Estava deitada no sofá e o Vitor  estava sentado perto dos meus pés. Ele pegou o celular, olhou um pouco e depois pôs na orelha com certeza ligando para alguém, fiquei ouvindo a conversa ele estava chamando alguma piriguete para vir aqui em casa hoje, ele não demorou e desligou o telefone. 

- Ta chamando quem para vir aqui ?! 

- Uma amiga. 

Ele disse me olhando com um sorriso, ele ta tentando causar ciúmes em mim por um acaso?

- E o que ela vem fazer aqui? 

- O que a gente quase fez no meu quarto.  

- Ah não vai não, eu não vou ficar a noite inteira escutando gemidos de piriguete não senhor Machado, pode ir dispensando essa sua amiguinha. 

- Nem pensar. 

Ele disse sorrindo para mim e se virando para a TV. Ah, ele quer me provocar?! Mas ele sabe que a rainha da provocação sou eu. 

- Vitor você tem certeza que vai trazer essa sua amiguinha aqui?! 

Perguntei mudando o tom de voz para algo mais sexy. 

- Tenho. 

Ele disse olhando para mim e sorrindo, me sentei no sofá olhando para ele. 

- Você não acha que seria mais divertido ficar comigo?! 

Perguntei dando um sorriso malicioso, ele riu. 

- Lia eu não vou cair mais nas suas provocações, nem adianta, desista. 

- Será?

Perguntei me aproximando dele, me sentei em seu colo de frente para ele. 

- Tenho certeza disso, Lia a partir de hoje eu não caio mais nas suas provocações e se prepare que você vai ver o que é provocar. 

Ele disse dando um sorriso sexy. 

- Você vai me provocar, Vitor? 

Disse rindo em seguida. 

- Espere e você verá Lia. 

Ele disse fazendo uma cara sexy e mordendo o lábio inferior. Ele tem uma boca muito linda e muito sexy. Não tem nada se eu me aproveitar um pouquinho disso enquanto eu provoco ele, né? 

- Sabia que você tem uma boca linda? 

Perguntei passando o dedo no contorno dos seus lábios. 

- Não mais que a sua. 

Ele disse olhando para os meus lábios e eu sorri. 

- E não tem nada mais lindo que seu sorriso também. 

Ele disse sorrindo, aproximei meu rosto para beijá-lo, mas a campainha tocou. Eu sorri e saí de seu colo e fui abrir a porta. Tinha uma morena, média e com roupas minúsculas na porta sorrindo, a menina tinha tanta maquiagem que acho que ela queria roubar o emprego de algum palhaço. 

- Oi eu sou a Bia, o Vitor ta aí? 

Ela disse com uma voz irritante, e eu pensava que nada podia ficar pior que a Kika. 

- Não, ele foi no Japão saber porque lá não tinha comida japonesa.  

- Sério? 

Ela perguntou confusa, qual o problema dessas garotas? 

- Não, ele está sentado no sofá. 

Mal terminei de falar e ela foi entrando. 

- Oi Vitor. 

Ela disse enquanto eu fechava a porta e sentava no sofá, eles já estavam quase se devorando ali mesmo. 

- Hey Vitor, você tem quarto. 

- Mas a casa é minha e eu fico onde quiser. 

Ele disse e voltou a beijar a menina, acho que ele está precisando de sexo urgente. Me sentei de frente para eles e fiquei observando, fazendo uma cara fofa. Fiquei uns 3 minutos assim até ele se estressar. 

- Para de ficar me encarando caralho, isso incomoda. 

- Se você quer fazer sexo aqui na sala, não posso fazer nada. 

Disse sorrindo falso para ele. 

- Vem... qual o seu nome mesmo? 

Ele perguntou olhando para a cara da menina. 

- Bia, mas não interessa vamos logo para o seu quarto. 

Ela disse quase arrastando ele pelo braço. 

- Eita que essa aí tem um fogo, hein? 

Disse rindo, eles subiram e eu me deitei no sofá. Logo escutei alguém chegando em casa, olhei por cima do sofá e vi o Gui entrando. 

- Já? 

- Já, estava cansado queria vir logo para casa, mas os meninos ficaram lá. 

Ele fechou a porta e se deitou no sofá do meu lado, e eu o abracei. 

- E as gatas, cadê? 

- Hoje ninguém me quis. 

Ele disse fazendo uma carinha triste. 

- Até parece Gui, aposto que foi você que não quis aquelas piriguetes. 

- É verdade. 

Ele disse rindo. 

- Falando em piriguete, cadê o Vitor? 

Ele disse e eu caí na gargalhada. 

- Piriguete é? 

- Lógico, o Vitor é um pirigueto sem vergonha, ele não sabe mais nem o nome das garotas que ele pega.  

- Falando nisso, ele está lá em cima com uma garota, Bia eu acho que é o nome dela, só sei que a menina tem um fogo... 

- Sei quem é, acho que já peguei. 

Ele disse tirando seus sapatos. 

- Vocês são uns vagabundos que não valem nem um centavo. 

- Nós não somos vagabundos, a culpa são delas que não se dão o devido valor. 

É com essa eu tive que concordar. 

- É verdade, e se eu fosse uma piriguete, Gui? 

Disse rindo e ele me encarou. 

- Eu pegava você, e depois te dava uma surra, porque não admito que você seja piriguete. 

- Porque você não me dava só a surra? 

Perguntei e ele me olhou maliciosamente. 

- Porque desde que você voltou eu to tendo pensamentos errados com você, na verdade todos nós estamos principalmente o Vitor. 

- É você nem sabe o que eu fiz hoje? 

Disse toda feliz.  

- O que foi que você já aprontou com o Vitor? 

Ele perguntou me olhando desconfiado. 

- Nós estávamos lá no quarto dele, aí ele me agarrou e começamos a nos beijar e tals, e quando estávamos na cama quase tirando nossas roupas eu saí e deixei ele lá sozinho, ele ficou com ódio mortal de mim. 

O Gui começou a rir. 

- Sério? Queria ter visto essa cena. 

Nós ficamos rindo da cara do Vitor. Alguns minutos depois ele desceu as escadas com a tal menina, ele não parecia estar muito feliz. 

- O que aconteceu,Vitor? 

O Gui perguntou e ele fez uma careta. 

- Vitor eu já disse que isso acontece com qualquer garoto. 

A Bia disse como se tivesse reconfortando ele, só podia ser o que eu estava pensando. 

- Mas não sou qualquer garoto, sou Vitor Machado e isso nunca aconteceu comigo. 

Ele continuava inconformado. 

- Nos conte o que aconteceu Vitor. 

Disse já zoando com a cara dele, o Gui olhou para mim confuso, eu o olhei e ele entendeu tudo o que tinha acontecido, nós começamos a rir. 

- Parem de rir. 

O Vitor disse irritadíssimo. 

- Calma Vitor, eu já disse que isso acontece com muitos garotos, você não é o único garoto que eu fiquei que já aconteceu isso. 

A Bia continuava reconfortando ele, não deu conta de pegar a menina. Eu e o Gui continuávamos gargalhando rindo da cara dele. 

- Isso nunca aconteceu comigo. 

O Gui disse zoando com a cara do Vitor que pegou a primeira coisa que viu na frente e arremessou nele. 

- Cala a boca veado, não quero saber de você. 

- Hey, o Gui não é veado, é mais homem que você pelo menos. 

Disse para o Vitor. 

- Mentira, eu já peguei muito mais garotas que ele. 

- É, mas ele ta ficando com a única garota que você queria e ainda não ficou. 

Disse para provocá-lo, o Gui ficou confuso e me olhou. 

- É? 

- É Gui. 

Disse sorrindo. 

- Mentira de vocês, você nunca ficaria com o Gui, sei que você considera ele um irmão. 

O Vitor disse inconformado. 

- É, mas como você disse eu o considero, ele não é meu irmão, e existe pessoa melhor para ficar? Ele me ama como meu irmão, sei que nunca vai me magoar. 

- Isso é mentira. 

O Vitor disse ainda sem acreditar. 

- Se você não acredita, eu posso provar para você. 

Disse puxando o Gui fazendo com que ele ficasse por cima de mim no sofá e o beijei, como ele não vale nada mesmo correspondeu o beijo na mesma hora. 

- Vem Bia. 

Escutei o Vitor falar, separei os meus lábios do Gui e vi o Vitor subindo as escadas com a menina. 

- Você ama provocar ele, né? 

O Gui disse e eu o olhei. 

- É lógico, estou me vingando pela humilhação de anos atrás. 

- Quando precisar de alguém, estamos aqui ta? 

Ele disse piscando para mim. 

- Seu safado. 

- Eu sou safado? Você que me agarra e eu que sou safado? Ta bom então. 

Ele disse rindo. 

- É. 

- Eu vou pro meu quarto, to a fim de dormir. 

Ele se levantou de cima de mim. 

- Vou com você, vamos provocar mais um pouco o Vitor. 

Disse rindo, me levantando e desligando a TV. Subimos para o quarto do Gui que fica quase em frente ao do Vitor que pelo jeito se recuperou porque eu estava escutando os gemidos da menina de fora do quarto. 

- Eita que o menino ficou com tanta raiva que recuperou o fôlego. 

O Gui disse rindo e nós entramos no quarto dele. 

- Eu vou tomar um banho para dormir, quer vir comigo? 

Ele disse tirando sua camisa dançando e fazendo uma cara safada, eu comecei a rir. 

- Seu safado, não, vai tomar seu banho. 

- Okay. 

Ele disse fazendo biquinho e entrando no banheiro dele. Me deitei na cama, liguei a TV e fiquei vendo o que estava passando, não tinha nada que prestasse. 

- Pronto agora estou cheiroso. 

O Gui disse saindo do banheiro depois de algum tempo lá dentro, ele ainda tava molhado, principalmente o cabelo. 

- Deixa eu ver se você está cheiroso mesmo. 

Me levantei da cama e fui na direção dele. Ele me agarrou me molhando toda. 

- Tu sabia que eu te amo sua feia? 

Ele disse esfregando o cabelo molhado na minha roupa. 

- AH GUI SEU CACHORRO PARA COM ISSO. 

Disse batendo nele que se afastou de mim rindo. 

- Feio, vadio. 

Disse analisando minha blusa totalmente encharcada. 

- Também te amo, pega uma blusa minha. 

Ele disse indo até seu guarda roupa e pegando uma blusa dele, tirei minha blusa e vesti a que ele me deu. 

- Pronto agora você está lindo e eu vou dormir. 

Ele disse se atirando na cama. 

- Durma bem seu chato. 

Disse saindo do quarto dele, assim que saí para ir para meu quarto encontrei o Vitor voltando da sala, acho que a amiguinha dele já tinha ido embora. 

- O que você estava fazendo? 

Ele perguntou analisando minha roupa, só agora me toquei que devia estar com uma blusa do Gui e toda desarrumada e entendi o sentido de sua pergunta. 

- O que você acha? 

Disse maliciosamente. 

- Eu sei que você não faria essas coisas com o Gui, Lia. 

- Continue achando. 

Disse me virando e ia para meu quarto, mas ele agarrou meu braço e me encostou na parede. 

- Você me irrita sabia? 

- Eu sei. 

Disse sorrindo. 

- E sabe o que é o pior? 

Ele perguntou beijando meu pescoço. 

- O que? 

- Que isso só me faz querer mais você. 

Ele disse sorrindo e vindo me beijar.

- Sabe Lia... 

Ele disse com sua boca bem perto da minha, roçando nossos lábios ao falar, eu podia sentir seu hálito em minha boca, nesse exato minuto eu não estava nem conseguindo raciocinar direito. 

- O que? 

Disse em quase um sussurro. 

- Uma boa noite para você e o Gui. 

Ele disse me dando um selinho e saiu rindo para o seu quarto. 

- Seu vadio. 

Disse com raiva indo para meu quarto e batendo a porta, mas ainda pude escutar sua risada debochada. Muito cachorro um menino desse, argh que ódio.