Ele havia acabado de chegar em Winterfill. Era um ligar bem agradável, para quem gostava de frio. Muitas pessoas passavam pelas becos com caixas de comida e arrumando o local. Mas porque?

Seus pés o guiavam em direção ao castelo. Na porta estavam dois homens, provavelmente da Guarda Pessoal do Rei Jon. Se aproximou e perguntou quando teria a próxima "reunião". Os guardas responderam de forma rude que o Rei faria a audiência quando o sol apontar o meio do céu. Como não tinha nada para fazer deu uma volta e esquadrinhou todo o local mentalmente. Ouviu algumas conversas e descobriu que a Rainha de Westeros e seu sobrinho Aegon Targaryen viria ao Norte.

Isso explica as caixas de comida e pessoas com pressa, pensou.

Na verdade aquilo era estranho, muito estranho. Algo lhe dizia que tinha muita coisa não esclarecida. O que a Rainha de Westeros queria tratar com o Rei do Norte? Jon declarou a independência porque não queria mais o Norte responsável por qualquer decisão feita em Westeros. Por acaso, queria um acordo de paz? Talvez sim. Mas como? Casando filhos? Já imaginou um herdeiro legítimo de dois reinos independente? Isso faz algum sentido?

Balançou a cabeça, espantando tais perguntas. Se, o plano que ele criou desse certo, logo iria saber praticamente tudo o que acontecia aqui.

O sol já anunciava o meio do dia. No castelo junto com um grupo de nortenhos foram encaminhados por um jovem gordo com um rosto simpático, provavelmente o novo Meister se julgar seus olhos sábios. Chegaram em uma sala grande com um grande Trono Branco e um jovem parecido com Arya sentado com uma coroa na cabeça.

Um dos homens do nosso grupo caminhou até perto do garoto e ajoelhou olhando para o chão.

- Vossa Graça - disse

- Levante-se - O Rei Jon ordenou e perguntou - em que posso ajuda-lo?

O homem lhe disse algo sobre um problema futuro sobre escassez de comidas para o Inverno, que já estava por vir. O jovem resolveu rapidamente o problema e chamou o próximo, depois o outro, outro. Quase todos a mesma coisa. Quando chego sua vez, encaminhou-se até perto do Trono e ajoelhou, proferindo as palavras:

- Sua Graça - disse com o forte sotaque Bravosi.

- Levante-se e se apresente. Em que posso lhe ser útil? - Syrio percebeu uma suave diferença em seu tom de voz. Era uma coisa natural, muitos habitantes da Cidade Secreta foram decapitados por assassinato, infiltração e "magia negra". A desconfiança do jovem Rei significava uma astucia. O que era um bom sinal.

- Sou Syrio Forel. Fui a primeira espada do Senhor do Mar de Braavos. Sou o Mestre de Dança das águas de sua irmã mais nova, Arya Stark. Sobre me ser ajudar, eu gostaria de poder falar com minha aprendiz.

Rei Jon pensou por um momento depois assentiu. Virou-se para um dos guardas lhe ordenando que chamasse por sua irmã. Lhe explicando o que aconteceu.

- Sente-se, por favor - disse o rei indicando as cadeiras no fundo da sala.

Depois de algum tempo o guarda retornou acompanhado de uma menina um tanto pequena com os passos graciosos e firmes, olhar intimidador com uma capa que lhe cobria quase toda a roupa.

Quando ela o viu, sorriu. Ele logo entendeu oque isso significava. Ela já esperava por ele, por pura dedução lógica. E ela também já entendia o que seu Mestre planejava. Poder vigia-la de perto. Só não sabia o por que.

- Mestre - ela disse tirando a espada da bainha, ajoelhou-se e colocando-a no chão à sua frente.

Ele sabia que aquilo significava que ela o aceitava. Mas por que ela cedeu tão facilmente?