–Nossa, nos meus sonhos mais recentes, você não era assim tão fogosa –(Disse Jullie enrolada no lençóis de Hanna que estava deitada do seu lado lhe fazendo carinhos)
–Se eu fosse melhor nos seus sonhos você não faria questão de vir atrás de mim fora deles –(Disse no pé do ouvido de Jullie)
–Concordo plenamente com você –(Sorriu)

As duas compartilharam um beijo envolvente, como amantes compartilham quando matam a saudade, o clima era favorável a qualquer partida calorosa que as duas resolvessem tomar. Os amassos eram repetitivos, mesmo depois de um sexo maravilhoso, não existia espaço para o cansaço, a loiras eram especialistas em renovar energias em favor de novos momentos de prazer, Jullie podia gozar só com as mordidas que Hanna dava em seu pescoço, ela murmurava coisas que nem faziam sentido mas que significavam o reflexo de alguém perdida em toques enlouquecedores. As duas pararam pela necessidade de oxigênio, Hanna estava por cima de Jullie e as duas respiravam ofegantes, Hanna debruçou-se sobre o corpo de Jullie, ainda com a mesma cadencia na respiração.

–Já esqueceu enfim a professora de artes? –(Provocou Jullie)
–Você é muito masoquista, eu estou nua em cima de você, e ainda me pergunta sobre outra garota? –(Ao lembrar de Aria Hanna sentiu uma pontada no peito mas disfarçou muito bem)
–Quero ter certeza que amanhã a tal morena não tem chances com você
–Não vamos falar de amanhã, ta tão gostoso hoje –(Deu um selinho em Jullie)
–Vou relevar essa vez mas eu não posso evitar o ciúme que eu sinto, Hanna eu quero você pra mim
–Com quem eu estou agora?
–Comigo
–Então cala a boca
–Mas Hanna.
–Shiu, não estraga esse momento ok?
–Ok, eu te amo tanto

Hanna gelou e tentou disfarçar e foi salva pelo celular que tocou.

–Oi mãe –(Fez sinal de silencio pra Jullie)
–Meu amor, como você esta?
–Ótima e você meu bem?
–Estou bem, vou dormi na casa da sua avó, aproposito filha quanto tempo você não visita sua avó?
–Ai mãe pede desculpas pra ela, diz que amanhã bem cedinho vou ai tomar café com vocês
–Dizem que promessa é divida
–Eu sei mulher, para de me fazer sofrer
–Seu sofrimento é proporcional ao seu descaso
–Que horrível passa o telefone pra única mulher que ama nessa casa, passa pra minha avó
–Tudo bem
–Oi meu doce –(Disse Anna, avó de Hanna)
–Vó, amor da minha vida, o que essa mulher inventou sobre mim?
–Disse que você é um neta ingrata, e que eu devia bater em você
–Que horrível, não acredito que tenho parentesco com essa mulher, mas vó vou amanhã bem cedinho ai com você ok?
–Ok meu amor, vou fazer um bolo de cenoura pra você
–Sua linda, vou correndo então, beijo grandão pra você, diz pra Ashley que amanhã vou no cartório tirar o nome dela da minha certidão.
–Digo sim e venha morar comigo
–Combinado, até amanhã meu amor
–Até meu bem

Desligou o telefone e sorriu.

–Você é tão dramática –(Jullie)
–Quer que eu te jogue da cama? –(Ameaçou)
–Não digo mais nada

As duas riram, e Hanna deitou-se do lado de Jullie.

–Dorme comigo hoje? –(Hanna pediu manhosa e Jullie a olhou boba)
–Ta com vontade de mim Hanna Marin?
–Muita, muita, muita, do seu cheiro, do seu corpo...
–Mulher não faz assim comigo –(Se arrepiou)
–Como? –(Disse maliciosa)

Jullie subiu no corpo da loira maliciosa e a beijou com vontade, apertando as coxas da mesma, e mexendo a cintura no vai e vem que encheu Hanna de tesão.


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–O nosso namoro foi maravilhoso, cercado de momentos bons, com brigas claro, mas com quinze anos não se tem tanta criatividade pra crises como agora –(As duas riram)- Então agente sempre estava bem, ela se mudou e mudou de escola também com o tempo tudo foi se desgastando, problemas sugiram, a falta de tempo, a distancia, e mesmo com a pouca maturidade soubemos como terminar, ninguém se xingou nem nada disso, sempre achei ela uma garota incrível, antes e depois do namoro, e ate hoje somos boas amigas.
–Que ótimo, então ainda se falam?
–Sim, não com aquela mesma frequência, senão minha namorada me mataria
–Ela é uma pessoa ótima
–Muito, mas eu já falei muito de mim, me fala de você tem namorado?
–Não, não, até tinha um mas já faz um tempinho
–Mas isso antes ou depois de você ficar afim da Hanna? –(Levantou a sobrancelha)
–Não –(Elevou a voz sem perceber)- Ela é só minha amiga
–Comigo começou assim também –(Disse rindo)
–É sério
–Aria não precisa todo esse medo, não sou o resto do mundo, não vou te jogar na fogueira –(A morena em prantos respirou fundo ao ouvir)
–Talvez eu goste dela
–E ta esperando exatamente o que pra dizer isso pra ela?
–Coragem
–Opa ai depende
–De que?
–Do que estamos falando –(Aria franziu o rosto sem entender)- Estamos falando de amor?
–Eu não, mas é quase amor –(Disse tímida)
–Então a receita pra esse seu quase amor,é transformar esse seu medo que transborda pelo seu corpo em alguma ação, porque pelo tom que você fala com certeza ela correspondeu a esse seu quase amor, senão não estaria tão em prantos.
–Tenho medo de você ter espionado minha vida esses últimos meses
–Calma não espionei não, mas quase se trata disso o remédio é um só em qualquer parte do mundo pra qualquer pessoa, a situação pode até ser diferente pra outros casais, mas o medo assombra todas as relações, e se o seu coração não consegue mas evitar o que você sente, quer dizer que está na hora de transformar todo esse medo em coragem, não parece tão simples quando se ouve
–Só aumenta meu medo..
–Então só lembra de uma coisa, e eu espero que isso acalme o seu coração quando o medo vier te cutucar, -(Olhou fixo nos olhos da morena)- Nada sem amor vale apena, nada.