– Vitor vai embora, eu não tenho nem camisinha aqui.

– Como você não tem camisinha, Lia?

Ele perguntou incrédulo.

– Você tem uma gaveta cheia, pra quê que eu vou ter aqui? Se eu arrumasse um outro namorado, duvido que pudesse trazer ele para transar aqui no meu quarto, não tenho motivos para tê-la aqui.

– Isso é verdade, mas como você disse, eu tenho uma gaveta delas.

Ele tirou algumas do bolso e jogou em cima da cama depois me agarrou.

– Vitor pode ir saindo do meu quarto que eu ainda estou de greve.

Balancei a cabeça para ordenar os pensamentos e me afastei dele que não tirava o sorriso do rosto.

– Você não parece estar muito certa se quer continuar com essa greve.

Claro, você sem camisa, no meu quarto, a meia luz, com essa música e me olhando sexualmente.

– Pois estou. Você foi me buscar em uma festa, amassou meu carro novinho e vai ter que falar para o tio Paulo isso.

– Vamos deixar para amanhã então, a greve também.

Ele me puxou pela cintura beijando meu pescoço, como tinha acabado de sair do banho eu estava apenas com o roupão e nada mais, isso afetava ainda mais meus sentimentos.

– Vitor...

– Shhh.

Saí sendo empurrada lentamente para a cama, ele me deitou e se deitou por cima de mim em seguida.

– Estamos em greve de beijos também? - Ele perguntou acariciando minha coxa nua e roçando nossos lábios. Quer saber? Foda-se essa greve de sexo. O agarrei em um beijo e pude sentir seu sorriso, não queria enrolar, eu já estava nua, apenas com um roupão, fui tirando sua calça e ele estava descalço então foi mais fácil. - Eu sabia que você não ia resistir.

– Vitor você devia apenas fazer esses comentários quando já estivesse dentro de mim, porque não teria tempo de desistir, seu otário.

Bati nele e virei ficando por cima, ele começou a rir.

– Gosto de viver perigosamente.

– Não, você gosta quando te nego sexo e você fica me seduzindo para conseguir, fica me provocando.

Eu estava sentada em cima dele.

– É verdade, mas eu gosto mais quando você fica me provocando, acho que foi por isso que fiquei tão louco por você quando voltou.

– Eu sei que você gosta.

Sorri e me arrumei onde estava sentada, rebolei devagar, ele ainda estava de cueca. Seu sorriso só aumentou. Passei a mão pelo seu abdômen e fui saindo de cima dele e tirando sua cueca. Seu pau pulou para fora, o segurei e comecei a masturba-lo.

– Prefiro sua boca.

– Não seja por isso.

Coloquei seu pau na minha boca e tentei dar o melhor de mim. Sua cara me dizia que ele estava gostando, ele segurava com força no meu cabelo não me deixando parar e só me largou depois que gozou.

– Posso retribuir esse favor?

Ele se virou passando a mão na parte interna da minha coxa pela abertura do roupão enquanto sua outra mão o abria.

– Você deve.

E lá veio ele me enlouquecer apenas com sua língua. Quem diria que eu estaria fazendo sexo e namorando com o garoto pelo que eu jurei nunca mais sentir nada, as coisas realmente mudam.

[...]

– Lucca você foi comprar alface?

– Ta aqui, Lia.

Ele me entregou um saco com algumas verduras.

– Cadê o alface?

– Ta aqui, sua cega.

Veio todo arrogante e me mostrou.

– Lucca o que você acha que é isso?

Disse pegando os tomates que ele havia me dado.

– Tomates.

– E o que eu te pedi, otário?

– Tomates?

Saiu como uma resposta.

– Eu pedi AL-FA-CE, como você compra tomates?

– Mas são todos parecidos.

Ele tentou se explicar.

– Não são. Trate de voltar ao mercado e comprar o alface, são FOLHAS VERDES, entendeu? FOLHAS!

– Ah não vou, por que o Vitor não vai lá?

Ele apontou para o Vitor que estava sentado ao meu lado apenas rindo da situação.

– Porque minha função é ficar dando beijos nela para que não se estresse fazendo esse monte de comida.

– Eu posso ficar com essa função.

– Já foi, Lucca?!

O expulsei e ele saiu reclamando.

– E o senhor vá lavar a louça que vamos utilizar.

Estava fazendo um jantar para toda a família hoje, os tios, meus pais, os meninos, o Biel, a Sophia e até o Hanson que já tinha se arrumado na vida, tio Paulo disse que ele era muito bom nos negócios.

– Eu lavar a louça?

– Sim Vitor.

– Droga!

Ele resmungou também e foi lavar a louça, o Gui estava me ajudando na cozinha e o Dinho arrumando a casa mais ou menos. Logo já estava perto da hora do jantar e estava quase tudo pronto, tirando o fato que encontrei o Dinho dormindo no sofá e não arrumando a casa.

– Imprestável.

Peguei as almofadas e comecei a bater nele.

– Ai Lia!

– Ai nada, vai se arrumar que daqui a pouco o pessoal chega.

– Ninguém pode mais nem dormir na própria casa.

– Sai da minha frente, Dinho.

– Piriguete.

Ele me xingou e saiu correndo. Eu mereço esses meninos, agora eu acho que posso ir tomar banho, está tudo arrumado a meu ver. Subi para o meu quarto me arrumar, escutei a campainha tocar quando saí do banho.

– Algum de vocês pode ir atender? Eu acabei de sair do banheiro.

Disse para os meninos e voltei para me arrumar.

– Oi!

O Vitor dissse entrando no meu quarto.

– Eu pedi para um de vocês ir abrir a porta.

– O Lucca foi lá, eu não ia arriscar ficar com meu pai no mesmo ambiente sem você por perto. Ele disse se sentando na minha cama. E ouvi que você saiu do banho, então está pelada e vim aqui.

– Tarado!

Joguei uma blusa nele que começou a rir. Me arrumei com o Vitor me secando durante todo o processo e descemos juntos.

– Boa noite!

Dei um abraço em todo mundo.

– Boa noite!

O Vitor saiu cumprimentando o pessoal, quando chegou no tio Paulo ele passou direto e foi falar com o Hanson.

– Vem aqui falar com seu pai, idiota.

– Que o senhor é idiota eu sei e eu não sou seu filho.

Ele interpretou a frase do tio errado e se escondeu atrás de mim.

– Sem brigas, estamos aqui para curtir um jantar juntos, por favor.

– Deixa esse muleque tirar minha paciência hoje, juro que mato.

– E tomara que o senhor vá para a cadeia e se torne esposa de um negão de 2 metros de altura.

– Vitor cala a boca.

Todos rimos e fomos nos sentar.

– Foi você quem fez a comida, filha?

Minha mãe perguntou enquanto eu colocava as comidas na mesa.

– Sim mãe, com ajuda do meu chef exclusivo, Guilherme.

– Exclusivo e gostoso.

Gui completou minha frase.

– E eu achando que esses meninos não sabiam de nada.

– E não sabem tia Dora, apenas o Gui se salva mais ou menos.

– Hey, eu lavei a louça.

O Vitor tentou se defender.

– Não vou comer na louça que esse idiota lavou.

Tio Paulo disse afastando o prato.

– Devia ter lavado a louça que você ia comer com agua da privada.

– Vocês podem ser os dois homens da minha vida, mas se não calarem a boca eu mesma irei matar os dois.

Tia Dora disse séria.

– Obrigada, Dora!

Meu pai agradeceu que ela tomou alguma providencia.

– E você Hanson, como anda no seu novo trabalho?

– Está tudo ótimo, Lia. Só tenho que agradecer por tudo que vocês fizeram por mim, muito obrigado mesmo.

– E quem diria que você assistir eles fodendo ao vivo resultaria nisso tudo?

A Sophia comentou e eu a repreendi com o olhar.

– Não entendi.

Minha mãe comentou e lembrei que ela não sabia, nem ela e nem a tia Dora, só o meu pai e o tio Paulo.

– Não precisa entender, mãe. Ignora!

– Só uma coisa que precisa entender, seu genro é um merda.

Tio Paulo não perde uma.

– Igual ao pai adotivo dele.

Vitor acrescentou.

– Para com esse caralho vocês dois, Vitor o Paulo é seu pai sim e Paulo respeita seu filho, puta que pariu!

Tia Dora explodiu e todo mundo olhou para ela surpreso.

– Foi uma puta que pariu mesmo.

Tio Paulo respondeu fazendo todos rirem e a tia encarar ele séria.

– Você sabe que você depende de mim para ter sexo.

– AH MEU DEUS! Meu pai ainda faz sexo? Pensei que não subia mais.

E pronto, tio Paulo matou o Vitor com o olhar e ninguém conseguia parar de gargalhar.

O jantar foi calmo, eu amo ver todo mundo reunido assim. O tio brigando com o Vitor, o Vitor revidando, o Biel bajulando minha mãe, a Sophia dando em cima dela, meu pai brigando com a Sophia, os meninos jogando suas piadas indecentes, Hanson explicando para a tia Dora o porquê foi morar na rua e como me conheceu e a cara chocada dela foi impagável. Tenho a melhor família do mundo. Depois do jantar todos fomos para a sala.

– Vocês vão ficar até quando aqui, pai?

– Até amanhã apenas, viemos só para o seu aniversario mesmo.

– Eu amei ter vocês aqui.

Abracei os dois.

– E eu amei saber que você se resolveu com o Vitor.

Minha mãe olhou carinhosamente para ele.

– Não sei como a senhora consegue ser tão feliz com o genro que tem, tia.

Dinho comentou rindo.

– A Lia merecia coisa melhor.

– Tipo você Sophia?

Vitor revidou e ela fez uma cara debochada.

– Sim, tipo eu Vitor.

– Concordo com a Sophia.

Tio Paulo respondeu e o Vitor olhou para ele indignado.

– Qual o seu problema?

– Me arrepender de nunca ter te dado uma surra quando pude.

– Eu até chamaria o senhor para brigar, mas idoso como está é capaz de não aguentar nem andar até lá fora, ia ter um infarto no meio do caminho.

– Lembre-se que ando armado, não preciso me levantar pra te matar, ameba.

– Vocês parecem duas crianças, pelo amor.

Hanson disse e eu concordei e comecei a rir.

– Filha queria que você fosse nos visitar quando pudesse, pode levar os meninos com você, seus colegas estão sentindo sua falta.

– Sinto falta do Miguel e do Natan também.

Eles eram meus amigos brasileiros, tinha algumas conhecidas também, mas eu sempre me relacionei melhor com os meninos e eles eram filhos de amigos do meu pai, então foi mais fácil.

– Bru- quem?

– Bruno e Miguel, Vitor.

– Não vamos visitar você, tia. Me desculpe!

Vitor disse já com ciúmes.

– Vamos visitar você sim, mãe não escuta o Vitor. Vou levar esses imprestáveis comigo também.

– Não esquece do seu amigo fabuloso aqui.

O Biel disse e minha mãe começou a rir.

– O Biel pode ir, mas a Sophia me assusta.

A Sophia piscou para minha mãe que olhava estranho para ela.

– Lia você nem me disse o que achou do seu novo carro.

Meu pai disse e os meninos começaram a gargalhar, o Vitor me olhou sério e eu dei um sorrisinho de te peguei.

– Ótimo, pai. É maravilhoso, estaria perfeito se não estivesse amassado.

– O que aconteceu?

Tio Paulo perguntou preocupado.

– Um certo garoto bateu com o carro dele no meu.

– Por favor, não diga Vitor!

Olhei para o Vitor que já olhava para o pai dele assustado.

– É esse mesmo o nome dele.

– Filhote de anta!

– Ai caralho, sempre sobra para mim!

O Vitor correu e o tio correu atrás.

Como Já Disse,Tenho a MELHOR FAMILIA

The End