Extraterrestres -interativa escrita por Lucy


Capítulo 1
Kayla Stronger




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FICHAS NAS NOTAS FINAIS!!!

Eu estava no meu quarto, desenhando no meu caderno, aproveitando as minhas gloriosas férias. Meus lápis de cor estavam espalhados pela cama, meu cabelo negro com mechas roxas escuras preso em um rabo de cavalo baixo e desleixado. Vestia uma calça jeans e uma camiseta de uma banda de rock. Mas eu não me importava com nada daquilo, estava inteiramente concentrada no que eu fazia.

Assim que dei o traço final, minha mão já doendo, meus olhos lacrimejando de tanto tempo abertos. Era um falcão, o olho dourado me encarando com intensidade. Mas ainda faltava o belo e nobre animal ganhar vida.

Me levantei, e tranquei a porta do quarto. Em seguida fechei as cortinas, tomando cuidado para não deixar nenhuma frecha aberta. Coloquei a música que tocava no meu rádio coberto de adesivos no volume máximo, o que eu sabia que iria me gerar uma grande bronca da minha mãe adotiva depois, mas eu não ligava.

Peguei o caderno novamente, e uma gota de suor escorreu pela minha testa, tamanha concentração que era. Então a figura foi se desprendendo do papel, as asas batendo repetidas vezes. Então o papel estava em branco, e tinha uma grande ave pousada no meu joelho, silenciosa. O barulho do rádio fora desnessessário.

Estiquei o meu braço, e ele voou para ali, confiando totalmente em mim. Acariciei a sua cabeça, sorrindo com o falcão lindo. O olho dourado vivo era muito melhor do que aquele em que eu tinha desenhado. As asas tinham a mesma coloração negra acinzentada que eu havia pintado com tanto cuidado, os pés tinham grandes unhas, que ele tomava cuidado de não encostar na minha pele, para não me machucar.

Então eu ouvi minha mãe bater na porta com força, quase a derrubando. Bati com os três dedos na folha em branco, e ali se formou uma espécie de portal todo colorido. Gesticulei para o pássaro voar até lá, e ele o fez. Assim que passou, o portal se fechou, e agora o falcão era só mais um desenho.

Fui até a porta e a abri, revelando minha mãe, uma mulher alta, bronzeada, os cabelos loiros dourados. Ela usava um short e uma regata com estampa de cachorrinhos. Mesmo podendo ser uma atleta profissional de vôlei, preferia ficar em casa cuidando de mim, pois, como sempre disse, seu sonho era ser mãe, apesar de não poder ter filhos. Fora por isso que ela me adotara.

–Sim, mãe? -Gritei para poder ser ouvida. A loira só me lançou um olhar fulminante, e abaixei o volume da música. -Me desculpe.

–Já é a quarta vez esta semana! -Ela embravejou, irritada. Em seguida me deu um discurso de meia hora sobre como aquilo era errado, que nem todo mundo gostava das mesmas músicas do que eu e tudo o mais. Só prestei atenção quando ela se acalmou. -Agora, espero que isso não aconteça de novo, Kayla.

–Pode deixar, mãe. -Sorri, e voltei para o meu quarto enquanto ela voltava para a sala fazer sei lá o quê. Peguei o caderno que eu tinha acabado de gastar até a última folha de tanto desenhos, e o coloquei na prateleira reservada para os meus cadernos de desenhos, que eu tinha á dois anos. Agora eu tinha trinta cadernos completos de desenhos, que eu poderia dar vida a hora que quisesse. Estava melhorando cada vez mais o meu poder, e chegava a ser legal desenhar coisas impossíveis, como aquela vez em que uma fada pequenininha saiu voando pelo meu quarto, espalhando pó multicolorido por todo o canto.

Foi naquele exato momento em que eu os ouvi.

–Nos deixem entrar, queremos a garota. -Uma voz masculina disse, dura e sem sentimentos. A garota. Só tinha uma garota naquela casa. Eles queriam á mim.

–Vocês não vão pegar a minha filha! Não tem o direito de entrar em nossa casa, isso é invasão de propriedade! -Ouvi a voz da minha mãe berrar. Eu estava paralisada.

–Saiam daqui, ou vamos ligar para a polícia, seus malucos! E... -Meu pai gritou, e ouvi um estalo, o quê fez com que ele se calasse. -V-vocês não p-podem atirar em nós, é contra a lei.

–São dardos tranquilizantes, não se preocupem, não vamos matar vocês. Mas temos que pegar a menina. -Outra voz falou, e um tiro. E outro. O baque do corpo dos meus pai caindo contra o chão.

Sai do meu transe, e tranquei a porta, colocando a cadeira contra ela. Sabia que não conseguiria encarar aqueles homens sozinha, e não adiantaria em nada ir lá para ver que os meus pais estavam mortos. Tinha que torcer para serem mesmo dardos tranquilizantes, e fugir dali o mais rápido possível.

Calçei as minhas botas de cano longo, sem salto, negras. Vesti a minha jaqueta de couro, não por quê eu achava legal, mas sim por ter sido a primeira coisa que poderia proteger meus braços que eu vira. Soltei os meus cabelos, e coloquei o elástico no pulso, escutando os passos apressados dos estranhos vindo em minha direção.

Peguei a minha mochila verde clara cheia de desenhos de margaridas, e joguei lá todos os meus lápis de cor, um caderno de desenho em branco e o caderno 28, onde folheei, tentando ignorar os desconhecidos que queriam me pegar tentando inutilmente derrubar a porta. Achei o desenho que eu precisava, e joguei o caderno já cheio dentro da mochila junto com o outro. Se eu necessitasse de roupas ou outra coisa bastava desenhar. Coloquei a mochila nas costas, e percebi que o peso não era tão grande.

Abri a janela, sentindo o ar da noite, e saltei por ela, caindo no jardim da frente. Corri pelas ruas sem nem olhar para trás, até chegar em um beco onde eu tinha certeza que ninguém conseguiria me ver. Concentrei meu poder no desenho, e mais rapidamente do que eu pensava, uma moto prateada apareceu na minha frente, brilhando como se fosse nova. Subi nela, e acelerei, indo diretamente para a estrada, o mais longe o possível dali que eu conseguisse.


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Notas finais do capítulo

Fichas-

Nome:
Idade (entre 14 e 16):
Aparência:
Família:
Amigos:
Cidade onde vive:
História:
Personalidade:
Poder (só pode ser um):
Gosta:
Odeia:
Estilo:
Medo:
Qualidades:
Defeitos:
Par romântico (não é obrigatório, e eu vou escolher caso queira):
Dirige algum veículo (na minha história podem tirar carteira de moto aos quinze anos, e de carro aos dezesseis)?
Adicional:

Mandem por MP, ou não contarei seu personagem. Posso pedir mais algumas coisas durante o recorrer da fic, portanto fiquem de olho nas notas finais.