Escrevendo Uma Nova Historia escrita por LadyStormborn


Capítulo 22
Teen Idle Parte um


Notas iniciais do capítulo

*Hello SweetHeart's!
Depois de tanto tempo eu voltei... Vocês precisam entender; eu estava com um terrível bloqueio com o desenvolvimento dessa fic, que eu até pensei em exclui-la. Mas vocês gostam muito dela, e dependendo de como forem os comentários nesse capitulo eu decidirei se vou exclui-la ou não.
Boom, vamos ao capitulo que ta muito grande por sinal.

Musicas que inspirarão esse Capitulo:
Lou Ellen & Nicholas : https://www.youtube.com/watch?v=ZNE-7DyLJ5w

Elizabeth & Cristian : https://www.youtube.com/watch?v=WLTmxs1Hzc8



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/408916/chapter/22

As belas mentiras, a verdade feia - Marina and the Diamonds

As batidas fortes na porta de Lou Ellen a incomodou profundamente. Ela estava fazendo sua famosa trança lateral para que pudesse acompanhar as garotas no seu café da manha, e como sempre, estava perdida em seus pensamentos. Dês de seu ataque de pânico na ilha, e na agencia, Lou Ellen começou a se excluir mais do que antes, se era possível. Pelo simples motivo que não queria se lembrar de ter mostrado tanta fraqueza para elas, talvez porque também saberia que não poderia escapar das piadas de Katerina.

–Eu já vou! – Gritou Lou Ellen para a porta quando terminou sua trança. “Provavelmente deve ser Katerina me chamando para o café da manhã”, pensou sem se importar.

–Bom dia flor do dia! – Rosylin sorria para Lou Ellen com um sorriso simpático. Lou Ellen saiu do seu quarto já trancando a porta e não permitindo que Rosylin visse o que tem lá dentro.

–O que você quer? – Lou ergueu a sobrancelha questionando as intenções de Rosylin. De todas as garotas da agencia, a que Lou Ellen menos gostava era de Rosylin e sua animação. Para toda ocasião, para tudo que elas conversam ou irão fazer, Rosylin parecia disposta a tudo e aquilo assustava Lou. Ou poderia ser pelo simples fato de que ela não tinha muito dados de Rosylin, portanto julgava que a não conhecia, e Lou Ellen gosta de conhecer cada pessoa com quem trabalha.

–Isso é jeito de tratar uma amiga? – Rosylin provou Lou Ellen, porque até a loira sorridente sabia sobre a aversão de Lou Ellen sobre ela, mas como uma boa Champoudry ela ignorava com um sorriso.

–Não tenho amigas. Agora me diga o que você quer? – Rosylin fez uma careta impressionada como Lou não mostrava nenhum pingo de vontade de ser sociável.

–Um Dr. muito gostoso me pediu para chama-la para sua aula particular. – Rosylin piscou para a garota que estava fazendo uma careta. Não que Rosylin tivesse interesse pelo outro professor, então ela poderia deixar Nicholas para Lou Ellen.

–Ainda bem que gosto não se discute.

–Fico até imaginando quando você encontrará um homem de verdade que consiga resolver esse seu mal humor. – As duas começaram a caminhar até a sala que foi resignada ao Dr. Nicholas

–Fico até imaginando quando será que vão arrumar uma cura para essa sua voz de travesti. – Comentou Lou Ellen irônica. – Onde está Sophie?

–Saiu. Assim como Katerina. – Comunicou Rosylin tentando não responder Lou Ellen como deveria. Rosylin poderia não transparecer mais realmente tentava ser educada com Lou Ellen. Sabia que a garota não era assim porque queria. Mas não podia evitar se irritar como as outras a cada palavra que a morena dissesse.

–Pronto está entrega.

Lou Ellen revirou os olhos quando viu a loira ir embora. Antes de abrir a porta respirou fundo, prometendo a si mesma que deixaria Nicholas ajuda-la. Mesmo que tivesse vontade de mata-lo.

[...]

Lou Ellen tinha uma beleza infantil ainda, mas ainda sim Nicholas não viu nada mais bonito do que ela. Seus cabelos preso naquela bela trança, seus fios roxos e prateados se mesclando com a escuridão de suas madeixas, seu corpo pequeno e quase esquelético, sua palidez como a lua e seus profundos olhos um verde e outro mel, quase como se o encantasse. Ela preferia se manter quieta, como se fingisse que ele não estava ali, mas ela também sentia sua presença. Lou Ellen nunca foi de ter interesses amorosos, pra quem a conhece realmente sabe muito bem que a única pessoa que já amou deve estar morto, então isso significa que ninguém a conhece. Mas a garota começou a ver algo diferente no jovem que tentava salva-la, começou a perceber que ele era bonito. Mas como ela impediria que aquela barreira não se levantasse cada vez que ela tentava se aproximar dele? Como ela bloquearia seu próprio escudo quando o medo parecia ser o seu ar? Tudo que ela mais desejava era viver como uma pessoa normal, mas não fazia ideia de como se portar como uma.

–Por que você não me conta sobre você? O primeiro passo para aprender a confiar em uma pessoa é quando ela a conhece. – Sugeriu Nicholas.

–E por que eu lhe diria qualquer coisa sobre mim? – As palavras voam da boca de Lou Ellen, por tanto tempo ela tinha sido grossa e antissocial que não sabia mais como ser doce com as pessoas.

–Lou Ellen. – Nicholas respirou mantendo a calma. De cinquenta palavras que Lou deve ter trocado com ele, cinquenta e uma era com grosseria. Nicholas era conhecido por fazer milagre com todos seus pacientes, e em longo de seu currículo houve casos que ele realmente pensou em desistir, mas acabou cedendo a sua bondade e sua vontade de ajudar pessoas assim, as que realmente precisam ser salvas de si mesmas. Porém Lou Ellen era a mais complicada de todos os casos que ele já tinha visto. Ela estava ali, isso mostrava que ela estava disposta a ser ajudada, só que toda vez que ele tentava se aproximar de qualquer jeito, ela simplesmente o rejeitava. Ela cobrava confiança quando nem ela mesma confiava em si, insistia para que ele não a irritasse sendo que talvez nem ela sabia o que a irritava, Lou Ellen acabava se confundindo e confundindo a ele. Nicholas foi até a enfermaria da agencia e eles informaram que Lou Ellen tinha parado com os medicamentos há seis meses sob-recomendação da Sra. Kuznetsov, mesmo estando claro que ela ainda precisava de calmantes, Lithium e outras dosagens que não a deixasse tão confusa. Não que o rapaz tivesse a intenção de dopa-la novamente como já tinham feito muitas vezes no Projeto Violetta, Nicholas ainda tinha o bom senso e acreditava que aquela não era a maneira correta de ajudar uma pessoa, cada remédio que ela já tomou estava numa facha tão pesada que era quase incrível ter sobrevivido a ele. Só que quando se é acostumada a tomar esses remédios tantos anos e de forma tão exagerada que Lou Ellen recebia, ele sabia o quão difícil era se manter estável.

–Eu sinto muito por não conseguir ser boa com você, tá? – Lou Ellen se levantou bruscamente e começou a andar pela sala, isso era sinal de que ela estava agitada. – Não sei qual é o meu problema e o fato de eu não saber de alguma coisa me aborrece, e isso aumenta a cada minuto que penso que minha sanidade mental pode estar nas mãos de outra pessoa.

Uma verdade sobre Lou Ellen era; que quanto mais nervosa estava mais coisas ela dizia, geralmente qualquer coisa que estivesse passando em sua mente.

–Diga como se sente em relação a si mesma? – Nicholas percebeu esse fato de Lou e estava pronto para aproveitar. Claro que não é do meio convencional que ele queria, sua consciência estava bem alerta de que nunca se deve irritar qualquer pessoa que não tenha uma mentalidade estável, porque nunca pode saber o que ela fará.

–Como assim? – Perguntou Lou Ellen juntando as sobrancelhas.

–Quero que me diga como se sente sabendo que precisa de ajuda, que não é tão normal quanto as outras, que enquanto elas estão curtindo a vida você está aqui, presa dentro de si mesma. – Lou Ellen podia ser a garota mais inteligente de todas as garotas da A.E.P.G., também podia ser antissocial e mentir para si mesma que gosta disso, só que algo ela nunca poderia negar que era... ela era uma adolescente.

–Como você acha que eu me sinto? – Ela esticou os braços em indignação enquanto voltava a andar. – Tudo que eu sempre quis dês de que minha vida se tornou diferente foi que me ajudassem a entender o que eu sou, ou que tipo de problema eu tenho. E quando finalmente consigo isso meu corpo rejeita qualquer tentativa minha de permitir que você me ajude, porque eu simplesmente não posso confiar em você! Agora em relação às garotas?

Lou Ellen parou e abaixou a cabeça. Nicholas não soube reagir ao ver Lou Ellen chorando.

–Elas me chamam de louca pelos corredores, ficam me dizendo e esfregando na minha cara que eu não sou igual a elas e nunca vou ser. Tento fingir que nada importa e que odeio o mundo colorido que vivem e pelo modo que gostam de se divertir, só que é uma mentira. Elas sentem, elas riem, elas sabem conversar entre si... elas vivem! Sabe como é perceber depois de tanto tempo que tudo que você tem feito é ser morta? Porque você não esta vivendo como deveria, ou como queria, você apenas está sobrevivendo a tudo isso. E eu não quero mais sobreviver. – Ela parou para enxugar suas lagrimas e levantou a cabeça para respirar e se acalmar.

–O que você quer? – Nicholas não demonstrou, mas estava abalado com a confissão de Lou Ellen. “Aposto que ninguém sabia que ela ainda tem sentimentos. Talvez seja por isso que ela confia em Sophie, porque de todas elas é a única que se mostra importar com Lou Ellen.”

–Eu quero ter o ruivo perfeito de Elizabeth, o corpo de Isabella, os olhos da Grace, o humor de Isadora, os cachos de Juliet, a “inibição” de Katherine, as palavras sagazes de Ashley, a felicidade de Rosylin, e principalmente, eu quero amor dos pais de Sophie. Quero ser tão boa quanto elas, e não ficar apenas de camarote. Que um dia de folga eu possa sair com elas e não ter que obrigar todas a voltarem porque alguém esbarrou em mim e porque eu não suporto ser tocada... Eu quero ser uma adolescente.

Nicholas pela primeira vez conseguiu entender Lou Ellen. Ninguém nunca iria imaginar que Lou Ellen desejaria ser o que as outras eram, não com Lou Ellen parecendo odiar todas. Tudo que ela achava bonito, tudo que admirava em cada uma, era o que Lou Ellen desejava para si mesma porque ela queria estar com elas e se sentir como uma delas. Isso não tinha nada haver com o fato de se afastar dos outros, ou do seu autismo, aquele era o simples desejo de uma garota de quinze anos. Coisa que qualquer uma das garotas poderia ter descoberto se ao menos tentasse entende-la.

–Então, se você tem algum remédio para me ajudar a ser essa pessoa eu aceito. Porque estou cansada de ser a garota louca daqui.

–Remédios curam o corpo, mas o único remédio para a dor no coração é o amor. Nada mais adiantaria. O que você quer é ser normal, e isso tem que partir do seu coração.

–Você está certo...

–Quer saber, eu acho que você precisa ver o mundo um pouco. – Nicholas se levantou e jogou seu casaco para a garota frigida.

–Que? – Perguntou um pouco confusa.

–Vamos sair um pouco, curtir seu dia de folga.

Lou Ellen abriu a boca surpresa, mas tentou não questionar nada. Tudo que mais queria era conhecer a vida, só que sempre teve medo. Ela nunca sabia o caminho de volta e por isso tinha o receio de dar um passo fora da agência que ela conhecia muito bem. Os dois tiveram que passar pelos guardas da agencia, colocar sua nova pulseira de identificação e rastreação (apenas ela já que Nicholas é um funcionário). Blue estava conseguindo muito dinheiro para financiar a agencia, e isso queria dizer novos recursos. Os quartos separados, mais guardas para a proteção, mais salas de treinamento... Lou Ellen se perguntava como ele estava conseguindo tudo isso, mas a única que era capaz de descobrir isso era Ashley.

Assim que Lou Ellen pisou fora da agencia ela entendeu o porquê Nicholas lhe deu seu casaco. Estava uma ventania naquela noite, mas ainda sim as estrelas se estendiam no céu. E isso encantou Lou Ellen. A garota quase não se lembra da ultima vez que admirou as estrelas, e quando se lembrava de tentava esquecer rapidamente. Tudo antes do Projeto Violetta era como um borrão de memórias pra ela, só que ela preferia suas memórias antigas.

–Vamos ficar aqui. – Depois de uma longa caminhada por uma rua deserta os dois resolveram ficar sentados em um banquinho no meio do nada. A agencia era muito afastada da tão populosa central de Tókio e demoraria muito até que Nicholas encontrasse um lugar apropriado para Lou Ellen.

–Eu tinha me esquecido porque gosto tanto da noite. – Comentou a garota sem tirar os olhos do céu.

–Por que você gosta da noite? – Perguntou Nicholas interessado.

–Acreditava que gostava da noite porque era o melhor horário para se matar alguém. Só que quando olho pra essas estrelas e como se eu esquecesse essa parte da minha vida. Como se eu nunca tivesse matado ninguém, e fosse apenas uma garota.

–Mais você é apenas uma garota.

Ela deu uma risadinha irônica e isso encantou Nicholas, ela nunca tinha rido perto dele.

–Uma garota com uma lista bem grande de assassinatos. – Lou Ellen respirou fundo e resolveu contar a Nicholas as coisas que estavam pensando, talvez de alguma forma poderia ajuda-la a confiar nele. – Eu gostaria muito de dizer que tudo que faço e em função da minha doença, eu gostaria de culpa-la pelo que eu sou. Claro que ela influencia em grandes fatores da minha personalidade como; ser extremamente inteligente e ter manias inexplicáveis... coisas que são importantes, mais não a ponto de eu viver em função delas. Quando eu estava no projeto Violetta eles fizeram questão de me fazer quase normal, uma pessoa que pode lidar muito bem com a sociedade não que demonstrasse ter disfunções mentais. – Ela inalou o ar frio tentando vencer aquele bloqueio que crescia em sua cabeça para que não contasse nada a ele. – Costumava confiar muito nas pessoas e me entregava a qualquer sentimento que tinha, até que fui vitima do Projeto Violetta. O que te fazem passar ali e... – Lou Ellen fechou os olhos para escapar da lembrança – Pode ser comparada a pior coisa que se pode enfrentar. A pior das piores. E você começa a deixar de ser você mesma, e as coisas que importavam deixa de importar. Todo seu sentimento se esvair e quando tudo acaba você está sozinha e quebrada. Eles tiram tudo de você, e apenas te deixam cicatrizes como uma forma de lembrança. Eu tinha um amigo enquanto estava lá, a única pessoa que me lembro de ter amado. E eles o mataram bem na minha frente. Então não posso dizer que sou diferente porque tenho autismo, mas sim porque estou cansada de colocarem coisas em minha cabeça e mudarem quem eu sou.

Nicholas nunca conhecera ninguém como Lou Ellen por isso lhe faltaram palavras naquela hora. Como o seu primeiro voto de confiança Lou Ellen fez algo que nunca havia feito. Ela pegou na mão dele e entrelaçou com a dela. Ele a olhou espantado, e viu que ela ainda olhava para as estrelas como se aquilo fosse algo normal.

–Por favor, não me faça me arrepender por estar confiando em você.

Nicholas nunca levou palavras tão a serio. Ele apertou sua mão um pouco como se confirmasse o que ela disse.

–Eu não vou.

[...]

Elizabeth & Cristian

Elizabeth tinha passado o dia todo dentro de seu quarto, pensativa sobre tudo que lhe aconteceu. Ela nunca tivera tanto medo quando teve naquela ilha. As bombas, a água, os gritos... Era tudo tão vivo quando fechava os olhos que até estava com dificuldade de fechar os olhos. Ao contrario das outras meninas ela não era tipo que gosta de fugir de um trauma. Se Elizabeth tinha muito medo de algo ela tentava recriar em isso em sua mente ate que começasse a se acostumar e parasse de temer. Só que depois de um dia nada funcionava pra ela. Então a ruiva decidiu tomar um banho relaxante, talvez aliviaria seu estresse.

–Elizabeth? – Chamou Isabella na soleira da porta. A ruiva escutou do banheiro e respondeu com uma voz abafada.

–Estou tomando banho, o que quer?

–Estamos indo pra uma balada. Deseja ir?

–Quem vai? – Elizabeth pensou que era uma boa oportunidade para conversar com Sophie e lhe agradecer pelo que fez.

–Eu, Rosylin, Grace, Isadora, Ashley e a novata. Ah, e Alexander ira nos acompanhar. – Comunicou a garota.

–Podem ir, pretendo ficar aqui hoje. – Ela se lembrou de que tinha uma sala de lazer nessa nova agencia e que quando estivessem desocupadas poderiam ir lá e relaxar. Depois de muito tempo de treinamento Elizabeth tinha ate se esquecido de como relaxar, seria uma boa oportunidade de tentar agir como uma adolescente normal e ficar em casa num sábado à noite.

–Você que decide! – Elizabeth voltou a lavar os cabelos e a relaxar enquanto estava no banheiro. Assim que terminou o banho a garota percebeu que não estou o barulho da porta se fechando.

–Se você estiver pegando alguma coisa minha Bella você ira ver como se quebra vinte sete ossos de sua mão. – Brincou se enrolando na toalha e se dirigindo até seu quarto. Quando percebeu quem estava lá sua respiração parou. Não era Isabella quem a esperava. Era Cristian.

Respiro. Sim, eu o quero. Quero mesmo. Sim, é muito confuso. Mas com todo esse tempo involuntariamente me estragando, eu me apaixonei. Sinto-me enojada por querer, até por que meus sentimentos de ódio e vingança não se foram, ainda espero o momento certo de fazê-lo pagar por tudo que fez a mim... Mas o tempo pregou uma peça e um sentimento novo e avassalador colocou em meu coração. E vamos falar a verdade, se há anos atrás o destino me colocou nesse purgatório, por que eu não posso aproveitar?
Sem perda de tempo, saio do banheiro e fico de cara com Cristian. Fico corada com a forma que ele me olha e pela condição que eu estava. Estou completamente nua. Meus seios estão duros e hipersensíveis, e pela primeira vez estou fervendo. Por uns segundos sua cara demonstra espanto, mas depois de alguns segundos seu semblante muda e começar a da risada. O que está acontecendo? Será que ele não está gostando?

–Nós vamos sair. Vista-se. – Cristian entregou um pacote a garota que agarrou com uma mão segurando a toalha e a outra balançando o pacote.

–Você nem me convidou. – Exclamou com a voz tremula.

–Porque não é um convite, é uma ordem. – O rapaz se sentou na cama e esperou a garota se vestir. Ela o conhecia o suficiente para saber se ela não fizesse o que foi mandado ele não seria gentil. Então caminhou até o banheiro murmurando.

–Você pode me ajudar a fechar meu vestido? – Elizabeth se virou e mostrou o zíper aberto de suas costas. Ela não tinha coragem de levantar a cabeça para se perder nos olhos azuis de seu companheiro, preferia manter seu coração paralisado em seu corpo. Cristian caminhou até ela e fechou o zíper demoradamente, não querendo desperdiçar a oportunidade de estar perto dela. Suas mãos possessivas caminhavam nos seus braços assim que ele terminou seu serviço e fazia os pequenos pelos dela se levantar. Ela estava quase parando de respirar a cada centímetro que ele tocava. Seus lábios se ficaram em seu pescoço, depositando um beijo doce e forte, deixando claro que ele era o único que podia fazer isso.

–Como estou? – Elizabeth se virou e deixou que se possuísse pelos terríveis olhos azuis. Seu cabelo ruivo estava preso em um penteado de princesa, deixando seu fino pescoço exposto. O vestido vermelho parecia ter sido feito para seu corpo, e Cristian tinha certeza disso enquanto passava as mãos em suas curvas. Seu olhar se perdeu nos seios da garota, mais maduros e desejáveis do que antes. Os olhos de Cristian gritavam de desejo, mas ele foi forte e apenas disse:

–Quase perfeita. – Ele pegou um porta-joias e abriu. Elizabeth olhava boquiaberta o colar de diamantes que Cristian estendeu a ela.

–Isso aqui é algum fetiche por “Uma linda mulher”? – Elizabeth não teve como evitar passar a mão no colar.

–Se fosse um “fetiche” eu estaria levando a Julia Roberts para jantar comigo. – O tom de Cristian saiu áspero e fez com que Elizabeth recuasse. Instintivamente ela se virou e pediu, quase como uma clemência, para que ele depositasse o colar. A tentação começava a flutuar, como o ar, entre os dois no quarto. Para Elizabeth; Cristian era o demônio que a tentava fazer coisas insanas, terríveis, e que a fazia questionar tudo que conhecia com tudo que ele é. Para Cristian; Elizabeth ainda era seu puro anjo que fora oferecido a sua alma sombria, ela sempre seria sua garotinha ruiva.

–Obrigada. – Sussurrou, só que não se virou. Cristian deslizava suas mãos entre seu quadril como se relembrasse todas as vezes que o possuiu, todas as vezes que ela o pertencera. Suas mãos chegaram até a altura do seios da garota, e sem nenhuma piedade ele apertou. Elizabeth arfou, no momento não sabia o que a dominava mais; o terror por estar a mercê de Cristian outra vez, ou o prazer de estar sendo tocada da maneira que a agradava. Cristian colou os corpos sem retirar a mão dos seios da ruiva, e parecia que os dois sentiam prazer com as caricias.

–Você sempre será minha Elizabeth; tão doce, meiga, inocente... Minha doce garotinha. – As palavras de Cristian não era tão doce como parecia ser, era quase como uma ameaça brutal.

Em resposta, Elizabetn ganhou coragem para se virar e encarar os terríveis olhos azuis. Os chamuscou desejo ardente, seus corpos cantavam uma canção elétrica sem ao menos se tocar, e quando Elizabeth o olhou daquele jeito Cristian não conseguia arrumar motivos para não joga-la na cama.

–Cristian... – Ela sussurrou quase como um pedido. Ele acariciou seu rosto e ela inclinou a cabeça ao seu toque, seus rostos se aproximaram e parecia que o desejo de suas bocas seria saciado. Cristian esperou o beijo com os olhos fechados, mas Elizabeth não tinha presa. Contornou o lábio do rapaz com a língua, e agarrou seu cabelo preto e liso como forma de controle. Claro que na hora Cristian se surpreendeu, nunca conhecera esse lado selvagem dela. Elizabeth aproximou o lábio na boca entreaberta de Cristian e sussurrou duramente.

–Eu não sou sua garota.

Aquilo quebrou o encanto, mas o desejo de Cristian aumentou. Elizabeth caminhou até a porta, orgulhosa e determinada, ela conseguiu resistir a Cristian, mas aquele era apenas o começo da noite.

[...]

Cristian levou Elizabeth ao melhor restaurante de comida Japonesa do país. Ele sabia que era clichê; comer no restaurante com comidas típicas, mas não pensava em maneira melhor de impressionar- La, pelo menos não em curto prazo. Claro que teve que alterar o nome das reservas para Jeremy Morgan, como Evan tinha dito “Boa sorte com a missão no Japão, ouvi dizer que você é procurado por lá também”, humoristicamente ele respondeu “E mais fácil dizer em quais países que não sou procurado”, necessariamente não era uma piada. No Japão, para quase tudo que é ilegal existe um chefão; corrida de carros, prostitutas, cassino... Porém todos eram controlados pelo magnata Kijor Michel, o pior que nem japonês é, e ainda consegue comandar toda a cidade. Em uma missão, Cristian acabou se encontrando no caminho de Kijor e agora era caçado pelas ruas japonesas como um judeu era casado pelos alemães.

Elizabeth percebeu o nervosismo de Cristian, que dês de que chegaram não consegue parar de desviar os olhos para todas as direções.

–O que está o incomodando? – Elizabeth usou um tom indiferente a ele, prometendo a si mesma que não seria uma garotinha aquela noite.

–Nada que deva se preocupar, sweetheart. – Cristian era sedutor a cada gesto que fazia, e muitas mulheres já sediam a ele antes mesmo da sobremesa. Só que Elizabeth estava diferente com ele; não temia, nem flertava, muito menos parecia estar gostando de sua companhia. Elizabeth não era mais uma garotinha, e isso quer dizer que Cristian tinha que agir de outro modo.

–Então, não quer me explicar o motivo desse “convite”? – Conforme a boca de Elizabeth se mexia tudo que ele conseguia pensar era na voltande enorme de beija-la.

–Queria relembrar os antigos tempos, quando você ainda era minha. – Sua indireta foi carregada de possessão. Elizabeth ficou abalada ao seu lembrar, mas não iria ceder a seu joguinho.

–Já ouviu o ditado “quem vive de passado é museu”? – Ela levantou os olhos azuis para Cristian como se o desafiasse a seduzi-la.

–eu tenho minha própria filosofia. O que resalta meus pensamentos em tudo, incluindo você.

–Sobre mim? – Elizabeth arqueou as sobrancelhas.

–Sobre sua partida. Dês de que se foi eu venho seguido tudo que tem feito, cada passo que deu, cada respiro... e fico tentando entender como depois de tudo você decidiu servir ao Blue. – Explicou tomando um gole de vinho.

–Não lhe devo explicações sobre minhas ações a você e nem a ninguém. Se você realmente me seguiu deveria saber que cada passo que dei foi para ficar cada vez mais longe de você. Infelizmente não consigo me ver longe de sua escuridão.

Cristian sorriu surpreso. A Elizabeth estava ousada naquela noite. Quando ele iria respondê-la percebeu que seu celular vibrava em seu bolso e atrapalhou seu momento.

–O que é? – Perguntou sem ao menos ver quem era.

–O que foi, querido, esta tendo uma noite difícil? – A voz de Katerina era sedutora como sempre quando se tratava de falar com homens.

–A minha está apenas começando, e a sua? – Ele sorriu ao escutar a voz de Katerina. Elizabeth o olhou confusa esperando saber com quem ele falava.

–Estou vendo o casal mais idiota que já conheci. Sophie Dreals e Evan Reymonds estão fazendo um piquenique na antiga propriedade dos Reymonds. – A Voz de Katerina era de puro enjoou, Cristian imaginou como deve estar sendo difícil pra ela.

–Fique ai até que ela saia. Depois vá de encontro comm quem se deve encontrar (Código dizendo para ela ir se encontrar com as garotas) – Nos encontramos quando tudo acabar.

–Espero que faça bom proveito com Elizabeth, por favor, a distrai-a noite toda.

–Se você não falhar, eu também não falharei amor.

–Tudo bem, não vou mais interromper. – O telefone foi desligado por ela e Cristian voltou a dar atenção a sua companhia.

O garçom caminhou até a mesa e anotou os pedidos. Antes que pudesse se retirar ele disse:

–Espero que se agrade com a comida daqui, Sr. Morgan. – Elizabeth arqueou a sobrancelha como uma pergunta. Cristian apenas deu ombro e retomou a falar:

–Eu gostaria de saber por que você fugiu? – Elizabeth inclinou a cabeça mostrando não entender a pergunta. – De moscou. Na viagem que preparei pra nos dois.

–Você acha que eu deveria ter ficado? – Indiguinou-se. – Eu tinha a oportunidade pra fugir de seu domínio, uma única oportunidade. Não senti absolutamente nada quando o deixei vagando me procurando.

–Fico feliz em perceber o quanto ficou fria. – ele reprimiu a boca em uma careta de desaprovação. Cristian percebeu que não estava lidando com uma garotinha, com a sua garotinha. Elizabeth já era uma mulher, e assim as coisas se complicavam. – Você nunca pensou em mim depois desses anos? Nunca pensou nas coisas que lhe mostre, ou nos presentes que te dei? Nunca pensou em mim quando estava por baixo?

–O único modo de pensar em você era com todos os pesadelos que me obrigou a conhecer. Se esse jantar era algum plano pra me fazer rastejar por você, sinta-se destruído. – As palavras de Elizabeth era como um tapa na cara de Cristian. Ele se tornou vulnerável quando o assunto era sua ruivinha, ela sempre era sua fraqueza.

–Eu quero apenas ouvir algo, e você precisa me responder olhando nos meus olhos. Você não sente nada por mim? – Seus olhos azuis a fizeram mergulhar dentro dele. Ela sabia que sentia algo por ele, tudo que não queria sentir. Elizabeth não sabia lidar com aquilo. Depois de tanto tempo fazendo que seu coração fosse uma pedra de gelo era difícil suportar as chamas de Cristian. Parecia que tudo girava ao seu lado, e a pergunta de Cristian parecia impregnada em seus ouvidos e ecoava em sua mente. Ele a conhecia melhor do que ninguém, melhor do que Isabella, e talvez seja o único que a conhecia. Ela não podia mentir, porém não poderia contar a verdade e acabar se curvando a ele.

–Eu se sua resposta. E antes que a admita para si mesma eu quero lhe dizer a minha. – Ele pegou nas mãos da ruiva e entrelaçou com a dele. O coração de Elizabeth quase parou. – Não posso dizer que me arrependo de ter abusado de você, porque não tenho arrependimentos, mas queria dizer que sinto muito por tudo que a fiz sentir. De maneira errada eu agi, e pago pelos meus atos até hoje. Não a uma noite dês de sua partida em que sua imagem não me assombre em minha cabeça. Não a uma mulher que eu transe que não consigo pensar o quanto queria que a minha ruivinha estivesse ali. Eu estou muito ocupado apaixonado por você pra tentar esquecê-la, e eu não tenho como esconder isso. Talvez não sinta o mesmo, e nunca poderá sentir. Porque é como se eu fosse um dependente e você é a minha droga, e eu não me importo o quanto de variedades existe, eu nunca consigo parar de me viciar em você.

Elizabeth escutou as palavras sem saber o que pensar. Sua decisão repentina foi sair o mais rápido de perto dele, tentando acalmar aquele martelar de seu coração.

A moça não conseguia se controlar, e teve que se apoiar em um poste de esquina tentando restaurar sua respiração. Aquelas palavras tinham sido muito para que suportasse. Ele era muito para que suportasse. Em sua cabeça ela pensava ser narcisista, porque seu coração festejou ao escutar as palavras do homem que a machucou.

–Elizabeth... – Cristian ofereceu sua mão depois de segui-la e vê o estado da moça.

–Por favor, não faça isso comigo. – Sussurrou quase como um dejavu. Ela já tinha dito isso milhares de vezes. – Não posso me deixar ser controlada por você.

Cristian deixou a garota se recuperar para tentar falar algo de novo. Ela passou a mão por sua testa retirando o suor frio. Não demorou muito até que Elizabeth se levantasse e encarasse Cristian.

–Você quer que eu responda tudo que me disse hoje? – Perguntou friamente. A rua estava deserta, e parecia mais um set abandonado de um filme de terror, a neblina chegava a altura de seus joelhos, e Elizabeth tremia levemente, mas não abandonou sua postura. – Quando eu fui embora parecia que eu queria voltar no mesmo momento. Não porque eu te amava, ou porque precisava de você, simplesmente não sabia como viver. Você fez um estrago enorme em mim, isso nunca terá concerto e acho que sabe disso. Só que não posso mentir e dizer que não sinto nada por você, porque não seria verdade e infelizmente não consigo mentir, não a você. – Cristian foi se aproximando dela para beija-la, quando ela segurou seus ombros. – Mais se eu me entregar a esses sentimentos minha fuga seria em vão. Só mostraria que não adiantou absolutamente nada eu ter fugido de você, porque de uma maneira ou de outra eu sempre me arrastaria pra você de novo.

Elizabeth deu as costas pronta pra fugir de Cristian e ignorar aquela noite pra sempre. Só que Cristian não poderia deixa-la. Ele a agarrou pelo pulso e a fez cair em seus braços. Sem permissão, ou troca de palavras. Chamas de um desejo ardente vinda dos dois. E o beijo as consumia. Elizabeth sentia seu mundo rodar ao ser tocada por aqueles lábios de novo. E naquele momento ela só pode pensar “Não posso evitar. Não nessa noite. Eu me rastejei para ele de novo”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Eaii? Gostaram?
Esse é o inicio do capitulo dos casais, que será dividido assim:
Lou Ellen & Nicholas X Elizabeth & Cristian
Sophie & Evan X Rosylin & Alexander
Ashley & Willian X Grace & Andrew

Claro que minha intenção não é causar rivalidade entre esses casais. Então levem na esportiva esse X...
Espero que tenham gostado, beijos.