Pertence. escrita por fancyfrills


Capítulo 1
único.




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No que se tratava de Sherlock, John sabia que estava perdido. Aquele homem louco conseguia convencer John a fazer todo tipo de coisa absurda em nome do Trabalho ou de experiências malucas. Está tudo bem, ele havia dito uma vez, sem notar que havia proferido uma profecia auto realizável. Agora, eles haviam acabado de fazer sexo e por razões inexplicáveis, estava tudo perfeitamente bem também. É claro que não havia sido nem pelo Trabalho, nem um experimento. Sherlock não faria isso, não era do feitio dele. (verdade seja dita, sexo também não era, mas até aí, quem ia saber?) Então, por que eles estavam casualmente esparramados na cama do único detetive consultor do mundo como se fosse algo trivial, algo que eles fariam qualquer dia? John se perguntava. Talvez porque Sherlock tenha querido e ele podia fazer e oh, está tudo bem. Ambos queriam que isso acontecesse. Ele não estava muito certo desde quando havia passado a considerar tal possibilidade (ele não conseguia lembrar), nem se eles fariam de novo. (muitas razões para não acontecer novamente, muitas para ir em frente e muitas mais para "dá no mesmo"). Não tinha importância, para falar a verdade. Ignorância é uma benção, é o que falam. Além do mais, naquele exato momento, John Watson estava cansado demais para ponderar sobre como que raios haviam terminado desse jeito.

"Volta pra cama," ele murmurou, mal-humorado, quando Sherlock levantou, deixando um espaço vazio ao lado do médico. Aquele era um dia particularmente frio e Sherlock era uma excelente fonte de calor. Preguiçoso demais para abrir os olhos, John ficou escutando o detetive procurar por alguma coisa na gaveta da mesinha de cabeceira. “O que você está fazendo?”

Sherlock riu da maneira única que só ele ria e voltou para perto de John. Ele suspirou, contente em estar aquecido de novo. Porém, antes que John conseguisse relaxar novamente, Sherlock espetou o médico em um ponto pouco abaixo do umbigo.

“Sh- putaquepariu”

“É só uma caneta,” Sherlock explicou, como se fosse algo perfeitamente razoável. John xingou mais uma vez. Apesar disso, permitiu que Sherlock continuasse com essa coisa de escrever na pele dele. Não era a primeira vez que ele era usado como caderno de anotações.

“Terminei.” Sherlock disse, seu tom de voz malicioso demais na opinião de John. Ele finalmente abriu os olhos e examinou as pequenas letras adornando seu baixo ventre. Estava escrito: “Esse bom médico pertence ao único detetive consultor do mundo.

“Não pertence?” Sherlock perguntou, acariciando a orelha de John com a ponta do nariz.

John respirou profundamente antes de responder.

“Pertenço.”


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Notas finais do capítulo

diagramação anglo-saxônica ordinária, mas não gostei da aparência do texto com travessões. :(

obrigada pelos comentários! ^^