Juntos Pelo Acaso escrita por Thais


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oooi meus amores, como vão?

Capítulo um pouco triste, mas fazer o que. É a vida...

Boa leitura!



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POV Clove

Festa do condomínio. Isso deveria soar bem nos meus ouvidos, mas não.

Peeta e Katniss moravam em um condomínio de casas fechadas e isso nem se comparava com o que Cato e eu morávamos antes. Como hoje está acontecendo a super empolgante festa, pensei que seria algo formal. Porém esse velho gordo cantando, comidas a vontade, senhoras conversando e metade do bairro, mudaram minha concepção por inteiro.

Cato eu decidimos pintar nossa caras. Agora eu, Prim e Cato estávamos com os rostos pintados de leãozinho.

– Cato, você está tão gay. – falo rindo.

– Você está mais sensual assim, Clouve Flor. – diz ele.

– Hey, Cato! Jamais iria pensar que você morasse aqui. – fala um homem.

– Seneca? Por céus, você mora aqui?

– Sim... Cara, bela escolha. Você ta indo pra Fênix, não é? Vamos sentir sua falta lá na arena...

Olho para Cato e o encaro. – Ainda estamos pensando nisso. – fala ele rapidamente. Cato olha para os lados como se estivesse a fim de quebrar um pescoço. – Você sabe, não é?

– Sério? Pelo o que Jack disse achei que estava tudo certo.

– Olha, a gente vai pra bando daqui a pouco... Te vejo lá, adeus.

– Okay, até mais.

Cato volta a olhar para os lados, nervoso e meio que ignora que eu estou aqui. Ele bate os pés de forma repetitiva e parece que vai vomitar.

– O que foi isso, hein? – pergunto entre dentes.

– Nada – fala ele. – Vamos lá princesa Prim.

– Obrigada. – murmuro para a garotinha da pintura e sigo Cato. – Vá Cato Messer, fala logo.

– É só uma coisa que Jack e eu conversamos ontem. Ele pediu para eu trabalhar na direção.

– Enfim...

– Dirigir a equipe toda durante a temporada.

– Você recusou, não é? – pergunto com uma ponta de esperança, temendo por qualquer resposta negativa.

– Ah, eu não queria ser desagradável e recusar na hora.

– E porque você não me contou?

– Por quê? É-é sei lá. Não quero que seja um problema, sabe? Algo que não possa aceitar.

– Mas você quer. – mordo um hambúrguer com tanta força que meus dentes doem. Minha vontade era de arrancar a pele de Cato.

– Claro que quero! – fala ele, dando de ombros. – É uma grande oportunidade.

– Ainda ta pensando? – pergunto.

– Não.

– Não? – o encaro.

– Não to pensando.

– Eu não entendo porque não me falou nada sobre isso.

– Por que eu não queria que você invocasse as formas malignas, como invocou agora. Eu sabia que você iria ficar irritada.

– Não banque o humorista. Além do mais, porque ficaria irritada se é só uma possibilidade? – arranco a comida de suas mãos. – Cato, para um pouco com a comida e olha pra mim, por favor.

– O que foi? – diz ele finalmente olhando para mim.

– Fala, ta? Sinceramente, pode falar. Você ta pensando em aceitar o trabalho.

Cato assenti com a cabeça de forma cansada. Desgraça! – Sim. Eu ainda to pensando... Clove, eu to batalhando por isso faz tanto tempo e se eu pudesse, teria pulado para cima dessa chance antes.

– Antes da Prim e de mim? – ele abre a boca para falar, mas antes de fazê-lo, tomo Prim de seus braços e me afasto. – Entendi. Minha gatinha, meu xuxuzão... Então Cato Messer, como seria isso? A gente iria com você? Ah, você vai deixar a gente.

– Me deixa falar, ah meu Deus, Clove! É só uma oferta de trabalho, é só isso!

– Não, não é. Sabe o que é? Uma saída. Exatamente o que você pensou desde o inicio.

– Isso não é verdade.

– Você nunca quis estar aqui e, depois de tudo, você pensa em nós como algo temporário!

– Você acha que eu não me importo? Eu larguei minha moto, minha casa, eu te dei dinheiro esses dias! Tudo para te agradar!

– Eu nunca pedi nada pra você, muito menos seu dinheiro!

– Caramba, eu larguei tudo na minha vida pra assumir esse papel.

Suas palavras me atingem como o soco. Se era isso que ele queria meus parabéns, porque conseguiu. – Assumir esse papel? Isso é um filme pra você?

– Estamos morando na casa deles, criando a filha deles, dormindo no quarto deles, fingindo que somos um casal feliz, mas não somos!

– Você tava fingindo com a Prim? – pergunto.

– Não! Eu amo a Prim.

– Então era só comigo? Pode pegar o trabalho Cato e eu vou ficar super feliz quando ver você no jornal com uma prostituta que tem AIDS, seu filho de uma puta!

Caminhei o mais rápido que consegui com Prim em meu colo. Abri a porta com um chute improvisado.

Não, eu não posso. Eu, Clove gostando de Cato. Merda!

– Me desculpe. – choro abraçando Prim. – Me desculpe, okay?

Longos e horríveis meses depois...

– Já to indo Prim! Já to indo meu amor! – grito.

– Ela estava descendo a escada sentada. Aproveitei e fiz o mesmo. – disse Finnick, fazendo uma careta sedutora.

– Bom dia, pequena. Eu já tava morrendo de saudades. Você dormiu muito bem noite passada. Pode disser maça? Maça. Banana? Porque eu sempre faço essa voz ridícula quando falo banana?

Finnick ri. – Porque gosta de banana? Olha meu bem, eu adoraria ficar para o almoço, mas hoje as consultas começam mais cedo. Vejo-te depois. – disse ele, me dando um beijo em seguida.

Você devem se perguntar “E o Cato?” Enfim, ele decidiu que se mudar era o melhor, então se foi. Aquela primeira semana foi um inferno. Eu nunca chorei tanto em minha vida. Era estranho, mas eu sentia falta de Cato. De suas palavras sujas, de suas piadas sem graças, de seu cheiro, do Cato Jr. Sentia até mesmo falta de ele me chamando de Clovelita.

Finnick nunca me chamava assim.

Porém Finnick Odair era romântico e sabia trocar fraldas. Ele nos levava para o parque onde fazíamos piquenique. Mas por dez sorrisos que dava, nove eram falsos e todos eles viam acompanhados do mesmo motivo: Cato Messer.

Estava na minha loja conversando com Gloss. – Ele vem hoje, Clovs. – falou Gloss sorrindo fraco.

– Por falar em satanás, olhe só...

Cato entrou na loja e Prim foi correndo para seu colo. – Como você cresceu meu amorzão, ta enorme! – diz ele.

– Crianças crescem, não é? – falo.

– Não parecia tanto pela web can. Pode dizer “Cato é maravilhoso”, pode? – pergunta Cato abraçando-o.

– Boa sorte hein.

– Ela não disse Clove ainda?

– Ela falou vai à merda, acredita? Bem Cato, a gente se vê na segunda. Enobaria quebrou a sagrada crença e quer conversar.

– Ah sim... Ta de parabéns Clove, ficou legal aqui. Você aumentou? – pergunta Cato. Sei que ele estava querendo ser o máximo amigável, mas eu continuava com a vontade de arrancar sua pele.

– Na real sempre foi assim e sempre deu certo.

– Está bem... Obrigada. Até mais.

– Ei, Cato, volta aqui. – pigarreio. – Não sei se você tem planos, mas Finn e eu vamos fazer um jantar de ação de graças e os vizinhos vão lá. Se quiser pode aparecer.

– Claro. – disse Cato sorrindo.

– Sério?

– Sim. Você vai cozinhar?

– Eu mesma.

– Te vejo lá, Clovelita. – fala Cato.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Até lá (: