Game Of Letters escrita por Gracie


Capítulo 10
Capítulo 10 - Back to the family


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, esse é o ultimo capítulo :( Foi muito bom ter escrito essa fic. No momento que surgiu a ideia enquanto olhava “Cartas para Julieta”, até mesmo quando eu recebi um comentário anos depois que me fez querer voltar a escrever. Muito obrigada a tod@s que leram, comentaram e favoritaram. Até a próxima pessoal! ♥



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Depois de muitos anos sem se verem, Jane e Maura tiveram um piquenique do jeito que tiveram há quase 15 anos atrás. A conversa sobre tudo parecia que elas haviam se visto ontem, pois nada mudou na relação delas até o ponto em que Jane falou da relação que elas haviam tido antes de partirem.

— O que aconteceu com a gente? Olha para nós agora, parece que nos vimos ontem. – Jane olhava para os olhos de Maura.

— Nós optamos por vidas diferentes, e as oportunidades que tivemos fizeram com que nos separássemos. Mas nada mudou, nada mudou do que eu sentia por você. E como me contou a história toda acredito que nada mudou para você também, Jane. – Maura disse e mexia em suas mãos em quanto falava.

— Nada mudou para mim também, Maura! Se algo tivesse mudado eu nunca teria feito nada disso e nós não estaríamos aqui agora. –Jane disse sorrindo.

— Obrigada, Jane! Por ter feito tudo o que você fez para que eu pudesse trabalhar aqui e poder começar tudo novamente, e ter pessoas que eu sei que se importam comigo. – Maura sorrio. – Oh! Falando nisso como está a sua mãe? Eu estou louca para reencontra-la!

— A Ma está bem, agora ela está com um namorado novo e não tem jeito de ela falar quem é, mas talvez você pode fazer isso acontecer. Eu só preciso do nome completo dele e “boom” terei a ficha completa em apenas 1 minuto. – Jane ficou pensando e olhou pra Maura. – Viu? Eu estou agindo como se você já soubesse disso e que está aqui faz tempo. – Jane riu.

Jane e Maura conversaram por horas e horas, até que Jane se deitou para olhar as estrelas e Maura fez o mesmo, mas no momento que elas deitaram para olhar o céu elas escutaram trovão alto e logo em seguida começou a chover. Maura levantou e deu um grito.

— Meus sapatos, não podem molhar! – Ela foi pegando os sapatos e colocando na bolsa e logo após ajudou Jane a recolher as coisas e por dentro da cesta, rindo muito as duas correram para fora do campo e foram andando para o carro de Jane.

— Onde está seu carro? – Jane perguntou para Maura passando a mão nos cabelos encharcados.

— No mecânico! Vim de táxi. – Maura secava o rosto.

— Eu te dou uma carona, mas você vai ter que me dizer onde mora. – Jane sorrindo olhou pra Maura.  

— Bem, eu não acredito em você. Pois fiquei sabendo que você invadiu a minha casa e que me manda cartas me desafiando a jogar um jogo do qual eu nunca ouvi falar e ainda por cima troca de nome. E falando nisso, eu descobri que era você quando eu ainda estava em Los Angeles. – Maura saiu andando com um sorriso vitorioso nos lábios e Jane saiu andando atrás dela e em um movimento rápido pegou Maura pelos braços, pois ela escorregou e quase caiu. No momento que Jane a pegou as duas se aproximaram uma invadindo o espaço pessoal da outra, as duas podiam sentir o hálito quente de vinho nos seus rostos.

— Desculpe, se te apertei – Jane disse olhando para os lábios de Maura.

— Tudo bem, você me salvou de uma bela torção. – Maura percebeu o olhar de Jane e se aproximou ainda mais, tocando os seus lábios nos de Jane, que sorriu e a envolveu pela cintura a trazendo mais perto e colando o corpo da loira no seu.

As duas logo se separaram e Jane a pegou pela mão levando-a para o seu carro, abriu a porta de trás e colocou a cesta no banco traseiro, abriu a porta do carona e esperou Maura entrar.

— Obrigada! – Maura sorriu e entrou no carro. Jane deu a volta e entrou no carro.

Jane ficou olhando para Maura.

— Ainda não acredito que você está aqui e que parece que a gente se viu ontem. Eu senti tanto a tua falta. Todos os relacionamentos que eu tentei ter não deram certo, porque nenhuma delas era você, nenhuma delas tinha a conexão que nós temos, os sentimentos verdadeiros que só a gente tem. Eu não sei explicar direito, mas nada mudou dentro de mim, nada. – Jane se aproximou de Maura e secou a única lágrima que corria pelo rosto de Maura.

— Desculpa ter ido embora, ter te feito sofrer tanto. – Maura olhou para Jane e a segurou delicadamente no rosto e a beijou. Dessa vez o beijo foi mais intenso, mais apaixonado. Um beijo de quem não se via a muito tempo.

As duas só se separaram quando o ar foi preciso. A chuva tinha diminuído e Jane ligou o carro dirigindo até a casa de Maura.

— Chegamos! – Jane disse estacionando o carro em frente a casa de Maura.

— Você não quer entrar? – Maura olhou para Jane sorrindo. – Você parece cansada, então acho que merece descansar um pouco. Não pode dirigir assim.

— Você nem sabe onde eu moro. Posso morar na outra rua, mas mesmo se isso fosse verdade não iria recusar um convite desses. Visitar a casa da doutora Maura Isles, médica legista que convive com gente morta e ainda acha muito legal, falando nisso como você consegue? – Jane falou tudo isso se aproximando de Maura para dar-lhe mais um beijo, mas parou no caminho quando fez a pergunta, as duas saíram do carro e seguiram para a casa de Maura.

— Confie em mim é melhor conviver no trabalho com gente morta. – Maura riu e abriu a porta. – Mas, nunca fui de ter amigos e conviver com pessoas, até conhecer você, então tudo mudou, menos o meu amor por medicina e a minha ideia de ser legista. Mas quando eu fui para LA, no inicio parecia que eu tinha voltado a ser adolescente, não falava com quase ninguém, a não ser a minha mãe. Em compensação LA e a medicina fizeram com que eu e minha mãe nos aproximássemos. – Maura disse pegando a garrafa de vinho que Jane havia dado e duas taças. Serviu o vinho e entregou uma delas para Jane. As duas se sentaram no sofá.

— Mas, é obvio que davam em cima de você, por que você é linda. Não tinha interesse de sair com ninguém? – Jane perguntou curiosa com a resposta.

— Eu até saia, mas arruinava todos os meus encontros falando de trabalho. – Maura sorriu e bebeu um gole do vinho. – E como eu disse antes, meus sentimentos por você não tinham diminuído ou sumido do mapa. Eles sempre estiveram aqui.

— Eu sei que hoje foi o primeiro dia de muitos que nós não nos víamos, mas vou perguntar de qualquer jeito. – Jane pegou um saquinho de camurça de dentro do seu bolso e de lá tirou um colar que tinha uma algema e um bisturi. Quando Maura viu ela começou a chorar.

— Você guardou por todos esses anos? – Maura olhou para Jane que se segurava para não chorar.

— Quer continuar de onde paramos? – Jane abriu o colar mostrando-o para Marua.

— Quero, quero sim! – Maura disse e depositou vários beijos nos lábios de Jane que colocou o colar em Maura.

Logo depois disso as duas se beijaram e novamente tudo foi ficando intenso, a aproximação foi necessário, os toques, carinhos, olhares, todos se fizeram necessários naquele momento.

Jane acabou dormindo na casa de Maura e no sábado sua mãe ligou logo cedo.

— Ma, hoje é sábado e são... 8h da manhã. – Jane não tinha acordado direito e quando viu onde estava sorriu, vendo Maura dormir ao seu lado. – Eu sei que hoje tem o almoço ai na sua casa, mas não precisava me lembrar disso as 8h da manhã. – Jane escutava sua mãe falar. – Eu sei o que você quer saber e eu só vou contar se você me disser o sobrenome do Robert. – Jane sorriu e escutou Angela reclamar. – Ok, não precisa falar, só convidar ele para o almoço de hoje. – Jane olhou para Maura dormindo ainda. – Ma, vou desligar e começar a me arrumar. Beijos, até daqui a pouco.

Jane desligou o telefone e ficou fazendo carinho nas costas nuas de Maura, até que ela se moveu e olhou para Jane que beijou seu ombro.

— Bom dia! – Jane disse sorrindo.

— Bom dia! – Maura sorriu.

— Hoje tem almoço na casa da Ma e você está convidadíssima e eu não aceitarei não como resposta, então vamos tomar banho e ir até meu apartamento para que eu possa trocar de roupas e depois irmos até lá. Ela vai pirar quando te vires. – Jane riu e se levantou, juntando suas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto de Maura. Maura se levantou e caminhou até o banheiro, ligou o chuveiro e esperou por Jane. O banho foi demorado e aproveitado. Uma hora depois as duas se vestiram e foram para o carro. Jane passou em seu apartamento e trocou de roupa.

Chegando à casa de Angela, Jane desceu do carro e abriu a porta do carona para Maura que desceu e sorriu. Jane fechou a porta e ativou o alarme do carro, andou até Maura e pegou a sua mão, entrelaçando seus dedos com os dela e caminharam até a casa. Jane pegou sua chave e abriu a porta entrando na casa.

Angela estava na cozinha fazendo a sua famosa lasanha e quando Jane entrou na cozinha com a Maura, Angela não se virou e logo foi falando.

— Fiquei sabendo que você invadiu a casa da Maura ontem, e que saiu com ela, quero que me conte tudo o que aconteceu. – Angela falou mexendo as panelas.

— Olá, Angela! – Maura disse sorrindo e Jane caiu na gargalhada assim que Angela se virou com os olhos arregalados.

— Ah!! MAURA!! – Angela foi até Maura e a abraçou apertando a loira que a abraçou sorrindo. – Que saudade! Como você está? Que saudade!

— Estou bem melhor agora que Jane me encontrou e me beijou e que a gente recomeçou de onde paramos. – Maura sorriu com os olhos marejados, pois ela nunca foi tão amada em sua vida, a família de Jane a acolheu desde sempre.

— Eu não acredito que vocês voltaram a namorar! – Angela disse emocionada. – Estou tão feliz! E Jane, eu convidei o Robert para o almoço. – Angela olhou para Jane e abraçou as duas.

— Que bom que eu estou com o meu distintivo e a minha arma no carro. – Jane disse abraçando a sua mãe, que logo a afastou e deu um tapa em seu braço. – Ai Ma! Eu estou brincando! – Jane disse passando a mão em seu braço.

Quando a lasanha estava quase pronta Jane e Maura estavam conversando com Frankie e Tommy que estava com a sua esposa e seu filho TJ. Jane estava com TJ no colo e Maura estava sentada o seu lado no sofá, fazendo carinho na pera de Jane e brincando com TJ. A campainha tocou e Angela correu até a sala.

— Espero que todos vocês se comportem e sejam legais! – Angela disse olhando para seus filhos e foi até a porta, arrumou o cabelo e abriu a porta. – Oi querido! – Angela disse e deu um selinho no homem alto magro e grisalho. – Entre!

Jane, Frankie e Tommy levantaram quando o homem entrou e fecharam a cara tentando intimidar o novo namorado de sua mãe.

— Robert, está é Jane, Frankie e Tommy, aquela com o bebe é minha nora Maura e aquela é minha outra nora Lidsay com o meu netinho TJ. – Angela apresentou todos.

— Olá! – Disse Robert.- Estou feliz de finalmente ter encontrado vocês, ouvi tantas coisas que parece que já conheço vocês a um tempão. – Robert sorriu.

— Então sabe que eu e Frankie somos policiais e que temos armas, certo? – Jane disse séria.

— Certo! Mas não se preocupem que o meu objetivo e fazer a mãe de vocês a pessoa mais feliz desse mundo. – Robert disse olhando pra Angela.

— Mesmo assim estaremos de olho! –Frankie disse.

— Ok crianças, agora já chega! A lasanha está quase pronta. Podem ir se sentando. – Angela disse indo para a cozinha.

Jane e Maura se sentaram lado á lado e Robert sentou ao lado de Maura. Tommy e Lindsay sentaram de frente para as duas e colocaram TJ na cadeirinha ao lado de Lidsay. Frankie sentou em uma ponta da mesa ao lado de Jane e Tommy e Angela sentou na outra ponta ao lado de Robert e TJ assim que colocou a lasanha no centro da mesa.

— Espero que gostem. – Angela disse enquanto todos começaram a se servir.

Depois do almoço Jane e Maura foram e se sentaram nos fundos da casa onde tinham flores e plantas por quase toda a parte.

— E ai como se sentiu voltando a loucura da família Rizzoli? – Jane perguntou sorrindo.

— Como se nunca tivesse saído. – Maura sorriu dando um beijo em Jane. – Sabe, eu adorei saber que você tinha me achado e fez tudo o que fez. E ter voltado para Boston, voltado para a sua família, voltado pra você, me fez e vai me fazer muito bem, pois parece que nada mudou e que o seu amor por mim só aumentou. Eu te amo Jane, desde a primeira vez que nos vimos quando você se sentou na minha mesa naquela aula. E eu só queria agradecer por você ter entrado na minha vida e ter lutado pra ficar mesmo depois desses anos todos. – Maura disse com os olhos marejados e deixou algumas lágrimas escaparem.

— Eu te amo, Maura Dorotheia Isles. E quero passar o resto da minha vida com você, porque eu te amo e sempre vou amor a cada segundo mais. Obrigada por deixar eu entrar na sua vida e ficar. – Jane a beijou apaixonadamente. – Mas agora nos precisamos voltar pra dentro, pois eu tenho algumas perguntas para o Robert.

— Deixe sua mãe ser feliz e amada como a gente é, Jane! – Maura disse rindo e as duas entraram.

As duas seguiram a sua vida juntas, trabalhando juntas, morando juntas e sendo felizes juntas, por que o que é para ser sempre será, independente do tempo que leve ou do período de tempo que terá de ficar separadas, o destino sempre irá fazer com que tudo aconteça do jeito que é para acontecer.


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