Nightingale escrita por GiuhBatiston


Capítulo 17
Capítulo 15 - I'm Only Me When I'm With You


Notas iniciais do capítulo

Ooooii meus amores!

Nem demorei pra postar dessa vez :3
Sem mais demoras, vamos ao capítulo. Ah! E se não tiver bom a culpa é da dona Kah que disse que ficou lindo! (http://www.youtube.com/watch?v=cxvBJ5zlnw0)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/408651/chapter/17

– Acorda dorminhoca! – Lissa gritou pulando na minha cama. Abri meus olhos e dei de cara com ela e toda a família sorrindo pra mim, Luke segurava um bolo de chocolate. Um flash explodiu na minha cara quando André bateu uma foto.

– Hey! Ainda tô dormindo. – reclamei.

– Não está não! Agora levanta essa bunda daí que eu quero bolo e grávidas não podem passar vontade. – revirei os olhos e me sentei. Enquanto eles cantam “parabéns pra você” eu os observei com um sorriso. Meus pais não estavam aqui, é verdade, mas eu também não estava sozinha. Quando chegou a hora de apagar as velas fechei meus olhos com força e pedi para que este momento durasse para sempre. Após o café da manhã Lissa me expulsou de casa dizendo que tinha que preparar minha festa de aniversário, a qual ela insistia em fazer segredo. Sem ter muitas opções coloquei um biquíni e chamei Mason para me acompanhar à praia.

– Hey birthday girl! – ele exclamou quando me viu correndo até ele na praia. Mase me deu um abraço apertado. – O que é isso aqui? Um fio branco?! – disse com os olhos brilhando de diversão.

– Haha! Que engraçado. – mostrei a língua pra ele.

– Me deixa ver se entendi uma coisa. Eu fui sua última opção, é isso mesmo?

– Na verdade você foi a única. Tá todo mundo na organização dessa bendita festa! E Dimitri tá trabalhando. – reclamei fazendo biquinho.

– Uau! Alguém foi realmente fisgada pelo cupido. Estou chocado! – ele colocou as mãos no peito em um gesto dramático. Eu o ignorei e simplesmente sai correndo para a água.

Passei o dia todo com Mason e quando deu a hora de voltar pra casa só queria saber de dormir. Como se eu pudesse. Lissa me instruiu a tomar banho e quando eu terminei ela veio e arrumou o meu cabelo. As oito em ponto eu estava pronta e louca pra ver o que a doida da minha amiga tinha aprontado. E claro que o que eu imaginei não chegou nem aos pés do que ela havia feito. Havia uma pista de dança no centro do jardim e em volta dela mesas redondas cobertas com uma toalha branca e luzes por toda parte. Pisca-pisca enrolados nas árvores e lâmpadas penduradas em cima das mesas para iluminar. Garçons circulavam enquanto pessoas iam chegando.

– Uau. – respondi olhando ao meu redor.

– Eu sei. Acho que devo virar planejadora de festas, o que você me diz? – Lissa disse com um sorriso de orelha a orelha.

– Obrigada Liss, tá perfeito. – eu disse dando um abraço apertado nela.

– Correndo o risco de te deixar irritada, eu comprei um presente pra você. – ela disse me entregando uma pequena caixinha.

– Lissa! Eu já não queria que você me desse o vestido, você ainda vem com outro presente?! – reclamei. Ela bufou e me encheu o saco até que eu abrisse a caixinha. Lá dentro tinha um relicário com fotos dos meus pais. – Obrigada. – eu agradeci sentindo meus olhos enchendo de lágrimas. – Vem, me ajuda a colocar. – eu disse para fugir das lágrimas. – os próximos instantes passaram num borrão enquanto eu ia de mesa em mesa cumprimentar os convidados, até que o mais especial de todos chegou e o tempo pareceu desacelerar. Dimitri vestia um smoking completo – com faixa e tudo – e parecia extremamente elegante e incrivelmente lindo.

– Feliz aniversário Roza. – ele deu um sorriso completo e eu senti meu coração acelerar. – Você está linda.

– Não tanto quanto você. – eu falei tentando encontrar minha voz. Ele tirou uma caixa de dentro do smoking e estendeu para mim. – Obrigada, mas não precisava. – eu disse pegando a caixa de suas mãos. Assim que abri me deparei com um lindo bracelete com um pingente de borboleta. – É lindo! Muito obrigada Dimitri. – agradeci novamente.

– Eu sabia que ficaria lindo em você. Aqui, deixe-me colocar. – ele disse pegando meu pulso e colocando a pulseira. – O seu cordão também é muito lindo. – ele disse apontando para o meu pescoço.

– Foi um presente de Lissa. – eu disse abrindo e mostrando a foto de meus pais. Em vez de dizer qualquer coisa ele me puxou para um abraço e eu me senti extremamente reconfortada. – Obrigada Camarada.

– Eu sei que a aniversariante é requisitada, mas será que ela poderia dar um abraço num velho amigo? – a voz de Adrian veio da minha esquerda.

– Desde que você não esteja fedendo a cigarro. – eu disse sorrindo.

– Que bom que eu estou perfeitamente sóbrio então. – Adrian riu ao me abraçar. – Você está incrível Rosie. – ele disse em meu ouvido.

– Eu sei que parece loucura, mas eu me sinto estranhamente feliz. Não imaginei que fosse me sentir assim nesse dia. – comentei.

– Não é loucura Rose. Seus pais sempre estarão presentes nos seus pensamentos, mas isso não quer dizer que você está sozinha. Todas essas pessoas aqui se importam e muito com você. – disse Dimitri.

– É, eu sei disso.

Uma música lenta começou a tocar e Dimitri me puxou pra dançar. Seus braços me rodearam e eu deitei minha cabeça no seu peito. As outras pessoas desapareceram e naquele instante havia apenas eu e Dimitri, perdidos no tempo e espaço. Ele encostou sua boca no meu ouvido e começou a sussurrar a letra da música para mim: “If I never wake in the morning, Would she ever doubt the way, I feel about her in my heart, If tomorrow never comes, Will she know how much, I love her, Did I try in every way to show her every day, She's my only one, And if my time on earth were through, She must face this world without me, Is the love I gave her in the past, Gonna be enough to last, If tomorrow never come”.

– Não. – eu respondi.

– Não? – ele disse em tom de pergunta.

– Eu não suportaria se você se fosse. – respondi. – Então trate de morrer só depois que ficar bem velhinho Camarada. – eu disse tentando fazer piada pra dispersar o clima de tensão no ar.

– Pode ficar tranquila que eu não pretendo ir a lugar algum Roza. Não sem você. – ele me deu um beijo na testa quando a música acabou.

– Hey! É com a Sydney que o Adrian tá conversando? – eu perguntei a ninguém em particular.

– Yup. – Lissa disse parando ao meu lado. – E olha o sorriso dela. Parece que a conversa tá boa.

– Ai meu Deus. Eu não sei se fico feliz ou preocupada. – disse observando os dois de conversinha ao pé do ouvido. – Mas amanhã eu terei uma conversinha com Adrian, se ele fizer alguma coisa pra machucar a Sydney... Ele já era. – Lissa gargalhou e Dimitri me lançou aquele olhar de “não seja absurda” dele, mas fui poupada de responder quando meu irmão chegou com um garçom e o bolo. Por sorte não era nada muito “chegay” por que honestamente, vindo de Lissa era o que qualquer um esperaria. Cantamos parabéns e logo eu me vi apagando a vela com Lissa de um lado e Luke do outro, Dimitri me encarava com um sorriso de canto de boca.

– Então, todo mundo já te deu um presente, menos eu. – disse meu irmão se aproximando com uma caixinha em mãos.

– Meu Deus! Todo mundo resolveu me dar joias? – eu perguntei levantando as mãos em exasperação.

– Não mesmo. Isso aqui é muito melhor que qualquer joia que você possa sonhar em ganhar querida maninha. – então eu peguei de suas mãos e ao abrir dei de cara com a chave de um carro.

– Sério? Um porsche?! – eu gritei pulando no pescoço de Luke. – Eu não acredito!

– Você ainda nem viu o carro! – Luke exclamou me puxando até a entrada de carros. E ali estava, um lindo porsche cabriolet azul marinho. O carro que eu tinha enchido o saco de meu pai pra me dar a quase um ano atrás. – Na verdade foi papai de comprou pra te dar hoje. Então considere esse o último presente de nossos pais pra você. Tem até uma carta que ele escreveu pra você, está no porta luvas. – ele disse me empurrando para o carro.

– Dimitri? – eu o chamei e ele prontamente veio até mim, abrindo a porta do carro e tudo.

– Para aonde vamos? – ele perguntou quando dei a partida. – Você sabe como dirigir, certo? Com carteira de habilitação e tudo.

– Nope. Essa é a primeira vez que pego no volante. – disse só para testa-lo. Dimitri apertou tanto a porta que os nós de seus dedos ficaram brancos. – Mas eu imagino que não deva ser tão difícil assim. Esse aqui é o freio, certo? – disse pisando no acelerador.

– Rose! Você vai nos matar! Pare esse carro pelo amor de Deus! – ele parecia realmente assustado quando eu comecei a gargalhar.

– Tô brincando Camarada, eu tenho sim uma habilitação. – respondi. Ele pareceu ficar um pouco mais aliviado, mas não totalmente.

– Droga Rose! Assim você me mata do coração. – ralhou comigo.

– Desculpa. – eu disse me sentindo incrivelmente estupida. – E respondendo a sua outra pergunta, pensei que poderíamos ir até aquela clareira que você me levou da outra vez. – Dimitri arqueou a sobrancelha e eu soube que ele esperava por mais explicações. – Não sei, mas eu me senti livre lá, queria só poder repetir a dose. – dirigi por mais algum tempo e logo reconheci a estrada de terra que nos levava até a clareira. Por sorte fazia um bom tempo que não chovia, por que não sei se meu lindo carrinho aguentaria uma estrada enlameada. Desliguei o carro e fiquei em silêncio por um instante e então hesitantemente peguei a carta no porta luvas. Senti um nó se apertar em minha garganta ao reconhecer a letra inclinada de meu pai.

“Querida filha,

Mal posso acreditar que você está completando dezoito anos hoje. Ainda me lembro do dia que você nasceu, um embrulho pequenininho, com um monte de cabelo preto e os olhos atentos ao mundo. Sei que não digo isso muitas vezes, mas sua mãe e eu temos muito orgulho da incrível mulher que você se tornou. Cheia de energia, de determinação, coragem e paixão. Alá de fato me abençoou quando me presentou com filhos tão maravilhosos quanto você e seu irmão.

Eu te amo filha. Amo cada minuto que passei ao seu lado nestes últimos dezoito anos, e amarei cada minuto que passar com você nos próximos, até que um dia eu esteja bem velhinho e você não me ature mais! Sei que você deve estar doida pra pegar o carro – sim, o carro que você tanto me perturbou – e sair dirigindo, mas só mais uma coisinha antes.

Nunca abra mão de seus sonhos. Você é uma guerreira Rose e deve sempre batalhar para torna-los realidade e se algum dia você não souber o que fazer e sua mãe e eu não estivermos aqui para te orientar, siga seu coração, pois nós estaremos dentro dele te dizendo exatamente o que fazer.

Com amor,

Papai e Mamãe.”

Assim que fechei a carta senti minhas mãos tremulas e meus olhos ardendo. Eu sentia falta deles sim, mas como meu pai bem disse, eu era uma guerreira. E embora eu fosse grata por tudo o que eles tinham me dado, eu iria seguir em frente. A partir deste momento, com o homem que eu amava ao meu lado. Por que eu amava Dimitri. Com cada célula do meu corpo e em cada respiração que eu dava – percebi subitamente. Ele tinha entrado como um anjo em minha vida, me dando apoio e me ajudando sem nunca me julgar.

– Obrigada. – eu disse levantando os olhos para encara-lo. – Obrigada por estar ao meu lado nessa noite e em todas as outras vezes que você me apoiou. – eu disse antes de aproximar seus lábios do meu. Ele me tomou com desejo e paixão seus dedos percorrendo a pele exposta da minha perna. Seus lábios passaram para meu pescoço enquanto eu tirava seu smoking, seguido da camisa.

– Você é incrível! – ele sussurrou no meu ouvido me deixando arrepiada. Em resposta passei minha unha por suas costas fazendo com que Dimitri se pressionasse contra mim. Ele levantou meu vestido, suas mãos pressionaram a pele do meu quadril e eu sentia um fogo se alastrando por minhas veias. Subitamente contato nenhum parecia ser suficiente. Eu necessitava de Dimitri mais perto de mim. Por fim nossas roupas jaziam no chão do carro enquanto eu me aproveitava da sensação do corpo de Dimitri pressionado contra o meu. Quando enfim estávamos mais conectados do que qualquer outra forma possível, eu me senti ser preenchida por um amor tão grande que eu sentia que meu peito iria explodir. Eu não precisava dele apenas fisicamente, eu precisava de todo o apoio e amor que somente ele podia me dar.

– Dimitri. – choraminguei. – Eu preciso de você, agora. – disse com a voz ofegante. Nossos corpos começaram a se movimentar em uma sincronia perfeita, buscando dar ao outro o que mais necessitávamos. Quando acabamos eu me sentia um pouco dolorida, mas tão feliz que eu poderia voar. Ele colou sua testa na minha, suas mãos nas minhas costas.

– Eu te amo Rose. – ele disse num sussurro.

– Eu também te amo Dimitri. – disse selando nossos lábios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O capítulo ficou enooorme, só pra vocês!
Vou deixar aqui os links dos vestidos e etc... (Vestido Rose= http://docesmeninas.files.wordpress.com/2010/10/capturas-de-tela51.jpg Vestido Lissa = http://static1.puretrend.com.br/articles/6/11/76/@/9734-o-vestido-em-renda-dolce-amp-gabbana-637x0-3.jpg Relicário = http://www.tiffany.com/Shopping/Item.aspx?fromGrid=1&sku=29407541&mcat=148204&cid=288216&search_params=p+1-n+10000-c+288216-s+5-r+-t+-ni+1-x+-lr+-hr+-ri+-mi+-pp+480+6&search=0&origin=browse&searchkeyword= Pulseira = http://www.tiffany.com/Shopping/Item.aspx?fromGrid=1&sku=32153682&mcat=148204&cid=287465&search_params=p+1-n+10000-c+287465-s+5-r+-t+-ni+1-x+-lr+-hr+-ri+-mi+-pp+800+6&search=0&origin=browse&searchkeyword= Carro Rose = http://www.tampabay.com/resources/images/dti/rendered/2013/06/BL_porsche4S062913_11018872_8col.jpg ) (Ignorem a Kristen Stewart e finjam que o cordão de borboleta é uma pulseira)

Fantasminhas, podem aparecer que eu irei recepcioná-las muito bem!

Bjs meus amores