa a invasão de Mia, acho que todos já sabem que isso vai acontecer né? Bora Comentar? Recomendar? Let's go!



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Fallen World

Capítulo 25: Noite Fria

Pov. Mari

Antes de chegarmos na prisão, eu praticamente não tive ninguém, fui obrigada a andar por ai sozinha tentando me proteger por conta própria, até que um dia conheci a Francis. Faz muito tempo que não encontro alguém da minha idade, e de certa forma, eu amadureci conforme o tempo foi passando e minha vida aqui na prisão, foi melhorando.

Aquela garotinha chorona ainda reside em mim, mas agora as coisas estão diferentes. Sei me proteger, e isso é o essencial para poder continuar viva nesse apocalipse tenebroso. Tudo mudou, as pessoas mudaram, conheci gente nova e pude me aproximar daqueles que já conhecia.

Ter Carl como amigo é algo que até hoje comemoro, sempre fiquei observando os adultos conversarem entre si enquanto eu ficava lá, calada encolhendo-me diante deles. Agora tenho alguém pra conversar, desabafar e dividir opiniões afinal, nós dois somos adolescentes e precisamos ter esse contato mesmo que estejamos nesse fim de mundo. Mas acontece, que as coisas foram fluindo, enquanto ia me aproximando cada vez mais do filho do xerife.

Lembro-me da primeira vez que vi ele, a impressão que ficou foi a de que ele era um garoto mimado, que acha que pode fazer tudo que bem entender, até hoje essa opinião predomina mas o vejo com um outro olhar, ele meio que me inspirou a seguir em frente, aprendi a atirar junto a ele e graças a esse garoto exibido, pude me defender um pouco mais.

Perdemos muitos dos nossos nas últimas semanas, foram dolorosas mortes e acontecimentos agonizantes. Lizzie e sua maluquice, o que provocou no suicídio de Carol, além do assassinato de Sasha e Bob por aquele miserável do Thomas que mal chegou e já causou mais problemas. Após o enterro de dos dois, as coisas pareciam voltar a normalização de antes.

Andejei para minha cela, agarrada em Francis, que me acariciava constantemente, é incrível nossa relação, devo minha vida a ela! Dormi tranquilamente, não tive meu sono interrompido como nas últimas noites, muito pelo contrário!

– Tá na hora de acordar, vamos comer algo ok? – Francis me balança tentando me fazer despertar, abro meus olhos com um pouco de dificuldades enquanto indago ainda sonolenta.

– Já? Só mais cinco minutinhos...

– Nada de cinco minutos! Esquece que não temos a noção do tempo? – Rebateu rapidamente a morena me fazendo levantar.

O café da manhã era simples, não tínhamos um banquete esplendido, eram inúmeras pessoas para alimentar. Patrick sentava na mesma mesa que eu, começamos a conversar enquanto comíamos até que ele despontou uma curiosidade em mim.

– Já notou?

– O que? – Questionei tomando um gole de água.

– O Carl e a Lindsay ... – Completou ajeitando o óculos, fiquei sem entender. Olho para o jovem buscando uma continuação, ele se cala.

– Vamos desembucha! O que tem eles dois? – Provoquei enquanto ele se engasga com a própria comida.

– Ah cara, você é muito desajeitado sabia?

– Bem, eles dois .. estão ficando bem próximos. Será que estão namorando? Não duvido nada, do jeito que o Carl é ... – Explicou Patrick dando uma risada.

Levanto-me rapidamente, devo estar visivelmente irritada, finjo que não escutei o que ele acabara de dizer, afasto-me dali enquanto Patrick exclama:

– Ei! Onde você vai? Nem terminou de comer!

– Estou sem fome. – Respondi ríspida.

As palavras de Patrick fez um nó no meu estomago. Me arrepio pensando que eles realmente podiam estar juntos, Lindsay era bastante bonita, muito mais bonita do que eu, talvez o ciúme começou a surgir dentro de mim.

Já no pátio, coçava o meu olho enquanto procurava ficar mais calma. Nunca senti isso antes, foi muito estranho esse ataque de ciúmes der repente, mas tenho que encarar os fatos... definitivamente estou gostando do Carl!

Meus olhos fixam agora na imagem de Carl e Lindsay andejando em minha direção. Ele levanta a mão acenando enquanto saio imediatamente do pátio, não queria conversar, pelo menos ainda não .

Volto para o bloco de celas quando escuto a doce e meiga voz de Beth ecoar-se no local, sigo sua cantoria quando me deparo com a loira contando para Bernardo e Petter, enquanto Cath e Julie apenas observavam.

– Oi Mari! – Exclamou Cath amistosa, sinto que ela gostou de mim já que fui bastante amigável com a filha dela.

– É incrível como Beth se dá bem com eles né? – Questionou Julie sorrindo.

– Só acho que ... fazer eles se sentirem bem me deixa feliz! É gratificante saber que ainda existem bebês nesse mundo perdido. – Respondeu Beth enquanto Petter murmurava para a jovem continuar a cantar.

Andejo em direção a Julie ficando na frente da mesma que me encara curiosa.

– Você viu a Francis? – Perguntei.

– Ela deve estar com o Daryl... – Respondeu Julie soltando um olhar malicioso para Cath, em seguida caíram nas gargalhadas.

– Pelo visto ela não desgruda dele! – Reclamei cruzando os braços enquanto saia da cela e ia em direção a Francis. Escuto alguns barulho enquanto andava pelo corredor do bloco, até que me deparo com uma cena totalmente nojenta! Francis se envolvia em Daryl enquanto ele fazia um cafune nela, faço uma careta de nojo enquanto saio de perto deles sem fazer barulho.

Retorno para onde as garotas estavam, porém vejo Julie e Cath saindo com os seus respectivos filhos.

– O Carl está lá, disse que queria conversar com Beth a sós . – Indagou Julie enquanto segurava Bernardo.

As duas passam por mim, queria segui-las mas a tentação de saber o que eles estavam falando predominou. Apoio-me na parede próximo a porta da cela, e silenciosamente escuto a conversa dos dois.

– Então, é que tem um garota que estou gostando... – Começou Carl fazendo meus olhos arregalarem, o rapaz em seguida continua : - E vim conversar com você já que as outras mulheres tirariam sarro da minha cara.

– Mas então, o que você quer? Dicas.. ? – Questionou Beth.

– Acho que sim, não sei como chegar e dizer que gosto dela, talvez ela não goste de mim. – Respondeu Carl tropeçando nas próprias palavras.

Retiro-me dali imediatamente, agora esta comprovado que Carl realmente gosta da Lindsay e vice-versa. Minha cabeça começa a doer enquanto as palavras de Carl persistiam em prevalecer nos meus pensamentos. Vou para cama, querendo acordar no outro dia e tudo isso ter acabado.

A noite chegou, estava chuvosa e fria, eu estava no meu quarto, deitada na minha cama, debaixo do meu cobertor. Fecho os olhos, e aos poucos começo a sentir algo estranho, era como se eu pudesse sentir Carl ao meu lado, como se eu pudesse ver o rosto dele mesmo meus olhos estando fechados, não sabia distinguir se aquilo era real ou apenas um sonho. Pude sentir seu abraço, suas caricias, sentir a pele dele, mas ai eu abri meus olhos, e ao abri-los olhei pro lado e percebi que Carl não estava lá, então me dei conta de que eu tinha caído no sono e que tudo aquilo não passava de um sonho bom. Mas parecia tão real, eu realmente pude senti-lo.

E tudo o que eu mais queria naquele momento ao acordar daquele sonho, era poder dormir e voltar ao mesmo sonho mais uma vez, somente para poder senti-lo, mas não consigo, levanto-me da cama andejando em direção ao pátio e lá, vejo a lua predominar no céu, sempre majestosa e encantadora.

Primeiro veio aquele vento gélido, procuro minha aquecer arrumando meu casaco. Em seguida, foi a vez das gotículas de chuva caírem aos poucos sobre todo o local. Escuto passos se aproximarem, era ele .. era Carl. O garoto se senta ao meu lado enquanto indaga:

– Você ... tá estranha. Me evitou hoje de manhã.

– Não, eu só estava farta de tudo. – Disparei e não consegui mais controlar. – Acha que é fácil eu ver vocês dois juntos? Não é! Aquela garota é muito bonita, talvez seja por isso que você tenha gostado dela mas, o que ela realmente fez pra te merecer?

– Do que você tá falando? – Questionou Carl franzindo o cenho .

– Não mereço ter que conviver com isso todos os dias! Além do mais eu n- Continuei a reclamar enquanto sou interrompida por algo que nunca imaginei que tivesse acontecido, em questão de segundos, sinto os lábios de Carl tocarem nos meus, me envolvendo completamente naquele momento . O garoto começa a tocar no meu rosto enquanto continuamos com o beijo magico, sinto suas mãos, sua respiração ...

Já não ligamos mais para a chuva que começava a cair intensamente. O que mais importava naquele momento, era nós dois.


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