Me Encontre Na Biblioteca escrita por Nayh


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁÁ.
Ainda lembram de mim? Aqui quem escreve é a divástica Nathália Elizabeth DAREEEEEE.
Vamos esclarecer algumas coisas,
eu fiquei sem escrever alguns dias sem internet, então quem escreveu os capítulos e não as deixou sedentas de capítulos foi a Pichu, que também atende por Aura, Coisinha e Paçoca.
Ela quis sair por livre e espontânea vontade, tanto que eu quase chorei para ela ficar mas ela não me escutou ;-;
A saída dela está sendo tão dolorosa para mim quanto para vocês (melhor está sendo) masok gente, ela tem histórias suuuuuuuuuper divas, vão lá no perfil dela, tuts tuts.
Leiam o cap :3 Beijos.



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''Telefonemas.''

Capítulo 24.

Annabeth ainda tinha a impressão do sangue escorrendo pelas suas mãos, a impressão que a cabeça de Blue jazia morta em suas pernas. Tudo isso era um pesadelo. Lágrimas começaram a escorrer, ela sentia pequenas gotinhas descendo por suas bochechas, ouviu o soar dos bombeiros, ouviu murmúrios de uma aglomeração de pessoas, e logo depois, sentiu que estavam tirando Blue de cima dela. Ela queria que tirassem, sim, queria, mas se sentia culpada, se sentia culpada por ter odiado Blue todo este tempo, sem ao menos saber de sua história, é claro que ela tinha culpa, nada acontece por acaso.

— Annabeth. – Alguém falou do lado de fora da porta do banheiro.

— Sim? – Annabeth falou abrindo o Box para ouvir melhor.

— Você está no banho faz uma hora, querida, está na hora de sair. — Era a voz de sua mãe.

A loira olhou para suas mãos e percebeu que tais estavam já enrugadas.

— Vou sair, obrigada.

Annabeth fechou o chuveiro e se enxugou com uma toalha, logo após pegou um roupão que estava perto e o vestiu. Foi para seu quarto e colocou um pijama azul, que era basicamente uma calça e uma blusa. E se sentou na cama, perplexa.

Fazia um dia que Blue tinha morrido, depois que Annabeth a encontrou na ruela, os bombeiros chegaram, atraindo então várias pessoas, depois de 15 minutos o pai de Blue chegou, arrasado, ele chorava como um bebê e em um momento, Annabeth sentiu pena do homem, havia perdido sua única filha, com 17 anos.

Quando o corpo foi levado pelos bombeiros, a multidão se dispersou e Thalia foi buscar Annabeth, o pai de Blue, ficou sentado, em cima da poça de sangue, chorando, as duas meninas tentaram chama-lo, mas ele não ouvia, era perigoso.

Mas perceberam que ele ficaria bem quando viram uma limusine e dois homens de preto, que as asseguraram que eram seus empregados e cuidariam dele.

Thalia conversou bastante com Annabeth a caminho de casa, que não era para contar para ninguém sobre o ocorrido, era melhor ficarem sabendo por alguém mais chegado a Blue, e a loira concordou.

‘’ When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see’’

O telefone de Annabeth tocava alto, enquanto ouvia, foi tirada de seus próprios devaneios.

— Alô?

Annabeth? Sou eu, Rachel.

— Sim, Rachel. Como vai?

Oh, cale a boca, como eu vou, não é importante, eu quero saber como vai você.

— Estou ótima.

Annabeth, não me faça ir aí à sua casa.

A loira suspirou e respondeu com a voz fina.

— Não estou bem.

Eu desconfiava. Certo, daqui uns dez minutos eu estou aí, vou te buscar de carro.

— Para quê?

Silêncio...

O enterro da Blue.

Annabeth limpou uma lágrima.

— Eu não quero ir Rach.

Isso não foi um pedido.

— Nós não éramos muito chegadas.

Ah sério? Então porque você passou cada minuto desse dia se lamentando e chorando?

— Eu a vi.

Isso é um problema, mas como eu lhe disse, te busco logo.

— O.K.

Até logo.

— Até.

Annabeth desligou o celular e riu por dentro, só Rachel mesmo para tornar aquela, uma situação não tão ruim.

Foi até onde guardava suas roupas e pegou uma calça jeans, uma blusa preta escrita Love, e um tênis. Não tentou tirar suas olheiras, mas conseguiu passar uma maquiagem básica.

O seu estômago roncou.

Ela havia esquecido que não tinha comido nada, mesmo e foi para a cozinha tentar comer alguma coisa.

— Annabeth, Rachel vai vir busca-la.

— Como você sabe?

— Oh... Desculpe. — A sua mãe sorriu.

— Foi a senhora que armou não é? — A loira mais nova se sentou em uma cadeira, que estava em uma extremidade da mesa de café e cortou um pedaço de bolo de fubá com cobertura de chocolate em cima.

Aquele bolo não durou muito tempo, pobre bolo.

— Não vamos ligar para pequenos detalhes. Mas e aí, já falou para Percy?

O coração de Annabeth congelou. Ela havia se esquecido de Percy, como podia ser tão sem coração? Blue era tão amiga de Percy quanto ela própria e Rachel. Não era só porque ela sentia uma raiva de Ivy, que todos tinham que sentir também.

— Mamãe, posso fazer uma ligação? — Annabeth perguntou se levantando.

— Fique á vontade.

— Obrigada.

E foi para a sala de estar, logo focalizou o número no seu celular.

Percy Jackson.

–/-

— Abra essa porta Thalia. — Percy batia na porta do quarto de Thalia.

A morena não havia saído do quarto nem por um minuto no dia inteiro, Percy desconfiava que ela tivesse ido cedo quando todos estavam dormindo, na cozinha, para pegar comida.

Ninguém com sã consciência se trancava em um quarto sem comida. Certo?

— Desista Percy. — Tyson apareceu do nada, com sua voz fofinha de criança, ele costumava fazer isso.

— Por que eu faria isso? — Percy pegou o pequenino no colo.

— Porque ela quer ficar sozinha. — Tyson normalmente errava algumas palavras, mas colocar as falhas aqui, não é muito necessário.

— Certo então, Sr Sabido, tem passado muito tempo com Annabeth.

Tyson sorriu. Ele gostava de Annabeth.

— Vou me casar com ela.

— Mas ela é minha namorada. — Percy fingiu estar ofendido.

— Isso não é importante. — O pequeno de olhos verdes falou, seriamente.

— Precisamos conversar com ela, então.

— Sim. Precisamos.

‘’ To the left..
To the left.. ’’

— Vou atender ao telefone Tyson. — Percy colocou Tyson no chão que saiu correndo em direção ás escadas e foi para seu quarto com o telefone tocando.

— Olá?

— Sou eu, Annabeth.

— Oi Annie.

Você está aonde?

— Aqui em casa, por quê?

Um silêncio, e Percy jurou ouvir um barulho de choro.

Posso te contar uma coisa?

— Sim.

É Blue.

— Que tem ela?

Um choro realmente visível, Annabeth estava chorando.

Ela... Percy... Atiraram nela.

O moreno levou uma mão à boca.

— Ela tá em que hospital?

Só se ouvia o choro de Annabeth.

— ANNABETH, A BLUE ESTÁ AONDE?

ELA ESTÁ MORTA PERCY.

Naquele momento o celular caiu das mãos de Percy e ele sentiu como se tudo rodasse a sua volta, não ouvia nada, só se lembrava de momentos bons que passara com Blue.

Thalia já havia saído do quarto, e seu rosto estava inchado, como se tivesse chorado o dia todo, ela pegou o celular de Percy e colocou o primo sentado na cama.

— Ele não está bem.

— Eu imaginei que não iria ficar.

— Loira, se recomponha ok? A Rachel vai passar aí também?

Sim, por quê?

— Ela vai passar aqui.

Rachel é a única que está mais forte.

— O que é estranho.

Um pouco.

— Ok, vou lá tentar conversar com o Percy, nos vemos daqui a pouco.

Ok.

— Tchau.

Até.

Thalia respirou fundo três vezes e caminhou até Percy que estava sentado na cama olhando fixamente para a parede.

— Perseus Jackson. — Thalia falou tentando chamar a atenção do primo.

— Oi. — Ele respondeu.

— Vou te explicar o que aconteceu.

— Tá.

— Você sabe que o passado de Blue não é um dos melhores, certo?

— Sim.

— Os inimigos do pai dela, a mataram por vingança. O pai dela havia matado alguém da família do cara, ele ficou bravo.

— Entendo plenamente.

Uma lágrima desceu pelo rosto de Percy.

— Nós vamos ao enterro dela daqui alguns minutos, não vai ser fácil para você, por isso eu peço que chore o quanto quiser, me abrace, faça qualquer coisa que vá te aliviar. O que não vai acontecer.

— Tá bom.

— Agora pare de conversar com a parede, porque eu estou ficando com ciúmes.

— Certo Thalia.

Percy focalizou os olhos azuis eletrizantes de Thalia e em um momento, percebeu que gostava dela quando ela não estava dando ordens ou até dando tapas nele.

— E-eu preciso fumar. — Percy falou se levantando.

— Não precisa. — Thalia se levantou também.

— Ok, mandona.

O telefone tocou novamente, só que dessa vez, foi o de Thalia.

— Vá se arrumar, você está horrível. — Thalia disse saindo do quarto.

— Olá?

Aqui quem fala é a ruiva mais linda do mundo.

— Oi Rach.

Estão prontos?

— O Percy só tá se trocando.

Eu vou passar agora na casa da Annabeth.

— Tá bom, Rachel.

Ok.

— Ruiva, como você tá sé sentindo com isso tudo?

Francamente?

— Sim.

A Blue já foi minha amiga.

— Sério?

Sim, e eu acho melhor deixar tudo isso de lado, porque se eu começar a chorar irei murchar como uma uva passa, e eu não gosto de uvas passas.

— É, isso é o certo a fazer, ninguém gosta de uvas passas.

(N/A: Eu gosto de uvas passas, ok? ­­).

Saia daqui Nathália, ninguém está com humor para brincadeirinhas.

(N/A: Desculpem, entendo a dor de vocês.).

Vou desligar, tenho que passar na Annabeth ainda, até daqui a pouco.

— Até.

Thalia voltou ao quarto de Percy.

— Está pronto?

— Não. — Percy falou olhando para baixo.

— Eu digo vestido.

— Pode-se dizer que sim.

–/-

Quando Rachel finalmente passou na casa de todos, eles já estavam no carro indo para o local do velório, ninguém conversava no carro. Afinal, o que conversariam? ‘’Blue morreu, vocês gostam de pudim?’’.

A chegada ao velório não foi uma das melhores coisas, Rachel desmaiou quando viu o corpo dentro de um caixão preto. Blue não parecia ela mesma.

A sua pele branquíssima estava mais branca que o normal, a sua boca vermelha havia perdido a cor e os seus olhos estavam fechados. Annabeth pegou um batom vermelho de sua bolsa, sem ninguém ver e passou nos lábios de Blue, logo depois passou também um pouco de Blush. Assim parecia que ela apenas estava dormindo, era menos doloroso, em parte. Porque todos sabiam que ela não iria acordar. Por mais que Blue tivesse levado um tiro, fora na parte de trás da cabeça, tanto que então não apareceria. Annabeth sorriu então com um pensamento de Blue falando.

‘’ — E se eu tivesse levado um tiro na cara, eu pediria para deixar o cachão aberto, para mostrar que eu não ligo para a beleza. Na verdade ligo sim, mas deve ser realmente legal morrer com um tiro e depois mostrar para as pessoas. ’’

O seu corpo estava vestido com um vestido preto, ele era lindo, Annabeth pensou que talvez, Blue tivesse o comprado para uma ocasião especial. Ela estava percebendo também que talvez a morena pudesse ser uma amiga legal, e simpática, uma boa amiga para ficar nas boas horas.

Aquele pensamento foi em vão, porque agora, já era tarde demais.

Annabeth olhou em direção a algumas cadeiras e notou que o pai de Blue estava sentado com o rosto enterrado nas mãos, na verdade a maioria das pessoas estava chorando naquele lugar.

Blue devia ser uma pessoa amável.

Annabeth então se aproximou de Thalia que estava sentada, Thalia se levantou.

Annabeth e Thalia se abraçaram.

Já Percy... Percy se sentou em um canto afastado de todos.

Lembrando que a teoria das estrelas de Blue era praticamente como a dele.

‘’ — Eu já te disse sobre minha teoria das estrelas, não é? — Percy perguntou para Blue?

— Não.

— Ah, é mesmo, eu contei para Annabeth, então vou te contar. — Percy falou estacionando o carro perto da praia.

Os dois foram andando até a areia e se sentaram por lá mesmo.

O céu estava magnífico.

— Ok, a minha teoria super genial, é que as estrelas não são realmente bolas feias que ficam no espaço.

— Oh, sério? — Blue estava realmente interessada.

— Sim, e que tipo, toda noite, algum ser coloca um pano preto sobre o mundo, e o lugar que o ser mora, é tipo, muito claro, então todas as vezes que ele faz pequenos furos no pano aparecem as estrelas.

— Caramba Percy. Eu também acho isso.

— Você é a primeira pessoa.

— Sempre tem uma primeira vez, não é? — Blue sorriu.

— É verdade. ‘’

E ele pensou que talvez, Blue não estava realmente morta.

Blue estava fazendo buracos em um grande pano preto, criando a cada dia mais...

Estrelas.


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Notas finais do capítulo

Apenas esperando reviews fofos falando que estavam com saudades de mim 8|
To de olho em vocês hem?
Beeeeeeeeeeeijos