Era sábado, Jane estava em casa esperando alguém a ligar dizendo que mais um assassinado havia acontecido em Boston. 

Era verão e Jane estava em casa com seu pijama, quando seu celular tocou e ela foi atender. Mais um assassinato. 

Jane tomou seu banho, tentou arrumar seu cabelo, mas seus cachos estavam mais rebeldes do que nunca, então ela decidiu prender em um rabo de cavalo. 

Chegando na cena do crime, ela viu Dr. Pike trabalhando no corpo, ela odiava esse homem! O modo como ele trabalha a irrita. Ele é muito certinho, faz as coisas milimetricamente certas, revisa varias vezes o mesmo ferimento para ver se algo havia acontecido nos 5 segundos que ele tinha deixado de visualizar o ferimento. A pior parte, era quando tinha ferimento a bala no corpo, ele não tirava as balas com cuidados e sempre recebíamos no relatório da balística algo anormal nas balas, então nos ( Eu, Frost, Korsak ou Frankie) íamos perguntar ao doutor Pike como ele havia tirado a bala do corpo, então ele dizia - Do único jeito que se tira uma bala de um corpo, com a pinça! - E ele pegava a mesma e balançava em frente ao seu rosto. 

Depois de recolher alguns depoimentos e falar com o Dr. Pike, e saber que depois de muitas analises ele liberou o corpo para ser levado ao necrotério do departamento, Jane foi para seu carro rumo ao departamento. 

Chegando lá ela foi direto para sua sala, encontrou Frankie conversando com seu colega da narcóticos, ela conhecia aquele cara. 

- Richard? - Jane falou se aproximando dos dois, sorrindo. 

- Jane!! - Ele a viu e sorrio logo dando um abraço na morena. 

- Como foi lá em Los Angeles? Pegaram alguém? - Jane perguntou. 

- Tudo bem, eu tive que voltar para deixar outro detetive que está no caso ir para lá. - Ele disse sorrindo.

- Entendi. Mas você volta? - Jane sorria. 

- Sim, volto sim! Acho que na semana que vem ou na próxima! - Ele sorrio - Ah, mandaram te entregar isso. - Ele pegou a carta que Maura havia escrito da pasta que carregava e entregou a Jane. 

- Que... Quem? - Jane perguntou com os olhos arregalados. 

- O policial da recepção! - Ele olhou pra carta e depois pra Jane. 

- Mas... - Jane pegou a carta, sorrio - Obrigado! Bom, o trabalho me chama! - Jane abraçou Richard. 

- A gente se vê! - Ela foi até sua mesa e se sentou. - Ela sabe que sou eu... - Jane falou baixinho abrindo a carta. Leu. Sorrio. Mas não respondeu no momento. 

No final da tarde ela e os rapazes estavam revendo mais algumas pistas, Jane estava intrigada com a carta e precisava conversar com alguém, então, como estava só eles na sala ela resolveu desabafar. 

- Se você se comunica com alguém por carta, usando um nome falso, e do nada você recebe essa carta de uma pessoa que não é o carteiro, e não é na sua PO box, então isso quer dizer que essa pessoa sabe quem você é? - Ela perguntou e todos a olharam. 

- Como assim? - Frankie falou a olhando sem entender nada. 

- Talvez essa pessoa saiba que o endereço da PO box é seu? - Frost falou. 

- Estou com o Frost. - Korsak falou. 

- Frankie como você é lento. Eu descobri o endereço da Maura, e mandei uma carta, de propósito, eu poderia mandar um e-mail, mas eu preferi mandar a carta. E até então eu estava recebendo ela na minha PO box, mas hoje o Richard que está trabalhando no mesmo departamento que ela me entregou a carta e disse que foi o policial da recepção que mandou ele entregar para mim, mas depois disso eu fui lá em baixo e vi que o policial que está lá em baixo é novo, então isso quer dizer que ela sabe que sou eu, certo? 

- Ah! Agora eu entendi! - Ele balançou a cabeça. - Espera! Maura? Aquela Maura? - Frenkie perguntou curioso. 

- Sim, aquela Maura. - Jane sorriu. 

- Você quer que eu vá entregar para ela a carta? - Frankie perguntou sorridente. Ele gostava da Maura, na verdade ele tinha uma cadinha por Maura, mas ai ele soube que Jane estava ficando, ou melhor, namorando Maura e logo de desencantou, mas o carinho que tinha por ela era grande. 

- Não!!!! Assim ela vai saber que sou eu! - Jane se levantou. - Eu vou responder e mandar pelo correio. 

- Ela pegou a carta e foi pra sala dos detetives. 

Na sala ela se sentou e colocou a carta e o caderno na mesa e começou a escrever.

"  Eu sabia que você ia mesmo fazer uma lista! Eu não queria, mas já que você falou que fica pensando em mim quase todo o dia... Eu fico realmente lisonjeada por isso! 

Olha eu conheço uma detetive que trabalha em um departamento aqui em Boston que ODEIA trabalhar com o único médio legista do departamento. 

Você vai entender ela, então me diga como um médico tiraria um bala de um ferimento a bala? com a mão! Esse médico do departamento dessa legista que eu conheço tira a bala com a pinça! Além de deixar o necrotério milimetricamente organizado! Isso irrita profundamente a detetive que eu conheço que trabalha no departamento! Mas, eu vou falar com ela pra ver se ela consegue alguma coisa, ai eu mando ela te mandar um e-mail. 

Dessas 10 pessoas aí, eu sou uma, mas você vai ter que descobrir. E se você for trabalhar aqui em Boston, quem sabe tu não descobre isso pessoalmente. " 

- Se é que você já não sabe! - Jane falou sorrindo, preencheu a carta, foi para sua mesa e guardou na sua gaveta e foi até a sala do Cavanaugh.

Jane bate e entra na sala do tenente, isso começou a acontecer depois que ela se acostumou com a ideia de ele ser seu padrasto, então ela apenas batia e entrava. 

- Tenente? - Jane sorri. - Eu queria te perguntar uma coisa! 

- Pergunte. -  Cavanaugh falou olhando para a detetive. 

- Maura Isles? Já ouviu falar dela? - Jane falou se sentando e olhando para o tenente. 

- Sim, ela é a legista famosa em LA. Mas, o que tem ela Rizzoli? - O tenente perguntou olhando-a.

- Ela é a legista mais famosa no estado, senhor! - Jane o corrigiu, se orgulhando do que acabara de dizer. - Então, o senhor aceitaria que ela trabalhasse com nós aqui do departamento? - Jane perguntou e ficou esperando pela resposta um tanto quanto ansiosa.

- Bem... - Depois de um período curto de silencio o tenente respondeu. - Se ela aceitar eu a coloco como legista chefe do departamento e mando Pike, com muito prazer, para a rua! - O tenente sorrio. 

- Ótimo eu terei a resposta em em uma ou duas. - Jane tinha um sorriso de orelha a orelha, ela se levantou. - Obrigado senhor! - Jane saiu da sala. 

Chegando na sua mesa Jane pegou a carta de sua gaveta e colocou em baixo do papel. 

"P.S.: Você quer que eu fale com essa minha amiga do departamento de homicídios de Boston?" 

Jane fechou o envelope, pegou suas coisas e foi para o correio enviar a carta.