O Amor Coloriu escrita por Melissa


Capítulo 37
Consequencias




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– O que ela ta fazendo aqui?

O Sal  perguntou ainda encarando a Luana com o Vitor.

– Veio atrás do pai do filho dela.

– Como assim "atrás do pai do filho dela"? Eu sou o pai desse menino ou menina, sei lá.

Ele disse me olhando, fiz cara de "não sei de nada".

– Se quiser eu chamo ela pra falar com você.

– Me faça esse favor, Lia. Não quero arrumar barraco na sua festa, ia estragar seu momento.

– Pode arrumar barraco eu deixo e não ia estragar meu momento em nada, pelo contrário, só ia melhorar minha festa.

– Não gosta da Luana, né?

Ele me olhou sorrindo.

– Nem um pouco.

Ri e fui chamar ela, cheguei lá e eles pararam de dançar e me olharam. Dei um sorriso grande.

– Luana tem uma pessoa que está atrás de você.

– Quem?

Ela me perguntou sem vontade.

– Ali.

Apontei para o Sal, ele encarava ela sério e a menina virou uma estatua até parado de respirar ela tinha. Meu sorriso só aumentou.

– Calma Luana, não morra agora.

Disse rindo e ela me encarou furiosa. Cara, eu tava com uma vontade louca de sair correndo e gritando de felicidade.

– Vitor, meu lindo, fica aqui eu volto já tá? Não sai daqui.

Ela saiu e foi até ele.

– O que você está aprontando?

O Vitor  me perguntou.

– Quer ver?

Disse explodindo de alegria, ele estava em dúvida.

– Vem logo.

Agarrei na mão dele e o puxei para onde a Luana  e o Sal estavam, nos escondi, mas dava para ver e ouvir bem eles conversando.

– QUE NEGOCIO É ESSE QUE VEIO ATRÁS DO PAI DO SEU FILHO? EU SOU O PAI DESSA CRIANÇA.

O Sal gritou com ela.

– Desculpa, Sal é que... Er...

Ela nem sabia o que dizer.

– Como assim o Sal é o pai da criança?

O Vitor  perguntou pra mim.

– Cala a boca e escuta, idiota.

– Eu pensando que você tava com seus pais, sofrendo porque vai ser mãe cedo e você aqui, rindo e se divertindo dando um golpe no Vitor.

– Você sabe que eu sempre amei ele.

Ela disse indiferente.

– To nem aí, cadela. Só to assim porque me enganou.

– Cadela não, seu viado.

– Viado é o caralho, se eu fosse viado você não tava esperando um filho meu.

– Quem disse que é seu?

– Você, antes de se tornar essa vadia.

– Ah vai se fuder, Sal.

– Posso achar outra pessoa para fazer isso comigo, e não vai ser uma mal amada como você.

Ele saiu de lá rindo, dava pra ver que ele tava com raiva.

– Que merda, como eu sou otário! Vou matar ela.

– Não, deixa eu ir lá primeiro e aliás, sempre avisei que você era um otário, bem feito.

Saí rindo, ele tava com muita raiva e minha noite só ficando melhor.

– O que foi, Luana?

Perguntei inocente, ela tava nervosa e quase chorando, mas mesmo assim o que mais transparecia era sua raiva.

– Foi você né, vadia?

– Eu o que?

Perguntei me fazendo de desentendida.

– Que chamou o Sal  para vir aqui.

– Eeeeeu?... É foi sim.

Disse com um lindo sorriso.

– Vou te matar!

Ela ia vir pra cima de mim e eu a empurrei.

– Acho bom você ficar quietinha, e também acho que quem vai morrer é você e não eu, o Vitor  tá puto de raiva.

– Como assim?! Ele ouviu?!

– Claro fia, você acha que eu só ia trazer o Sal aqui e pronto? Fiz serviço completo, sou muito eficiente.

– Agora eu te mato, Lia.

Quando ela vinha na minha direção o Vitor apareceu parando bem na minha frente e impedindo ela de se aproximar.

– Oi, Luana!

Ele disse sério.

– Vitor, meu lindo. Não acredite em nada do que ela falou pra você, ela só quer me destruir.

– Acontece que a Lia  não falou nada, eu escutei toda a sua conversa com o Sal, eu não quero me estressar então só peço que vá embora dessa casa agora, e depois quando eu quiser me estressar a gente conversa.

– Mas, amor...

– A, o que?

– Amor...

Ela disse cautelosa.

– Amor é o caralho, sai dessa casa agora.

– Mas Vitor...

– Já saiu, Luana?

Ele disse com raiva e eu atrás dele fazendo gestos para ela.

– E o meu filho?

Ela fez drama.

– Sei lá, vai procurar o pai dele.

Ri e ela saiu chorando já pra longe dele.

– Lia...

– Nem precisa agradecer, agora deixa eu curtir minha festa porque tenho muitas coisas pra comemorar nessa noite toda especial.

Saí na maior felicidade do mundo, mais feliz do que adolescente saindo da escola numa sexta feira.

– O que você já aprontou?

O Nick perguntou assim que me viu.

– Acabei com uma biscate no caminho.

Disse sorrindo bem grande.

– Parabéns novamente.

Ele veio me dar um beijo e eu desviei.

– O que foi?

O Nick perguntou confuso e eu ri.

– Nada não, é que eu gosto de brincar com você.

Disse abraçando ele.

– Eu também, mas preferia outras brincadeiras.

– Outras brincadeiras com você não.

– Okay, me contento com os beijos.

Ele disse me beijando, o Nick sabia que não queria nada sério com ele, era só hoje e como ele gosta de irritar o Vitor... Me ajuda.

– Posso dançar uma música com essa bela dama que me ajudou hoje?

O Sal chegou sorrindo.

– Claro.

Disse dando um beijo na bochecha do Nick e indo dançar com ele. Ele me puxou até o meio da pista bem perto de onde a Sophia dançava com o Gabriel.

– Poxa Lia, obrigada por ter aberto meus olhos tá?

– De nada, Sal. Só fiz o meu dever, quando descobri que você era o pai da criança não pensei duas vezes e fui atrás de você.

– Foi porque você odeia ela, né?

– Com certeza.

Ele riu.

– Já soube do seu rolo com o Vitor.

– Pois é, mas foi porque tava com saudade também.

– Eu também, fedorenta.

Eu ri e ele me abraçou. Fiquei dançando um pouco, a festa estava ÓTIMA e todos estavam gostando. Já estava amanhecendo quando todos foram embora, mas ainda tava rolando música e eu estava sozinha na sala, bebendo. Fui até o banheiro do meu quarto, quando abri a porta do banheiro para sair, encontrei o Vitor de costas mexendo nas minhas coisas.

– Perdeu algo aqui?

Perguntei e ele se virou.

– Você, queria saber se eu vou ter a honra de uma dança.

– Acho que não.

Disse sorrindo.

– Podemos ficar por aqui mesmo então.

Ele se aproximou de mim.

– Ta bom, só uma dança.

Disse revirando os olhos e nos conduzindo até a parte de baixo. Fui até onde deixei minha bebida, a peguei e fui para o meio da pista de dança.

- Não vai vir, Vitor? Que foi ta com medo de se apaixonar?

Perguntei rindo e dançando.

– Eu não sou o apaixonado da história.

Ele disse com um sorriso cínico.

– Tem certeza?

– Não mais.

– Então venha aqui, e dance comigo para eu ver se isso é realmente verdade.

Disse rindo, é lógico que ele tava mentindo. O Vitor veio até mim sorrindo e a música era meio lenta.

Você tem sido um garoto muito, muito mal

Eu vou me divertir, então curta

Não precisa sentir vergonha

Relaxe e tome um gole do meu champanhe

Porque eu quero te dar uma pequena prova

Do doce debaixo da minha cintura

Seu garoto safado

Ele me puxou para perto dele enquanto dançávamos juntos.

Eu vou te dar um pouco de Uh La La

Você quer dormir comigo?

Eu te tenho todo suado

Tenho você quente, contrariado e excitado.

Seu garoto safado.

– Sim, eu quero dormir com você.

Ele disse no meu ouvido.

– Nem pensar, Vitor. Foi você quem fez o estrago, agora aguente as conseqüências dele.

– Foi você quem começou a provocar... – sua mão desceu pelas minhas costas até minha bunda – agora aguente as conseqüências disto.

E me agarrou em um beijo.


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Notas finais do capítulo

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