Night Rain escrita por ZeNieR


Capítulo 4
Surprise!


Notas iniciais do capítulo

Aeeeeeee capítulo quatro ! :D



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[Narrador]

Tinha várias estrelas no céu, uma noite perfeita porém rara na opinião de Mariana, que ainda estava lá, sentada olhando para cima.

– Achei você! - Nick pôs as mãos no ombro dela, dando um susto.

– Maldito cara! Quase tive um ataque do coração aqui! - Ela olha pra ele assustada, da um soco no braço dele e volta a admirar a noite.

– Gaby já foi embora e o Mark iria passar na loja de cartas antes de pegar o ônibus. Ele deve me ligar para irmos embora. - Nick se senta ao lado de Mariana.

– Eu entendo. - Concordou ela, mostrando estar um pouco preocupada. - Eu ia passar na casa do Z amanha pra ver como ele está. - Olhou para o Nick com uma cara triste.

– Faz isso. - Nick sorriu. - Ele ficaria muito feliz com a sua visita. - Ela deu um sorriso.

Uma música começa a tocar no celular do Nick, Mariana reconhecia essa música, era Pictures do System of a Down. Ele rapidamente puxa o celular do bolso e atende.

– Alou? Ah sim Mark, já estou indo pro ponto, valeu. - Ele desliga o celular. - Mari to vazando, ele já está indo pro ponto. - Ele se levanta do banco.

– Ok Nick, boa noite, até segunda. - Ela da thau com a mão pra ele, que começa a andar em direção reta a rua em que estavam.

Lá estava Mariana novamente sozinha, desde que seus pais se separaram, ela tem ficado muito triste. A mãe chegava em casa tarde e brigava com o pai dela quase todos os dias, ela ia pros bares enchia a cara e voltava pra descontar os problemas com seu pai. Cansado, pediu o divórcio e se mudou para uma outra casa com a Mariana. Ela se adaptou muito rápido com o novo colégio e fez muitos amigos, todos gostam dela. Uma das coisas que a faz mais feliz são os amigos dela, sempre que ela precisava de ajuda eles sempre davam uma mão à ela.

Já estava ficando tarde, as lojas fechando, Mariana fica um pouco chateada, pois onde mora não dava para enxergar o céu desse jeito, infelizmente ela tinha que ir embora, ela se levanta e pega o rumo de sua casa.




[Nycry]




Cheguei em casa cansado, logo quando fecho a porta da sala, me jogo no sofá, tiro a minha camisa e meu cordão, apesar do clima frio, eu gostava de senti-lo com mais intensidade, andava no limite de ficar gripado ou pegar algo do tipo. Ainda deitado, estico meu braço pra pegar o controle da televisão em cima da mesinha, aperto o botão de ligar, e olho para a televisão, fiquei assustado com o noticiário.

– "... foram confirmados mais de vinte e duas mortes por uma epidemia ainda não identificada pelos médicos..." - De sete pessoas, cresceu para vinte e duas em apenas dois dias, isso era pior que a gripe suína...

Desliguei a televisão, me levantei do sofá e andei até o meu quarto, taco a minha mochila na cama e sento na cadeira do meu computador, fico de frente ao monitor, comecei a pesquisar mais sobre essa epidemia... pesquiso... pesquiso... não estou achando nada... que droga... o que eu acho estranho é que essa epidemia só esta aqui na nossa cidade, e ela não é muito grande, se isso continuar desse jeito, uma hora provavelmente isso vai levar a morte mais da metade da população... e segundo os médicos, isso afeta tanto aos jovens quanto aos idosos... mas será que isso começou a aparecer só aqui? Ou será que veio de fora ? Por que ninguém faz nada?? Eu bato na mesa, tentando conter meu nervosismo e minha preocupação.

Pego meu telefone e ligo pro Zenier, concordava com a Mari, ele estava diferente. Chama, chama, chama... ninguém atende... olho pro relógio sobre a mesa, e observo que são onze e dez da noite, mas ele tem mania de dormir tarde, realmente estava confuso. Desligo meu computador, me levanto devagar, o sono e o cansaço estavam possuindo meu corpo, me dirijo até o interruptor e apago a luz, me deito na cama, empurrando minha mochila no chão, e fico olhando para o teto, tentando achar as respostas para as minhas perguntas...


[Mark]


Estava no ônibus junto ao Nick, fazia muito barulho e estava lotado, odeio quando lota assim.

– Mas ein Mark, deveria por quatro negar no grimório mano. - Nick não parava de falar de Magic. Puxei então do bolso quatro cartas.

– Tipo essas ? - Ele me olha com um sorriso maléfico, começo a rir da expressão facial dele.

– Isso ai cara, agora ninguém pode contigo, Mark é o fodão! - Muito loco, ele grita no ônibus, todos começam a nos lançar olhares perturbadores, eu estava morrendo de vergonha.

– Caralho Nick, fica quieto! - Digo a ele, mas não consegui segurar a gargalhada. Ele começa a rir também.

– Bem Mark, eu tinha comprado outras cartas lá na praça, vamos amanha fazer um "X1 teste?" - Ele me perguntou estendendo a mão.

– Partiu X1 mano! - Aperto a mão dele. - Aproveitamos e jogamos com os caras lá da praça.

– Isso, então ta marcado! - O ônibus estava parando no ponto do Nick. - Bem Markito, meu ponto agora, até semana que vem. - Nós demos um aperto de mão novamente, ele se levanta e desce pela porta do ônibus.

Hoje é sexta, da pra relaxar o suficiente até segunda, eu gosto de ir ao colégio, só não gosto das aulas chatas, tipo a de Biologia que era um tédio. Eu ponho meu fone de ouvido e ponho a música do meu celular King for a Day do Pierce the Veil. Quando eu ouço músicas, parece que todos os meus problemas deixam de existir em cada verso.

Fico olhando para a janela do ônibus, pensando no nada, minha mente estava cheia mas ao mesmo tempo vazia. Meu celular toca, acho que recebi um SMS, vejo quem é, é a Gaby. "Oi Mark, queria saber se você tem um tempo livre amanha." Tempo livre eu tenho, mas até pegar o ônibus e ir pro centro, minha preguiça briga comigo, começo a rir sozinho e respondo: "Devo sim, por quê? Quer discutir sobre alguma coisa de matemática?" Como o Z, a Gaby ama matemática. Uns instante depois de eu ter mandado o SMS, ela me responde, cara que velocidade. "Não não, sem nada do colégio, só quero passear um pouco, podemos tomar um açaí amanha?" Eu amo demais açaí, sempre que eu tenho um trocadinho eu vou na lojinha e tomo um açaí, então resolvi escrever: "Partiu Gaby, encher a cara de açaí!" Acho que só eu rio das minhas frases, apesar de que o grupo goste desse meu jeito "locão", enfim ela responde: "Nhaw, então partiu! rs, eu queria te contar uma coisa..." Fiquei curioso em saber o que ela iria me contar. "Pode dizer Gaby." respondi muito curioso, a música já tinha acabado, agora estou ouvindo Seize the Day do Avenged Sevenfold. Recebo outro SMS: "Não é nada... preciso ir, beijos, boa noite..." Um pouco confuso, eu respondo: "Boa noite Gaby...".


[Nick]


Que merda, já está tudo escuro, e as ruas que eu passo costumam ser movimentadas, mas não essa hora, quando a noite chegava todos iam para suas casas, as lojas fechavam, era o verdadeiro toque de recolher.

Tinha acabado de me despedir do Mark no busão, e agora estava me dirigindo à padaria, ela é perto da minha casa, então era caminho. Cheguei na padaria, ela era pequena, porem organizada, tinha várias prateleiras e etc, parecia um "mini-supermercado". - Boa noite, seis pães por favor. - Pedi ao padeiro, que afirmou com a cabeça, logo a contar os pães. Estava frio, o sereno da noite me congelava, mesmo todo agasalhado ainda dava pra tremer com o vento que batia as vezes, o que me distraia nesse momento era o cheiro de pão quentinho, ah cara que cheiro bom. - Aqui está senhor. - Falou o padeiro, estendendo a sacola dos pães com as mãos sobre o balcão. Vou indo em direção ao caixa para pagar, entrego o dinheiro no caixa e neste instante meu celular toca, então puxo ele do meu bolso e era o Mark.

– Fala mano.

– Dalhe Nick, cara podemos adiantar nosso X1 teste pro domingo? - Fiquei um pouco triste, porque queria testar minhas cartas novas, mas não via problema nenhum em ser no domingo.

– Claro Mark, mas por que?

– A Gaby e eu iremos tomar açaí amanha. - Mark era o único que não conseguia enxergar que a Gaby era gamadinha nele, mas eles sempre ficam nas indiretas, é até engraçado.

– Firmeza Markito, não se esquece de levar as cartas domingo beleza?

– Beleza mano. Tenho que ir aqui, to quase saltando já, valeu ae mano, boa noite.

– Boa noite. - Desligo o celular e ponho no bolso. Acho que vai rolar um clima quente amanha, só acho. Estou até rindo sozinho aqui. Recebo meu troco e saio da padaria, retornando à temperatura baixa da noite.


[Mariana]


Comer pão com manteiga acompanhado de um copinho de Nescau no café da manha é bom demais, é muito divino isso. Estava em casa toda largada, apenas de sutiã e calcinha, amo dormir assim, me sinto mais leve, mesmo com frio prefiro me sentir confortável, afinal, eu amo ele.

Estava terminando de tomar café quando meu celular faz um bip, pego pra ver e era um SMS do Cry. "Mari, quando puder, vai até o hospital ver como Sophie está. Estou preocupado e com mau pressentimento." Fiquei espantada de ler isso, o Cry é muito inteligente, sempre que ele fala uma coisa é porque ele tem certeza daquilo, se tinha alguma coisa errada ele estava sempre certo. Termino de comer, vou ao meu quarto, pego uma camisa larga com um short e saio de casa preocupada.

Estou caminhando rumo ao hospital, mas irei passar na casa do Z primeiro, ver se está melhor, já que a casa dele não é muito longe da minha. Chego na casa dele, toco a campainha e nada... toco novamente e nada... estranho, o Z nunca se atrasa. - Z!!! - Gritei, esperei mais um pouco e nada... Bem, depois eu volto, talvez ele esteja dormindo ou deu uma saidinha, ou ainda está triste com o que está acontecendo com sua irmã... Me dirijo então até o hospital.

Depois de estourar meus pés andando, finalmente chego ao hospital, empurro a grande porta e corro meus olhos no hospital, estava lotado como de costume, será que todos que estão aqui pegaram a droga da epidemia? Isso era realmente triste, pessoas e mais pessoas estão morrendo a cada dia por causa dessa praga. Ando até a recepcionista.

– Bom dia, gostaria de fazer uma visita à Sophie que está internada, por favor. - Disse para a mulher do balcão, ela começou a me olhar torto.

– Bom dia, seu nome?

– Mariana... - Quando disse meu nome, fui interrompida pela mulher.

– Ah sim, Mariana, o senhor Nycry ligou e disse que você viria. - Ele marcou a hora da visita?? Nossa estou impressionada.

– Isso, isso mesmo. - Concordei mesmo estando confusa. - Só uma pergunta, quando ele tinha ligado?

– Ontem a noite, então nós conseguimos um horário pra você. - Estranho, por que o Cry não pode vim? Por que ele me mandou vim? Talvez ele tenha um bom motivo, mas agradeço à ele ter marcado a visita, assim posso ficar relaxada quando ver Sophie. - Sente-se por favor, o Doutor logo a chamará. - Não sou acostumada a me sentar nos hospitais, então fiquei em pé no canto da parede.

Não demorou muito, e logo fui chamada. - Mariana, siga-me até minha sala. - Disse o Doutor que surgiu do nada, então acompanho-o até a sala, entramos e eu fecho a porta e me sento na cadeira de frente a ele.

– Você é a amiga do Zenier certo? - O Doutor me pergunta.

– Sim, eu sou. Ele está indisposto e não veio ficar com a Sophie. - Ele me olhava estranho. - Eu gostaria de saber como ela está. - Uma expressão de indecisão, lamentação e tristeza se apoderou da face do Doutor. Comecei a ficar nervosa. - Como ela está? - Perguntei novamente, começando a me preocupar ainda mais.

– Bem... - Ele abaixo a cabeça por um instante, logo subiu e me olhou nos olhos. - Como estava dizendo... Sophie faleceu essa madrugada.





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Notas finais do capítulo

Galera que ta lendo ai, comenta, favorita e recomenda ai ^^ Obrigado por lerem ;)



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