Juntos Pelo Acaso escrita por Thais


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

oiii maravilhosos ♥

Boa leitura e até lá embaixo!



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POV Cato

Peguei minha moto é fui para longe. O máximo que podia ir, mas no final acabei parando apenas há 9 km de casa.

Minha cabeça estava estourando. Algo me dizia que deveria voltar e me desculpar, outro me dizia que deveria ficar aqui e esquecer tudo. Mas como eu vou esquecer? Como eu vou esquecer sendo que a única coisa que vem a minha cabeça quando olho as pessoas passando é ela?

Coloco as mãos na boca reprimindo um grito. Eu era orgulhoso o suficiente para fingir que tudo estava nos eixos, porém agora, deixei que as lágrimas rolassem pelo meu rosto.

Chego em casa e Clove está sentada no sofá vendo algo na TV. Assim que ela percebe minha, desligou a mesma e fungou o nariz.

– Me desculpa. – murmurou ela. – Me desculpa Cato, eu não queria te falar aquelas coisas.

Sento ao lado dela. – Tudo bem... Eu quebrei a coluna quando tinha 16 anos e quase fiquei paralitico.  Peeta passou o verão inteiro do meu lado, vendo filmes todos os dias. – suspiro. – Todos os meus amigos foram pra praia pegar garotas e sabe, zombaram de mim, mas ele ficou comigo, o tempo todo... Eu-eu não posso deixar Peeta sozinho, mesmo não estando aqui, e mais ainda agora.

– Eu achei uns vídeos caseiros da Katniss e do Peeta. Queria ouvir a voz deles. Vê-los um pouco, sabe? Eu achei esse e você tem que ver.

O vídeo mostrava Peeta e Katniss discutindo sobre a cor do quarto do neném. O quarto era azul e Katniss odiava azul, fora o fato da tinta ainda estar fresca. Ela berrava histérica com Prim no colo e Peeta tentava se explicar.

– Ou seja, está tudo bem se formos péssimos pais e quisermos nos matar na metade do tempo? – comento.

– É, acho que está sim. – Clove ri. – A gente tem que parar de tentar encaixar nossas vidas na deles.

– Eu odeio essa casa.

– Não tanto quanto eu.

– Tem fotos deles por toda casa, aliás, eu odeio aquele quadro ali. Dá maior medo.

– Verdade, que merda é aquela mesmo? – Clove me encara. – Se vamos viver aqui, temos que parar de nos preocupar como se eles fossem voltar, porque eles não vão.

Fiquei a encarando por alguns segundos. Puxei-a para meio peito e Clove se deitou.

– Você tem toda razão Clovelita.

– Eu já te disse que meu nome é Clove!

– Ok Clovelita, você ainda tem uma vida toda pra se acostumar. – falo, dando um beijo em sua testa.

Semanas depois...

Acordamos cedo, muito cedo. Aproveitamos e começamos a fazer a mudança geral.

No lugar onde ficavam os quadros com fotos de Katniss e Peeta foram substituídos com fotos minhas e de Clove; onde tinha uma foto da família, agora tinha uma foto de Clove, Prim e eu.

Clove inclusive me deixou trazer uma “amiguinha” pra cá noite passada, mas foi estranho. Não que a garota fosse horrível, mas sei lá, eu não pensava nela e sim em outra coisa...

– Ah Clove pode parar com isso. – falo pegando Prim no colo. Clove ainda acha que falar pra menina andar vai fazer com que ela ande. – Ela vai andar quando tive algum lugar para ir.

– Eu sei, mas os livros dizem que aos quinze messes ela já vai falar ou andar, e ela não faz nenhum dos dois.

– Todos os livros dizem que você já deveria estar casada e no mínimo, ter uns três filhos... Olha sua vida, Clove.

– Olha quem fala. Essa pobre garota acha que vai jantar com você.

– E qual é a outra opção? “Eu nunca mais vou te ver”, seria muito cruel.

– Onde é que você conhece essas mulheres? Serio Cato, porque quando não ta comigo, ou a Prim, ta no trabalho. – Clove se apóia no balcão, mostrando seu decote.

Foco Cato, seu covarde!

– É-é... eu tenho os meus meios.

– Ah, sei. De qualquer forma eu vou tomar um banho. – Fala ela. – E Cato, acho melhor você parar de olhar para minha camisa, eu sei que você adora a cor verde.

Minha cara não deve estar nem vermelha e sim preta de vergonha.

Sento-me na sala vendo mais um animador episódio de “Os amigos na natureza” com Prim, que de animador não tem nada.

– Ai que legal né, Prim? Que tal... Ah meu Deus ela ta de pé! Clove! Fica ai, fica ai e não se mexe! – me alevanto. – Clove! Clove! Ela vai andar!

– O que? Agora! – grita Clove. – Ela não pode andar agora! Eu to pelada!

– Mas ela vai andar! Prim fica quietinha ai.

– Espera que eu to indo! Segura ela ai!

– Como você quer que eu a segure?! – e Prim já estava andando.

Dei um empurrãozinho em Prim e ela começou a chorar.

– Ah merda, me desculpe baby, me desculpe.

– Ufa, cheguei. O que você fez Cato? – pergunta Clove.

– Você disse pra segurar ela e sem querer eu dei um empurrãozinho.

– Ah, eu disse pra você segurar ela Cato, não traumatizá-la, agora ela nunca mais vai andar.

Não deu cinco minutos que Clove falou isso e Prim começou a andar, mas ela não andava como crianças que estavam começando a andar. Ela corria. Corria de um lado para outro, ou seja, era Clove e eu indo para todos os lados atrás dela.

Já estava morto de tanto correr, até que resolvemos dar banho nela e Clove foi fazer algo pra nós comermos. Cheguei na cozinha e lá estavam as duas.

– É macarrão caseiro? – pergunto.

– É sim, ela é a única pessoa que não gosta da minha comida, agora é pessoal. Vamos, é só uma colher... – Prim comeu tudo e depois esboçou um sorriso de orelha a orelha. – Ela comeu, ela comeu, eu consegui!

Clove pulou no meu colo distribuindo beijos por toda minha cara e acabamos caindo no chão.

– Eu tão feliz, você viu isso Cato? Ela gosta da minha comida!

– Que bom, não é? Parabéns!

– Eu te amo! – Clove berrou e colocou as mãos na boca. – Ah, quero dizer, é-é... pode comer se quiser também.

Ela deu um salto do meu colo e saiu da cozinha com o rosto em chamas. Se um tomate passasse em frente dela agora, com certeza perderia no quesito cor.

– Ela me ama? Como assim? – pergunto a mim mesmo. – Ah, Clovelita, você já está me deixando louco.


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Notas finais do capítulo

então, gostaram?

Eu comecei a escrever outra Clato, e ficar muito feliz se vocês dessem uma olhadinha.

http://fanfiction.com.br/historia/426780/De_Repente_E_Amor/

Até lá!