Juntos Pelo Acaso escrita por Thais
Notas iniciais do capítulo
oiii maravilhosos ♥
Boa leitura e até lá embaixo!
POV Cato
Peguei minha moto é fui para longe. O máximo que podia ir, mas no final acabei parando apenas há 9 km de casa.
Minha cabeça estava estourando. Algo me dizia que deveria voltar e me desculpar, outro me dizia que deveria ficar aqui e esquecer tudo. Mas como eu vou esquecer? Como eu vou esquecer sendo que a única coisa que vem a minha cabeça quando olho as pessoas passando é ela?
Coloco as mãos na boca reprimindo um grito. Eu era orgulhoso o suficiente para fingir que tudo estava nos eixos, porém agora, deixei que as lágrimas rolassem pelo meu rosto.
Chego em casa e Clove está sentada no sofá vendo algo na TV. Assim que ela percebe minha, desligou a mesma e fungou o nariz.
– Me desculpa. – murmurou ela. – Me desculpa Cato, eu não queria te falar aquelas coisas.
Sento ao lado dela. – Tudo bem... Eu quebrei a coluna quando tinha 16 anos e quase fiquei paralitico. Peeta passou o verão inteiro do meu lado, vendo filmes todos os dias. – suspiro. – Todos os meus amigos foram pra praia pegar garotas e sabe, zombaram de mim, mas ele ficou comigo, o tempo todo... Eu-eu não posso deixar Peeta sozinho, mesmo não estando aqui, e mais ainda agora.
– Eu achei uns vídeos caseiros da Katniss e do Peeta. Queria ouvir a voz deles. Vê-los um pouco, sabe? Eu achei esse e você tem que ver.
O vídeo mostrava Peeta e Katniss discutindo sobre a cor do quarto do neném. O quarto era azul e Katniss odiava azul, fora o fato da tinta ainda estar fresca. Ela berrava histérica com Prim no colo e Peeta tentava se explicar.
– Ou seja, está tudo bem se formos péssimos pais e quisermos nos matar na metade do tempo? – comento.
– É, acho que está sim. – Clove ri. – A gente tem que parar de tentar encaixar nossas vidas na deles.
– Eu odeio essa casa.
– Não tanto quanto eu.
– Tem fotos deles por toda casa, aliás, eu odeio aquele quadro ali. Dá maior medo.
– Verdade, que merda é aquela mesmo? – Clove me encara. – Se vamos viver aqui, temos que parar de nos preocupar como se eles fossem voltar, porque eles não vão.
Fiquei a encarando por alguns segundos. Puxei-a para meio peito e Clove se deitou.
– Você tem toda razão Clovelita.
– Eu já te disse que meu nome é Clove!
– Ok Clovelita, você ainda tem uma vida toda pra se acostumar. – falo, dando um beijo em sua testa.
Semanas depois...
Acordamos cedo, muito cedo. Aproveitamos e começamos a fazer a mudança geral.
No lugar onde ficavam os quadros com fotos de Katniss e Peeta foram substituídos com fotos minhas e de Clove; onde tinha uma foto da família, agora tinha uma foto de Clove, Prim e eu.
Clove inclusive me deixou trazer uma “amiguinha” pra cá noite passada, mas foi estranho. Não que a garota fosse horrível, mas sei lá, eu não pensava nela e sim em outra coisa...
– Ah Clove pode parar com isso. – falo pegando Prim no colo. Clove ainda acha que falar pra menina andar vai fazer com que ela ande. – Ela vai andar quando tive algum lugar para ir.
– Eu sei, mas os livros dizem que aos quinze messes ela já vai falar ou andar, e ela não faz nenhum dos dois.
– Todos os livros dizem que você já deveria estar casada e no mínimo, ter uns três filhos... Olha sua vida, Clove.
– Olha quem fala. Essa pobre garota acha que vai jantar com você.
– E qual é a outra opção? “Eu nunca mais vou te ver”, seria muito cruel.
– Onde é que você conhece essas mulheres? Serio Cato, porque quando não ta comigo, ou a Prim, ta no trabalho. – Clove se apóia no balcão, mostrando seu decote.
Foco Cato, seu covarde!
– É-é... eu tenho os meus meios.
– Ah, sei. De qualquer forma eu vou tomar um banho. – Fala ela. – E Cato, acho melhor você parar de olhar para minha camisa, eu sei que você adora a cor verde.
Minha cara não deve estar nem vermelha e sim preta de vergonha.
Sento-me na sala vendo mais um animador episódio de “Os amigos na natureza” com Prim, que de animador não tem nada.
– Ai que legal né, Prim? Que tal... Ah meu Deus ela ta de pé! Clove! Fica ai, fica ai e não se mexe! – me alevanto. – Clove! Clove! Ela vai andar!
– O que? Agora! – grita Clove. – Ela não pode andar agora! Eu to pelada!
– Mas ela vai andar! Prim fica quietinha ai.
– Espera que eu to indo! Segura ela ai!
– Como você quer que eu a segure?! – e Prim já estava andando.
Dei um empurrãozinho em Prim e ela começou a chorar.
– Ah merda, me desculpe baby, me desculpe.
– Ufa, cheguei. O que você fez Cato? – pergunta Clove.
– Você disse pra segurar ela e sem querer eu dei um empurrãozinho.
– Ah, eu disse pra você segurar ela Cato, não traumatizá-la, agora ela nunca mais vai andar.
Não deu cinco minutos que Clove falou isso e Prim começou a andar, mas ela não andava como crianças que estavam começando a andar. Ela corria. Corria de um lado para outro, ou seja, era Clove e eu indo para todos os lados atrás dela.
Já estava morto de tanto correr, até que resolvemos dar banho nela e Clove foi fazer algo pra nós comermos. Cheguei na cozinha e lá estavam as duas.
– É macarrão caseiro? – pergunto.
– É sim, ela é a única pessoa que não gosta da minha comida, agora é pessoal. Vamos, é só uma colher... – Prim comeu tudo e depois esboçou um sorriso de orelha a orelha. – Ela comeu, ela comeu, eu consegui!
Clove pulou no meu colo distribuindo beijos por toda minha cara e acabamos caindo no chão.
– Eu tão feliz, você viu isso Cato? Ela gosta da minha comida!
– Que bom, não é? Parabéns!
– Eu te amo! – Clove berrou e colocou as mãos na boca. – Ah, quero dizer, é-é... pode comer se quiser também.
Ela deu um salto do meu colo e saiu da cozinha com o rosto em chamas. Se um tomate passasse em frente dela agora, com certeza perderia no quesito cor.
– Ela me ama? Como assim? – pergunto a mim mesmo. – Ah, Clovelita, você já está me deixando louco.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
então, gostaram?
Eu comecei a escrever outra Clato, e ficar muito feliz se vocês dessem uma olhadinha.
http://fanfiction.com.br/historia/426780/De_Repente_E_Amor/
Até lá!