back to the past escrita por mareana


Capítulo 15
I Knew You Were Trouble


Notas iniciais do capítulo

Quem é a desmiolada que disse que o próximo cap (no caso, esse) sairia em poucos dias e levou quase um mês pra escrevê-lo? Eu!
Na semana seguinte que eu postei aquele cap, eu passei mal de novo porque sou obesa e comi demais cof cof

E FELIZ 201TOBIAS!
Como foram de fim de ano? Ganharam muitos presentes? Muitos livros? E comeram muito? Espero que sim :D

Quero desejar um ótimo 201Tobias pra todos nós e que tudo seja muito mágico e cheio de alegria. Que todos vocês encontrem as suas paixões, comam e não engordem, que ganhem muitos livros e que tirem notas boas ~acho que isso vale mais pra mim, viu?~



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P.O.V Annabeth

Eu sei que não devia estar ali, beijando Percy, ainda mais agora, que sei que Max não me traiu.

Mas a vontade era maior que eu.

Eu estava com completa consciência de que aquilo não era certo, e eu tentei parar. Mas quando se tem um Percy beijando o seu pescoço, torna tudo mais difícil.

– Percy... - eu tentei chamá-lo, mas saiu como um gemido.

Ele continuou a depositar beijos pelo meu pescoço, prensando-me contra a parede de fotos. Sem pode fazer muita coisa, me agarrei a ele e arranhei suas costas por debaixo da camisa.

– Annabeth... - ele gemeu, voltando a beijar minha boca.

Percy continuou a me pressionar contra a parede, sem "descolar" nossas bocas. Ele apertou minha coxa e me puxou contra si, murmurando algumas coisas que eu não conseguia entender.

Ele me colocou em cima da mesa e entrelacei as pernas no seu quadril, colocando os braços ao redor de seu pescoço.

Se não fosse pelo barulho de passos no corredor, teríamos ficado ali por mais um longo tempo.

Percy se afastou um pouco e olhou em volta, parando os olhos na porta do banheiro. Ele olhou para mim e concordei com a cabeça, descendo da mesa e correndo em direção ao banheiro.

Abri a porta e entrei, trancando-a em seguida. Encostei a orelha na porta e consegui ouvir alguém falando com Percy.

– Você não devia estar lá embaixo? - um homem perguntou.

Eu conhecia aquela voz, mas não lembrava de quem era, o que me fez bufar.

– E o senhor também não devia estar? - Percy perguntou, e o imaginei erguendo uma sobrancelha - Se a dona Sally subir e te pegar aqui em cima, ela vai falar pra caramba.

– É, está bem... - o homem respondeu - Mas o que você está fazendo aqui?

– Esperando a Annabeth retocar a maquiagem dela - Percy disse, parecendo indiferente - Ela está há meia hora la dentro, procurando o tal do corretivo.

– Annabeth? - o homem perguntou e o ouvi dando uma risadinha - Tem tanto tempo que não a vejo! Antes dela ir embora, peça para ela ir falar comigo.

– Pode deixar - Percy respondeu e ouvi o homem se afastar.

Me afastei da porta do banheiro, mas deixei ela trancada. Percy não bateu e nem me chamou, mas o ouvi andar para lá e para cá no quarto.

Encarei meu reflexo no espelho e vi que meu batom estava um pouco borrado. Meu cabelo estava um pouco bagunçado e o vestido um tantinho amassado.

Suspirei e tirei a tiara do cabelo, pegando a necessarie que estava dentro da minha bolsa (Acho que nunca fiquei tão feliz em estar menstruada! Iupi!) e espalhando os produtos que estavam dentro, pela pia do banheiro. Peguei um pouco de lenço e molhei, tirando o batom que estava borrado. Peguei a pequena escova que estava na necessarie e escovei os cabelos, o arrumando de novo e colocando a tiara de volta.

Já o vestido, foi mais chato. Fiquei passando as mãos por ele inteiro por vinte minutos, mas mesmo assim, ele continuava um pouco amassado na bainha, o que me irritou. Não dava para ver muito bem, só se encarasse o vestido por um tempo, então deixei aquilo de lado. Passei mais um pouco de batom, guardei as coisas e voltei a encarar o meu reflexo.

O que eu acabei de fazer? Nunca me senti tão mal em toda a minha vida! Eu acabei de trair o Max com o cara que há seis meses atrás, eu odiava.

Como você pôde Annabeth? – fiquei me perguntando.

Primeiro, eu dei aquele maldito selinho em Percy naquela balada. Depois, desconfiei que Max estava me traindo, mas agora, eu que o trai. Estava me sentindo a pior pessoa do mundo e tive vontade de vomitar, mas foi substituída pelo choro.

Caí de joelhos no banheiro e chorei mais ainda, devido ao impacto. Eu estava emitindo um som parecido com o de um animal morrendo e aquilo me deixou ainda mais triste, fazendo com que o choro saísse mais alto.

Escutei Percy me chamando na porta e a abri, mas continuei sentada, olhando para chão e deixando as lágrimas descerem.

Ele me levantou e me guiou até a cama, onde eu sentei e fiquei olhando para as minhas mãos, envergonhada.

– Ei, está tudo bem... - ele disse, com um tom calmo - Eu sei que o que a gente acabou de fazer não foi certo, mas...

– Você já deve estar acostumado com isso - murmurei.

– Isso o que?

– Isso das meninas cederem a você e as coisas acontecerem do seu jeito - respondi, um pouco mais alto - Nem imagino quantas meninas já passaram por esse quarto.

– Você está dizendo que eu fiz aquilo ali por fazer? - ele perguntou, com um sorriso bobo no rosto - Se eu tivesse feito aquilo por fazer, você acha que eu estaria preocupado com você?

– Só está fazendo isso porque sou sua amiga - falei, encarando aqueles olhos verdes - Deuses! Como eu sou imbecil - voltei a chorar - Eu sou a pior pessoa do mundo, eu...

– Annie, Annie - Percy me chamou, colocando as mãos sobre as minhas pernas - Está tudo bem. Você só fez aquilo por impulso - ele disse, parecendo triste - Está tudo bem, não precisa se preocupar.

– Mas o que eu vou dizer ao Max? - perguntei, tentando manter a calma - Ele não estava me traindo e...

– Você ainda acredita nisso? - ele perguntou e percebi um pouco de raiva em sua voz.

– Como assim?

– Está na cara que ele mentiu pra você - Percy disse, parecendo ainda mais bravo - Desde quando você ficou tão lerdinha?

– Ele não mentiu pra mim - eu disse, bufando - Eu vi fotos dos pais dele juntos e eu mesma o ajudei a escolher o cardápio do tal jantar.

Percy me encarou como se eu tivesse acabado de lhe jogar uma pedra. Fechou os olhos, contou até três e suspirou.

– Preciso te confessar uma coisa - ele murmurou.

– Pode dizer.

– Naquele dia, no baile de primavera, eu menti pra você - ele suspirou e passou a falar mais baixo - Eu disse que estava afim da Calypso, mas era mentira.

Demorei um tempo para entender o que ele estava dizendo e o encarei. Ele parecia nervoso, e voltou a falar:

– Eu não sei bem porque eu menti pra você - ele disse, se sentando ao meu lado - Mas a verdade é que naquele dia, depois que banda tocasse, antes de coroarem a rainha e o rei do baile, eu ia me declarar pra você.

Me declarar pra você.

* * *

VOCÊ E O PERCY O QUE? – Thalia gritou ao telefone.

Eu estava deitada em minha cama, com um pote de sorvete do lado e o ar-condicionado ligado em -8ºC e eu tinha a leve impressão de que daqui a pouco iria sair um pinguim de dentro do meu armário.

– Acho melhor você gritar mais alto - bufei - Ainda não te ouviram na China!

Ok, desculpe– ela disse - Mas por que você fez isso? Tem noção da merda que vai ser quando o Max souber disso?

– Eu não pensei na hora - eu disse, me sentindo pior ainda - Estou me sentindo tão mal, Thals.

Pelo jeito eu que vou ter que concertar essa cagada que você fez– ela murmurou - Eu já desconfiava que isso ia acontecer.

– Desconfiava? - perguntei, erguendo uma sobrancelha.

Lógico– ela respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo - Todos desconfiavam, mas ninguém disse nada, porque iríamos esperar o tempo– ela estalou a língua - Percy me contou a história toda e eu dei um tapa na cara dele quando ele terminou de contar.

– A história toda?

Uhum– ela disse, suspirando - Ele disse que mentiu pra você porque...– ela deu um berro.

– QUE FOI? - perguntei, quase gritando junto.

UMA BARATA!– ela berrou mais alto - JASON! VEM AQUI PELO AMOR DE TODOS OS DEUSES!– ela berrou mais alto - DEPOIS EU TE LIGO! JASON! VEM AQUI!

Escutei mais alguns berros de Thalia e Jason - que é o irmão de Thalia - rindo, enquanto corria atrás da barata, que pelo que eu entendi, estava tentando se esconder atrás do armário dela.

Desliguei o telefone e o joguei na poltrona, voltando a assistir a tv e terminando de tomar (N/A ou comer? gente, nunca sei) o sorvete.

* * *

P.O.V Percy

– Você está é fodido - Luke disse, enfiando um biscoito na boca - De novo. Pra variar.

– Cara, você devia controlar as coisas que faz - Nico disse, e assim como Luke, enfiando um biscoito na boca - Mas isso já era de se esperar.

– Não consigo levar vocês a sério com farelo azul saindo da boca de vocês - murmurei.

– E eu tenho culpa? - Luke disse, pegando outro biscoito e se jogando na cama - Sua mãe faz os melhores biscoitos que eu já comi.

– Tudo bem, tudo bem... - Nico disse - Voltando ao X da questão. O quê você pretende fazer em relação a merda que fez?

– Não faço a mínima ideia - resmunguei - Por que aquele cara tem que existir? Tanta menina pra ele namorar, e tinha que ser logo ela?

Luke fingiu estar tossindo e murmurou "Ciúmes", mas ignorei, sabendo que iria perder se fosse tentar discutir com ele.

– Acho que o lógico a se fazer seria conversar com ela e ver o que ela quer fazer - Nico disse, cruzando os braços - Talvez ela queira deixar tudo pra lá ou talvez contar tudo ao Max - ele fez uma careta - Se ela escolher a segunda opção, espero que você saiba se defender, porque vai precisar.

Era tão estranho ver Nico me dando conselhos, já que ele é um pouco mais novo que eu.

– Hum?

– Max luta umas coisas louconas - Luke disse - Apesar de eu saber esgrima, alguns golpes e coisa e tal, ele pratica umas lutas bem loucas.

– Max é o meu menor problema agora - resmunguei - Eu só queria conversar com Annabeth.

– E por que o senhor não conversou com ela quando estavam no quarto se agarrando? - Nico perguntou, erguendo uma sobrancelha.

– Porque depois que nos beijamos, meu pai chegou no quarto e ela se trancou no banheiro - expliquei - Ela começou a chorar, nós conversamos um tempinho e quando eu disse pra ela que naquele baile estúpido eu ia me declarar, ela me olhou esquisito e saiu do quarto.

– Se existisse um prêmio de burrice, tu ganharia sem esforço algum - Luke disse, enfiando outro biscoito na boca e me dando língua.

Antes que eu pudesse retrucar, meu celular começou a tocar e levantei a mão, pedindo silêncio. Os dois deram de ombros e voltaram a atacar os biscoitos, enquanto eu atendia o celular.

– Alô?

Oi, Percy!– reconheci a voz fina logo de cara - É a Rachel.

– Ah, oi, Rachel - respondi, meio confuso.

Luke e Nico se entre-olharam e depois começaram a rir.

Você ainda lembra da minha festa e tudo mais?– ela perguntou.

– Claro... - menti - O que tem?

Ela estava marcada para hoje, mas mudei a data e vai ser daqui duas semanas– ela respondeu rápido - Na aula eu vou te entregar os convites, pra você e os seus...– ela hesitou - amigos.

– Ah, está bem... Era só isso? - perguntei, tentando não ser indelicado.

Tinha mais uma coisa, mas eu te falo na aula– ela disse, parecendo animada - Tchauzinho!– e desligou.

Fiquei olhando para o celular um tempo e depois o coloquei na bancada.

– Então deixa eu conferir minha agenda - falei em voz alta - Hoje a noite tem a passagem de som pro show de amanhã - Luke estava fingindo tomar notas - Essa semana tem três provas, no fim de semana tem a festa da Silena, na outra semana, tem dois shows, duas provas e um programa de tv. Sábado tem a festa da Rachel e... O quê tem domingo?

– Eu nunca mais reclamo de ter muita coisa pra fazer, cruzes - Nico murmurou.

– Domingo tem aquele festival lá em Amsterdam - Luke disse.

– Ah é, verdade - murmurei - Mas voltando a Annabeth, o que eu faço?

– Espera o tempo - Nico disse - A merda já tá feita mesmo.

* * *

Annabeth P.O.V

O fim de semana passou bem rápido e não falei com Percy. Passei o domingo inteiro estudando com as meninas para a prova que temos hoje. Eu já sabia tudo, então só ajudei elas.

Eu acabei contando para a minha mãe o que aconteceu no jantar, já que ela me encontrou deitada na cama, com uns mil cobertores em cima de mim e o sorvete do lado. Ela disse que era melhor contar o que aconteceu para o Max, só depois que eu estivesse me sentindo confiante.

– Quando você chegar, vamos visitar seu pai? Que tal? - minha mãe perguntou, enquanto eu tomava o meu café da manhã.

– Acho ótimo - respondi, sorrindo - Faz tempo que quero contar tudo que aconteceu pra ele.

Minha mãe abriu um pequeno sorriso e voltou para o escritório, onde passaria o resto da manhã respondendo e-mails e estudando o tal processo.

Ela ainda não sabia que eu havia descoberto que ela estava enrolada com as coisas da empresa e que ela suspeitava que alguém havia mandado matar o meu pai. E depois que eu a ouvi falando sobre isso, passei um tempo pensando no cara que eu vi saindo da casa no dia em que saí com Percy.

Depois que terminei meu café, passei no escritório e falei com minha mãe, e fui para a escola.


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Notas finais do capítulo

Eu finalmente li A Casa de Hades e to apaixonada e muito orgulhosa do Frank. Leo quase me matou do coração, fiquei com dó e orgulho do Nico o livro inteiro, achei Jason, Piper e Hazel ok. Percy e Annabeth estavam num poço escuro com vários bichos do caperoto, mas não perderam a pose ~sambando~
Conversem comigo nos comentários!!!! Contem o que vocês ganharam de natal e os seus planos pra esse ano o/