Extraterrestres -interativa escrita por Lucy


Capítulo 23
Alguma Coisa Errada


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Tem dois leitores cuja os personagens não foram aceitos, e continuam acompanhando. Bem, eu gostaria que vocês comentassem nesse cap para eu saber quem são vocês, já que eu estou arranjando um jeito perfeito de eles entrarem na fic. 

Segundo: Eu não recebi 5 reviews no último cap, mas, como eu tenho mais de 100 comentários, não tenho do que reclamar, né? Enfim, quero avisar que a meta passou para 4 reviews.

Agora, vamos ao capítulo!



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ATENÇÃO TODOS OS LEITORES! LEIAM AS NOTAS INICIAIS, PORFAVOR! SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES!!!! OBRIGADA!!!!

Hana Delacour

Estava alguma coisa errada. Eu conseguia sentir. 

Andrew, Roxanne e Jacke estavam em perigo. Não tinha nenhuma coisa lógica nessa minha certeza, simplesmente tinha essa... Sensação. Tentara falar com os outros, mas ninguém me ouvira, obviamente. Disseram que era besteira, que eu não tinha como saber. E eles estavam certos, logicamente.

No entanto, estava começando a confiar mais em meus instintos do que na lógica. 

Me dirigi para os jardins silenciosamente, meus passos leves, desviando automaticamente de gravetos e folhas secas no chão. Yuri e Kayla conversavam sentados debaixo de um pequeno monte de tijolos, gesticulando muito. Karina se transformara em um gato negro, e agora brincava alegremente com Kim, pulando de um lado para o outro. Emily estava conversando com Roxanne. Já perto da caixa d' água Henri, Louis e Zac discutiam sobre alguma coisa que eu não entendi. Nate estava lendo um livro que achamos em um dos baús, um dos únicos que não fora roídos pelas traças. 

Fui lentamente para um canto mais afastado, onde tinha uma pedra enorme, de pelo menos um metro de altura. Ela estava escondida por algumas árvores, portanto, ninguém me veria subindo nela. 

Pisei em uma pedra menor, mais ou menos de trinta centímetros, para ser mais fácil. Assim, saltei com destreza impressionante, usando um pouco dos meus poderes de levitação para ajudar. No momento em que iria pular o muro, porém, ouvi uma voz atrás de mim.

-Você vai mesmo ir atrás deles, não é? -Me virei lentamente, vendo May parada entre as árvores, me encarando fixamente. Ela usava uma camiseta branca ao estilo nadador por cima da calça jeans. Usava as sapatilhas de Jacke, pois havia cedido suas botas para a amiga se disfarçar. Os cabelos loiros estavam presos em uma bandana vermelha como sangue. 

-Sim, eu vou. Não conte para os outros. -Meu tom era duro e autoritário. -Por favor. -Acrescentei.

-Não irei. Com uma condição: Vou ir junto com você. -A loira tinha um brilho determinado nos olhos esverdeados. Suspirei pesadamente, xingando todos os seres superiores que eu conhecia mentalmente. Aquilo não estava em meus planos. 

-Está bem. Só que ao menor sinal de perigo, saía correndo, entendeu? -Me sentei em cima do muro, estendendo minha mão para ajudá-la a subir. May a rejeitou, sem ter dificuldades em saltar o muro. Sabe, acho que ás vezes muita gente (inclusive eu) a julgava pelos poderes de cura dela. A garota parecia conseguir se virar sozinha, não era uma donzela de contos de fadas. 

-Desculpe, não posso prometer isto, Hana. -Ela deu de ombros, enquanto eu caía com um baque surdo ao seu lado na calçada. A E. T. sorriu amávelmente para mim, e começamos a andar na direção na qual o trio havia ido, em silêncio absoluto. Eu iria ajeitar os meus óculos escuros quando percebi pela vigésima vez que não estava mais com eles. Bufei, irritada. Fazia anos desde a última vez que eu saíra de casa sem lentes de contato, óculos escuros ou qualquer coisa que cobrisse os meus olhos. 

Iríamos virar uma curva quando ouvimos uma voz dizer:

-Parados aí, alienígenas. -Paramos ao mesmo tempo, arregalando os olhos uma para a outra. Me esgueirei sobre uma lata de lixo, torcendo o nariz, e vi a cena que me esperava. Jacke, Andrew e Roxanne estavam virados para três adolecentes que apontavam armas para suas cabeças. Saí de vista rapidamente, e May foi ver a mesma coisa, curiosa. Depois de apenas cinco segundos, ela se voltou para mim, seus olhos em uma mistura de medo, coragem e raiva. Acho que nunca vira uma mistura de sentimentos tão louca. Mas a principal mensagem ali eu consegui entender: Atacar aqueles filhos da mãe.

Olha, depois desse dia eu juro que nunca mais xingo loiras na minha vida. Na verdade, de onde as pessoas tiram esse conceito de que toda loira é patricinha? Maysilee Cupper com certeza deve ser uma exeção á essa regra estúpida.

Ela pulou sobre as latas de lixo, pegando uma das tampas com a mão, a colocando em frente ao corpo como se fosse um escudo bizarro.  Depois de pular o monte de lixo, pegou uma pedra no chão e lançou na cabeça do primeiro adolecente antes que estes percebessem o que estava acontecendo.

Depois de um centésimo de segundo, fui atrás dela, formando uma bola de eletricidade com ambas as mãos. Saiu maior do que eu esperara, maior do que eu já fizera antes a minha vida inteira. Ela deveria ter o tamanho de uma bola de brincar na praia, o que era surpreendente, pois todas as que eu fizera antes alternavam entre uma bola de Ping-Poig e uma de tênis. Sem nem pensar duas vezes, lancei ela no cara do meio.

May se abaixou para pegar outra pedra, seu escudo improvisado por um momento deixando de esconder a barriga. Foi tudo tão rápido e ao mesmo tempo tão devagar, não conseguia descrever como é que houve. O adolecente que havía levado uma pedrada na cabeça se levantou, meio tonto, pegou sua arma e atirou em May. Gritei, enfurecida, senti do a eletricidade percorrer todo o meu corpo. 

Fui para cima daquele adolecente, meus passos pesados. Percebi que Roxanne não estava mais lá, provavelmente camuflada em um canto qualquer. Andrew puxava Jacke, esta paralisada de surpresa, para atrás das latas de lixo, a deixando ali, em seguida indo socorrer May. Porém, tudo o que eu queria fazer era matar aquele desgraçado puto do caralho (desculpem o meu vocabulário).

O adolecente tentou atirar em mim umas sete vezes, até sua munição acabar. Era para todos os tiros terem acertado o meu peito, porém, as balas magicamente mudava, de caminho, indo direto para o chão. Deveria ser culpa de meus poderes descontrolados. 

Dei um soco forte em sua face esquerda, minha mão faíscando com os raios azulados. Ele gritou, mas não liguei. Dei mais uns vinte socos na cara dele, até o adolecente cair inconsciente aos meus pés. Mesmo ele estando inconsciente, chutei ele com toda a minha força, lágrimas de pura raiva em meus olhos.

Depois de uns três minutos chutando o corpo imóvel, caí de joelhos, desatando em lágrimas. Elas se misturavam ao sangue do adolecente, em uma poça no chão. Os meus poderes pararam de agir abruptamente, como se eu estivesse gastado toda a minha energia. Eu estava prestes a desmaiar.

Olhei para cima, e percebi que Andrew estava cuidando dos machucados de May, juntamente com Jacke. Zac e Emily chegaram, os olhos arregalados. Antes de qualquer outra coisa, braços fortes me pegaram violentamente, machucando os meus pulsos pela força com que faziam isso. Tínhamos nos esquecido do terceiro adolecente.

Fui jogada em algum lugar que não consegui ver direito pela minha visão embaçada pelas lágrimas, e em seguida gritos, muitos gritos dos quais eu não consegui decifrar o que diziam. No minuto seguinte, eu tudo ficou escuro.


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