back to the past escrita por mareana


Capítulo 8
The Fault In Our Stars


Notas iniciais do capítulo

OIE GENTE LINDA/MARAVILHOSA COMO VOCÊS ESTÃO? EU TÔ ÓTIMA, OBRIGADA POR PERGUNTAR ♥Eu atrasei o cap de novo, mas a culpa dessa vez foi da minha mãe! (reclamem com ela u_u)Terça-feira eu posto o próximo cap e eu não sei bem como ficou a formatação desse, porque eu FIZ CAGADA e ficou estranho. Se ficar ruim de ler, eu apago e ele e reescrevo, fiquem tranquilos.ENFIMChega de falar, porque eu quero muito ver InuYasha e voltar a ler GoT pra saber se o menininho morreu (já teve tentativa de assassinato e e meio que não gosto 4 personagens, sendo que o livro não chegou nem na página 100).FIQUEM COM O CAPÍTULOOOOO



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Annabeth POV

– Não acredito que ele quase te beijou! - Silena gritou e automaticamente me joguei em cima dela, para tampar a sua boca.

Estávamos Silena, Thalia e eu em um café no centro de um shopping, onde sempre costumamos ir nos fins de semana. Eu acabei de lhes contar sobre o que aconteceu ontem, tirando a parte da pessoa que eu vi saindo de casa. Thalia riu.

– Então quer dizer que o Cara de Golfinho gosta de você? - ela perguntou.

Arregalei os olhos e balancei a cabeça.

– Claro que não! - protestei - E mesmo que ele goste, não quero absolutamente nada com ele.

– Só está dizendo isso porque tem o Max - Silena murmurou.

– Amo o Max e não vou trocá-lo pelo Percy - rebati.

As duas se entre-olharam e levantaram os braços em sinal de rendição. Suspirei e tomei mais um pouco do meu café, o que me deixou mais relaxada.

O dia está lindo, portanto, vou esquecer tudo o que aconteceu ontem e me divertir.

– E então... O que vamos fazer hoje? - perguntei, quebrando o silêncio.

Silena abriu um sorriso enorme e pegou seu celular, nos mostrando a foto de uma casa enorme, com piscina e de frente para uma praia.

– Hoje nós não vamos fazer nada, mas daqui duas semanas sim! - ela disse - Como vocês devem saber, meu aniversário é daqui duas semanas - assentimos - E como meus pais são muito fofos, eles liberaram a casa de praia para eu poder dar a minha festa!

– Você vai levar a escola toda pra sua casa de praia? - Thalia perguntou.

– Lógico! - ela respondeu - Afinal, não é todo dia que se faz dezoito anos - ela completou, sorrindo.

– Acho melhor você comprar umas dez caixas de camisinha - murmurei.

– Vou anotar isso - ela disse, dando língua - E avise ao seu namorado que ele está sendo convidado e que sim, ele tem que ir ou eu vou te proibir de namorá-lo - Silena disse me olhando.

Ergui uma sobrancelha e murmurei que iria falar com Max. Max... Max... Ainda tem isso.

Pensei bastante sobre o que houve ontem e resolvi não contar nada à ele. Não nos beijamos, então não preciso me sentir culpada por não contar. Max é muito compreensivo, mas tenho certeza que, em relação à isso, ele não seria nem um pouco.

* * *

– Tem certeza que não tem problema você ir andando sozinha? - Thalia perguntou - Está tarde e...

– Minha casa fica perto daqui e eu preciso passar numa livraria ainda. E não está tarde, são 20h ainda - murmurei.

– Vê se toma cuidado e vai direto pra casa, loira! - Silena gritou e entrou no carro, junto de Thalia.

Esperei que o carro virasse um ponto brilhante no meio da rua escura e segui para o outro lado. Faz muito tempo que não vou numa livraria e preciso de livros novos.

Depois de vinte minutos caminhando, finalmente cheguei nela. Uma livraria grande, com pilastras brancas e diversas prateleiras de madeiras carregando uma quantidade de infinita de livros de vários gêneros, tamanhos e cores. Abri a porta, que fez um barulho, e entrei, inalando o cheiro que ela tem. Sorri ao lembrar da primeira vez que meus pais me levaram ali e fui em direção à uma prateleira.

– Procura algum livro em especial? - uma menina ruiva, com um rosto angelical e um sorriso simpático no rosto, perguntou - Chegou uma leva de livros novos e posso lhe garantir que são muito bons - completou.

– Ah... - sorri - Estou procurando alguns romances... Pode me indicar alguns?

Ela pareceu ficar feliz ao ouvir meu pedido e pediu que eu a seguisse. Paramos em frente à uma prateleira e ela começou a mexer e puxar alguns, colocando-os na prateleira de baixo.

– Você quer um romance dramático ou que te faça chorar de rir? - perguntou.

– Os dois, por favor - respondi.

Ela pegou mais alguns livros e os colocou na pilha, totalizando dez. Depois de colocá-los num balcão, foi tirando um à um e me explicando a história. É isso que eu mais gosto nessa livraria. Todos os funcionários sabem sobre o que estão falando e são muito atenciosos.

– Este aqui fala sobre um casal de velhinhos que se conheceu durante a Segunda Guerra Mundial... - ela apontou para um de capa branca - E este aqui fala sobre uma menina comum que se apaixona por um ator super famoso e acaba o conhecendo, e os dois vivem uma linda história de amor e...

– Esse não - murmurei - Vou querer o do casal de velhinhos e aqueles dois que você mostrou primeiro.

Ela me olhou com uma expressão curiosa e deu de ombros, separando os que eu escolhi.

– Só esses? - perguntou.

– Não... - abri um sorriso maior ainda e ela pareceu entender, sorrindo de volta.

Depois de uma hora e meia andando para lá e para cá, tirando livros de prateleiras, colocando-os de volta e foleando alguns, finalmente fui para casa. Acabei comprando quinze livros e com certeza meus pais reclamariam, já que tenho muitos em casa.

Chegando na esquina de casa, vi alguns vizinhos parados conversando, provavelmente falando da vida de alguém. Assim que passei, eles apontaram e me olharam estranho. Ignorei e continuei andando, indo em direção à casa.

– Annabeth? - alguém gritou atrás de mim e me virei, dando de cara com uma das vizinhas que estavam falando de mim.

– Oi? - perguntei.

– Eu espero que você esteja se sentindo bem... - ela murmurou - Deve ser tão difícil isso tudo, você é tão nova...

– Isso o que? - perguntei, assustada.

– Sobre o seu pai... - ela disse e arregalou os olhos - Deus! Você não sabia? Eu me sinto tão mal por ter te dado a notícia, céus...

– Desculpe... Não estou te entendendo muito bem e...

Fui interrompida por uma mão que apoiou em meu ombro. Virei a cabeça e vi minha mãe, com os olhos inchados, as mãos tremendo e com a boca meio aberta.

– Mãe? - perguntei - Você e papai não deviam voltar só amanhã?

Ela abaixou a mão e me envolveu em um abraço, me fazendo largar a sacola com os livros no chão.

– Mãe? O que está acontecendo? Onde está o papai? - perguntei novamente.

– Filha, eu... - ela murmurou - Eu disse para ele não ir, mas ele insistiu! - e começou a chorar.

Eu não estava entendendo nada, mas abracei minha mãe e a tal vizinha pegou minha sacola, com os livros, e os levou para dentro de casa. Minha mãe não parava de soluçar e murmurar palavras sem sentido.

Foi então que eu percebi.

– Mãe... O papai... E-Ele... Ele está bem, não é?

Ela levantou a cabeça e simplesmente balançou a cabeça, o que confirmou minhas suspeitas.

Meu pai está morto.

Percy POV

Não acho que isso seja necessário– Nico disse ao telefone.

– E o que você acha que eu devo fazer? - perguntei - Pedir desculpas? Tenho quase certeza de que amanhã ela vai me ignorar.

– E você acha que eu sei? Foi você quem quase beijou ela, não eu. Você devia é esperar e ver as consequências da cagada que você fez.

Acabei de contar ao Nico sobre o grande acontecimento de ontem: O meu quase beijo em Annabeth. Ele não ficou nem um pouco surpreso quando eu disse, mas acabou reclamando que havia sido uma mancada e coisas assim.

O telefone fez um bip.

– Espera, tem outra chamada - falei - Alô?

– Cara de Golfinho? - A voz de Thalia ecoou do outro lado da linha.

– Oi pra você também, priminha querida - murmurei.

– Não temos tempo pra oi, ok? - ela reclamou - Acabei de receber uma notícia péssima e não estou de bom humor - ela bufou - Eu espero que você esteja em casa e vestido, porque vou passar aí em dez minutos. NÃO SE ATRASE! - ela berrou e desligou o telefone na minha cara.

Revirei os olhos e coloquei Nico de volta.

– Era Thalia - disse, sem ao menos esperar ele perguntar - Ela não parece estar de bom humor.

– Claro que ela não está de bom humor– ele respondeu - Acabaram de ligar para o meu pai dizendo que um dos seus sócios foi baleado enquanto corria atrás de um assaltante que invadiu sua casa.

– Mas... O que isso tem a ver com a Thalia? - perguntei.

– O sócio era Frederick – ele disse mais baixo - O pai de Annabeth.

Minha boca fez um grande "O" e abaixei o telefone, colocando a mão no microfone. Como assim Frederick está morto? E um assaltante invadiu sua casa? Será que...

– Ontem quando eu levei ela para casa, nós vimos um cara saindo da casa e entrando em um carro preto - hesitei - Será que isso tem a ver?

Hum... Pode ser que sim, pode ser que não... – ele suspirou - Bom, acho que agora, temos que ir até lá e dar força para Annabeth e a Sra. Chase. É a única coisa que podemos fazer.

– Você tem razão. Ah... - ouvi uma buzina vindo de lado de fora - Acho que Thalia chegou. Nos vemos lá, Gasparzinho - e fechei o telefone.

Peguei um moletom que estava jogado em cima da cadeira e desci as escadas correndo. Meus pais estavam conversando baixo na sala de visitas, e pareciam já saber que havia acontecido. Não me preocupei em avisá-los onde estava indo, já que eles provavelmente, saberiam.

Passei pelo hall de entrada e corri em direção ao carro de Thalia. A mesma, usava uma jaqueta de couro preta, uma blusa branca, calças jeans pretas, coturnos e usava um óculos escuro. Deduzi que ela havia chorado e queria esconder os olhos inchados.

– Obrigada por não demorar - ela disse baixinho e assenti.

– Como ela está? - perguntei.

– Péssima - ela respondeu - Tia Perséfone está lá com elas e foi ela quem ligou para os meus pais. Disse que as duas estão abraçadas no sofá e não falaram nada desde que entraram em casa juntas.

Engoli em seco ao imaginar a cena. Annabeth com os olhos vermelhos de tanto chorar, abraçada à Atena, sua mãe, enquanto as duas choravam. Estremeci.

O telefone de Thalia tocou e ela o atendeu.

– Alô? - ela disse - Sim... Ela está em casa... Estou indo pra lá junto com Percy... Sim, o pessoal também vai... Vou passar a noite lá... Ok, tchau - e desligou.

Não fiz questão de perguntar quem era. Estava mais preocupado com Annabeth.

Continuamos o resto do caminho em silêncio, o que tornava a situação um pouco mais tensa. Eu não estava ligando muito pra ele, mas com certeza incomodava. Thalia de vez em quando me lançava alguns olhares esquisitos e depois olhava para o outro lado, como se estivesse com raiva de mim.

Após ignorar olhares feios de Thalia e um trânsito de quarenta minutos, finalmente chegamos à casa de Annabeth. Pude ver tio Zeus conversando com um cara grande, de cabelos curtos, usando um óculos estilo aviador. Os dois pareciam estar aflitos, pois conversavam em voz baixa.

– Oi, papai - Thalia disse e lhe deu um beijo na bochecha - Olá, Ares.

– Oi, baixinha - ele murmurou - E esse aqui é o... Ah, o tal de Percy Jackson. E aí?

– Oi - eu disse em voz baixa e segui Thalia para dentro da casa.

Quando entramos, demos de cara com a sala de estar. Grande, bonita e muito confortável. Thalia correu em direção as escadas e eu fiquei parado, sem saber o que fazer. Ela parou na metade do caminho e me olhou.

– Vai ficar parado aí ou vai vir comigo? - ela perguntou com a voz baixa. Tenho certeza que ela está segurando o choro.

Balancei a cabeça e corri em direção a escada, e ela continuou subindo. A escada dava em um corredor com um papel de parede cinza e móveis brancos. Havia quatro portas de madeira, também brancas e as quatro estavam fechadas. Thalia andou em direção à primeira porta e a abriu.

– Annabeth? - ela sussurrou e vi quando seus olhos se arregalaram e ela correu para dentro do quarto.

Ouvi alguns soluços vindo do quarto e algumas vozes.

– Annie... - murmurei e gelei ao ver a cena.

Annabeth estava deitado no colo de um cara alto, forte e de cabelos cacheados. Ele parecia dizer alguma coisa no ouvido dela, enquanto a mesma o abraçava. Ao me ver, os olhos dele faiscaram e ele a abraçou mais forte. Annabeth levantou a cabeça e sorriu, não o sorriso de sempre, mas um sorriso triste.

– Obrigada por vir - ela disse e estendeu uma mão para mim.

– Sabe que vou estar aqui para qualquer coisa - respondi.

O cara, que deduzi ser Max, tossiu e olhou para mim.

– E aí, cara? - ele disse e apertou minha mão.

– E aí - respondi.


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Notas finais do capítulo

BJKS NO CORAÇÃO DE CADA ♥