- Não pode ser. 

O Vitor  continuava sem acreditar. 

- Pois é  Vitor , a garota gordinha e feinha cresceu. 

Disse rindo. 

- Lia  eu vou indo, estou vendo que agora você pode se defender muito bem sozinha. 

O Gui disse me dando um beijo na bochecha. 

- Até depois. 

Disse e ele saiu passando pela Kika e assoprando sua franjinha me fazendo rir e ela ficar furiosa. 

- Lia o quê aconteceu com você ?! 

Ele perguntou me analisando. 

- Só me cuidei e alias tenho que agradecer vocês por eu estar linda desse jeito. Muito obrigada. 

Disse sorrindo. 

- E bota linda nisso. 

O Vitor  disse sorrindo maliciosamente. 

- Não achei muita coisa. 

A Kika disse incomodada com o comentário do Vitor. 

- Que bom que não achou muita coisa, não pedi sua opinião mesmo. 

Disse me virando e pedindo mais um copo de vodka ao garçom. 

- To vendo que o humor continua o mesmo. 

O Vitor  disse debochado. 

- Ele também melhorou. 

Disse sorrindo pegando meu copo e deixando eles lá, falando sozinho. A festa foi calma, não consegui encontrar os outros meninos, parece que eles haviam saído e como lá só tinha “velhos” eu fui dormir. Fiquei no quarto de hospedes, tomei um banho troquei de roupa e dormi logo. De manhã acordei com a claridade, me levantei amarrei meu cabelo em um coque, fui ao banheiro lavei o rosto e desci para tomar café, de pijama mesmo. 

- Bom dia Lia. 

O tio Paulo disse assim que desci. 

- Bom dia tio, bom dia tia. 

Disse dando um beijo na bochecha de cada um. Me sentei pronta para tomar café. 

- Pois então Lia, eu e o seu tio estávamos conversando e acho que seria meio chato para você ficar por aqui, não tem ninguém da sua idade nem nada. 

A tia Dora dizia enquanto eu colocava cereal na vasilha. 

- Não ligo tia Dora, posso fazer companhia para a senhora e ir visitar os meninos ás vezes. 

- Não Lia, você tem que viver com os jovens da sua idade, se bem que você não vai aprender nada que preste com aqueles meninos. 

- Ah tia, mas idade não é nada. A senhora é uma jovem, só que com mais idade. 

- Eu sei meu amor, mas como ia dizendo, eu e seu tio estávamos conversando e achamos melhor você ir morar com os meninos na casa deles. 

Ela disse e eu sorri seria legal morar com eles, não ia prestar acho que por isso ia ser mais legal. 

- Mas Lia preste atenção, não quero ver você seguindo o exemplo daqueles bandos de vagabundos que não querem nada com a vida, ta me ouvindo ?! 

O tio Paulo  disse me olhando e eu ri. 

- Sim senhor tio, eu tenho juízo e aqueles não tem. 

Disse rindo, ta bom que tenho juízo se duvidar sou pior que eles. 

- Então faz assim, você termina de tomar café se arruma e eu mando o motorista te levar para a casa deles, mas se prepara porque eles não sabem da novidade. Acho que eles vão amar. 

A tia Dora disse e eu ri. Com certeza eles iam amar o fato de me ter morando com eles. Como combinado terminei de tomar café e tomei um banho, coloquei um short, uma blusinha e meu all star. Nós descemos e a tia mandou o motorista me deixar na casa deles. 

- Lia cuidado com aqueles garotos. 

A tia disse sorrindo e me fazendo rir. 

- Tudo bem. 

Disse á abraçando. 

- Lia minha filha se eles fizerem alguma coisa com você pode meter a porrada, ou é só falar para mim que eu mesmo bato. 

- Pode deixar eles comigo, tio. 

Dei um abraço nele e entrei no carro e o motorista deu partida e logo estávamos á caminho da casa, era a mesma casa onde cresci. O tio e a tia haviam deixado a casa para eles e comprando uma mais afastada do centro da cidade. Quando chegamos na casa ainda era cedo, nem era hora do almoço. Eu desci do carro e fui em direção da porta quando ia tocar a campainha uma senhora abriu a porta pronta para sair da casa. 

- nina ?! 

Perguntei e ela me olhou surpresa depois me deu um abraço forte. Nina era a governanta da casa na época que morei aqui. 

- Lia minha filha quanto tempo. 

Ela disse se afastando um pouco e me olhando direito. 

- Você me reconheceu ?! 

- Claro, como ia esquecer desses lindos olhos e esse sorriso lindo. 

- Poxa Nina. 

Disse abraçando ela mais um vez. 

- Você está trabalhando na casa dos meninos ?! 

- Não, eu ainda trabalho na casa do seu tio, só venho aqui para arrumar essa casa e fazer comida porque se depender deles só comem macarrão instantâneo e besteiras. 

Ela disse e nós rimos. 

- Estou vindo morar aqui e vou colocar esses vagabundos tudo para trabalhar. 

- Isso mesmo Lia, seja a mulher dessa casa e coloque moral nesses garotos. 

- Deixa comigo. 

- Agora eu vou ter que ir minha filha, mas pode entrar eles ainda estão todos dormindo coloque suas coisas para dentro que eu vou voltar com o motorista. 

Ela disse e o carinha colocou minhas malas na sala da casa depois eles foram embora, agora vamos acordar a cambada. Subi as escadas e bati na primeira porta e ninguém reagiu, bati mais forte. 

- Já vai caralho. 

Escutei a voz do Gui e prendi o riso ele abriu a porta do quarto com uma cara de sono terrível. 

- Bom dia meu amor. 

Disse e ele me encarou. 

- Porra velho, você mal chegou e já começou a encher o saco ?! 

Ele disse se encostando na porta com sono. 

- Ta na hora de acordar, tenho um comunicado para fazer para vocês. 

Disse rindo da cara dele. 

- Ta. 

Ele disse fechando a porta na minha cara, muito filho da mãe um menino desse. Fui e bati na porta do lado, dessa vez já bati com força e o Dinho abriu a porta também com sono, e assim que me viu logo mudou a expressão. 

- Nossa perdida por aqui, gatinha ?! 

Ele disse me paquerando. 

- Me respeita rapaz, você não sabe quem eu sou ?! 

Perguntei ele me olhou estranho e depois eu tive certeza de que ele sacou quem era, pulou em cima de mim fazendo nós dois cairmos no chão com ele ainda me abraçando. 

- Lia não acredito que é você, gordinha. 

Ele disse gritando e ainda me abraçando. 

- Que gritaria é essa ?! 

Escutei a voz do Lucca, ele olhou para mim e o Dinho no chão e revirou os olhos. 

- Dinho você tem seu quarto para fazer essas coisas, no corredor não, ninguém merece ver você nesses momentos. 

- Cara, é a Lia. 

O Dinho disse que nem um retardado apontando para mim. 

- Quem é Lia ?! Já peguei ?! 

O Lucca disse pensativo. 

- Não peguei nenhuma Lia, a única que conheço é a Lia nossa melhor amiga que foi embora. 

Ele disse e o Dinho  continuou apontando para mim. 

- É ela cara. 

- Mentira. 

O  Lucca disse depois também pulou em cima de mim, ta isso foi muito legal, mas vamos combinar que eles não eram nada leves e já estava pesando. 

- Dou 3 segundos para saírem de cima de mim. 

Disse e eles continuaram me abraçando e me dando beijos no rosto. 

- 1... 2... 

Quando ia falar três eles levantaram rápidos e me deram as mãos para me ajudar á ficar de pé. 

- Lia a gente sentiu muito a sua falta. 

Eles disseram me abraçando novamente. 

- Também senti a falta de vocês, coisas. 

Abracei eles forte. 

- Tenho um aviso para dar, só falta acordar o babaca do Vitor. 

Disse me separando deles que foram para seus quartos, fui até o quarto do Vitor com certeza era o próximo quarto. Bati na porta e ninguém reagiu, bati mais forte e ninguém ainda, bati mais uma vez. 

- QUE É PORRA, ME DEIXA DORMIR. 

Escutei ele gritar, ta acho melhor deixar ele dorm.... mentira vamos perturbar. Bati mais uma vez. 

- VOU DAR UM TIRO NA CABEÇA DE QUEM FOR. 

Ele disse e abriu a porta. 

- Nossa bom dia para você também, Vitor. 

Disse sorrindo e ele me olhou irritado. 

- Tinha que ser, nem chegou direito e já vem fazer baderna. 

Ele disse e eu ri. 

- Vitor, vem volta para cá. 

Escutei a voz da Kika, olhei para dentro do quarto e a vi coberta só por um lençol. Olhei para o Vitor e ele estava apenas com um boxer preta, ta meu amigo de 13 anos cresceu e se tornou um gostoso, mas isso não quer dizer nada continuo com raiva dele. 

- Bom dia Kika. 

Disse e ela me olhou com raiva. 

- Bom, veste uma roupa e desce tenho um aviso para dar para vocês. 

- Eu não vou á canto nenhum, a casa é minha eu faço o que eu quiser. 

Ele disse fechando a porta na minha cara, era guerra que ele queria era o que ia ter. Desci as escadas e fui até a cozinha, peguei uma frigideira e uma colher de pau e voltei a subir as escadas, eu nasci para infernizar as pessoas. Fui até a porta do quarto do Vitor e fiquei batendo na frigideira. 

- BORA, BORA, BORA. 

Gritei e ele abriu a porta mais que irritado, ele estava bufando de raiva. 

- O QUE É CARALHO, FALA LOGO O QUE VOCÊ QUER E ME DEIXA DORMIR. 

Ele disse e eu olhei para a cara dele depois bati mais uma vez com a colher na frigideira.  

- O que é isso ?! 

O Gui  saiu do quarto seguido pelos outros meninos que também saíram dos seus com certeza, eles estavam morrendo de sono. 

- Todo mundo lá na sala. 

- Ah Lia, fiquei feliz com a sua chegada, mas não to gostando mais. 

O Dinho  disse e eles iam voltar para os quartos. Voltei a bater freneticamente na frigideira. 

- TÁ, TÁ NÓS VAMOS LÁ PARA A SALA. 

O Lucca  disse e eles foram andando, descendo as escadas.  

- De quem são as malas ?! 

O Vitor  disse olhando para as minhas malas, coloquei a frigideira na mesinha de centro e me joguei no sofá. 

- São minhas, eu vim morar com vocês, tcharam. 

Disse e eles ficaram incrédulos. 

- VOCÊ O QUE ?! 

Escutei a voz da Kika e á vi descendo as escadas. 

- Vim morar aqui. 

- Nem pensar. 

Ela disse e eu a olhei com uma sobrancelha arqueada. 

- A casa é sua por um acaso ?! Não, pelo que sei sua casa é um pouquinho mais pra frente dessa, então você não tem que falar porra nenhuma aqui. 

Disse e ela me olhou enfurecida. 

- É, mas a casa é minha e aqui não mora nenhuma garota, é o lar dos garotos. 

O Vitor  disse e os meninos concordaram. 

- Que vocês se entendam com o tio Paulo, agora vamos quero minhas malas lá no meu quarto. 

- Coloque você elas lá então. 

O Lucca disse e eles voltaram para o caminho da escada. 

- Enquanto vocês não colocarem minhas malas lá em cima eu não deixo vocês dormirem. 

Disse e eles me olharam com raiva. 

- Só vamos porque agora sabemos o quão irritante você voltou. 

O Gui disse e eles pegaram minhas malas. 

- Vocês sabem que eu amo vocês. 

Mandei um beijinho para eles. Liguei a TV, todos já haviam subido ficaram só o Vitor  e a Kika 

- Kika vai lá para cima. 

Ele disse e ela foi que nem uma cachorrinha. 

- Vai cachorrinha, vai. 

Disse e ela me  Olho Irritada 

- Você voltou para ficar mesmo ?! 

O Vitor perguntou. 

- Voltei. 

- Hum, bom saber. 

Ele disse dando um sorriso malicioso. 

- É ?! Por quê ?! 

Disse me levantando e me aproximando dele com uma cara safada. 

- Carne nova é sempre bom. 

- Sonha Vitor, esse corpo aqui você não toca. 

- Nenhuma garota diz não para o Vitor Machado . 

Ele disse me puxando pela cintura colando nossos corpos. 

- Prazer, nenhuma garota. 

Disse sorrindo, me soltando dele e subindo para meu quarto.