No compasso daquele mesmo sorriso, as duas ficaram uma de frente pra outra, sem jeito e sem saber por onde começar, ate que a loira deu o primeiro passo.

–Como você esta? – (Disse tímida)
–Ah eu to bem, to bem, e você –(O mesmo tom de timidez se repetia)
–Eu to bem melhor agora – (Sorriu e morena repetiu o gesto como se as duas estivessem combinado)
–Quer sentar?
–Sim – (As duas sentaram no sofá, ainda de frente uma pra outra)
–Gostei de você ter vindo aqui..
–Só vim pra ver você – (Aria ao ouvir desviou o olhar) – Ou melhor vim pra falar com você
–Falar o que comigo?
–Sim, Aria eu queria saber, você sentiu mesmo ciúmes de mim? – (A morena ao ouvir sentiu o nervosismos lhe subir o corpo)
–Um pouquinho..
–Eu não paro de pensar em você, e que ..
–Hanna eu ..
–Pera deixa eu falar, é importante que você entenda que você mexe muito comigo, eu sinto que perdi o controle do meu corpo, da minhas ações, tudo porque eu não paro de pensar em você. –(O tom que a loira deu ao seu discurso fez Aria entender a importância do que estava sendo falado)
–Eu me sinto assim também, eu não passo um minuto sequer sem pensar em você –(Pôs a mão sobre a coxa de Hanna fazendo daquilo um gesto de ternura, a morena viajou por alguns instantes na sua mente, uma viajem boa que fugia a realidade quando ela olhava pra Hanna)
–O que agente faz com isso?
–Ham? –(Acordou do sonho e tirou a mão da coxa da loira)
–O que agente faz com isso? Ta na cara de que é alguma coisa
–Eu sei, eu sei, -(Levou a mão ao rosto)- Eu só tenho medo
–Acha que só porque eu sei o que eu quero, eu não tenho medo, até nisso eu to contigo eu também to com medo
–Eu só queria que tudo fosse mais simples
–Mas não é Aria, e o que agente faz? Esquece as coisas que sente só porque tem medo?
–Desculpa..-(Levou a mão até o rosto de Hanna, mas a mesma levantou)
–Não me pede desculpa, porque você ta fazendo mal pra você mesma –(Disse irritada)
–Eu não sei o que eu faço Hanna
–Agente começa desse jeito –(Puxou Aria do sofá fazendo a mesma ficar bem perto) - Você gosta de mim ou não?
–O que? –(Respirou ofegante com a proximidade das duas)
–A pergunta é simples Aria, você gosta de mim ou não?
–Hanna por favor me solta
–Não eu não vou soltar até você me responder
–Hanna meu Deus – (Gritou e pausou) –É claro que eu gosto de você –(Hanna soltou o braço da morena e ela descarregou) –É por isso que sofro tanto, porque eu gosto demais de você, e eu não posso ir até onde você quer
–Você gosta de mim ..-(Sorriu sem perceber o drama que estava começando a se formar)
–Você me ouviu? Ouviu como esse sentimento me confunde?
–Você fica linda quando diz que gosta de mim –(Abriu um sorriso imenso)

Aria arregalou os olhos, por perceber a facilidade da loira em se distrair e pensou nisso em menos de um segundo, e sem controlar nada do que dizia respeito a sensatez, puxou a loira pra um beijo, prendeu Hanna contra seu corpo e agarrou a boca da mesma, com a maior louca e ardente paixão que ela podia transmitir ao gesticular seus lábios. Hanna devolveu a paixão, e um beijo apaixonado se firmou, Aria passou a mão pela cintura de Hanna, trazendo-a ainda mais pra si, nada podia atrapalhar, nada no mundo apagaria aquele beijo, as duas se soltaram, por necessidade de oxigênio, e se olharam, a mesma necessidade de ar se fez em olhar, por que as duas precisavam se olhar, estavam ofegantes, Aria obedecendo seu medo, virou-se ao não suportar o olhar, mas a loira não ia se conter naquele momento ela sabia exatamente o que queria.

–La la la, você ta afim de mim –(Brincou)
–Para de ser boba Hanna –(Continuou de costas)
–Ta sim –(Se aproximou da morena) –Tanto que não aguentou e me puxou pra esse beijo –(Ficou por trás de Aria e passou as mão pela cintura dela, e a abraçou, rocando os lábios no pescoço da indefesa morena)
–Hanna para..-(Fechou os olhos)
–Eu não quero parar...E eu sei que você também não –(Sem cerimonia deu um belo chupão no pescoço de Aria)

A morena gemeu baixou, e passou a mão por cima das mão de Hanna e as apertou ao sentir os lábios pecaminosos arrepiarem seu pescoço. Arrepio esse que lhe subiu a vontade de se perder nas vontades mais loucas que ela podia sentir.