Nightingale escrita por GiuhBatiston


Capítulo 13
Capítulo 11 - I See Fire


Notas iniciais do capítulo

Oooi meus amores, não me matem, eu tenho estado muuuito enrolada nesses ultimos dias (aliás, quando eu não estou? Hehe) Mas eu prometo, prometo que irei postar mais um capítulo antes do ano novo.



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Os braços de Dimitri se apertaram a minha volta enquanto víamos o sol nascer. Estávamos cansados, literalmente largados na areia e, entretanto, acho que eu nunca tinha me sentido tão plenamente satisfeita.

– Você estava certa. – disse Dimitri. – O nascer do sol aqui é realmente muito bonito. – me apoiei no cotovelo para poder admira-lo. O sol batia em seu rosto iluminando sua pele e seus olhos estavam fechados, numa tentativa de aproveitar mais o momento. – Para de me encarar Rose. – comentou abrindo um sorriso.

– Como você sabe que eu estou te olhando? – perguntei. – Você está de olhos fechados...

– Sinto o peso do seu olhar sobre mim. – respondeu com um dar de ombros. Eu o ignorei e continuei a admirá-lo. Subitamente ele abriu os olhos, prendeu minhas pernas e nos girou, ficando por cima de mim. – O nascer do sol é realmente muito bonito, mas acho que tenho outro exemplo de beleza muito superior pra admirar. – seus olhos percorreram o meu corpo, quentes e sensuais.

– A beleza superior aqui estará seriamente encrencada se não der as caras no café da manhã. – comentei espalmando minhas mãos sobre seu peito. Ele suspirou e jogou seu corpo para o lado.

– Bom demais pra ser verdade. – suspirou. Em seguida ele se levantou e me estendeu a mão.

– Os pais da Lissa tão meio encanados agora, mas logo passa.

– O que aconteceu? – perguntou apertando os olhos. Isso criou umas ruguinhas na testa dele que eram muito fofas.

– Essas suas ruguinhas de expressão são muito fofas. – comentei passando o meu dedo de forma que ele relaxou o rosto. Mas seu olhar me dizia que ele ainda estava bastante intrigado. – Ela tá grávida. – respondi. – É por isso que eles tão meio com o pé atrás. Ninguém quer que eu cometa o mesmo erro.

– Uau... – respondeu. – Eles meio que tão certos de se preocupar com você. Se fosse minha irmã... Só Deus sabe o que eu faria.

– Por falar nisso, como ela está? – perguntei me lembrando que ele tinha perdido nosso encontro por causa dela.

– Vick tá bem. Ela pegou um resfriado forte, não tratou e acabou virando pneumonia. Sabe como é “casa de pedreiro, espeto de pau”. Amanhã ela já estará em casa.

– Fico mais aliviada de saber disso. Mande ela se cuidar direitinho, pneumonia é coisa séria.

– Pode deixar, eu falarei. – a essa altura já havíamos chego e Dimitri estava estacionado na porta de casa. – Rose. – me chamou quando sai. – Pensei que pudéssemos marcar alguma coisa amanhã. Talvez um café depois da sua aula.

– Sinto muito, mas eu tenho uma consulta. Com um psicólogo. – respondi revirando os olhos.

– Oh! Entendo. – ele parecia um pouco decepcionado, o que fez com que eu quisesse consertar logo.

– Isso é coisa do meu irmão. Sabe como é. Ele ficou assustado com toda aquela parada de me cortar. – dei de ombros como se não fosse nada demais.

– Ele está certo. Não queremos que aquele incidente se repita.

– Eu estou melhor agora. – garanti.

– Bem, que tal se marcássemos alguma coisa pra depois então. Talvez um jantar?

– Tudo bem. Me liga que a gente marca direitinho. – me virei pra sair e ele me puxou novamente, mas desta vez pra me dar um beijo de despedida. – Acho que você vai acabar me convencendo a ficar. – disse quando paramos pra pegar fôlego.

– Minha casa esta de portas abertas. – respondeu.

– Por mais tentadora que seja a proposta, eu realmente preciso ir. – dei-lhe um ultimo selinho e fui embora.

Estava saindo da aula no dia seguinte quando meu telefone tocou com uma mensagem do Adrian. “Posso te pegar pra jantar às 7?” Eu fiquei olhando para o celular me perguntando sobre o que fazer. Um café era uma coisa, mais um jantar... Mas a minha curiosidade era maior e eu decidi arriscar. “Tudo bem, estarei pronta”, respondi. Lissa obviamente me deu uma bronca quando ficou sabendo, disse que eu deveria ter me mantido no café. Mas ela ainda me ajudou a escolher uma roupa. Uma calça jeans com um suéter vermelho e uma sapatilha. Nada demais, nada chique. As sete em ponto a campainha tocou e quando eu desci Adrian estava lá me esperando.

– Hey! – cumprimentei-o.

– Hey! – disse dando uma olhada na minha roupa. – Linda como sempre Hathaway. – brincou.

– Você também não está nada mal Ivashkov. – respondi. Adrian vestia uma calça jeans, um suéter de cashmere marrom e sapatos. Tudo impecável como sempre.

– Vamos? – ele me deu o braço e com um aperto no coração me lembrei de Dimitri. “Só um jantar Rose. Não é como se você e Adrian fossem fazer sexo ou como se você e Dimitri fossem um casal”. Nós pegamos um taxi e Adrian deu a direção. Quando chegamos ao lugar me surpreendi ao me deparar com um prédio comum.

– Onde exatamente nós estamos? – perguntei levantando uma sobrancelha.

– Tia Tatiana me deixou toda a herança dela. Assim sendo eu comprei um loft aqui.

– Isso quer dizer que você cozinhou o jantar? – eu me lembrava das más tentativas de Adrian na cozinha. Ele não conseguia nem preparar um sanduiche com frios, que dirá um jantar por completo.

– Bem que eu queria, mas não. Eu pedi pra entregarem. Que eu me lembrei italiana ainda é sua comida preferida, certo?

– Sim. – respondi com um sorriso de lado. Ele me guiou até o interior do loft, que eu devo dizer, era bem a cara dele. As paredes da sala estavam pintadas de amarelo, haviam apenas os móveis essenciais, nada de decoração. E quadros, quadros espalhados por toda a casa.

– Você voltou a pintar? – perguntei me lembrando de que Adrian sempre nutrira uma enorme paixão por artes. Quase tão grande quanto a que sentia por suas bebidas e cigarros.

– Sim. Na verdade estou fazendo aulas. Numa faculdade. – ele corou e percebi que era por que todos sempre tiravam sarro da cara dele dizendo que Adrian Ivashkov nunca iria para uma faculdade de verdade.

– Adrian... Uau. – eu fiquei momentaneamente sem palavras. – Estou muito orgulhosa de você. – disse por fim. Ele apenas sorriu e me guiou até a mesa, onde havia um jantar à nossa espera. Conversávamos coisas bobas e sem importância, nunca tocando no motivo da nossa separação. Quando estávamos terminando de comer, entretanto, a energia caiu.

– Foi no quarteirão todo. – Adrian disse após uma rápida olhada na sacada. – Tem umas velas na cozinha. – pegamos as velas e as acendemos com cuidado no meio da mesa. Foi quando as coisas começaram a ficar tensas. Eu não sabia dizer se era o vinho, a massa ou a luz lançada pelas velas – provavelmente tudo – mas de repente Adrian me pareceu uma miragem, como um sonho do qual você não quer acordar. Ao longe um trovão soou e de repente começou a chover fortemente, inundando a sala. Adrian correu pra fechar as janelas dos outros cômodos enquanto eu me esforçava pra fechar a da sala, mas a ventania era muito forte e eu não estava conseguindo fecha-la. De repente Adrian estava ao meu lado e juntos fechamos a janela rapidamente. Minha respiração vinha em arquejos devido ao esforço, minha roupa estava encharcada e colada no corpo, delineando todas as minhas curvas. Curvas essas que Adrian olhava hipnotizado.

– Você precisa tirar essa roupa antes que pegue um resfriado. – ele disse tentando se recompor. Eu apenas acenei com a cabeça quando ele me pegou pela mão. Mas sendo Rose Hathaway é claro que eu iria escorregar no chão molhado e cair. Por cima do Adrian. Eu podia sentir seu corpo duro me pressionando em todos os lugares. Ele não era sarado igual Dimitri, mas seu corpo esguio era bem delineado e colado da forma que estávamos eu era capaz de sentir cada musculo – e Deus! – como aquilo era excitante. Adrian aproximou seu rosto do meu, mas eu o afastei.

– Eu não posso fazer isso. – disse me desculpando.

– Tudo bem Rose, você não precisa. Vamos apenas tirar esse suéter, eu te empresto um blusa minha. – A blusa acabou por ser parte de um moleton, mas era quente e confortável, logo não reclamei. Aproveitei que ele tinha me deixado sozinha pra trocar de roupa e liguei pra Lissa.

– Onde você esta? – perguntou assim que atendeu.

– Estou com Adrian, mas não sei se consigo voltar pra casa hoje.

– Como assim? Rose, o que você andou aprontando? – Lissa perguntou naquele tom maternal dela.

– Nada. É que aqui esta chovendo forte e a rua dele ainda por cima ta sem luz. Não tem como eu sair agora. Avise seus pais por mim, diga a eles pra não se preocuparem por que eu estou bem e não vou fazer nada de errado. – do outro lado eu podia ouvir Lissa falando com os pais e explicando o que tinha acontecido, mas não consegui entender o que eles diziam.

– Eles pediram pra você ter cuidado e vir pra casa apenas amanhã de manhã. – disse Lissa. – E nada de querer dormir na mesma cama que o Adrian! – acrescentou.

– Eu não vou Liss, prometo. – garanti. Quando voltei a sala Adrian já havia arrumado o sofá com lençóis, travesseiros e um cobertor de pelos, bem quentinho.

– Obrigada Adrian. – agradeci me sentando no sofá e me preparando pra deitar.

– Relaxa, não foi nada. Eu te chamaria pra dormir comigo, mas acho que você não ta a fim de dividir a mesma cama, correto? – ele tinha um olhar repleto de tristeza e naquele momento eu quis passar meus braços a sua volta e reconforta-lo.

– Adrian, eu... – comecei, mas não sabia bem o que dizer.

–vRose, eu queria te perguntar uma coisa, se você não se importa. – ele se sentou ao meu lado no sofá, sua expressão era seria.

– Claro.

– Lissa me ligou um pouco mais cedo me passando um sermão sobre não repetir o passado e machucar você de novo. Eu queria saber... Você realmente ficou tão mal assim?

– Não foi inteiramente culpa sua. – garanti. – É só que tudo aconteceu ao mesmo tempo. Perder meus pais foi... Muito difícil, por mais que nós vivêssemos brigando – sim, eu precisava dos meus amigos pra me apoiar, mas também eu sempre soube que você nunca soube lidar com situações como essa muito bem. Eu não te culpo por tudo o que aconteceu comigo depois. – mas eu certamente culpava Lissa por abrir aquela boca grande e sair contando tudo para Adrian.

– É verdade, mas ainda assim eu sinto que deveria estar ao seu lado. Eu era seu namorado, afinal de contas.

– Disse certo, era. Isso pertence ao passado e eu não quero ficar remoendo o que aconteceu. Não vai mudar os fatos, então não tem sentido algum.

– Eu só queria dizer que eu sinto muito. – ele disse. – E te agradecer por me ajudar com tia Tatiana.

– É pra isso que servem os amigos. – respondi dando-lhe um sorriso que ele prontamente correspondeu. – Agora se você me dá licença, eu estou muito cansada. – disse expulsando-o do sofá. Adrian se foi e eu me deitei e pela primeira vez em muito tempo me senti em paz.


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Notas finais do capítulo

Então meu amores, eu reparei que tem um milhão de anos que não respondo nenhum review, não foi por mal, mas prometo que a partir de agora sempre responderei. E também vou responder aos antigos. Saibam que eu os leio sempre, e os guardo com muito carinho