Broken Flower escrita por Fleur dHiver


Capítulo 21
O Falcão com Olhos de Rubi


Notas iniciais do capítulo

Olá, trago para vocês o demorado capítulo de BF. Eu estava meio sem cabeça, mas espero que a demora seja relativamente compensada.
Devo dizer que a repercursão do ultimo capítulo me deixou muito animada. Passamos dos 400 comentários e dos 100 favoritos e como se não fosse o suficiente recebi 6 recomendações, sendo três delas praticamente seguidas. Meu Dels! Fiquei muito feliz com os surtos, com o carinho, os elogios, com tudo. Dá até vontade de chorar e os comentários foram tão maravilhosos, queria abraçar cada um de vocês. *-*
Dedico esse capítulo leve e feliz a Patricia, Bia, Andressa, Liza, Gabii e Bramusse, vocês me fazem muito feliz e espero que esse capítulo recompense.
Espero que gostem, uma boa leitura a todos;*



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Apertou o travesseiro em seus braços, observando os raios de Sol começarem a surgir no horizonte. Sakura tinha passado uma noite inquieta e solitária, desde a almoço no domingo Sasuke malparava em casa, emendando missão atrás de missão e ela tinha quase certeza que essa mudança em parte era pela conversa que pescou entre ele e Naruto. Obviamente ela se preocupava com a segurança dele, no entanto, dessa vez, sua inquietação e insônia eram por outras razões.

No dia anterior havia feito os exames para finalmente descobrir se estava realmente grávida ou não, os resultados só sairiam essa manhã. Tinha passado o dia todo uma pilha e quando chegou em casa desposta a esquecer e relaxar sua apreensão pareceu dobrar.

Há um mês e algumas semanas ela estava naquele quarto, destruída, arrasada e decidida a não ter de maneira algum um bebê. Era insustentável conceber uma criança com Sasuke e seu temperamento, ou pior criar alguém em meio as inconstâncias emocionais dos dois.

Voltando um pouco mais no tempo tinha Karin, depois Naruto e Kakashi, o mesmo discurso pronto e rotulado. Sasuke só a queria para gerar bebês Uchiha. Sem carinho, sem amor, sem afeto, tudo apenas pelo clã. Afundou o rosto no travesseiro, só pensar nisso chegar a lhe causar um mal-estar.

Aquelas palavras sempre lhe fizeram tão mal, mesmo agora quanto tudo parece ter encontrado seu devido espaço e lugar ainda remoía essa ideia. Caso o bebê nascesse e tudo o que “construíram” ruísse o que ela faria? Não sabia dizer. Talvez fosse embora como tinha prometido a Naruto, mas Sasuke provavelmente não deixaria ela levar seu filho. E isso era inconcebível.

Até mesmo agora, sem certeza alguma já amava o, talvez, bebê em seu ventre. Como permitiria que alguém o afastasse dela? Não, isso não. Isso nunca!

Esses pensamentos a torturam por toda a noite e mesmo que se forçasse a acreditar que tudo era diferente agora. Eles eram felizes e que tijolo por tijolo estavam construindo a sua relação, uma vozinha em seu interior continuava a repetir que nem tudo era como parecia.

Jogou as cobertas para o lado, tomando o caminho até o banheiro que possuíam dentro do quarto. Parou em frente ao espelho, repousando ambas as mãos sobre o ventre liso. Talvez a solução fosse uma conversa franca, contar a ele sobre tudo que temia, até mesmo essa questão do clã. Sasuke já tinha se mostrado desposto a ouvi-la, tinha certeza que faria isso outra vez.

Ergueu parte da blusa (de Sasuke) que usava, mantendo-se de lado e com a postura ereta. Realmente nada, nenhuma curvinha sequer ou talvez tivesse. Quem sabe no começo do seu ventre não fosse uma mínima elevação de um centímetro. Foi se banhar certa de que se o resultado fosse positivo passaria no armazém próximo a entrada do bairro Uchiha e compraria uma fita métrica. Mediria sua barriga todos os dias.

Tomou o banho mais rápido de toda a sua vida, mal penteou o cabelo e na pressa vestiu a roupa ao avesso. Correu para a cozinha pegando uma garrafa com suco e se esticando para pegar o pote de biscoitos. Caso estivesse grávida também faria uma tabela alimentar, andava comendo muito mal e isso o afetaria.

Deu uma risada ao lembrar de Suigetsu falando de seu purê de batata com banana, pegou o pote e abriu, seu sorriso e bom humor ficaram suspensos no ar assim que seus olhos se depararam com o que havia no interior do objeto em suas mãos.

Sua preocupação com Sasuke, a possível gravidez, sua rotina diária de trabalho a fizeram esquecer que Gaara havia lhe mandado uma carta e que no desespero para não voltar para sala com aquilo em mãos enfiou-a dentro de seu pote de biscoitos favoritos e detestado por seu marido.

Deslizou o envelope entre seus dedos, era pequeno, bege e leve. Provavelmente a cara era curta. Poderia terminar com esse suplicio e ler o conteúdo de uma vez, mas todas as vezes que seu dedo passava pelo lacre, seu estomago embrulhava e sua garganta travava.

Tinha mais medo daquele pedaço de papel do que teria se um inimigo invadisse sua casa agora. Para completar as palavras de Naruto voltaram a rodeá-la. Antes de partir o amigo a abraçou e confidenciou o que havia esquecido de dizer na cozinha.

“Leia para que possa entender tudo que se passou. ”

Aquelas palavras bateram forte em sua cabeça. E ela se arrependeu de ter dançado com ele, permitido que entrasse em sua casa, segurasse sua mão e lhe oferecido ajuda. Gaara agora parecia um problema inconveniente, um amante rejeitado que estava prestes a contar tudo ao marido.

Não eram amantes, não houve nada, não tinha como existir um tudo. Por que ele parecia tentar se infiltrar de todas as maneiras em seu casamento? Parecia onipresente em sua relação, da mesma forma como Karin foi um dia, se livrava de um e surgia outro. Por que não a deixavam ser feliz?

Não queria ler a carta, não agora. Quase a jogou fora, mas preferiu guardar, talvez um dia quando as coisas se assentassem ela lesse, apenas pela consideração que ainda tinha por ele. Perdeu a vontade de comer os biscoitos, devolveu o pote para o seu devido lugar e voltou para o seu quarto. Resolveu esconder a carta dentro de sua caixa de joias, Sasuke nunca mexia em sua parte do closet, ainda mais em suas joias.

Foi tomando o suco pelo caminho, andava mais depressa que o habitual e nem cumprimentava as pessoas como de costume quando chegou ao Hospital passou direto pela triagem, entrando em uma pequena sala no final do corredor onde os pedidos de exames eram feitos e retirados.

Ao ter o pequeno envelope em mãos, parou, ponderou e o guardou no bolso. Algo em seu interior já lhe dizia que a resposta seria positiva, mas caso não fosse preferia estar em sua sala para receber o baque e procurar a doença que poderia estar lhe afligindo. Enfiou-se em seu consultório, fechou as venezianas e rasgou o envelope.

Positivo

Jogou a cabeça para trás, apoiando-a no encosto de sua cadeira. Sakura fitava o teto e tinha certeza que mesmo que se esforçasse não conseguiria parar de sorrir, manteve as mãos apoiadas na barriga, quem sabe se ficasse parada por um longo tempo não conseguisse sentir o bebê se mexer.

— Sakura, eu... Sakura? — Virou-se para Ino que a fitava com uma expressão curiosa. Não é todo dia que a Yamanaka via a amiga com um sorriso bobo no rosto. — O que houve?

— Nada demais, algumas coisas vão começar a mudar.

— Misteriosa... pode me contar o que são essas coisas? — Invadiu o consultório, sentando-se na cadeira em frente à mesa da Uchiha. Sakura puxou uma caneta, remexendo-a entre seus dedos.

— Não por agora, mas prometo que quando puder você vai ser a primeira.

— Que seja! Quero saber se tem algum plano para o almoço. — Respondeu com um aceno negativo, Ino deu de ombros, puxando uma das revistas sobre a mesa. — Vamos juntas? Porque eu tenho alguns mistérios para revelar.

— Certo, certo. Ino! Você sabe quem está de ronda na ala pediátrica? — O ar indagador voltou ao semblante da Yamanaka, mas Sakura continuou a fingir que não havia nada de incomum em seu questionamento.

— Não, mas posso checar no quadro se quiser.

— Deixa para lá, eu mesma vejo.

— Até o almoço então. — Assim que ficou sozinha novamente, voltou a tocar seu ventre. Como seria quando contasse a Sasuke? Como ele reagiria? Ficaria feliz, incerto, temeroso. Será que sorriria?

Mordeu o lábio inferior, mal tinha tempo de vê-lo nesses últimos dias com todas essas missões que vinha emendando. Quando Sasuke chegava ela já estava dormindo e as vezes saia antes que ela acordasse, as vezes ocorria dela chegar em casa e ele já está dormindo. Dormia até de barriga vazia, não tinha coragem de acorda-lo sabendo que estava se sobrecarregando tanto.

O melhor provavelmente era esperar que essa fase passasse, assim que as coisas assentassem e seja o que for que ele e Naruto planejam acontecesse ela contaria. Assim a felicidade seria completa.

— (...) e então eu disse que aquilo era inaceitável e que nunca aceitaria algo um pedido do gênero. Como ele ousava falar comigo assim? Quem ele pensava que era? Era uma proposta muito indecente. E eu só conseguia pensar em quantas outras mulheres na Vila ele tinha proposto isso? — Não conseguia focar toda a sua atenção em Ino, mesmo que quisesse saber os últimos acontecimentos de sua vida tão agitada, o olhar de Sakura voltava-se para a vitrine do restaurante e logo seus pensamentos seguiam o mesmo curso.

Desde que começara a trabalhar no Hospital comia ali com Ino, diversos pratos diferentes, diversas calorias, diversas fofocadas. Foi sentada em uma daquelas mesas que secretou a Ino seu relacionamento as escondidas com Sasuke, as fortes objeções de Kakashi e Naruto a relação e logo depois o casamento. Escolhiam quase sempre a mesma mesa, em frente a vidraça para que pudessem ver o movimento da rua e só hoje ela foi reparar que do outro lado da calçada em frente ao local que sempre comia tinha uma loja de artigos infantis. Como nunca tinha visto?

— (...) Então o Sai me chamou para o encontro e eu aceitei! — Ao ouvir as palavras “Sai” e “encontro” na mesma frase Sakura voltou a atenção para a amiga sentada a sua frente.

— O que? Isso é algum tipo de piada? — Ino tomou um gole de seu suco, revirando a comida em seu prato.

— Sei que parece improvável, mas a gente já estava se entrosando comigo posando para ele.

— Pera ai! Você estava posando para ele? — Ino parou sua garfada no meio do caminho, fitando Sakura, estarrecida com a desatenção dela.

— Como assim eu não contei? Testuda, estou falando disso o almoço inteiro! Onde está com a cabeça? — Observou os tomatinhos em sua salada e sorriu, dando de ombros.

— Nunca comprei nada para o bebê de Hinata.

— Não acredito que é nisso que está pensando... — Deu de ombros, procurando o mesmo ponto que Sakura observava com tanto afinco. — Bem, eu também nunca comprei nada.

Depois de muita insistência por parte de Sakura entraram na loja em frente ao restaurante e compraram os supostos presentes para o bebê de Hinata. Não conseguia se segurar ao ver todas aquelas coisas pequenas e perfeitas, mas foi preciso ou compraria a loja inteira. Saiu com três itens e apenas um seria realmente para o bebê de seu melhor amigo.

Dormiu agarrada com um pequeno chocalho de prata que o tilintar parecia de um guizo de Natal, delicado e perfeito, durante toda a semana passava na loja e comprava ou apenas namorava mais alguns itens, guardava tudo em uma caixa no fundo de seu closet. Queria decidir onde seria o quarto do bebê, no andar de cima só tinha um outro quarto que poderia ser utilizado e ele era pequeno e ficava tão no fundo e era pequeno. O melhor seria o do irmão de Sasuke, mas aquela era uma das áreas restritas.

Como criar uma criança em uma casa de fantasmas? Como explicar que ela não poderia entrar naqueles quartos? Muitas mudanças positivas tinham ocorrido na casa e tinha mais cara de um lar agora, no entanto ainda existiam as zonas proibidas, ainda existia aquele móvel, aquela peça que nunca poderia ser mexida.

No começo chegou a pensar que Sasuke um dia iria superar isso, ninguém esquece a morte dos pais. A dor que ele sente não tem como ela comparar a algo ou fingir não existir, mas viver daquela forma também não é vida.

Iria precisar de paciência, calma e tempo para ter a conversa sobre as mudanças na casa, mas já haviam superado tantos momentos juntos que tinha certeza que aquele seria apenas mais um. Construiriam uma família, juntos e com amor, muito amor.

Assim que abriu a porta de casa estranhou a quantidade de sandálias no hall, largou o casaco e as bolsas que carregava no cabideiro cruzando o corredor com agilidade. Todo o time Taka se encontrava ao redor da mesa na cozinha, Karin parecia ter acabado de falar algo a Sasuke que comia algo sem prestar muita atenção na garota, assim como os outros dois integrantes.

— Hey! Vocês vão treinar agora? — Assim que a viu, Sasuke largou sua refeição e seus companheiros, pegando Sakura pelo braço e a puxando até o corredor transversal a entrada do aposento.

— Eu sei que estou pegando missão em cima de missão, mas a uma razão para isso. — A voz dele não passava de um sussurro, quente e reconfortante. Só assim poderia notar o real tamanho da saudade que sentia.

O abraçou mesmo sabendo que ele não iria gostar de tal demonstração com um público tão próximo, não queria saber sobre as missões ou as visitas, só tê-lo perto de si. Surpreendeu-se ao ter sua cintura envolvida, encolheu os ombros, sentindo os lábios de Sasuke toca-la naquele ponto.

— Fico feliz em tê-lo de volta.

— Ainda não voltei, Sakura. Estou saindo para outra missão agora. — Mordeu o lábio inferior, passando a ponta dos dedos pelo colarinho da camisa que ele usava. — Acredito que essa seja a última, um pouco mais longa que as outras, mas por uma boa razão. — Os dedos calejados tocaram as maçãs do rosto de sua esposa, forçando-a a fita-lo. — Muitas coisas vão mudar por aqui. Mudar para melhor. — Fechou os olhos ao sentir a ponta do nariz dele roçar o seu.

Muitas mudanças, ela sabia. Carregava uma delas e ao seu ver a mais importante. Se Sasuke esperava uma promoção, uma nomeação, um comando, o que fosse. Nada poderia ser maior que uma criança. Quase contou, naquele momento, a vontade de levar a mão dele ao seu ventre e dizer tais palavras foram tantas que ela chegou a puxar o braço dele para fazer o gesto, mas as palavras seguintes a calaram.

— Quando eu voltar tenho uma surpresa para você e muita coisa a discutir. Não falaremos de nada disso agora, então não adianta me perguntar. Preciso me preparar para a missão. — Antes que ele se afastasse ela o puxou, tomando seus lábios em um beijo sedento. Ficando na ponta dos pés, foi a vez de Sakura de segurar o rosto dele, forçando Sasuke a apoiar as costas nas paredes, circundando a cintura fina da esposa.

— Só peço que volte bem. — Sussurrou entre um beijo e outro, a resposta foi mais um grunhido do que uma palavra, mas ela entendeu. Separaram-se após uma piada de Suigetsu, Sasuke voltou para a cozinha e Sakura correu para entrada. Pegando as bolsas de compras, escondendo o que podia embaixo de seu casaco.

Na avidez de pegar suas coisas, acabou derrubando a capa de Sasuke, mas o que atraiu sua atenção não foi apenas a queda, mas o som que emitiu. Uma capa não deveria fazer barulho quando derrubada. Largou suas coisas, puxando-a do chão e revirando os bolsos internos. Não precisou procurar por muito tempo até encontrar uma caixa aveludada. Abriu o fecho e por um longo tempo apenas admirou a peça que a caixa protegia.

Um belo bracelete, era fino, não deveria ter nem 5 centímetros de largura. Todo em ouro branco, em uma das pontas tinha uma bolinha redonda com um ponto de luz e na outra um falcão a posição poderia ser prestes a pousar, uma das asas estendidas para cima e a outra rente ao corpo, os olhos dois rubis. Passou a ponta dos dedos pela peça fina e ao tocar na asa, sentiu algumas elevações na parte posterior, virou-a apenas para ver uma gravação feita na peça: Sempre Seu

Romântico demais, delicado demais, não parecia algo de Sasuke, mas ao que tudo indicava era e ela amou. Amou com todas as suas forças, não duvidava que aquela peça fazia parte da surpresa, ou talvez fosse a surpresa.

Ouviu o barulho de algo se arrastando e tratou de colocar o bracelete de volta ao lugar que encontrará, junto com a capa. Por sorte era apenas Karin indo ao banheiro, arrumou seus pacotes debaixo do braço e correu para guarda-los. Quando voltou a descer, Juugo a esperava aos pés da Sakura, brindando-a com um de seus tímidos sorrisos.

— Olá, Juugo. Tudo bem? — O jovem respondeu com um aceno, parecia mais encabulado que o costume.

— Estou sim, não queria importuna-la, mas é que eu estou com um pouco de dor de cabeça e gostaria de saber se tem algum remédio aí com você?

— Tenho sim. Venha comigo. — Juugo a acompanhou em silêncio até o banheiro do primeiro andar. Dentro do armário em baixo da pia guardava uma pequena caixa de primeiros socorros, pegou duas cartelas e estendeu ao grandão. — Não sei quanto tempo vai durar a missão então é melhor prevenir.

— Obrigada.

Juugo tomou o primeiro comprimido ali mesmo, bebendo a água da torneira. Acompanhou-o de volta a sala onde os outros já se reuniam. Sasuke terminava de guardar suas armas ninjas e Karin sentava-se ao seu lado, parecia reclamar de alguma a coisa e volte e meia Sasuke concordava com um aceno de cabeça, mas reparando bem ele não prestava atenção ao que ela falava e a ouvia com uma expressão forçada, como se fosse por obrigação.

— Sasuke já tentou matá-la. — Não foi uma pergunta, foi uma afirmação. Sakura estava lá, Sakura viu, mas Juugo talvez não soubesse disso e ao ouvir aquela frase apenas a fitou, os olhos ambares sempre ternos tinham um tom de assombro e preocupação. — Talvez seja por isso que ele é tão... condescendente com ela. — O olhar do homem caiu na mesma cena que Sakura contemplava, prestando atenção no franzir de cenhos e nos lábios firmes em uma linha reta, poderia dizer que o líder de seu time estava prestes a mandar Karin calar a boca, mas não fez, nem o fazia.

— É exatamente por isso, ele...

— Ele se importa mais do que demonstra e se culpa mais do que deveria. — Compartilharam um sorriso, até a expressão de Juugo voltar a se fechar. — Eu sei. Agora eu sei.

— Eu não disse antes, mas fico feliz em ver que as coisas vão bem com vocês agora. Torcia muito por isso... ele, você... merecem ser felizes juntos. — Abaixou a cabeça, apreciando aquelas doces palavras. — Sakura, tem algo que eu quero falar com você já faz um tempo. Um mal-entendido, uma brincadeira que eu não deveria ter participado.

— Que brincadeira?

— Vam’bora Juugo! Princesa, você está radiante, mas precisamos partir. — Suigetsu se enfiou entre eles, dando breve tapinhas no ombro do companheiro, cheio de sorrisos e piscadelas para o lado de Sakura. — Karin para de latir e vamos logo! Estou sedento por ação.

Depois do chamado de Suigetsu eles não demoraram a partir e Juugo se afastou junto com o companheiro, deixando uma Sakura curiosa para trás. A curiosidade não a perturbou por muito tempo, pois tinha muitas outras coisas para ocupar sua mente.

Pegou os sapatinhos vermelhos e o chocalho de prata que comprou na primeira vez que entrou na loja e os guardou dentro de uma pequena caixa junto com um bilhete para Sasuke. Quando ele voltasse e o entregaria. Quando ele voltasse suas vidas seriam completamente diferente.

...

Página: Fleur D'Hiver


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Notas finais do capítulo

É um capítulo leve, amável com proposta de felicidade que me deixa ansiosa, porque esse é o último capítulo feliz. Do próximo em diante é a derrocada do mal, comprem seus bombons, seus lencinhos, agarrem seus ursinhos porque o bicho vai pegar. E eu to agitada, estamos muito próximos da fuga, muito mesmo, posso dizer que há uns dois, três capítulos do prólogo e acho que depois dele temos só mais e então: Adeus, Sakura.
Aqui nós temos muitos elementos que vão ser usados no futuro e serão de relativa importância. Façam suas apostas, preparem os corações porque agora vamos chorar com a Sakura e com o Sasuke.

Acham que a surpresa do Sasuke era só o bracelete ou tem algo mais? O que acham que o Juugo queria conversar com a Sakura? Quem é a SaIno tiveram um pequeno e misero momento deles, tenho planos para uma futura one deles, espero que leiam.

Agradeço a todos que acompanham, comentam, favoritam e recomendam BF, vocês são tudo para mim.
Espero vocês nos comentários e no próximo capítulo;*