Graças, eu já estava quase muito distante de Konoha, deixei pra trás alguns quardas que perderam meus rastros. O que eu estava pensando esse tempo todo naquela maldita vila? Eu era um lixo, alguém que gaguejava por nada, não tinha moral e nem voz. Como pude submeter a esse tempo por alguém tão fraca e inútil? As vezes até dou razão pra minha família, até minha irmã Hanabi poderia ser mais forte que eu. Corri até não aguentar mais, por fim eu já estava esgotada. Encostei meu corpo em uma árvore e tirei algumas coisas para comer no meio da viajem, no fim eu estava me perguntando… essa viagem é para onde? Meu coração ardia como fogo, meu único pensamento era de raiva, de querer vingança por ter sido a besta de todos os tempos daquela maldita vila.

“Byakugan!” Olhei para um lado e pro outro. Não teria perigo nenhum ficar ali, tudo o que eu queria era descansar pelo menos um pouco para continuar a viajem depois. Caí no sono rapidamente, estava meio sonolenta, eu podia sentir umas lágrimas cair sobre meu rosto. “Eu me libertei!”. Enfim estou aqui, mandando em minha vida.

Acordei com mais sono ainda, pude perceber que a noite estava longe de acabar… nada melhor do que viajar de madrugada. Corri por mais alguns quilômetros até que parei ao ouvir passos á pequena distância de mim.

-Quem está aí?- Era um homem que gritava, eu reconhecia pela voz, mais não podia identificar quem era.

-Ei, eu vou achar você!- Falou em um tom de irona e enfim pude o ver… Não ele, mais o que vestia, era um Akatsuki.

Senti medo e me deu vontade de fugir, mais fugir de que? Eu já estava fazendo isso desde que saí de Konoha. E apesar do medo que sentia, quem mais poderia me treinar a ser forte do que um Akatsuki, Neji apenas me ensinava coisas básicas, em quanto ele, saí com a fama do Hyuuga mais forte. Eu mostraria pra ele quem é a Hyuuga mais forte daquele miserável clã. “Hyuuga Hiashi.”

-Sou eu.- Me aproximei pulando algumas árvores adiantes e parei em frente a dois homens. Um tia um sorrido estampado no rosto e o outro não dava nem para ver o rosto. Provavelmente seriam Sasori e Deidara.

-Uma Konoha.- O homem mascarado disse, ele era bastante estranho. Percebi o encomodo que a bandana trazia em mim. A desamarrei, retirei uma mini-kunai do bolso e a risquei, em seguida jogei sobre o espeço vazio entre nós dois.

-Ex…- O loiro completou com uma gargalhada.

Sorri de tanto medo, meu coração desparava naquele momento, mais como diz Sasuke “Tem que haver muito ódio… ele supera o medo.” Eu até podia dizer que Sasuke seria meu idolo naquele momento, em imaginar onde ele estava agora. Queria realmente o encontrá-lo.

-O que você quer aqui?- Deidara perguntou se aproximando de mim, podia sentir o cheiro adorável que ele trazia consigo.

-Eu quero ser uma de vocês.

-E por qual motivo você acha que queremos você?- Perguntou desafiador.

-Pelo mesmo que você, baka, está cego por não ver que ela possui um Kekkei Genkai!- Sasori respondeu com um tom de ironia alto.

O loiro na minha frente deu um grito, seu rosto agora estava vermelho, de tanta raiva.

-Cala a boca Sasori, estou tentando ser machão!

Gargalhei alto, não pude conter, como assim? Eles tinham que me matar e estão ai fazendo piada por minha causa.

-Hyuuga Hinata, filha do líder do clã Hyuuga, Hyuuga Hiashi. Kekkei Genkai Byakugan, teriamos os tres olhos poderoso na Akatsuki, mais quem sabe hein?- Ele continuou, agora  era ele que chegava mais perto de mim. Em um segundo pude sentir a dor de uma picada que saía de tras de Sasori, não demorou muito para eu cair desacordada no chão, seria meu fim?

Acordei um tipo de jaula, não havia brecha nenhuma para que eu pudesse sair, mais por mais que aquilo seja estranho e perigoso, eu não estava com medo, me encostei no canto e esperei alguém para conversar, ou quem sabe, me matar.

-Hyuuga Hinata.- Era uma garota que pronunciava meu nome, saía de dentro da escuridão.-Não teve nem o prazer de ativar seu byakugan?.

Saiu totalmente da escuridão, eu não a conhecia, nunca havia a visto, mais ela também usava a capa da organização, seria Konan, eu apenas sabia o nome dela pelo fato de ser a única mulher. Ela era extraordiariamente linda, olhava por cima, não se curvou nem para cruzar nossos olhares, ela era deslumbrante e trazia um ar de superioridade que eu sempre quis ter.

-Por acaso não esta com medo?- Enfim se abaixou junto a mim e sentou-se do meu lado.

-Não, tenho certeza do que eu quero.

-Você não tem que querer, o que te fez pensar que um arranhão seria o motivo para entrar pra Akatsuki?

-Eu quero ser forte.

-Não me faça rir, sabia que sua fama já chegou aqui? A pobre Hyuuga que é mais fraca que a irmã mais nova.

-Eu quero entrar!

Ela se levantou e estivou as mãos pra mim, nesse mesmo tempo vários pedaços de papeis juntaram-se ao meu corpo, me levantando até a base superir da grade, me apertada cada segundo mais e mais, Konan ria e virou-se de costa pra mim, a dor já era incuportável.

-Me convença.

Eu queria explodir do que continuar a sentir aquela dor que eu nunca havia sentido. Mais o que eu queria mesmo era um sonho, de me realizar, isso não é por questão de vingança, isso seria por mim mesmo.

-Eu estou cansada de ser pequena, de ver Konoha comandando tudo e isso nunca mudar. Eles fazem com todos o que querem, não importam de verdade com ninguém, apenas querem ter o previlégio de ser chamada de maior potência. Eu quero a paz, a paz de verdade, não aquela que eles decretam entre nós. Não tem piedade, acabam com pessoas que não são do mesmo nivel. Não me deram a chance de mostrar tudo o que eu podia dar. Eu quero acabar com a paz de Konoha, eu quero viver entre todos que tem chances de tudo, eu quero a paz de um rei só, e que entre todos haja apaenas amor e igualdade!

Quando acabei de proferir minhas palavras os papeis se esticaram e caiam sobre o chão, Konan se virou pra mim, seu rosto estava mais relaxada e ela sorria quando um homem de cabelos laranjados passava ao seu lado.

-Minha jovem Hyuuga!- Ele passou as mãos no meu rosto e eu não me amedrontei, pelo contrário, me confortei com aquilo. – Você está entrando para o parque de diversões… mais também para sua morte, vamos lutar para que a paz que você procure seja encontrada, e se você estiver ali, com a gente, você ira governar, você tem o nosso pensamento,  e pensamos em você. Sou Nagato Pein, e confio em você como uma de minhas subordinadas. Você irá se juntar com Konan nas missões que eu darei e você treiná-ra com Uchiha Itachi, por ele possuir um kekkei genkai. Posso confiar em você?-

“Posso confiar em você?” Ninguém nunca havia perguntando aquilo pra mim, eu não precisava de escutar mais, eu sabia do risco que eu estava correndo, eu sabia que eu estava abandonando minha vida, meus amigos e todo o meu passado, mais era tudo o que eu realmente queria. Eu estava fora de mim, meu pensamento se radicalizou, e eu não iria correr feito uma garotinha ali naquele momento. Eu iria continuar ali, e ficar firme.

-Sim Nagato-sama.

Ele logou saiu e junto com ele foi-se aquela grade em volta de mim, apenas Konan continuou ali sorrindo em minha direção. Quando tudo desabou eu pude ver aonde eu realmente estava, era em um comodo grande com uma mesa enorme, que estava bem cheia, mais de dez pessoas estavam paradas, umas olhando pra mim, outras olhando pro nada.

Fui apresentada reespectivamente na ordem, o ruivo era Sasori, o loiro de linguas nas mãos era Deidara, Kakuzu usava também uma máscara, Uchiha Itachi era fácil de se notar, o colorido e o mais estranho era Zetsu, o que usava terço no pescoço era Hidan, o de cara de peixe era Kisame e enfim o de mascara de pirulito era Tobi. Todos estavam ali por uma motivo e eu queria saber qual era, porque não era simplesmente pra me ver, aquilo seria simpático demais para um grupo de nukenin.

-Bom Hinata, já é quase hora do jantar, pode me ajudar?- Konan pediu com auta-piedade.

“Sério que eles comem?” Aonde eu estava com a minha cabeça, é claro que sim, e a única mulher ali era Konan, e agora além de parceiras, vamos ficar como cozinheiras. Ela estalou os dedos me tirando do meu choque, sorri em direção a ela e ambos fomos pra cozinha. Era um lugar bonito e organizado, não era escuro e quente como eu imaginava, a claridade era forte e o local era bastante arejado.

-O que você gosta de comer?

-Zenzai e pãozinho de canela, mais minha especialidade é em peixe grelhado!- Respondi de jeito simpática, em quanto vi os olhos de Konan brilharem.

-Peixe grelhado, eu amo, só que não tenho dons culinários pra ele.

-Pode deixar, apenas corte verduras, eu faço!

-Sério Hinata? Você está tão a vontade assim? Não está com medo de nada, da repressão de sua vila, do abandono de seus amigos, se renegar não é somente ser daqui ou dali, é muita coisa que envolve…

-Eu tenho certeza Konan, quero a sua paz e a de Nagato-sama, eu sempre tve duidas nessa vida, nunca tive certeza de nada, esta é a única pelo qual mesmo sendo dificil, eu vou lutar.

Ela compreendou balançando devagar a cabeça, Konan era uma especie de mulher heroína, aquela sem medo, destemida e de muita fé. Eu não conhecia realmente a história de ninguem ali, e sinceramente não sabia onde eu estva me metendo, mais eu queria descobrir eles, e junto, me redescobrir de novo..

-Não sou mais uma ninja da folha Konan, sou apenas de um clã diferente, onde compõe apenas eu e o meu kekkei genkai, estou bem, vou ficar bem.

Ela sorriu lisonjeada, e foi para a geladeira e pegou inumeras verduras e eu fui logo preparar o peixe.

Uma hora e meia depois estava tudo pronto, peixe grelhado com molho, saladas e arroz, além de um suco caseiro feito de laranja, olhei aqueles pratos em quanto eu e Konan servia sobre as mesas, Sasori ainda me olhava de um jeito completamente absurdo, como se não quisesse que eu estivesse fazendo aquela burrada. Quando terminamos me sentei do lado de Konan, perto de Tobi e começei a comer calada.

-Hidan, coma logo, tempo é dinheiro!- Kakuzu dissia a Hidan em alto e bom som.

-Por meu deus, agora eu nem posso comer direito!

-Dá pra vocês calarem essa maldita boca e comerem em paz?- Dei um pulo pra trás quando Konan bateu na mesa, ela já grtava impaciente.

-Deidara-senpai, Konan-san está nervosa!- Tobi disse de forma alegre colocando a comida sobre a boca.

-Comer tensos faz mal a saúde!- Era a primeira vez que eu via Uchiha Itachi se pronunciar. Ele falava sério, seu rosto estava totalmente a mostra, Itachi tentava esconder uma de poucas coisas que a vila não queriam que eu soubesse, na verdade Itachi era do bem, e isso estava bem no seu rosto, e como que belo rosto, ele era bem diferente de Sasuke, mesmo sendo mais velho Itachi era mais sorridente e menos rancoroso. Sus traços eram fortes, e ele trazia segurança pelo fato de que ele ainda era um ninja a serviço de Konoha. Depois do seu relato todos se calaram, pude ouvir elogios do peixe e da salada especial, apenas o arroz que levou criticas.

-Vou usar esse arroz pra grudar tijolos qando eu fizer meu quarto, tá igual grud…- Não pode terminar a frase quando Konan deu um murro em seu rosto.

-Cala a boca Deidara!

O almoço foi divertido, eu nunca pensei que aquilo seria a tão destemida Akatsuki, parecia umas férias em que eu sempre quis tirar, com treinos e muita diversão, além de conhecer gente nova. As vasilhas da janta seria por conta de Sasori e Tobi naquela noite, era bem divido, Konan fazia as refeições, mais não tinha o trabalho de lavar o que havia sujado, Sasori ia com uma expressão carrancuda e Tobi pulava saltitante secando os pratos, “hilário”.

Meu quarto ficou sendo junto com o de Konan, é claro. Mais ainda não tinha nenhuma cama pra mim. Me sentei em cima da única cama que havia no quarto esperando Konan chegar com um colchão novo em quanto não tinha a estrutura para colocá-lo… pude perceber que era tudo ajeitadinho, tinha um guarda-roupa branco e um pequeno ármario que continha livros, um enorme espelho e alguns apetrechos de mulher, como perfume, maquiagem, absorventes, por aí…

-O que te fez vir pra cá, pequena Hyuuga?

O homem apareceu na porta do quarto e entrou sem permissão, era Itachi, ele não precisava de permissão, ele era convidatvo demais para tal coisa.

-Eu estava cansada de ser a fraca de tudo.

-Apenas por isso?

-Não, coisas que eu sinto e que as vezes não sei explicar…

Ele gargalhou baixo, seu sorriso era perfeito, Itachi era do tipo “Sasuke que Ino e Sakura podiam ver.” Eu me sentia como elas naquela hora, era alguma coisa sem explicação, mais era tão bom aquela presena, mesmo sendo muito estranho essa sensação… mais no fundo era bom.

-Tudo bem, me encontre amanhã as seis da manhã, seu treino começa amanhã. Vou estar te esperando na cozinha.

Disse e saiu andando, poucos segundos Konan entrou um pouco animada e ajeitou tudo para que eu pudesse dormir… seria minha segunda noite sem Konoha. Deitei minha cabeça sobre o travesseiro, e sabe aquela expressão: “Você pensa em tudo antes de dormir…” E era verdade, finalmente estava caindo a ficha de onde eu estava e com quem eu estava, chorei calada para que não pudesse despertar a atençao de Konan, mais a saudade já estava batendo, daquela coisa protetora “Hinata é muito fraca, temos que protegê-la!”. Mais se eles não tivessem me julgado tão mal e tão impotente, talvez eu estaria lá, me aconchegando sobre minha cama, esperando a manhã chegar, par os meus treinos matinais com meu primo.

-Konoha decretou seu desaparecimento, agora você entra no período de renegada. Itachi ira levá-la para o encontro do grupo de buscas de Konoha, Naruto, Kiba e Shino estão já a caminho. – Konan pronunciu aquelas palavras de um modo um pouco triste demais para uma coisa que não estava acontecendo com ela.

-Tudo bem Konan. – Desfarçei um pouco minha voz de choro e adormeci, pensando que amanhã eu iria reencontrar o motivo da minha maior angústia, meu amo não-valorizado, Uzumaki Naruto.